Miguel Torga. Fonte da imagem: www.guiadeportugal.pt |
Aguarela
Campos de Aveiro,
Manchas verdes de arroz,
E a vela de um barco moliceiro
Que um pirata ali pôs.
A servir de moldura, o velho mar cansado;
E um céu alto a descer e a ter fundura
Na quilha reluzente de um arado.
Miguel Torga
Linha Lisboa-Porto,1 de Agosto de 1942.
No livro- Poesia Completa I
2 comentários:
Olá! Maninha querida! Que tudo te vá bem… E a todos nós.
Poema cheio de sumo…Os olhos e o coração do grande Miguel Torga, viam o essencial á vida: Manchas verdes de arroz, vela de moliceiro, quilha reluzente do arado, e de um céu alto a descer e a ter fundura, Deus abençoando, fazendo produzir em dobro, e em dobro…O trabalho da mão do homem. Como eu gosto disto!!! As enxadas de nosso pai também estavam reluzentes… eram usadas…Por isso havia fartura de tudo lá em casa, E que fartura!!!...Lembras-te?
Tem, tenhamos todos, uma noite tranquila.
Maninha Esperança:
Dizes bem...
"As enxadas de nosso pai também estavam reluzentes… eram usadas…Por isso havia fartura de tudo lá em casa, E que fartura!!!...Lembras-te?"
Se lembro!
Tanto trabalhinho!
Um abraço
Viviana
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