quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Poema do mar e da serra - Branquinho da Fonseca

Mar da Ericeira
















Poema do mar e da serra

Ó mar de que não sei nada
nem vejo que desvendar,
és só a mais larga estrada
para ir e  voltar

Eu sou lá dos montes
que medem o céu,
sou das frias serras onde primeiro o sol nasceu
e onde os rios ainda são apenas fontes.

Contigo, falo ó mar,
se a lua vem do céu passear no mundo,
tornando-te  a planície do luar
sem ecos, nem mistérios de profundo.

Mas só lá sou da terra e a terra é minha,,
só lá  eu sou do céu e o céu para mim,
ó serra aonde  há   tal serenidade
que nada tem começo
nem fim.

  (Branquinho da Fonseca)

Serra do Buçaco

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