Este blogue está de luto, o meu coração está de luto, o meu povo está de luto!
Fernando Rei - a sétima vitima. Morreu hoje em Coímbra.
Daniel Falcão - a oitava vitima - vai a enterrar amanhã
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Por estas imagens que me transmitem a cruel realidade da tragédia que se abateu sobre o meu povo:
O mais triste, o mais cruel, é que, como cidadã que procura observar e conhecer o que se passa á minha volta, constato que nem todos estão de luto. Sobretudo a classe política, tem manifestado uma quase indiferença, como se fosse algo sem importância.
Saliento a Senhora Ministra da Justiça - Drª Paula Teixeira da Cruz.
Interrogada por um jornalista sobre a moldura penal que contempla este tipo de crime, respondeu:
Não creio que deva ser revista. A moldura penal é adequada.
Chocou-me a ligeireza com que tratou este assunto dos incêndios em Portugal.
Chocou-me a ligeireza com que tratou este assunto dos incêndios em Portugal.
Daí a algumas poucas horas a comunicação Social, apresentava dados que parecem ser desconhecidos da senhora Ministra:
Número de incendiários condenados quase duplicou em cinco anos mas só em 5% dos casos há pena de prisão
Entre
2007 e 2011, 280 pessoas foram condenadas pelos tribunais de 1.a
instância por provocarem incêndios florestais. Mas dessas, só 14 foram
condenadas a penas de prisão efectivas. Ou seja, apenas 5% do total.
E
se, em 2011, só um em cada dez condenados por este crime teve de
cumprir penas de prisão, em 2007 ou 2008 não há registo de que alguém
tenha ido para a prisão por atear fogos, de acordo com os dados enviados
ao i pelo Ministério da Justiça.
Ainda não há dados
disponíveis sobre acusações e condenações concretizadas em 2012 e 2013,
mas só este ano já foram detidos pela Polícia Judiciária (PJ) 54
suspeitos de fogo posto. Cinco deles, segundo avançou ontem o "JN", eram
menores.
O número de incendiários condenados praticamente
duplicou em cinco anos (de 37 em 2007 para 68 em 2011) mas os juízes
pouco alteraram as decisões finais. A maioria dos suspeitos que chega a
julgamento é condenada a penas de prisão suspensas ou a multa. Há casos
excepcionais de condenação a medidas de segurança de internamento (seis
no espaço de cinco anos) e até seis casos de penas de prisão
substituídas por multa, mas não há registo de que alguma pena tenha sido
convertida em trabalho comunitário.
Em 2011, por exemplo, só em
sete casos os juízes optaram pela pena de prisão: dos 68 condenados, 20
tiveram de pagar uma multa e 40 foram sujeitos a penas de prisão
suspensas, mas com regimes variados (17 com regime de prova, três com
sujeição a deveres, quatro com regras de conduta e nove a prisão
suspensa simples). Ainda assim, 2011 foi o ano em que mais incendiários
tiveram de responder pelo crime na prisão: foram apenas quatro em 2010,
três em 2009 e zero em 2007 e 2008.
(http://www.ionline.pt/)
Há uma normalidade nas rotinas, como se nada tivesse acontecido.
No meu entender, o País, a começar pelos políticos e continuar com as
"elites", devia estar de luto. As bandeiras nacionais deviam estar a
meia -haste. Deveria ser decretado, no mínimo três dias de luto
nacional.
Quando eu penso que quando morre um político( que fez o quê?) ou um
Presidente da República(que fez o quê?), a bandeira Nacional é colocada a
meia-haste e decreta-se luto nacional... porquê não agora fazer o mesmo
com estes Heróis?
Na verdade, o meu país e o meu povo, está muito mal servido pelos seus representantes.
E. afinal é o povo que os elege e lhes entrega o Poder de governar
Nota de hoje - 10/8/2016:
Publiquei este texto e estas imagens, há 3 anos, neste blogue, sob o título:
" Este blogue está de luto." (3/9/2013)
Os meus amigos que por aqui passarem, pensem o que entenderem...
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