Flor de aboboreira.Foto tirada na margem da ribeira, na minha horta em Galamares - Sintra. |
«Uma vez uma menina
inda muito pequenina
teve um sonho diferente:
sonho não compreendido,
naquele tempo atrevido,
que alvoroçou toda a gente.
Depois, já quase mulher,
teve mesmo que escolher
o que queria ser na vida.
E aquele sonho antigo
que foi crescendo consigo,
tomou forma definida.
Decidiu ser Enfermeira.
E, querendo esta carreira,
teve muito que lutar
contra ideias e conceitos
de quem só via defeitos
na vida que ia encetar.
Com muita perseverança,
sempre cheia de esperança,
durante anos estudou.
E por fim já preparada,
começou uma caminhada,
a que sempre desejou.
E viu tanto sofrimento
que nunca, em qualquer momento,
pensou poder encontrar.
Os dramas de tantas vidas,
a dor, esperanças perdidas
e a morte sempre a espreitar.
Mesmo sendo já mulher,
continuou a crescer.
E dentro de si mudou:
Ganhou calma e paciência
mas perdeu a inocência
da menina que sonhou.
Teve uma vida tão cheia!
Nem ela fazia ideia
que sempre iria lembrar
os sucessos, incertezas,
alegrias e tristezas.
Valeu a pena sonhar.»
(Edite C. C. Pereira - no livro - Lágrimas e Sorrisos)
Nota pessoal:
A Edite estudou na Escola Técnica de Enfermeiras - Instituto Português de Oncologia.
Entretanto, eu estudava na Escola de Enfermagem do Hospital de Santa Maria.
Recebi o meu diploma fez 53 anos, há três dias - 08/12/1964.
4 comentários:
olá Viviana.
Um "sonho antigo" muito bom de ler...
Então 53 anos de diploma! interessante, imagino como seria a enfermeira Viviana.
Competente, sem duvida.
Viviana, sem muitas demoras,como sabe, este tempo,para mim é muito trabalhoso e cansativo...
Tenho descansado pouquíssimo, mas hoje vou aproveitar e descansar mais cedo.
Desejo-vos uma noite tranquila...
Abraços.
Querida Rosa
Também achei interessante o poema da Edite
Ah! minha boa amiga, um dia...quando nos encontrarmos, hei-de contar-lhe a maneira linda...como o Senhor Deus me encaminhou para a enfermagem, onde pude realizar - me de uma forma tão rica tão gratificante.
Imagino quanto trabalhinho de máquina...
Oro por si.
O meu fraterno abraço
Viviana
Olá querida Viviana
Desde o primeiro verso eu estava a ver a Viviana e não pensava em mais ninguém.É que aquela me parece a sua história, a sua linda história de vida, determinada, ponderada,contagiando com amor tudo o que a rodeia. (a Edite não disse, mas aqueles versos foram para a Viviana)
Gostei muito, nota-se. Mas a verdade é que eu gosto do seu Blog pela totalidade. Repito-me na afirmação, mas é verdade.
Um abraço forte.
Dilita
Dilita!
Ah! minha boa e linda amiga!
Como me alegrou a sua visita?...
E, as suas palavras.
Interessante, o seu ponto de vista do poema da Edite.
Sorri longamente quando li o que escreveu a respeito.
Obrigada, minha boa amiga
Um abraço cheio de amizade e carinho
Viviana
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