A foto acima, mostra um grupo de crentes que se reuniram, em Oberá - Argentina - há cerca de 76 anos, para cultuarem a Deus.
Na segunda fila, à direita, pode ver-se o meu saudoso pai, José Regueiras, com a mãos na cintura. Por trás do homem que está ao seu lado, pode ver-se uma senhora com um lenço na cabeça e, uma criança ao colo. Essa criança sou sou e a senhora é a minha saudosa mãe - "Nena".
A propósito:
«É com justiça que os poetas, ao tecer os seus hinos de louvor ás mães, têm unido bem de perto as palavras de Deus e Mãe; pois sempre existiu aos olhos do homem semelhança e analogia mística entre o amor divino do Criador Eterno e o amor sacrificial da mãe.
A mulher ao cumprir o seu destino de mãe, tem sentido sempre a sua união com Deus na obra da criação. Desde o dia em que Eva, ainda gemendo sob a dor torturante do advento do seu primeiro filhinho, exclamou - Deus me deu um filho! - até ao dia de hoje, a mulher, ao sair do grande suplício que a fez mãe, exclama, com um sorriso nos lábios - Deus me deu um filho!
Momento trágico - sublime esse em que a mulher cumpre o seu destino, tornando-se mãe. Trágico, porque estivera ás portas de um inferno de agonia; sublime, porque entreolha os portais do céu quando ouve o primeiro grito do filho. Começando com este momento, a mulher é outra criatura - já não é o que ela precisa e deseja, mas sim o que precisa e deseja aquele entezinho adorado que lhe governa os pensamentos e as acções. Hoje, ele é todo seu; ela olha com admiração, extasiada de alegria; com inexprimível amor, aconchega-o ao seio, cobrindo-o de beijos e carinhos.
Passam-se os anos e outros interesses o tiram do lar -a escola, os brinquedos com companheiros da sua própria idade, o ganhar do pão diário. Já não é todo da mãe... Mais anos, ainda se passam - e a paixão por outro ser enche-lhe o coração e os pensamentos - é, então, menos, ainda, da sua mãe.
Ela, porém, durante todo este tempo - enquanto os cabelos prateiam e o andar se torna hesitante, cambaleante - vive só para o filho; o seu coração ainda é todo dele.
Ó Deus, que poder de consagração, de sacrifício por amor a outrem; que força sublime, insuperável ´essa que puzeste no coração de mãe! Bem fazem os poetas que cantam louvores às mães do mundo!
«Nem das estrelas, lá no céu formosas,
é a luz mais clara, mais divina e pura...
nada no mundo tem maior grandeza,
nem tanto brilho, tanta luz, pureza,
como um só nome neste mundo tem...
como este nome imaculado - Mãe!»
(Eula Kennedy Long - no livro - Mães de Homens Célebres)
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