segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

FELIZ DE QUEM ... Uma canção de Manuel Dias Pereira

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O senhor Manuel Dias Pereira e eu. - num almoço convívio
FELIZ DE QUEM...

No mundo estou sozinha
Sem amparo de ninguém,
Nem sequer uma madrinha
Que eu nela visse uma mãe;
Infeliz sorte a minha
Ser orfã de pai e mãe!...

REFRÃO

Feliz de quem 
Neste mundo tem
Um pai, uma mãe
Ou mesmo um amigo;
Pode dizer
Que é rico de valer,
Pois sabe o que é ter
Conforto e abrigo! (Bis)

É uma sorte, uma ventura
Ter no mundo uma mãe,
Pois sabe o que é ternura,
saboreia sempre o bem;
Mesmo que haja uma amargura
Tem sempre ao lado uma mãe!

REFRÃO

A desdita é minha sorte,
Mas eu sou feliz também,
Nas minhas preces sou forte
P ´ra que Deus mas ouça bem:
Que me vá juntar, na morte,
A meu pai e minha mãe!

REFRÃO

Coda
Feliz de quem
Tem uma mãe......

(Manuel Dias Pereira  - no livro - VIVER A CANTAR - Canções do Grupo Coral de Maceira - Pêro Pinheiro - Sintra)

Nota:

O senhor Manuel Dias Pereira - Ou melhor: "O senhor Manuel da Música" - foi, por toda a vida - Fará em breve 100 anos - o grande amigo de Maceira - minha aldeia do coração. Dá o nome á praça principal da aldeia. Somos grandes amigos...quero-lhe muito bem.

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Porque hoje é Domingo (378)

O pastor Jorge Leal apresentando a Palavra Sagrada na Igreja das Boas - Novas - Amadora
A Segunda Multiplicação dos pães

Naqueles dias, havendo uma grande multidão, e não tendo que comer, Jesus chamou a si os seus discípulos, e disse-lhes: Tenho compaixão da multidão, porque há já três dias que estão comigo, e näo têm que comer. E, se os deixar ir em jejum, para suas casas, desfalecerão no caminho, porque alguns deles vieram de longe. E os seus discípulos responderam-lhe:De onde poderá alguém satisfazê-los de pão aqui no deserto?  E perguntou-lhes: Quantos pães tendes? E disseram-lhe: Sete. E ordenou à multidão que se assentasse no chão. E, tomando os sete pães, e tendo dado graças, partiu-os, e deu-os aos seus discípulos, para que os pusessem diante deles, e puseram-nos diante da multidão. Tinham também alguns peixinhos; e, tendo dado graças, ordenou que também lhos pusessem diante  E comeram, e saciaram-se; e dos pedaços que sobejaram levantaram sete cestos. E os que comeram eram quase quatro mil; e despediu-os.
  (Ev de S. Marcos cap, 8:1 a 9)

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Os Sinos - Um poema de D. João da Camara

Pardais. Fonte da imagem: https://papoentrelinhas.wordpress.com/

OS SINOS

Manhã cheia de luz. O sol ardente e loiro,
Inda baixo, ilumina a fulvos tons de águas
Do Tejo azul, que tem cintilações de fráguas
Como enorme saphira engastada em oiro.

Repicam sinos e repicam!
      Repicam sinos!
Vôam pelo ar os hymnos cristalinos!
Longe outros sinos já replicam
     Com doidos hymnos!
Replicam sinos! 

Eh! tanta pardalada,
Voando pelo espaço,
Muito alegres ao compasso
D ´aquela sinetada!...

...Ouve-se um dobre. Um sino toca ao longe,
lento e soturno como o cantochão de um monge.

Eh! pardalada,
O dia é lindo,
Foge, revoa em  debandada,
Vira, revira e vai seguindo!

Requeima o sol no azul sem véo.
Os pardais descem, e quem olha
        Dirá que se desfolha
        Em pétalas o céo.

Cai tudo num socego. O sol glorioso avança.
       A pardalada en fim descansa
               Nas sombras de um jardim.
Ave- Marias. Longe o sino d ´um convento 
               Toca, devoto e lento:
                       Tlim!...Tlim!...

  (D. João da Camara - no livro - A CIDADE)

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

A escola na Finlândia e a escola em Portugal

Sala de aulas  - Ilha de Uto - Finlândia. Por cima do quadro podem ver-se as fotos dos meus bisavós Bengelsdorff. Fundadores e primeiros professores
 
 

 Há cem anos a Finlândia tinha quase  100% de alfabetização

Seria aceitável em Portugal um modelo como o da Finlândia?

«Do ponto de vista institucional, a Finlândia é um case study. Sou professor de Educação comparada e uma das  primeiras coisas que digo aos meus estudantes é que o princípio fundamental é a contextualização.
Não se deve aplicar modelos sem atender á realidade local?
A Finlândia é um país socialmente muito homogénio, que aprendeu a ler antes da escola. Nos países de matriz protestante, a generalização da leitura e da escrita é feita antes da massificação da escola, porque nas religiões que saem do luteranismo  e do calvinismo a leitura da Bíblia é obrigatória. O ensino da leitura era feito primeiro ás mulheres para ensinarem aos  maridos e aos filhos. Enquanto nós tínhamos 80/% de analfabetos, a Finlândia tinha quase 100/%  de alfabetizados na transição do século XIX  para o século XX.

Também é  diferente o estatuto dos professores na sociedade?

É mais difícil entrar na Finlândia na formação de professores do que em Medicina. São dez candidatos para uma vaga. Os professores não ganham muito mas também não ganham mal. têm muitas férias, administram o seu tempo. Há muitos jovens que preferem ter uma vida prestigiada pela sociedade, com uma qualidade de vida razoável, não muito stressada. Não há mega-escolas, são pequenas unidades muito comunitárias. Todos os professores têm o correspondente ao mestrado.»

  (Excerto de uma entrevista a o professor António Teodoro - porfessor universitário e  e investigador das Ciências da Educação)
Ana Sousa Dias - Diário de Notícias de 22/02/016.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

A sabedoria é serena - Diz João MOHANA

 Fonte:http://www.scrapsdinamicos.com.br

"Ordenar as preocupações que cada dia traz, a ponto de passarem pela bitola da nossa alma como passava a areia nas ampulhetas antigas. Grão a grão. Se não acontece assim, é que não estamos inteiramente verticais.
Isso, aliás, é fruto da serenidade, de calma. Essas duas palavras devem estar escritas a tinta no nosso dicionário de hábitos. Sem serenidade, a própria sabedoria se compromete. Dizia um grande cirurgião aos alunos:«Um homem com a carótida seccionada pode morrer de hemorragia em três minutos. Os senhores podem fazer cessar essa  hemorragia em dois minutos, se não estiverem com pressa.»
Por aí vê o leitor que não é somente a sabedoria que se compromete com a precipitação. A vida também.
Na verdade só a vida, ela, admite tudo, vê tudo e tem tudo. A sabedoria nunca se compromete.É sábia de mais para não ser serena."

  (João MOHANA - no livro - Sofrer e Amar)

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Porque hoje é Domingo (377)


E outra vez começou a ensinar junto do mar, e ajuntou-se a ele grande multidão, de sorte que ele entrou e assentou-se num barco, sobre o mar; e toda a multidão estava em terra junto do mar.  E ensinava-lhes muitas coisas por parábolas.
E sem parábolas nunca lhes falava; porém, tudo declarava em particular aos seus discípulos...

   ...E, naquele dia, sendo já tarde, disse-lhes: Passemos para o outro lado.  E eles, deixando a multidäo, o levaram consigo, assim como estava, no barco; e havia também com ele outros barquinhos.   E levantou-se grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de maneira que já se enchia.  E ele estava na popa, dormindo sobre uma almofada, e despertaram-no, dizendo-lhe: Mestre, näo se te dá que pereçamos?   E ele, despertando, repreendeu o vento, e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança.   E disse-lhes: Por que sois täo tímidos? Ainda näo tendes fé?   E sentiram um grande temor, e diziam uns aos outros: Mas quem é este, que até o vento e o mar lhe obedecem?

   (Ev.de S. Marcos 4:1e2; 34 a 41)

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Uma quadra de Agostinho da Silva

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 Fonte da imagem:www.whatsappimagens.com

 E venha a filosofia
teologia que farte
o que se pense de Deus
é só de Deus uma parte .
  (Agostinho da Slva -no livro - quadras inéditas)

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

DECLARAÇÃO - Um poema de João de Deus

Fonte da imagem:www.cultoabencoadonoseular.com.br 
DECLARAÇÃO

ELE:

 - Mais me eleva esse teu graciosíssimo andar,
Que uma nuvem  no céu, que uma onda  no mar!
E em que estrela do céu me há-de nunca raiar
A benéfica luz  desse cândido olhar?!
Oh! se  a morte uma vez essa luz me apagar,
Noite eterna , sem fim há-de  a alma enublar!

ELA:

Ora, o Sr. Anastácio! tantas vezes lhe tenho 
dito que não aprendi francês! Eu, se o senhor
quer casar comigo, porque me não pede à
minha mãe?

 (João de Deus - no livro - Campo de Flores)

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Pontes de Portugal - (11) - Ponte do Poço de Santiago - Sever do Vouga

Ponte do Poço de Santiago - Sever do Vouga.Fonte da imagem: http://autocaravanista.blogspot.pt.

Ao património artístico de Sever do Vouga pertence aquela que é considerada o ex libris do concelho - a Ponte do Poço de Santiago - verdadeira obra monumental, toda ela construída em alvenaria e com 28,5 metros de altura, constituindo um símbolo de identidade de toda a região.
A ponte insere-se num recanto natural verdadeiramente paradisíaco de verdes matizantes das montanhas que desaguam languidamente nas águas do rio Vouga, donde sobressai pela sua imponência, majestosa e sóbria, transmitindo uma imagem ímpar de beleza natural e artística.

Vários estudiosos defendem ser esta a mais alta ponte do país construída em pedra. Com 165 metros de comprimento, é constituída no seu todo por 12 arcos de tamanhos vários. O maior, de forma parabólica, abraça firmemente as margens do rio Vouga, tendo de altura 27 metros e de vão (comprimento da base) 53 metros. O fecho deste arco, o central, apresenta apenas 90 cm de espessura. Os restantes 11 arcos partilham da base do arco maior, havendo uma duplicidade de soluções geométricas e de engenharia verdadeiramente arrojadas. 


Nela circulava o saudoso comboio do Vale do Vouga, extinto em 1972 e substituído por automotoras. Agora é a circulação viária que assegura as funções que dantes estavam cometidas ao "Vouguinha".
A construção da Ponte do Poço de Santiago remonta ao ano de 1913, tendo sido necessários 3 a 4 anos para a sua conclusão e teve como orientador no terreno o engenheiro francês F. Mercier.

Porque se considera uma ponte verdadeiramente invulgar, o Pelouro da Cultura e Turismo da Câmara Municipal procedeu a contactos com várias entidades responsáveis, como por exemplo a C.P.. Solicitou-se ao IPPAR a sua classificação como Património Histórico mas, o parecer aguarda ainda homologação do Secretário de Estado.


Como se integra num conjunto potencialmente turístico, a Câmara Municipal valorizou ainda mais aquele imóvel procedendo à sua iluminação.
 (ps://www.geocaching.com )

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

A BÍBLIA É SURPREENDENTE

Hoje, de manhã cedo, concluí a leitura do livro Bíblico - Cantares de Salomão.
A certa altura, fui surpreendida por estas palavras, que, de tão belas, me emocionaram e encheram os meus olhos de àgua:

"O  TEU VENTRE  É COMO UM MONTÃO DE TRIGO, CERCADO DE LÍRIOS:"

 Podem  imaginar a beleza?
       
Fonte da imagem:www.magraemergente.com


Fonte da imagem:rspectivasdoolhar.blogspot.pt 

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

E TUDO ERA POSSÍVEL - Um poema de Ruy Belo



O poeta Ruy Belo - Fonte da imagem: www.youtube.com

 E TUDO ERA POSSÍVEL

Na minha juventude antes de ter saído
da casa dos meus pais disposto a viajar
eu conhecia já o rebentar do mar
das páginas do livros  que já tinha lido

Chegava o mês de Maio era tudo florido
o rolo das manhãs punha-se a circular
e era só ouvir o sonhador falar
da vida como se ela tivesse acontecido

E tudo se passava numa outra vida
e havia para as coisas sempre uma saída
Quando foi isso? Eu próprio não o sei dizer

Só sei que tinha o poder de uma criança
entre as coisas e mim havia vizinhança
e tudo era possível era só querer

(Ruy Belo - no livro - Marcelo Rebelo de Sousa - Os poemas da minha vida) 

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

A leitura diária do Evangelho pode mudar a vida, diz Gabriel Magalhães

Wook.pt - Espelho Meu

Casualmente,  encontrei em cima do louceiro da cozinha, quando o limpava, um pequeno marcador de papel, a folha de Janeiro de um daqueles pequenos calendários que habitualmente colocamos na nossa secretária de trabalho.

Neste caso, foi o Jorge, meu marido, que ali o deixou.
Quando lhe peguei  reparei no pequeno pensamento escrito:

"A alma exige coragem, vai exigindo cada vez mais coragem, até nos pedir toda a nossa coragem."
   ( Autor - Gabriel Magalhães) 


 Como "gostei" do pensamento, o passo seguinte foi pesquisar sobre o autor, e encontrei isto:

 Gabriel Magalhães, professor de Literatura Espanhola na Universidade da Beira Interior (Covilhã) e de Filologia Hispânica e Portuguesa na cidade espanhola de Salamanca, é um profundo conhecedor das duas culturas.
Tem vários livros publicados, entre eles ESPELHO MEU.

Oferecemos seguidamente alguns excertos de "Espelho meu", estreia de Gabriel Magalhães no campo da espiritualidade.

Levar Jesus a sério

Uma das coisas mais curiosas que acontece aos cristãos é lerem os Evangelhos e relativizarem aquilo que foi por eles lido. Dizem: «Isto é simbólico: não se deve entender à letra.» Ou então afirmam: «Estas palavras do Senhor são exageradas. Exigem uma santidade radical de que eu não sou capaz. Estava bem arranjado se me comportasse deste modo!» E é como se o Novo Testamento se transformasse numa hipérbole moral, num exagero da virtude, que um ser humano normal e razoável não deverá pôr em prática.
Quando isto acontece, é terrível. Tornamo-nos uma coisa dupla: passamos a ser pessoas falsas, enganadoras. Lemos uma coisa, defendemos publicamente essa mesma coisa, mas depois fazemos outra, procedendo de um modo oposto àquele que se configura nas nossas convicções oficiais. Tornamo-nos, na verdade, uns grandes hipócritas. Procedemos assim por «realismo»: porque o mundo não se compadece com os «idealismos» evangélicos.

Contudo, quando começamos a avançar por este caminho «pragmático», «calculista», quase sempre descobrimos que não somos felizes, e que nunca mais encontraremos a paz. O tal nosso «realismo» só nos conduz a anos e anos de angústia, de inquietação, de tensa incerteza. De um modo geral, porém, mesmo que a sua infelicidade seja evidente, os homens não costumam voltar atrás na sua ponderação primeira, não confessam a si mesmos: «Se calhar, o caminho evangélico, que parecia tão disparatado, seria aquele que me daria a felicidade.»

Quanto a mim, hoje em dia eu sei que isso é assim: que devemos levar o Evangelho rigorosamente a sério; que devemos incorporar nos nossos comportamentos diários aquilo que dizem as palavras sagradas. Ao princípio, parecer-nos-á que nos estamos a atirar de uma ponte para um vazio incerto, mas, com o tempo, a nossa felicidade, a nossa serenidade, a nossa paz irá crescendo de um modo intenso: maravilhoso e irreversível. (...)


Por conseguinte, o que Jesus nos diz, ao dar-nos conselhos radicais, não é o que se costuma interpretar: «Sede palermas e sofrei, sofrei estupidamente.» Não é nada disso. É precisamente o contrário disso: «Sede felizes, tão felizes que possais chegar a um ponto em que, confundidos com o Espírito, nada vos importem as ofensas dos outros.» Deste modo, o Salvador tem razão: mais uma vez Ele tem razão. 

E aqui duas últimas reflexões se impõem. Primeira: o ódio ou o ressentimento constituem sempre manifestações de falta de fé. Na verdade, nós só acreditamos que alguém nos pode fazer mal se pensarmos que Deus não nos ampara completamente. Se tivermos fé, se nos sentirmos intensamente ajudados por Deus, o mal que o outro nos procura fazer só desperta em nós piedade - e preocupação pela infelicidade que, na maldade desse nosso irmão, se revela


Contudo, esta reação generosa e amante só é possível se sentirmos, se tivermos a certeza da presença efetiva do amor de Deus nos nossos dias. Se não tivermos essa certeza absoluta, já esse mal que nos é feito nos parece perigoso. E essa sensação de perigo tem como consequência o nascer do ódio e do ressentimento. Como não acreditamos mesmo em Deus e no seu poder de amor, acreditamos então no poder do mal, e no modo como esse poder pode ensombrar a nossa vida.
E é assim que o ódio nasce: como um  prolongamento, um eco no nosso interior do mal que nos é feito. Podemos até dizer que o ódio que sentimos pelo mal é uma das maiores vitórias do mal em nós. Preservar o nosso interior de qualquer reflexo do mal que nos fazem deve constituir sempre a primeira preocupação da nossa vida quando s enos deparam situações malignas.

Segunda reflexão: devemos, pois, levar Jesus a sério, mas tendo alguma paciência connosco. Nem sempre somos capazes da melhor atitude: por vezes, demoramos a instalar na nossa vida um determinado comportamento. Mas, no fundo, nós estamos vivos precisamente para fazermos esta aprendizagem. Nós estamos vivos simplesmente para aprendermos a viver - e, quando essa aprendizagem estiver concluída, teremos posto o pé na nossa eternidade. Viver é isso: corrigirmo-nos pouco a pouco até que, na nossa brevidade, se instale a nossa eternidade.

(Gabriel Magalhães)
In Espelho meu, ed. Paulinas
© SNPC | 05.02.13


( http://www.snpcultura.org/espelho_meu.htm)
    

Nota pessoal:

Já pedi ao meu filho "livreiro", o favor de me conseguir um exemplar.

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Porque hoje é Domingo (376)


Porque também nós éramos, noutro tempo, insensatos, desobedientes, extraviados,  servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo  em malícia e inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros.
Mas, quando apareceu a benignidade e amor de Deus, nosso Salvador, para com os homens, não pelas  obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou, pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, que abundantemente, Ele derramou sobre nós,  por Jesus Cristo, nosso Salvador; para que, justificados  pela sua graça, sejamos feitos herdeiros, segundo a esperança da vida eterna.
Fiel é a palavra, e isto quero que deveras afirmes, para que os que crêem em Deus procurem-se aplicar-se ás boas obras; estas coisas  são boas e proveitosas aos homens.

   (Ep. de S. Paulo a Tito, 3:3 a 8)

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Palavras de Angela Merkel há cerca de cinco anos: "A Alemanha não tem Islão a mais mas Cristianismo a menos"

 A Chanceler alemã  Angela Merkel
Hoje, casualmente, encontrei um texto que publiquei neste espaço há cerca de cinco anos, o qual, dada a sua actualidade  relembro aqui.

Alemanha não tem Islão a mais mas Cristianismo a menos

Cristãos Democratas preparam-se para passar resolução que consagra as raízes judaico-cristãs da Alemanha.
A Chanceler da Alemanha, Angela Merkel, recebeu um estrondoso aplauso do Congresso do seu partido, a União Democrata Cristã, ao anunciar que o problema da Alemanha não passa por um excesso de Islão, mas sim de uma escassez de Cristianismo.

O comentário de Merkel surge no contexto de um debate alargado sobre a identidade alemã, o lugar dos cerca de 4 milhões de muçulmanos na sociedade e o multiculturalismo, um projecto que a Chanceler considera ter falhado.

“Não temos demasiado Islão, temos pouco Cristianismo. Temos poucas discussões sobre a visão cristã da humanidade”, afirmou a política, que em diversas ocasiões já manifestou publicamente a sua fé cristã.

A Alemanha precisa de mais debate sobre “os valores que nos guiam e a nossa tradição judaico-cristã. Temos que realçar isto com confiança, então conseguiremos chegar à coesão na nossa sociedade”.

As palavras de Merkel surgem numa altura em que foi tornado público que o seu partido quer passar uma resolução a consagrar a identidade judaico-cristã da Alemanha. Uma medida que não significa a exclusão dos muçulmanos, insiste a chanceler. “Esperamos que aqueles que venham para cá a respeitem [a tradição judaico-cristã], mantendo todavia a sua identidade pessoal”.

A liberdade religiosa não está em causa, adianta Merkel, que aproveitou para deixar uma mensagem sobre as minorias cristãs em países de maioria islâmica, ao dizer: “Claro que somos pela liberdade de cada um praticar a sua fé. Mas a liberdade cristã não pode parar nas nossas fronteiras. Isto aplica-se também a cristãos noutros países do mundo”.
(Renascença) 
Publicado no dia 10 de Novembro de 2010

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Qual a principal ênfase da Bíblia?


A Bíblia desafia-nos  a contribuir para acabar com  os sistemas e estruturas sociais, politicas e económicas injustas. Porém, na verdade, a principal  ênfase da Bíblia  é a fidelidade e confiança em Deus, reflectida na forma como os cristãos agem, independentemente do sistema económico ou politico em que se inserem. O desafio de Jesus Cristo no Sermão da Montanha "Procurem primeiro o reino  de Deus  e a sua vontade e tudo isso vos será dado" (Mateus 6:33) ecoa  nos nossos dias tão forte  como quando Jesus o pronunciou.

    (Alan Pallister e Samuel Cerqueira - no livro - Ética Cristã para Hoje)

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

A DOBADOIRA - Um poema de Teófilo Braga

 Mulher dobando  Fonte da imagem:http://estadosentido.blogs.sapo.pt 


A DOBADOIRA

Estava à porta assentada, 
dobando a sua meada  
        A velhinha:
Lenço branco na cabeça
A madeixa lhe sustinha,
E envolve-a  a  como toalha; 
Com que préssa
Sentada à porta trabalha.

         O sol doira
         Seu cabelo,
Que tem a cor da geada;
Para passar o novelo,
         A velhinha
De vez em quando sustinha
A gemente dobadoira;
Em que anda branca meada.

Na dobadoira que gira,
Como a mente que delira,
Nem já toda a atenção pondo;
Nem no novelo redondo
        Aumentando
Ao passo que o fio tira,
Todo o seu cuidado emprega!
       Pobre e cega,
Ansiada, de quando em quando
Com que tristeza suspira!

Por vezes o movimento
        Claro exprime
Tumultuar do pensamento,
Que no imo da alma  a oprime
    E quase oura!
Muita angústia e paciência
Reflecte-a a intermitência
   Do andamento
Ao voltear da dobadoira.
 
Fica-lhe na mão suspensa
          O novelo,
Concentrada não o enleia;
Na orfã netinha pensa!...
      Vem-lhe à ideia
        Por sua morte:
"Só, no mundo! Entregue à sorte!
        Pobre neta...
         Pesadelo,
Que tanto a velhinha inquieta.

Não ouvindo a dobadoira, 
Que gemia intermitente,
Caindo da mão dormente
         O novelo...
         Com desvelo,
A neta, cabeça loira,
          Vem à porta
Ver o que foi; com susto olha:
Uma lágrima inda molha
A face à velhinha morta.

  (Teófilo Braga - no livro - Viriato)

Nota:

Dobadoira - Aparelho para dobar. 
Dobar - Enovelar ou enrolar em novelo.
No dicionário da Língua Portuguesa de Fernando J. da Silva.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

A linguagem terna e bela do rei Salomão no livro de Cantares

Fnmte da imagem:https://www.pinterest.com/
/
Iniciei estes dias a leitura do livro de Cantares de Salomão, no  Antigo Testamento da Bíblia Sagrada.
Não pude ficar indiferente à beleza e ternura da linguagem usada pelo sábio rei Salomão. 
Partilho  com os amigos o capítulo 2:

  «Eu sou a rosa de Sarom, o lírio dos vales.   Qual o lírio entre os espinhos, tal é meu amor entre as filhas.   Qual a macieira entre as árvores do bosque, tal é o meu amado entre os filhos; desejo muito a sua sombra, e debaixo dela me assento; e o seu fruto é doce ao meu paladar.   Levou-me à casa do banquete, e o seu estandarte sobre mim era o amor.   Sustentai-me com passas, confortai-me com maçäs, porque desfaleço de amor.   A sua mäo esquerda esteja debaixo da minha cabeça, e a sua mäo direita me abrace.   Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, pelas gazelas e cervas do campo, que näo acordeis nem desperteis o meu amor, até que queira.   Esta é a voz do meu amado; ei-lo aí, que já vem saltando sobre os montes, pulando sobre os outeiros.   O meu amado é semelhante ao gamo, ou ao filho do veado; eis que está detrás da nossa parede, olhando pelas janelas, espreitando pelas grades.   O meu amado fala e me diz: Levanta-te, meu amor, formosa minha, e vem.   Porque eis que passou o inverno; a chuva cessou, e se foi;   Aparecem as flores na terra, o tempo de cantar chega, e a voz da rola ouve-se em nossa terra.   A figueira já deu os seus figos verdes, e as vides em flor exalam o seu aroma; levanta-te, meu amor, formosa minha, e vem.   Pomba minha, que andas pelas fendas das penhas, no oculto das ladeiras, mostra-me a tua face, faze-me ouvir a tua voz, porque a tua voz é doce, e a tua face graciosa.   Apanhai-nos as raposas, as raposinhas, que fazem mal às vinhas, porque as nossas vinhas estäo em flor.   O meu amado é meu, e eu sou dele; ele apascenta o seu rebanho entre os lírios.   Até que refresque o dia, e fujam as sombras, volta, amado meu; faze-te semelhante ao gamo ou ao filho dos veados sobre os montes de Bete»
(Livro de Cantares de Salomão cap.2 - Bíblia Sagrada)

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Por Portugal adentro - Castelo de Santa Maria da Feira

Castelo de Santa Maria da Feira - Fonte da imagem: http://www.portugalmapas.com/


O Castelo da Feira é um dos monumentos mais representativos de Portugal medievo, quer pela sua história quer pela sua arquitectura. Assenta num morro alto, a 195 m de altitude, dominando a parte meridional da povoação onde antes terá havido um santuário luso-romano e, posteriormente, uma fortificação visigótica que terá servido de núcleo embrionário para o edifício actual (séculos XII - XV);  em 1127 desde essa pequena fortaleza ergueu o grito de rebelião, secundando os barões  das terras  da Maia e das de Ribadouro, o senhor da terra da Feira de nome Ermígio Moniz; o que conduziu ao combate de São Mamede, em Guimarães,  decisivo na formação de Portugal. O possante castelo românico como o deixam antever as Inquirições de 1251, com o rodar dos tempos e as vicissitudes guerreiras da primeira dinastia caiu na ruína; D.Afonso V, em 1448 concedeu-o a Fernão  Pereira, senhor da Feira, com a obrigação de o reparar, e deste modo surgiu o actual edifício, em estilo gótico e feição provençal como nenhum outro se apresenta em todo o território português.

(No livro - Guia Turistico de Portugal de A a Z - do Círculo  de Leitores)

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

ESPANTO - Um poema de Maria Alberta Meneres


 
 Uma vista da casa da aldeia (a foto é minha)

ESPANTO

Uma gota de chuva
suspensa de um telhado

dá-lhe o sol  e parece
pequena maravilha

É um berlinde, dizem
crianças entre si

É uma bola, e bela
mas não rebola, brilha!

É a lua? Uma bolha
de sabão de brincar?

Um balão? Um brilhante
de uma estrela vaidosa?

Diz a velhinha olhando:
Quem chorou essa lágrima?

Uma gota de chuva
suspensa de um telhado:

chegou uma andorinha
engoliu-a e voou.

 (Maria Alberta Meneres - no pequeno livro- Poesias da Consulta aos Pulos)