E passaram-se trinta e cinco anos...

Imagem da net.

Fez hoje trinta e cinco anos que Deus convocou o meu pai para se apresentar na sua nova morada - o céu. O céu, do qual ele tanto nos falou desde quando éramos crianças e até partir. Daí o céu nos ser tão familiar.

A leitura e explicação dos textos da Biblia Sagrada, as orações e o cântico de hinos de louvor e adoração, tinham lugar diáriamente, mesmo quando o seu corpo cansado do trabalho lhe pedia insistentemente descanso.

O meu pai amava tanto a Deus que o seu maior prazer era falar dele e cultuá-lo.
Recordo que na véspera de partir, já tão fraco que a sua voz se tornara quase inaudível, me pediu para abrir a Bíblia - que sempre permaneceu na mesinha de cabeceira do Instituto de Oncologia - nas Bem-aventuranças ( Ev. de S. Mateus cap.cinco versículos um a doze) e as lêsse em voz alta.

O meu pai foi um santo homem de Deus. Ele foi o cristão mais fiel que eu já conheci.
Claro que o meu modelo, o meu exemplo maior, é o meu Mestre e Senhor Jesus Cristo, mas o exemplo humano é o meu querido pai.

Devo-lhe tanto, tanto...

Nestes trinta e cinco anos, quanta saudade!
Quanta falta!

Mas, ele só não está comigo fisicamente...porque no meu coração e no meu pensamento ele está sempre presente.

Há saudade mas não desespero, pelo contrário, há em mim uma esplêndida e doce esperança de que um dia, não sei quando...eu voltarei a estar com o meu pai e desta vez para sempre...no lar sacrossanto que Jesus foi para mim no céu preparar.
É apenas uma questão de tempo.

Senhor meu Deus:
Eu te agradeço muito, muito, por este pai maravilhoso que me deste e que eu tive a benção de ter ao meu lado até aos meus trinta e cinco anos.