quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Tempestade - Um poema de Francisco A. Magueijo

Fonte da imagem: blogue.eaqui.pt


TEMPESTADE

O céu escureceu.
Formou-se a tempestade
Que envolvida nas trevas,
À terra desceu.
O granizo caiu
Ao som do trovão,
Enquanto os raios
Tudo iluminavam
Com o seu clarão.
Lá no povoado
Em mostra de fé,
As pessoas crentes
Estão em oração.
Do alto da serra
Já nada se via
E só se sentia
Ao pisar a terra.
Ouviam-se gritos
Comoventes aflitos
Que pareciam de dor.
E a chuva fria
Pelas vertentes descia
Causando pavor.
Ao fundo a ribeira,
negra, traiçoeira
Tornou-se impotente.
O moleiro e o moínho,
Foram na corrente...
Manhãnzinha a moleira
Que veio à ribeira
Buscar a farinha,
Fez o seu pranto baixinho,
Ao moleiro e ao moinho
Que a deixaram sozinha.

Nota: grande tristeza do autor.

(Francisco Magueijo - no livro - O Amor Perfuma a Vida)

Nota pessoal:

Este poeta popular, era um antigo, e grande amigo meu, de Maceira - Pero Pinheiro.

2 comentários:

Rosa disse...

Olá viviana.

Poema lindo.

Tal e qual nas nossas vidas, dias de tempestade e dias de bonança...


Viviana, espero que estejam bem, e que tenham um bom fim de dia.


Abraços.

Viviana disse...

Querida Rosa

Também o acho muito lindo...

Simples, mas muito belo.
O poeta já foi descansar.

Ficaram os seus poemas

Um abraço
Viviana