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Ela estava á janela da casa térrea a escovar um tapete. Eu vi-a, ao sair do páteo da casa da aldeia, sem que ela se apercebesse da minha presença. O meu coração ficou apertadinho, pois eu sei o quanto a Dª Cristina, nascida e criada na aldeia, hoje,com 84 anos, sei da sua enorme tristeza e do seu grande sofrimento, que hoje são bem visíveis e estão profundamente marcados no seu rosto. desde que há cerca de 12 anos o seu filho Manuel, hoje na casa dos sessenta anos, ficou doente com um sofrimento que transformou um grande e robusto trabalhador, num homem triste, sofrendo dores e quase sempre acamado. Já esteve internado várias vezes, mas acabou sempre por voltar para casa sem se saber o mal de que padece. Deixou de se interessar pela vida, deixou de comunicar com a família e com as pessoas, "afogado" naquela tristeza e dor imensa.
Quando a vi á janela pensei no que iria eu dizer a uma mãe cujo coração e vida estão destroçados por a situação do filho.Conforme me aproximei olhei a expressão do seu rosto o que vi tocou-me tão profundamente, que eu desejei naquele momento ter ali ao meu lado o melhor e o mais competente fotógrafo do mundo, para fixar numa foto aquele rosto que era, no meu entender, o registo da expressão máxima do sofrimento de um rosto de mãe, em cujo coração, o Deus - Criador - colocou um inegualável amor.
Quando chegei junto da janela cumprimentei-a e perguntei-lhe pelo filho Manuel. Informou-me que como a cama do hospital era necessária, ele teve que ser internado, numa clinica em Torres Vedras, onde nada lhe falta a não ser o principal - a saúde. Falou pouco e baixinho. Disse que quando o vai visitar, mal ele a vê entrar no quarto, ele grita: "Mãe"!
Eu, entretanto pensava: o que tenho eu para dizer a esta mulher-mãe? Sentia que não tinha o direito, nem devia falar por falar. Elevei os olhos ao meu Deus como que a buscar orientação para aquele momento e disse-lhe apenas:
Dona Cristina, no meio de toda a sua dôr e sofrimento, eu desejo que Deus a possa ajudar e consolar, pois creio que é o único que o poderá fazer. Ao despedir-me dela ela disse-me esta frase que me me fez estremecer:
"Muito obrigada por os seus conselhos e que Deus a abençoe.
Esta mulher - mãe e esta frase não saem do meu pensamento.
6 comentários:
madame
Obrigado de ter Publicado no Seu blog
esta fotografia da fonte da Segueteira tirade por mim numa tarde de domingo de Agosto 2008
Antonio roque
roque.maceira1@sapo.pt
Olá querida Viviana
Há situações extremamente dificeis.Mas a sua fé sempre a inspira para um carinho,para uma palavra de conforto.
(Pobre Senhora como deve sofrer, ninguém merece viver assim...)
Beijinhos.
António, meu caro irmão em Cristo:
Foi uma grata surpresa a sua visita a este humilde cantinho,
Sempre fico feliz quando "encontro" almas redimidas por Cristo.
Na verdade, procuro sempre a orientação do Espírito, em tudo o que Deus permite que eu vá fazendo.
Farão em breve 5 anos que "ando por aqui" neste blogue. Andarei, enquanto eu perceber que essa é a vontade de Deus.
Apreciei muito o seu incentivo...
Obrigada.
Já fui espreitar o seu blogue mas voltarei lá com mais tempo para comentar.
O meu abraço em Cristo
Muitas bençãos
Viviana
Olá António Roque
Que bom encontar aqui alguém de Maceira!
Creio que nos conhecemos, penso eu, dos almoços de Natal na Sociedade, não?
Quanto á foto, achei-a muito bonita, por isso a escolhi.
Eu tenho muitas fotos da Segueteira e de outros lugares lindos de Maceira, mas preferi colocar esta.
Fui buscá-la a "imagens de maceira - Pero-Pinheiro.
Estava num site mas sem nome do autor.
Um abraço
Viviana
Querida Dilita
Sinto mesmo compaixão da nossa Cristina.
Como eu gostava de a voltar a ver a sorrir...
Quem sabe?
Estou imtercedendo a Deus por ela e por o filho.
Um beijo
Viviana
Fiquei comovida com este post.
Como é possível (viver) tanto sofrimento.
Para a D.Cristina, toda a força e esperança.
Vamos pensar nela e falar do seu nome ao Senhor da coragem e alegria.
Abraços.
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