A Ribeira das Jardas - ainda perto do local do seu nascimento - aqui pertinho de casa A foto é do meu filho Pedro Leal - tal como eu- um apaixonado da Ribeira. |
Água clara da corrente
Que vais tu a lamentar?São lembranças da nascente
Ou pressa de ir ter ao mar?
Correndo, correndo,
Sem nunca parar,
Em busca do rio,
Caminho do mar,
De noite e de dia,
A água a correr,
ao rio irá dar,
Ao mar há-de ir ter.
Que dizes tu ribeirinho?
Que dizes, que eu não te entendo?
Não te cansas no caminho,
A toda a hora correndo?
Correndo, correndo,
Sem nunca parar,
Em busca do rio,
Caminho do mar,
De noite e de dia,
a água a correr,
ao rio irá dar
ao mar há-de ir ter.
Lava roupa à lavadeira,
Põe a azenha a trabalhar,
Não vás assim de carreira,
Tens tempo de ver o mar…
Correndo, correndo,
sem nunca parar,
em busca do rio, caminho do mar.
De noite e de dia,
a água a correr,
ao rio irá dar
ao mar há-de ir ter.
In Livro de leitura da 4ª. classe edição 1931
2 comentários:
Olá Viviana.
Um texto todo engraçado, e a sua ribeira das Jardas toda limpinha e bonita (bem me lembro dela).
Viviana, tenha um feliz fim de semana.
Abraços.
Querida Rosa
Lembro-me, de há muitos, muitos anos...ouvir cantar esta canção...ás mulheres que trabalhavam nos campos.
Eu própria quase que a sei de memória.
Um abraço
Viviana
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