CONFIANDO NA ROCHA ETERNA
A crise financeira que abalou a economia mundial, afetando milhões de pessoas e famílias, para além de abalar a estabilidade do sistema bancário, trouxe à luz, entre outras coisas, a ganância que governa o coração humano que não ama Deus e que despreza o próximo.
Um dos aspetos que mais se destaca, sobretudo quando se acompanha a
discussão de analistas e de peritos em economia, é a verdade de que um
dos elementos mais determinantes (se não o mais determinante) para o
equilíbrio do sistema financeiro é a confiança.
A maioria do comum dos mortais nutre a ideia de que o elemento mais
importante é o dinheiro. Ora, as mentes mais brilhantes em matéria de
economia insistem em dizer-nos que a confiança, esta sim, é o alicerce
que sustenta todo o edifício do sistema.
É interessante notar que, em matéria de fé, a confiança acaba por
assumir um papel relevante na relação entre Deus (o objeto da fé) e o
homem (o sujeito da fé). Aliás, convém, nesta altura, afirmar que o
próprio conceito bíblico de fé, implica a confiança em Deus.
A fé bíblica não se resume a um simples assentimento intelectual, ou à simples assunção da existência de Deus. Crer em Deus significa crer na sua existência, mas também, e sobretudo, confiar na sua bondade, misericórdia e graça. Quanto maior é a confiança depositada na pessoa e no carácter de Deus, mais profunda é a qualidade da fé.
A fé bíblica não se resume a um simples assentimento intelectual, ou à simples assunção da existência de Deus. Crer em Deus significa crer na sua existência, mas também, e sobretudo, confiar na sua bondade, misericórdia e graça. Quanto maior é a confiança depositada na pessoa e no carácter de Deus, mais profunda é a qualidade da fé.
Neste início de novo ano, convém-nos escutar as palavras
proferidas por Isaías ao transmitir ao povo de Israel uma mensagem de um
futuro de esperança.
Segundo o profeta evangélico da Antiga Aliança, Deus proporciona uma
experiência de paz interior a todo aquele que mantém a sua mente
concentrada nele. Esta disposição mental, segundo Isaías, resulta da
confiança do crente no seu Criador e Senhor.
Depois de estabelecer a magnífica relação entre a disponibilidade mental
e a paz (shalom), bem-estar, saúde, prosperidade, salvação) de Deus, que
nasce da reconciliação estabelecida na cruz do Calvário, Isaías convida
o povo (e a todos nós) a depositarmos uma inabalável confiança naquele
que é a fonte da nossa estabilidade pessoal e espiritual.
A razão apresentada pelo profeta, na exortação que faz ao povo, reside
no facto de Deus ser “uma rocha eterna”. Há nesta afirmação uma ênfase
que pode passar despercebida. Literalmente, o texto diz: “Pois o
Senhor, somente o Senhor, é a Rocha eterna”.
O princípio por detrás desta afirmação é que “a verdadeira segurança que
traz estabilidade à vida, encontra a sua firmeza em Deus, e somente
nele”.
Assim como a rocha é sólida e firme, transmitindo a sensação de
estabilidade, assim também o nosso Deus é o refúgio seguro em quem
encontramos a verdadeira paz e a inabalável segurança. Mais ainda, a
segurança proporcionada por Deus é duradoura e eterna.
O desafio do profeta é que a nossa confiança em Deus seja “perpétua”, isto é, “permanentemente colocada nele”.
Que ao longo deste novo ano, e perante as contingências e as
vicissitudes da vida, a nossa fé encontre em Deus a sua mais firme
âncora. Que a Sua paz, que vai além do que somos capazes de entender,
domine os nossos corações, proporcionando-nos a tranquilidade
necessária, a fim de gerirmos da melhor maneira, com sabedoria e
discernimento, os desafios com que nos depararmos ao longo da jornada.
Soli Deo Gloria!
Pr. Samuel Quimputo
jan 2016
boletim 168
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