quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

AVEIRO - Um poema de Pedro Homem de Mello

Barco Moliceiro  de Aveiro -Fonte da imagem:http://aveirodelesales.blogs.sapo.pt/

           AVEIRO

Em marcha sonolenta avança um barco
Sob a ponte romana em forma de arco.

Da sombra das vielas chegam fados
Que se fundem na brisa magoados...

Na areia correm, ao de leve,  ondinas:
Correm na areia leves, as varinas...

Voltam da faina alegres pescadores
Tocando harmónios, gaitas e tambores.

Aqui, nas praças, na água, em cada rua,
Outra luz vem de longe e continua... 

(Pedro Homem de Mello - no livro - SEGREDO)
 

4 comentários:

Luana disse...

Lindo! Gosto muito.

Rosa disse...

Olá Viviana.

O poema é sem duvida,lindo.

Mas no terreno, ou melhor, junto da ria podemos verificar que a beleza é outra.

A cidade de Aveiro é deveras, bonita, acolhedora, fantástica, fabulosa...qual Veneza

Linda para visitar e admirar...

( a publicidade não foi paga) :))


Viviana, tenha um bom resto de tarde.

Por aqui, temos a abençoada chuvinha, que já hoje me deu a primeira molha.


Abraços.

Viviana disse...

Olá, L.

Pedro Homem de Mello, para mim, um grande e importante poeta português, está esquecido.
Foi marginalizado no pós 25 de Abril", por ter "sangue azul" e não ser de esquerda...
Tem poemas muito belos
Estou a tentar "ressuscitá-lo"...e acho que estou a conseguir.
Foi professor do meu marido no Porto.

Que bom que gostou do poema
Um abraço
Viviana

Viviana disse...

Olá Rosa!

Quando publiquei o poema lembrei-me logo de si.

Fala do seu AVEIRO...

Mas tem razão, há muita, muita beleza por essas margens, por essas terras.

Tenha uma boa noitinha
Que bom que já "apanhou uma molha"...quer dizer: que a chuvinha regou a sua horta e o seu jardim.

Um abraço
Viviana