A casinha branca no quintal da minha aldeia. |
Entre as lembranças do passado, existe
a casa branca de portão fechado,
jardim florido e quarto perfumado;
sonho doirado de um menino tiste!
Fiz-te o projecto, fiz-te a planta, fiz-te
desde o alicerce aos cumes do telhado;
viste o desenho e, para meu agrado,
num delicado gesto consentiste...
Garoto inquieto, para seu regalo,
o próprio tempo em sua ingenuidade,
vendo o castelo, foi desmoroná-lo...
A casa branca já não mais existe;
resta somente o escombro da saudade:
amargo sonho de um menino triste!
(Gióia Júnior - no livro - Orações do Cotidiano)
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