sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Ainda...as Mães





 
A foto acima, mostra um grupo de crentes que  se reuniram, em Oberá - Argentina - há cerca de 76 anos, para cultuarem a Deus.
  Na segunda fila, à direita, pode ver-se o meu saudoso pai, José Regueiras, com a mãos na cintura. Por trás do homem que está ao seu lado, pode ver-se uma senhora com um lenço na cabeça e, uma criança ao colo. Essa criança sou sou e a senhora é a minha saudosa mãe - "Nena".

  A propósito:

«É com justiça que os poetas, ao tecer os seus hinos de louvor ás mães, têm unido bem de perto as palavras de Deus e Mãe;  pois sempre existiu aos olhos do homem semelhança e analogia mística entre o amor divino do Criador Eterno e o amor sacrificial da mãe.
  A mulher ao cumprir o seu destino de mãe, tem sentido sempre a sua união com Deus na obra da criação. Desde o dia em que Eva, ainda gemendo sob a dor torturante do advento do seu  primeiro filhinho, exclamou - Deus me deu um filho! - até ao dia  de hoje, a mulher, ao sair do grande suplício que a fez mãe, exclama, com um sorriso nos lábios - Deus me deu um filho!
   Momento trágico - sublime esse em que a mulher cumpre o seu destino, tornando-se mãe. Trágico, porque estivera ás portas de um inferno de agonia; sublime, porque entreolha os portais do céu quando ouve o primeiro grito do filho. Começando com este momento, a mulher é outra criatura - já não é o  que  ela precisa e deseja, mas sim o que precisa e deseja aquele entezinho adorado que lhe governa os pensamentos e as acções. Hoje, ele é todo seu; ela olha com admiração, extasiada de alegria;  com inexprimível amor, aconchega-o ao seio, cobrindo-o de beijos e carinhos.
   Passam-se os anos e outros interesses  o tiram do lar -a escola, os brinquedos com companheiros da sua própria idade, o ganhar  do pão diário. Já não é  todo da mãe... Mais anos, ainda se passam - e a paixão por outro ser enche-lhe o coração e os pensamentos - é, então, menos, ainda, da sua mãe.
   Ela, porém, durante todo este tempo - enquanto os cabelos  prateiam e o andar se torna hesitante, cambaleante - vive só para o filho;  o seu coração ainda é todo dele.
  Ó Deus, que poder de consagração, de sacrifício por amor a outrem; que força sublime, insuperável ´essa que puzeste no coração de mãe! Bem fazem os poetas que cantam louvores às mães do mundo!

   «Nem das estrelas, lá no céu formosas,
    é a luz mais clara, mais divina e pura...
    nada no mundo tem maior grandeza,
    nem tanto brilho, tanta luz, pureza,
    como um só nome neste mundo tem...
    como este nome imaculado - Mãe!»
  
  (Eula Kennedy Long - no livro - Mães de Homens Célebres)

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