Ponte 25 de Abril. Fonte da imagrm: http://www.joaoleitao.com. |
«Da minha infância distante
recordo por um instante,
o vaivém daquele cais:
as varinas...os leiteiros...
o chafariz..aguadeiros...
mais o homem dos jornais.
Lá estava o grande farol
que, por vezes, era um sol.
Dava luz nos nevoeiros
que encobriam o rio
em dias de muito frio,
e guiava os cacilheiros.
Quando eu abria a janela
tinha, ao fundo uma aguarela:
Lisboa ali, mesmo em frente,
com o Tejo a separar,
ou, quem sabe? A aproximar
esta margem tão diferente.
E o Tejo tão cantado
em tantas letras de fado,
nunca teve namorada.
Como poderia ter
se nunca soube escolher
entre Lisboa e Almada?
Desde sempre estas cidades
com tantas, tantas saudades,
não se cansam de esperar
o seu rio, o seu Tejo,
que sempre vem dar-lhes um beijo,
antes de correr p´ró mar.»
(Edite C.C. Pereira - no livro - Lágrimas e Sorrisos)
2 comentários:
Olá viviana.
Muito bonito este poema.
E só podia ser,afinal, fala do Tejo e Lisboa, um bocadinho de Portugal, lindo e cheio de história.
viviana, que estejam bem e tenham uma noite tranquila.
Abraços, para os dois.
Querida Rosa
É lindinho sim...
O Jorge gostou muito.
Um abraço
Viviana
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