segunda-feira, 31 de março de 2014

O Loureiro - Loureiro dos poetas / loureiro vulgar - Lauráceas

Loureiro comum ou Nobilis
O Loureiro era a árvore consagrada a Apolo, o deus grego da profecia, da poesia e da cura. As profecias eram transmitidas através da sua  sacerdotisa de Delfos, que, entre outros rituais comia uma folha de loureiro antes de proferir o seu oráculo. Como as folhas de loureiro,  em grandes quantidade, são ligeiramente narcóticas, talvez fossem  responsáveis  pelo estado de transe das sacerdotisas. O telhado do Templo de Apolo, em Delfos, era inteiramente coberto de folhas de loureiro, que protegem da doença, da feitiçaria  e dos relâmpagos. As coroas feitas com estas folhas tornaram-se a marca de excelência de poetas e atletas e, para os Romanos o loureiro era o  símbolo da sabedoria e da glória. A palavra latina laurus significa "honrarias e nobilis, (celebre), (nobre).

Folhas secas

Usar poucos dias depois de secas, para não se perder o aroma; o odor das folhas secas já velhas não é tão intenso. 

Duração

Árvore de folhas persistentes;  quando velha as raízes são resistentes, mas as folhas morrem com os ventos muito frios.

Altura
Sete  a vinte metros

 Utilização
Na decoração
Planta Inteira. Desbastar e cultivar em sebes ornamentais.
Na culinária
Folhas - misturar em ramos de cheiros para  estufados, sopas e molhos. Adicionar a marinados, caldos,  sopa de batatas,  recheios, pâtês, caris, caça e caldos de peixe. Retirar a folha antes de servir.Cozer em leite para aromatizar cremes de leite e ovos e pudins de arroz. Usar como guarnição.
Para aromatizar
Ramo  - pendurar para refrescar e perfumar o ar.
Na medicina
Folha em infusão, ajuda a fazer a digestão e estimula o apetite.

Nota importante:
Todas as árvores denominadas loureiros, excepto o loureiro vulgar, SÃO  VENENOSAS.

No Guia Prático  - Plantas Aromáticas - de Lesley Bremness
(Oferta do Jorge no Natal de 2002)

Uma "gracinha":

Lembro-me, de quando era adolescente, na zona de Leiria, onde vivia, ouvir grupos de mulheres no campo a trabalhar e que cantavam assim:

"Ó loureiro, ó loureiro
ó loureiro ramalhete!
ó loureiro, ó loureiro
ó loureiro  ramalhete!
Vou rifar o meu amor,
vou rifar o meu amor,
a dez réis cada bilhete!
Vou rifar o meu amor,
vou rifar o meu amor
a dez réis cada bilhete!"

Algum amigo se lembra desta musiquinha?

3 comentários:

Rosa disse...

Olá Viviana.

É claro que por aqui se encontra o loureiro com facilidade.
Tenho-o mesmo pertinho, num caminho que dá para umas terras de cultivo, dos vizinhos.
Gosto dele, pelo seu cheiro e pelo aroma nas comidas.

Tenho um cestinho com ramos "sempre renovados" no cimo dos móveis da cozinha, dão beleza e cheiro.

Viviana, bom resto de tarde, aqui, com chuva forte.


Abraços.

Viviana disse...

Querida Rosa

Imagino que aí por esse recanto verde onde vive...existirão belos loureiros.

Aqui no parque de Mira-Sintra está plantado como arbusto decorativo.
O que estou a usar agora na cozinha trouxe-o da bela serra de Sintra.

Um abraço
Viviana

Filipe Cunha disse...

Boa Tarde,

Precisava de lhe fazer umas perguntas acerca da musica que referiu no final, se for possivel contacte-me cunha.filipe92@gmail.com

Cumprimentos,
Filipe Cunha