Uma bela rosa que o meu filho Pedro me ofereceu.. |
Eu perguntei o que era amor à rosa,
«É como nós: corolla avelludada,
«De uma côr attrahente, voluptuosa
«Porém, toda de espinhos circundada»:
Os malmequeres brancos consultei
Sobre se sim ou não era eu amado;
Uma por uma as folhas arranquei
E d´um malmequer branco desfolhado.
A derradeira respondeu-me : «Não!»
Banhou-se-me de pranto o coração...
Se é fraqueza chorar nos meus amores,
Lagrimas verte o monte, que é granito,
E o céu, o próprio céu, que é infinito,
Chora também no calice das flores!
(Bulhão Pato - no livro - Poesias escolhidas - 1932)
2 comentários:
Querida Viviana
Tão bonito, quanto a rosa aveludada!
Perfeito o conjunto!
(Pareço estar esquecida, mas não estou.)
Beijinhos.
Dilita.
Querida Dilita:
Olá! boa amiga.
Que bom que gostou.
Quando menos esperamos, encontramos "coisas" linda.
O meu abraço
Viviana
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