GUIADOS PELO AMOR
A Bíblia afirma que a vinda do Senhor Jesus ao mundo se deveu ao amor de Deus Pai, que o enviou com o propósito de salvar os homens (João 3:16).
Com toda a certeza, o Filho de Deus não foi constrangido a deixar as
mansões celestiais e a penetrar no planeta terra, afetado pelo mal e
dominado pelo príncipe das trevas. Ele veio porque ama o Pai e partilha
do seu amor pela humanidade perdida, confusa e destituída da glória do
seu estado inicial.
O amor de Deus, e não o mérito humano, é o fundamento sobre o qual
assenta todo o plano de salvação que o Senhor Jesus veio executar, por
meio da sua morte na cruz.
Esse amor de origem divina, que é a razão da vinda do Messias e a causa
da nossa salvação, penetra os corações daqueles que respondem com
arrependimento e fé à mensagem do evangelho, fazendo destes,
“portadores” da marca divina que os capacita a amar o próprio Deus, a
amar os outros filhos de Deus e a amar aqueles que (ainda) não pertencem
ao núcleo da família de fé.
Antes que qualquer sentimento de auto-exaltação surja e invada o nosso
coração, sempre usurpador da glória alheia, é mister afirmar que é
impossível o exercício do verdadeiro amor no coração daqueles que ainda
não passaram pela experiência da regeneração espiritual.
O coração não regenerado pode revelar alguns traços de simpatia, de
cordialidade e de generosidade para com o próximo. Contudo, é incapaz de
amar a Deus e de amar o próximo como Deus o faz.
Só um coração transformado e habitado pelo Espírito Santo é capaz de
expressar genuíno amor. É o amor divino que vitaliza o interior do ser
humano para que este, por sua vez, se torne um verdadeiro amante (1 João
4:10,17).
Partindo desta premissa, é possível afirmar, com claro apoio das
Escrituras, que todo aquele que se assume como filho de Deus, a fonte do
amor santo, deve “andar” no amor, o que equivale dizer que deve “viver
num constante exercício de amor”, fazendo com que todas as suas
motivações sejam por ele sustentadas.
Tendo como base o conceito hebreu (ou semítico) de “andar”, o desafio
colocado diante dos crentes é que “se comportem” como possuidores do
amor divino.
É interessante notar que o amor é apresentado como o “vínculo” ou a
“argamassa” da perfeição, isto é, a força impulsionadora que nos permite
alcançar a maturidade espiritual, assim como “o caminho sobremodo
excelente” que deve ser perseguido para o bom exercício dos dons
espirituais (1 Coríntios 12:31; 14:1; Colossenses 3:14).
Como seguidores do Senhor Jesus, somos constrangidos a andar ou a viver
em contínuo exercício de amor, visto que Ele próprio é o exemplo do
sublime amor, amor esse tão radical que vai até às últimas consequências
em favor dos amados.
Paulo afirma que Ele “nos amou e se entregou por nós a Deus”, isto é,
amou-nos a ponto de sacrificar a própria vida em nosso lugar e em nosso
benefício.
E a gloriosa notícia, que deve impulsionar os nossos corações e nos deve
estimular a fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para
“continuarmos a andar no amor”, é que o sacrifício do Senhor Jesus, a
oferta da sua própria vida, foi aceite pelo Pai. Metaforicamente
falando, a santidade da sua vida foi “inalada pelas narinas divinas”
como um cheiro suave e agradável, o que nos garante segurança.
Portanto, nada mais importa, do que possamos afirmar ou fazer em
nome de Deus e perante os outros, a não ser que tudo seja motivado pelo
amor.
Que as nossas vidas, o nosso serviço a Deus, assim como o nosso trato
para com os demais irmãos sejam sempre motivados e fundamentados no amor
que nasce no coração do nosso Pai.
Soli Deo Gloria!
Pastor Samuel Quimputo
Igreja Evangélica Baptista de Sete - Rios - Lisboa
Sem comentários:
Enviar um comentário