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Lavrador já vizinho da morte
A seus filhos falou desta sorte:
»Filhos meus, um conselho vou dar-vos.
»De qu`haveis toda a vida lembrar-vos:
»Não vendais a frutífera terra
«De meus pais, fausta herança qu´encerra
»Um tesouro, qu´em dote lhes coube,
»Mas o sitio em qu ´está nunca eu soube;
»Qu ´ele existe e que o há sei decerto,
»Removei o terreno, lavrai-o,
»Com desvelo a miudo cavai-o,
»E em ditosas colheitas obtendo,
»Do tesouro porções ireis vendo.»
Morto o velho, os seus filhos ficaram,
E o paterno conselho abraçaram,
Os seus campos tão bem resolveram,
Que feliz sementeira tiveram;
Todo o ênfase entãodescobriram
Dos paternos ditames, e virão,
Recebendo feliz porção de ouro,
Qu ´é no mundo o trabalho um tesouro.
(Curvo Semedo - Fábulas)
2 comentários:
Olá Viviana.
Uma fábula cheia de interesse.
Obrigada Viviana.
Um bom resto de tarde, que aqui mais parece já noite.
Abraços.
Querida Rosa
Aprecio muito estas interessantes fábulas.
Um abraço
Viviana
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