Ontem à tarde morreu o actor Nicolau Breyner.
Pois bem, desde que se soube da sua morte, até à hora do fecho das emissões televisivas, não se falou de outra coisa. As três televisões fizeram o mesmo. Convidados e mais convidados expuseram as suas ideias acerca do personagem que nos deixou.
Hoje, tirando um pouco da vitória do Benfica, o assunto continua.
Poderia ter acontecido ontem - não sei se foi o caso - espero que não, ter morrido um pai de família soterrado numa obra de construção civil, como infelizmente é tão frequente...
Demasiado frequente.
Pois bem, esse homem, pai de família, soterrado, quando muito "teria direito" a uma pequena notícia, em roda - pé, no noticiário das 8 da noite, assim:
"Operário morre soterrado".
Reflectindo um pouco, com os amigos que têm a gentileza de por aqui passar, quero dizer-vos o seguinte:
Ambos os homens de que atrás falo, chegaram ao mundo da mesma maneira:
Nus... e possivelmente, chorando ( o choro ao nascer corresponde ao momento da "abertura dos pulmões" quando respiram a primeira vez, pois durante a vida intra- uterina a mãe respira por o filho levando-lhe o oxigénio através do seu sangue, via placenta).
Depois, bom, depois a vida de cada um deles dependeu de muita coisa. Enquanto um se tornou actor, o outro tornou-se operário da construção civil.
Ambos com o mesmo valor perante o Deus - Criador; o que também deveria ser verdade para os homens e mulheres deste mundo.
Quando chegou para ambos a hora da partida - todos teremos uma hora de partida - cada um deles, da mesma forma morreu porque ambos deixaram de respirar .
Um, porque o coração se recusou a trabalhar mais; o outro porque a terra que o soterrou impediu que o oxigénio chegasse aos pulmões, e logo, sem oxigénio o coração foi obrigado a parar
.
.
Quando os corações de ambos pararam, e o corpo ficou sem vida, as almas de ambos, que os animavam. silenciosamente saíram. e voaram até junto do Deus - Criador, onde foram recebidas da mesma forma, igualzinha.
Portanto, chegaram ao mundo e partiram do mundo, da mesma maneira.
Depois, bom, depois, o que se segue é do domínio e vontade do Pai.
Creio que aí, poderão haver diferenças, porque como diz a Palavra Sagrada, cada um receberá o seu galardão (recompensa) conforme tiver vivido perante Deus e perante a vida.
E, aquando da volta do Senhor Jesus Cristo, porque está escrito que um dia vai voltar, para julgar os vivos e os mortos, a este respeito diz a Bíblia Sagrada:
"Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e deste-me de comer; tive sede e deste-me de beber; era estrangeiro, e hospedaste-me; estava nu e vestiste-me; adoeci e visitaste-me; estive na prisão e foste ver-me."
"Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; porque tive fome e não me deste de comer, tive sede e não me deste de beber; sendo estrangeiro, não me recolheste; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes."
(Ev.segundo S. Mateus 25:34 a 36; 41 a 43)
8 comentários:
Maninha querida, tem, tenhamos todos, um bom dia.
Agora não tenho tempo, mas quero dizer-te, que gostei muito do teu Poste…É assim como dizes que acontece. O pior de das nossas vidas, é não tomar providencias…Para ir para o lado direito de Deus.
Está de chuva, as flores e plantinhas já agradecem…Para o teu jardim da casa da nossos pais, é bom!!!...E, para o da casa da Susana, também, e, como somos sou eu e o João Pedro que regamos, estou contente…
Gostei muito de tudo o que escreveu!
Deviamos pensar muito bem em tudo o que o Senhor nos ensina.
Beijos.
Olá amiga Viviana!
Vivemos num tempo de exageros - e por vezes dá forte, mas passa num instante.
Porque nem sempre o que mostram é realmente o que sentem, pelo menos com a intensidade que aparentam.
Eu também lamento o falecimento do Nicolau - Era um grande actor, e como tal, não deverá será esquecido.
Gostava de o ver actuar, e gostava também muito de o ouvir falar.
A primeira vez que o vi foi no Monumental com a Florbela Queiróz, em 1966.
Ele era aquele tipo de pessoa de quem se gosta, sem que ele se fizesse para isso. Era bastante natural e sem vaidade.
Porém, morrer é uma herança que todos temos como certa, e naturalmente há que aceitar sem exageros, que por vezes tocam as raias da publicidade.
Excepção quando a perda nos toca diretamente, e aí nós sofremos demais, e não é só na hora, não; é quando os que nos abraçaram a dar coragem já se esqueceram, que nós no nosso silêncio recordamos e sentimos quanto dói.
Gostei do que a Viviana escreveu, e pelo que escrevi também, é notório que partilho da sua opinião.
Beijinhos.
Dilita
Olá Viviana.
Sabe, falávamos disto mesmo ao almoço com a Tânia.
Sem querer tirar o mérito a quem o merece, mas, penso que se chega ao exagero.
Concordo,tantos e tantas que não têm o nome na ribalta, e foram igualmente merecedores...
Ainda bem que, todos temos o mesmo valor perante o Deus - Criador;
Viviana, um resto de tarde tranquila (fresquinha por aqui)
Abraços.
Obrigada, querida maninha Esperança
Que bom que chiveu!
Havia em Maceira plantinhas a "querer" águinha...
Um beijinho
Viviana
Olá! querida Manuela
Que bom que apreciou o assunto.
Quando a Manuela diz:
"Deviamos pensar muito bem em tudo o que o Senhor nos ensina."
Estou cem por cento consigo.
Um grande abraço
Viviana
Querida Dilita
Olá!
Que prazer encontrá-la por aqui!...
"Escrevi o texto com o coração".
Já há muito que o queria fazer.
Sinto a morte do grande actor Nicolau Breyner.
Quem tem culpa de tudo o resto...
é a comunicação social.
Exagera.
Um grande abraço, minha boa amiga
Viviana
Querida Rosa
É na verdade um exagero.
Refiro-me á comunicação Social...
"Ainda bem que, todos temos o mesmo valor perante o Deus - Criador;"
Que bom! não é?
Um abraço
Viviana
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