quarta-feira, 15 de março de 2017

Almada, o Tejo e Lisboa - Um poema de Edite Pereira

Ponte 25 de Abril. Fonte da imagrm: http://www.joaoleitao.com.

ALMADA, O TEJO E LISBOA

«Da minha infância distante
recordo por um instante,
o vaivém daquele cais:
as varinas...os leiteiros...
o chafariz..aguadeiros...
mais o homem dos jornais.

Lá estava o grande farol
que, por vezes, era um sol.
Dava luz nos nevoeiros
que encobriam o rio
em dias de muito frio,
e guiava os cacilheiros.

Quando eu abria a janela
tinha, ao fundo uma aguarela:
Lisboa ali, mesmo em frente,
com o Tejo a separar,
ou, quem sabe? A aproximar
esta margem tão diferente.

E o Tejo tão  cantado
em tantas letras de fado,
nunca teve namorada.
Como poderia ter
se nunca soube escolher
entre Lisboa e Almada?

Desde sempre estas cidades
com tantas, tantas saudades,
não se cansam de esperar
o seu rio, o seu Tejo,
que sempre  vem dar-lhes um beijo,
antes de correr  p´ró  mar.»

(Edite C.C. Pereira - no livro - Lágrimas e Sorrisos)

2 comentários:

Rosa disse...

Olá viviana.



Muito bonito este poema.
E só podia ser,afinal, fala do Tejo e Lisboa, um bocadinho de Portugal, lindo e cheio de história.


viviana, que estejam bem e tenham uma noite tranquila.

Abraços, para os dois.

Viviana disse...

Querida Rosa

É lindinho sim...
O Jorge gostou muito.

Um abraço
Viviana