Carro de bois .- Fonte da imagem: atelierdouglasokada.blogspot.com |
Quem me dera que a minha vida fosse um carro de bois
Que vem a chiar, manhãzinha cedo, pela estrada
e que para onde veio volta depois
Quase à noitinha pela mesma estrada.
Eu não tinha que ter esperanças - tinha só que ter rodas...
A minha velhice não tinha rugas nem cabelo branco...
Quando eu já não servia, tiravam-ne as rodas
E eu ficava virado e partido no fundo de um barranco.
(Alberto Caeiro - no livro - O Guardador de Rebanhos)
Sem comentários:
Enviar um comentário