Pardais. Fonte da imagem: https://papoentrelinhas.wordpress.com/
OS SINOS
Manhã cheia de luz. O sol ardente e loiro,
Inda baixo, ilumina a fulvos tons de águas
Do Tejo azul, que tem cintilações de fráguas
Como enorme saphira engastada em oiro.
Repicam sinos e repicam!
Repicam sinos!
Vôam pelo ar os hymnos cristalinos!
Longe outros sinos já replicam
Com doidos hymnos!
Replicam sinos!
Voando pelo espaço,
Muito alegres ao compasso
D ´aquela sinetada!...
...Ouve-se um dobre. Um sino toca ao longe,
lento e soturno como o cantochão de um monge.
Eh! pardalada,
O dia é lindo,
Foge, revoa em debandada,
Vira, revira e vai seguindo!
Requeima o sol no azul sem véo.
Os pardais descem, e quem olha
Dirá que se desfolha
Em pétalas o céo.
Cai tudo num socego. O sol glorioso avança.
A pardalada en fim descansa
Nas sombras de um jardim.
Ave- Marias. Longe o sino d ´um convento
Toca, devoto e lento:
Tlim!...Tlim!...
(D. João da Camara - no livro - A CIDADE)
2 comentários:
Olá Viviana.
Cá estamos de novo com o sr. mau tempo, não dá tréguas por estes lados, de novo tudo inundado.
Os passarinhos, os melros... só os vejo e ouço nos entreva-los da chuva e quando vêm apanhar a comida dos gatos.
O sino, sim, ouço o seu toque muito bem daqui de casa, mas com este tempinho só a chuva a cair sobre o telhado.
Viviana, mesmo com chuva, desejo-vos um bom fim de semana.
Abraços.
Querida Rosa
Quanta chuva, neve e granizo (camarinhas - como lhe chamam em Rio-Maior)!
Hoje, por aqui, o sol espreita de vez em quando.
já é muito bom!
Um bom dia do Senhor e o meu abraço fraterno no amor de Cristo - nosso Mestre e Senhor
Viviana
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