Do blogue - http://rendadebirras.blogspot.pt/ - da responsabilidade da minha amiga Dilita, trouxe esta "história deliciosa"...sobre a origem dos cravos vermelhos, na Revolução de Abril.
Trouxe na íntegra.
Ora vejam:
«Oh meus queridos Senhores "das Noticias ao Minuto", perdoem-me porque eu não me contive sem vos roubar esta noticia. Quero que ela chegue aos meus amigos de além mar................
"Foi Celeste Caeiro, agora quase com 83 anos, que em plena revolução,
entusiasmada, se recusou a ir para casa e ofereceu um cravo a um
soldado. Ao Notícias ao Minuto contou a história."
"Tinha então 40 anos e trabalhava num restaurante na Rua Braancamp, em Lisboa. A casa comemorava no dia 25 de abril o seu primeiro aniversário e os patrões decidiram fazer uma festa.No dia antes, compraram dezenas de cravos vermelhos e brancos que guardaram no restaurante em baldes com água, com intenção de, para assinalar a data, decorar o espaço e oferecer uma flor às clientes.“Levantei-me cedo, como de costume, mas quando cheguei ao trabalho os patrões disseram ‘meus senhores, a casa hoje não abre porque se está a dar um golpe de Estado. Vão para casa’. Pediram-me a mim e a outra empregada que levasse os cravos para casa”.Celeste pegou num grande molho e foi para o metro, com intenção de ir para o centro do acontecimento, apesar dos avisos da colega, que a aconselhou vivamente a ir para casa.
Ir para casa?! Então está-se a dar uma revolução e eu vou para casa?! Estava entusiasmada, já estava à espera que aquele dia chegasse há muito tempo”.Saiu do metro no Rossio e foi até ao Chiado onde se deparou com “um grande aparato”, tanques e soldados armados. Perguntou a um deles o que se estava a passar e disseram-lhe que iam para o Carmo deter o Marcelo Caetano.“Um dos soldados pediu-me um cigarro. Nunca fumei e tive pena de não o poder ajudar. Ainda olhei em volta para ver se lhe podia comprar um maço mas estava tudo fechado. Disse-lhe ‘Só tenho estes cravinhos’”.
“Tirei um do molho e dei-o ao soldado. Nunca esperei que ele aceitasse mas ele pô-lo no cano da espingarda. Comecei a distribuir os cravos por todos e a pô-los nas espingardas até ficar sem nenhum”.Celeste foi para casa e contou à mãe o que tinha feito, com intenções de voltar para a rua. “Esta rapariga é maluca! Vais levar um tiro!”.
“Até o escritor Luís de Sttau Monteiro, que eu conhecia - morava lá no prédio -, me disse que não voltasse a sair de casa. ‘Isto é uma guerra’, disse ele, e eu a pensar que ia correr tudo bem”.
"Tinha então 40 anos e trabalhava num restaurante na Rua Braancamp, em Lisboa. A casa comemorava no dia 25 de abril o seu primeiro aniversário e os patrões decidiram fazer uma festa.No dia antes, compraram dezenas de cravos vermelhos e brancos que guardaram no restaurante em baldes com água, com intenção de, para assinalar a data, decorar o espaço e oferecer uma flor às clientes.“Levantei-me cedo, como de costume, mas quando cheguei ao trabalho os patrões disseram ‘meus senhores, a casa hoje não abre porque se está a dar um golpe de Estado. Vão para casa’. Pediram-me a mim e a outra empregada que levasse os cravos para casa”.Celeste pegou num grande molho e foi para o metro, com intenção de ir para o centro do acontecimento, apesar dos avisos da colega, que a aconselhou vivamente a ir para casa.
Ir para casa?! Então está-se a dar uma revolução e eu vou para casa?! Estava entusiasmada, já estava à espera que aquele dia chegasse há muito tempo”.Saiu do metro no Rossio e foi até ao Chiado onde se deparou com “um grande aparato”, tanques e soldados armados. Perguntou a um deles o que se estava a passar e disseram-lhe que iam para o Carmo deter o Marcelo Caetano.“Um dos soldados pediu-me um cigarro. Nunca fumei e tive pena de não o poder ajudar. Ainda olhei em volta para ver se lhe podia comprar um maço mas estava tudo fechado. Disse-lhe ‘Só tenho estes cravinhos’”.
“Tirei um do molho e dei-o ao soldado. Nunca esperei que ele aceitasse mas ele pô-lo no cano da espingarda. Comecei a distribuir os cravos por todos e a pô-los nas espingardas até ficar sem nenhum”.Celeste foi para casa e contou à mãe o que tinha feito, com intenções de voltar para a rua. “Esta rapariga é maluca! Vais levar um tiro!”.
“Até o escritor Luís de Sttau Monteiro, que eu conhecia - morava lá no prédio -, me disse que não voltasse a sair de casa. ‘Isto é uma guerra’, disse ele, e eu a pensar que ia correr tudo bem”.
“Fui festejar. Foi muito bonito, uma maravilha”, ainda houve “gente que
não queria a revolução”: chegou a ver a polícia a bater em pessoas e
outras “escaramuças”, mas no geral o ambiente era de “euforia", contou
Celeste que ainda se "comove" ao recordar aquele dia há meia vida atrás e
sabe bem que, se fumasse, o 25 de Abril seria hoje completamente
diferente."»
(No blogue - http://rendadebirras.blogspot.pt/ )
Nota pessoal:
Achei esta história deliciosa e fiquei encantada por a conhecer.
Nunca ouvi nada sobre a origem do cravo, "na boca" da metralhadora do soldado, no Largo do Carmo, no dia 25 de Abril de 1974.
Creio que é importante, para a História do nosso País e do nosso povo.
É que, torna ainda mais bela e mais rica , a forma como viemos a ser uma democracia admirada e respeitada por a Europa e pelo mundo.
Creio, ainda, que a Dª Celeste, Caeiro deveria ser dada a conhecer, por quem de direito, porquanto, à sua maneira, teve um papel muito bonito, naquele longínquo dia 24 de Abril de 1974.
Pessoalmente, gostaria de a conhecer.
Obrigada por ter distribudo os seus cravos.
2 comentários:
Olá viviana.
Grande D.Celeste e linda a sua "história"
Concordo que deve ser contada aos vindouros.
Viviana, tudo de bom para vós, boa noite.
Abraços.
Querida Rosa
Imaginava isto?
Quem diria!...
Gostei mesmo de saber
Um abraço
Viviana
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