quarta-feira, 7 de março de 2018

Um poema de Frei Agostinho da Cruz

"A minha" Ribeira das Jardas- Foto pessoal.

"Mostrai-me, Senhor,  em que deserto,
Em que ribeira, vale, monte ou serra,
Enquanto me deixais andar na terra,
Do Céu me deixareis andar mais perto.

Que, pois, ora encoberto, ou descoberto,
Me faz cruel imigo cruel guerra,
De quando dentro em mim mesmo se encerra
Lugar de defensão tenha mais certo.

Mas como  e donde posso defender-me,
Enquanto for de mim acompanhado,
Com tanta experiência de perder-me,

Senão sendo metido em Vosso lado 
Para todo de mim mesmo esquecer-me,
E só de vós, meu Deus,  ser lembrado?"

   (Frei Agostinho da Cruz - no pequeno livro - Ao Encontro da Alegria)

2 comentários:

Rosa disse...

Olá Viviana.


Um interessante poema, para ler e reler.

Quando abri os "lirios" e olhei a foto, pensei rápido, ribeira das jardas :)) e não me enganei.


Viviana, uma boa tarde, e hoje em especial com um abraço, também especial (à Eduarda) neste dia que alguém se lembrou de instituir "dia da mulher" como se todos não fossem nossos ;))


Viviana disse...

Querida Rosa

Este fiel servo de Deus, deixou-nos uma herança muito bela.

Ah! a minha amiga já andou comigo por ali...junto da ribeira.

Boas recordações
Um abraço
viviana