Frei Agostinho da Cruz . Fonte da imagem: http://arquivodarrabida.blogspot.pt. |
A SEU IRMÃO DIOGO BERNARDES
Do Lima, donde vim já despedido,
Cavar cá nesta Serra a sepultura,
Não sinto que louvar possa brandura,
Sem me sentir turbar do meu sentido.
A laã de que me vem andar vestido,
Torcendo em várias partes a costura,
Os pés que nus se dão à pedra dura,
Nem me deixam ouvir, nem ser ouvido.
O povo cujo aplauso recebeste.
Vendo teu brando Lima, dedicado
A Príncipe Real, claro, excelente
Louvará muito mais quanto escreveste;
De mim, meu caro irmão, menos louvado,
Louva comigo a Deus eternamente.
(Frei Agostinho da Cruz - no livro - Poesias Selectas)
Nota:
Frei Agostinho da cruz, retirou-me muito jovem para o Convento da Arrábida, onde viveu como Eremita, até morrer.
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