terça-feira, 18 de setembro de 2018

Chuva - Um poema de Miguel Torga

Chuva,  vista da minha janela.

                 Chuva
Chove uma grossa chuva inesperada,
Que a tarde não pediu mas agradece.
Chove na rua, já de si molhada
Duma vida que é chuva e não parece.

Chove, grossa e constante,
Uma paz que há-de ser
Uma gota invisível e distante
Na janela a escorrer.
   (Miguel Torga - no livro  - Poesia Completa I)

2 comentários:

Rosa disse...

Olá Viviana.


Lindo o poema.

A chuvinha, sem fazer estragos, é sempre preciosa.

Se bem que por estes dias, não a desejamos muito, senão, lá se vão as uvas e a vindima do sr. Hélder.

Viviana, tenha uma tranquila noite.
Abraços

Viviana disse...

Querida Rosa

Nunca é demais publicar Miguel Torga!
É, desde a minha adolescência, o meu poeta preferido.

Infelizmente, parece estar a ficar um pouco esquecido.

Quanto à preciosa chuvinha...que Deus a mande quando for precisa.

O meu abraço
Viviana