terça-feira, 3 de setembro de 2013

Aguarela - um Poema de Miguel Torga

Miguel Torga. Fonte da imagem: www.guiadeportugal.pt 

 Aguarela

Campos de Aveiro,
Manchas verdes de arroz,
E a vela de um barco moliceiro
Que um pirata ali pôs.

A servir de moldura, o velho mar cansado;
E um céu alto a descer e a ter fundura
Na quilha reluzente de um arado.

Miguel Torga

Linha Lisboa-Porto,1 de Agosto de 1942.

No livro- Poesia Completa I

2 comentários:

esperança disse...

Olá! Maninha querida! Que tudo te vá bem… E a todos nós.

Poema cheio de sumo…Os olhos e o coração do grande Miguel Torga, viam o essencial á vida: Manchas verdes de arroz, vela de moliceiro, quilha reluzente do arado, e de um céu alto a descer e a ter fundura, Deus abençoando, fazendo produzir em dobro, e em dobro…O trabalho da mão do homem. Como eu gosto disto!!! As enxadas de nosso pai também estavam reluzentes… eram usadas…Por isso havia fartura de tudo lá em casa, E que fartura!!!...Lembras-te?

Tem, tenhamos todos, uma noite tranquila.

Viviana disse...

Maninha Esperança:

Dizes bem...

"As enxadas de nosso pai também estavam reluzentes… eram usadas…Por isso havia fartura de tudo lá em casa, E que fartura!!!...Lembras-te?"

Se lembro!
Tanto trabalhinho!

Um abraço
Viviana