Pedro Homem de Mello - Poeta, Professor e Folclorista português.
QUANDO O VENTO DOBROU TODO O SALGUEIRO
Quando o vento dobrou todo o salgueiro
E as folhas caíram sobre o tanque
Disseste-me em segredo:
- A vida é como as folhas!
Depois, à nossa frente,
Um pássaro cortou com o seu voo azul
Os caminhos do vento.
E tu disseste ainda:
- O amor é como as aves...
Mas quando aquele pássaro, ferido
Já não sei porque bala,
Veio cair no tanque,
Mais negros e mais fundos os teus olhos
Prenderam-se aos meus!
E não disseste nada...
(Pedro Homem de Mello - no livro - SEGREDO -1953)
Quando o vento dobrou todo o salgueiro
E as folhas caíram sobre o tanque
Disseste-me em segredo:
- A vida é como as folhas!
Depois, à nossa frente,
Um pássaro cortou com o seu voo azul
Os caminhos do vento.
E tu disseste ainda:
- O amor é como as aves...
Mas quando aquele pássaro, ferido
Já não sei porque bala,
Veio cair no tanque,
Mais negros e mais fundos os teus olhos
Prenderam-se aos meus!
E não disseste nada...
(Pedro Homem de Mello - no livro - SEGREDO -1953)
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