sábado, 22 de outubro de 2011

Há lá, grilos e lagostins


Grilo - http://www.google.pt/imgres


Lagostin de água doce -http://www.google.pt/imgres

Tinha tantas saudades de ter uma hortazinha - os meus pais sempre tiveram - que decidi, há uns meses atrás, cultivar um pequeno espaço - uns 8 metros quadrados - disponíveis para hortas, á beirinha do rio, aqui perto. Na verdade, trata-se de uma ribeira - a Ribeira das Jardas - e não de um rio, mas tal como nós aqui em casa, toda a gente se refere a ela como o rio. Pois bem, lá continuamos com a nossa alegre tarefa de ir plantando, regando e colhendo, pouca coisa, claro, mas só vos digo que a qualidade, o sabor e a textura dos tomates, é totalmente diferente dos que compramos aí nos super-mercados.
Está na altura de proceder a novas sementeiras, e para isso, tem que se preparar a terra, o que dá um bocado de trabalho, mas que se faz com gosto. Ontem semeámos um canteiro de rabanetes e um de cenouras. A seguir vamos semear couves de bruxelas, que são muito boas...a minha mãe tinha sempre.
Anteontem, quando estava a regar as couves - que deverão ser para a ceia de Natal- o Jorge que tira a água do rio, disse: "olha, olha ali um grilo! "Olhei e vi um grilo todo molhado por a água da rega ter ido ter com ele á sua toca, sem ele esperar, naturalmente. Bom, tratei de colocá-lo sobre uma folha verde e com todo o cuidado e carinho fui pô-lo num tufo de ervas verdes ali ao lado. Ficámos contentes, cientes de que tínhamos feito uma boa acção.
Ontem, quando regava os canteiros semeados, o Jorge disse: " Olha, está ali o grilo outra vez, molhado!" Eu e o Zé, estranhando a repetição do caso, aproximámo-nos para uma vez mais proteger o bichinho; ele estava de costas com dificuldade em voltar-se, mas conseguiu; logo verificámos que se tratava de um pequeno lagostin que esperneava, naturalmente, por se sentir fora da água, o seu habitat natural. Aqui foi o Zé que o colocou sobre uma folha e o levou para a beira da água, o que parece que lhe agradou bastante, pois rápidamente se escondeu debaixo de umas ervas.
Não deixámos de achar graça que em dois dias seguidos "salvássemos" dois lindos e importantes bichinhos; Alegra-nos saber e pensar que naquele lugar o meio ambiente ainda está em bom estado, pois caso contrário não haveria ali grilos nem lagostins. Pela nossa parte, continuaremos a fazer tudo ao nosso alcance para que assim continue a ser, e, se possível, até melhore.

1 comentário:

Lilá(s) disse...

Em criança aprendi com o meu irmão a apanhar grilos, todos os Verões havia um cantando na gaiola. Nunca mais vi nenhum, apesar de os ouvir cantar nos campos.
Bjs