quinta-feira, 4 de julho de 2019

Do livro - SALMOS PARA A VIDA - de IGNÁCIO LARRAÑAGA

O belo nardo marítimo, debruçado sobre a praia do Magoito -Sintra

«Senhor, nosso Deus,
como é admirável o teu nome
em toda a Terra!»
       ( Salmo 8:1)

«Bendiz  ó minha alma, o Senhor!
Como és grande, SENHOR meu Deus!»
               (Salmo 104:1)

O homem da sociedade industrial desligou-se da natureza e colocou-se acima dela, a fim de  explorá-la ao máximo, por meio da técnica, monstro que desbarata a comunhão e favorece a dominação. Por este caminho, a natureza vem a ser, não só o instrumento de poder, mas também presa para a avidez humana, dos que lutam pelo poder. E, assim, a natureza, em vez de harmonizar as relações humanas, falsifica-as e prostitui-as. E, levado pelo espírito de dominação e posse, o homem subjuga a natureza, e explora-a de forma indiscriminada e sem compaixão. Agora, porém, começou a compreender que a morte da natureza é também  a morte da humanidade.
  Numa experiência cósmica dos salmos, ao contrário do que se acabou de dizer, desaparece o complexo se superioridade. O senhor homem desce do seu pedestal e torna-se presente na criação, não como um dominador que entra nos seus próprios territórios, mas como um amigo reverente e admirado, que estabelece relações afectivas e fraternas com todos os seres, considerando que esses seres trazem gravadas  no seu íntimo a efígie de Deus. Trata-se, pois,  de uma experiência de Deus, ampliada e aprofundada.
    (IGNÁCIO  LARRAÑAGA - no livro - SALMOS PARA A VIDA)
     

1 comentário:

Rosa disse...

Olá Viviana.


Gosto do texto, gosto do autor.
Temos,cá em casa, alguma literatura do Larranãga.

Viviana,mais um fim de semana se aproxima, que seja bem vivido por todos vós.


Abraços.