Fonte da imagem: |
HORAS MORTAS, crepúsculos da vida
Pedaços d´existência atribulada.
Levadas pelo vento, à desgarrada,
Qual folha pelo Outono sacudida,
Voai! Voai velozes que é perdida
Aquela doce esp´rança já sonhada...
Fugi, numa carreira alucinada,
Deixai-me achar, por fim, uma guarida.
As minhas Horas Mortas são lamentos
Que eu oiço e mais ninguém. Os meus tormentos
Só eu posso sentí-los e sofrê-los...
Ó Tempo! Corre célere a meu lado!
Eu s`tou já velho e fraco, já cansado...
Polvilha- me de neve os meus cabelos!...
(António Ferreira de Sousa)
António Madalena
No livro - Fogos Fátuos - 1943
Sem comentários:
Enviar um comentário