quarta-feira, 1 de julho de 2009

CLARIDADE


Convento dos Capuchos-Sintra - Imagem da net

De minha vida não sei
Senão que sou feliz.
Lá o que fui ou fiz
Antes de ser o que sou,
Ai!, tudo me passou:
Só sei que sou feliz.

E que me importa a cor
Das águas que passaram?
Estas águas me bastam
Que vão correndo agora.
Fosse o que fosse, a minha
Passada vida incerta
(feliz ou desgraçada),
Foi uma porta aberta
Pra esta vida mais clara.
Por isso eu a bendigo,
A minha vida ida.

Talvez as rosas nela
Tivessem bem mais cor,
O Sol mais Luz e Amor,
E música mais bela
A viração, então;
Mais verde fosse o mar…

Mas que vale o que foi,
Se, quando vejo ou provo,
Tem tudo um gosto novo?...
Se nada cansa ou dói?...
Se as rosas para mim
Nasceram mesmo agora
E as aves e o Mar?...
Se o Sol aconteceu
Ao mesmo tempo que eu
Olhei á minha roda
E vi o meu presente
A ser-me a vida toda?...»



(Sebastião da Gama)

6 comentários:

gaivota disse...

um poema de felicidade, na claridade dessa janela, lindaaaaa
beijinhos

renato disse...

Olá Viviana!

Mais um lindo poema irradiando felicidade, bem ao jeito da Viviana!

E tem muita "Claridade"!

Um Abraço,

Renato

bete p.silva disse...

Palavras cheias de beleza mística, e adorei a foto, belíssima.

Viviana disse...

Olá Gaivota linda

Que bom qie gostou, amiga.

Um beijo

viviana

Viviana disse...

Olá Renato, meu bom amigo

Gostei sim, deste poema do Sabastião da Gama.

Amo a felicidade, a alegria e a beleza!

Um abraço

viviana

Viviana disse...

Bete querida

Sim, amiga.

As palavras são lindas!

A foto tambem...

Retrata perfeitamente a "Delicadesa" e o respeito.

Um beijo

viviana