quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Feliz Ano de 2009


Nigella damascena - nome vulgar -Espora

E assim, num ápice, o ano de 2008 se foi...
Mais logo, receberemos o ano de 2009.
Os anos vêm, e os se vão... e nós vamos percorrendo o nosso caminho, a nossa distância.
ÉBENEZER (até aqui nos ajudou o Senhor).
Vamos receber 2009 com alegria.
Vamos sorrir e cantar.
Vamos ser solidários.
Vamos olhar "os outros" com amor.
Vamos procurar construir a Paz.
Vamos trabalhar e procurar construir um mundo melhor.
Vamos ser humildes e compassivos.
Vamos percorrer a nossa distância de mão dada com o Pai.
Vamos entronizar Cristo nos nossos corações.
Vamos em frente, de rosto bem levantado.
Vamos ser felizes... e saborear a vida... em 2009.
Que para tanto Deus nos ajude.

A TODOS OS QUERIDOS AMIGOS QUE VISITAM ESTE CANTINHO, EU, DE TODO O CORAÇÃO DESEJO, UM ANO DE 2009 MUITO FELIZ E MUITO ABENÇOADO.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

A chuva em Mira-Sintra


Chuva em Mira-sintra - foto da viviana

Durante a maior parte do ano, Mira-Sintra tem uma luminosidade muito especial e um céu de um azul lindíssimo.
Agora que é inverno o cenário mudou. A luminosidade está ausente e o céu é cinzento escuro.
Porém, para mim, só mudou o tipo de beleza, pois continuo a encantar-me com Mira-Sintra.
E mais, como desde criança gosto muito da chuva, constitui uma alegria imensa para mim, cada dia de chuva que vem.
Fico habitualmente á janela longo tempo, olhando o horizonte e divertindo-me com o jogo dos pingos que brincam e dançam no vidro da janela.
Ao mesmo tempo, elevo os olhos para o céu, e sorrindo, agradeço reconhecida, ao Criador, por essa benfazeja e preciosa água que cai sobre a terra para a fecundar e permitir que haja vida.
As sementes que brotaram da terra na Primavera, que amadureceram com o sol do Verão, e que foram espalhadas pelo vento do Outono, mercê da chuva, já brotaram e já construiram um enorme e belo tapete verde que acalma e alegra o meu olhar.
Louvado seja o Senhor pela chuva!


segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Esta é a cidade - um poema de António Gedeão


Rua Augusta - Lisboa

Esta é a Cidade, e é bela.
Pela ocular da janela
foco o sémen da rua.
Um formigueiro se agita,
se esgueira, freme, crepita,
ziguezagueia e flutua.

Freme como a sede bebe
numa avidez de garganta,
como um cavalo se espanta
ou como um ventre concebe.

Treme e freme, freme e treme,
friorento voo de libélula
sobre o charco imundo e estreme.
Barco de incógnito leme
cada homem, cada célula.
É como um tecido orgânico
que não seca nem coagula,
que a si mesmo se estimula
e vai, num medido pânico.

Aperfeiçoo a focagem.
Olho imagem por imagem
numa comoção crescente.
Enchem-se-me os olhos de água.
Tanto sonho! Tanta mágoa!
Tanta coisa! Tanta gente!
São automóveis, lambretas,
motos, vespas, bicicletas,
carros, carrinhos, carretas,
e gente, sempre mais gente,
gente, gente, gente, gente,
num tumulto permanente
que não cansa nem descança,
um rio que no mar se lança
em caudalosa corrente.

Tanto sonho! Tanta esperança!
Tanta mágoa! Tanta gente!

(António Gedeão)

domingo, 28 de dezembro de 2008

Porque hoje é Domingo (37)


Foto retirada na Net

«Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador.
Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto.
Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado.
Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim.
Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.
Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem.
Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.
Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos. »
(Evang. S. João 15:1 a 8)

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

A bela Sintra


Palácio da Pena,que eu vejo da minha janela no alto da Serra.

Há tanta coisa linda a dizer, sobre a minha bela Vila de Sintra!
Hoje trago-vos a opinião do Prémio Nobel da Literatura José Saramago.

«Todos os caminhos vão dar a Sintra.
O viajante já escolheu o seu.Dará a volta por Azenhas do Mar e Praia das Maçãs, espreitará primeiro as casas que descem a arriba em cascata, depois o areal batido pelas ondas do largo, mas confessa ter olhado tudo isto um pouco desatento, como se sentisse a presença da serra atrás de si e lhe ouvisse perguntar por cima do ombro: "Então, que demora é essa?" Pergunta igual deve ter feito o outro paraíso quando o Criador andava entretido a juntar barro para fazer Adão.[...]
Da varanda do Palácio o viajante olha a massa verde do parque. Que a terra é fertil, já o sabia; conhece bastante de searas e pinhais, de pomares e olivedos, mas que essa fertilidade possa manifestatr-se com tanta força serena, como de um ventre inesgotável que se alimenta do que vai criando, isso só aqui estando se sabe.[...]
O Sol cobre tudo isto. Um pequeno esforço das árvores levantaria a terra para ele. o viajante sente a vertigem dos grandes eventos cósmicos.»

(José Saramago

Viagem a Portugal -1922

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Seis anos de uma imensa saudade.


Açucenas para a Nena - eram as flores de que ela mais gostava.

Eram três horas e trinta minutos, da madrugada de uma segunda-feira, dia 23 de Dezembro do ano dois mil e dois. quando a Nena, a minha querida Mãe, deu por finda a sua caminhada terrena, que durou noventa e um anos,e partiu para junto do seu Deus e Pai, a quem ela tanto amou e serviu, a fim de descansar dos seus trabalhos e receber a corôa da glória.
São decorridos seis anos de uma imensa saudade. de muitas lágrimas e de uma enorme falta.
Porém, há a certeza de que a Nena está agora bem melhor, e de que, mais cedo ou mais tarde, é apenas uma questão de tempo.. nós iremos voltar a encontrar-nos e voltar a estar-mos juntas de novo, numa vida feliz e eterna, que O Menino de Belém, preparou para todos aqueles que o amam e o aceitam como Senhor, e Salvador das suas vidas.
Por isso, é possível sorrir e ter esperança, vivendo na expectativa desse glorioso dia.

Jesus Alegria dos Homens



«Nesta hora de incerteza. de cansaço e de agonia,
nesta hora em que, de novo, a guerra se prenuncia,
neste momento em que o povo não tem rumo, nem tem guia;
Ó Jesus, agora e sempre Tu és a nossa alegria!

Nesta hora seca e torpe, de vergonha e hipocrisia,
quando os homens apodrecem nos banquetes e na orgia,
nesta hora em que a criança atravessa a noite fria;
Tu és a nossa esperança, Tu és a nossa alegria!

Alegria manifesta, que brotou e se irradia
de uma simples e modesta e sublime estrebaria,
alegria nunca ausente,
alegria onipotente
que palpita para o crente
e faz dele um novo ser;
alegria cristalina,
doce, mística, divina,
que nos toma e nos domina
e nos enche de poder.

Tu és a nossa alegria! Santa alegria, Senhor,
que nos une e nos separa e nos fecunda de amor!
Por isso cantamos hinos, temos prazer no louvor,
até nas horas escuras do afastamento e da dor.

Cantai, ó povos da terra!
Trazei harpas e violinos,
oboés, cítaras, guitarras,
harmônios, címbalos, sinos,
clavicórdios e fanfarras,
coros de virgens e mártires, de meninas e meninos!

Cantai, ó povos da terra!
Trazei avenas e tubas, flautas, flautins,
clarinetas, celos, clarins
e tambores
e metálicas trombetas e puríssimos cantores!

Cantai, ó povos da terra!
Trazei pássaros e fontes, bulícios, rios e ventos,
rochas, árvores enormes, alvos lírios orvalhados, palmas viçosas luzindo,
sons da noite, vozes múltiplas dos animais e das águas,
das pedras e dos abismos, das florestas intocáveis
e dos mundos subterrâneos, sons da madrugada clara:
estalos de galhos verdes. Doces ruídos domésticos: talheres e louças brancas.
Sons de fábricas, ruídos de teares e bigornas, de madeiras e metais,
passos pesados de botas de militares eretos,
passos macios e quentes de rosadas colegiais.

Cantai, ó povos da terra!
Cantai de noite e de dia,
na tarde pesada e morna,
na manhã ágil e fria,
na aflição, ou na ventura,
ao nascer, ou na agonia:
Jesus - Senhor dos senhores,
Tu és a nossa alegria! Tu és a nossa alegria! Tu és a nossa alegria!»

(Gioia Junior)

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Natal em Emaús



È natal!

«E no natal a gente sempre espera que aconteça um milagre.
Mas, ás vezes, a gente espera, espera e cansa, como os discípulos de Emaús:
– Senhor, é já hoje o terceiro dia, o terceiro mês, o terceiro ano...
Então, de repente, vejo-me passando às mãos do Mestre todas as mágoas, frustrações e dor.
E ele, mansamente, começa a fazer-me lembrar as bênçãos e vitórias alcançadas durante todo o ano, toda a vida: ás vezes sem conta em que o socorro chegou, talvez não como eu havia pedido ou esperado, mas sempre concorrendo para o meu próprio bem.
Enquanto minha alma caminha assim com ele, sua voz, como um acalanto, faz arder meu coração e eu lhe estendo a mão, queixas e murmuração, transformadas num pedido de amor:
– Fica comigo, Senhor!
O dia declina. Já não sou mais jovem, nem forte, nem cheia de ilusões.
O crepúsculo me assusta, me causa pavor:
– Fica comigo, Senhor!
Mas quando suas mãos marcadas, glorificadas, se estendem para partir o pão – que é ele mesmo, minha alma alimentada, agradecida, reconhece que sempre esteve comigo, durante todo o caminho. E a alegria é tanta que quase não dá para crer:
– Eras tu, Jesus! Eras tu, Rabi!
E eu me ajoelho para adorá-lo e para escrever essa estranha mensagem de ressurreição num dia de natal...
E hoje, o terceiro dia, o terceiro mês, o terceiro ano... Que esperava eu?
Não me lembro. Não importa.
O milagre aconteceu!
Há luz ao meu redor, há luz dentro de mim:
Jesus nasceu! Ele vive! Está aqui! Emanuel! Rabi!
Glória a Deus nas alturas! Bendito o que vem em nome do Senhor!
O caminho da espera se fez o da esperança:
Deus feito criança nasceu, cresceu, morreu, ressuscitou, cumpriu as promessas, deixou a promessa:
– Este Jesus há de voltar um dia!
E tudo isto é tão lindo, tão pleno, tão consolador, que a gente tem que terminar repetindo com o anjo anunciador:
– Não temais! Eis que vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo:
hoje vos nasceu Jesus Cristo, o salvador!
Vos nasceu – nasceu para nós, cada um de nós, mesmo para os que caminham na direção de Emaús.
Hoje é dia de ressurreição e de advento, dia da renovação do entendimento, que vem em resposta ao meu clamor:
– Fica comigo, Jesus! E Jesus ficou!
Noite feliz! Noite de paz! Noite de amor!»

(Myrtes Mathias)

domingo, 21 de dezembro de 2008

Porque hoje é Domingo (36)


O NASCIMENTO DE JESUS

E aconteceu naqueles dias que saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo se alistasse
(Este primeiro alistamento foi feito sendo Quirino presidente da Síria).
E todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade.
E subiu também José da Galiléia, da cidade de Nazaré, à Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém (porque era da casa e família de Davi),
A fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida.
E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz.
E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.
Ora, havia naquela mesma comarca pastores que estavam no campo, e guardavam, durante as vigílias da noite, o seu rebanho.
E eis que o anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor, e tiveram grande temor.
E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo:
Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor.
E isto vos será por sinal: Achareis o menino envolto em panos, e deitado numa manjedoura.
E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo:
Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens.
E aconteceu que, ausentando-se deles os anjos para o céu, disseram os pastores uns aos outros: Vamos, pois, até Belém, e vejamos isso que aconteceu, e que o Senhor nos fez saber.
E foram apressadamente, e acharam Maria, e José, e o menino deitado na manjedoura.
E, vendo-o, divulgaram a palavra que acerca do menino lhes fora dita;
E todos os que a ouviram se maravilharam do que os pastores lhes diziam.
Mas Maria guardava todas estas coisas, conferindo-as em seu coração.
E voltaram os pastores, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes havia sido dito.
(Ev.S.Lucas cap.2:1 a 20)

sábado, 20 de dezembro de 2008

Farinha de Mira-Sintra




Moínho de Mira-Sintra - foto- Viviana em 18/12/08

Atenção, atenção!

Quem quer comprar farinha moída pelo Moínho de Mira-Sintra, para fazer os seus bolos e os seus fritos de Natal?
O moínho está já há vários dias a trabalhar a toda a velocidade para que a farinha não falte!

Farinha feita como há cem anos atrás...

Eu, daqui a pouco irei lá comprar um saquinho, talvez até dois, ou três... porque não é todos os dias, nem em qualquer lugar, que se pode ter a sorte de encontrar desta farinha tão especial.
A ideia partiu do nosso Presidente, o "Ruizinho".
Foram colocados cartazes com a notícia em todas as portas das casas do Bairro e assim, toda a população foi informada.
O nosso Moínho é lindo! Muito lindo!
È é o ex-libris de Mira-Sintra.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Que emoção!


Os meus netos Inês e Nuno, frequentam uma escola de música.
Ela está no terceiro ano de Piano e ele no primeiro de Violino.
Ontem e hoje, eles participaram das audições que a Escola levou a cabo.
Naturalmente, que eles fizeram questão de convidar os avós a estarem presentes nestes interessantes eventos.

Ontem, fiquei encantada com os cânticos de Natal e não só, cantados por os vários grupos etários, começando por os mais pequeninos e acabando nos mais velhinhos.
Um dos momentos altos foi quando uma Orquestra Infantil, tocou músicas belíssimas, bem certinhos e bem afinadinhos.
Houve ainda um outro momento de particular beleza que foi quando um Côro Infantil cantou melodias tão belas, tão belas... que mais parecia um Côro Angelical a cantar.
Ai, aquelas vozes cristalinas e puras...tocaram no mais íntimo do meu ser e emocionaram-me até.

Hoje, foi o Piano que esteve em evidência.
Foi lindo, lindo, ver e ouvir todas aquelas crianças, apresentando peças musicais muito bem escolhidas e bem tocadas.

Um rapazinho de 9 anos, ao tocar, deixou-nos boquiabertos!
Ele estava tão seguro e dominava de tal maneira as teclas, que ficámos presos a ele e á sua música.
Foi fantástico!
Uma maravilha!

Mas...o mais impressionante da noite estava para chegar...

Depois de dezenas de crianças pequenas, terem apresentado os seus números, reparámos que veio uma senhora de cabelos brancos e sentou-se ao piano.
Eu pensei:
Bom, deve ser uma pianista que nos vem oferecer uma das suas peças musicais.
Sentou-se, naquela pose dos grandes pianistas que ficam por momentos em silêncio,como que a preparem-se mentalmente.
De repente, começa a tocar uma das peças mais pequenas e simples, de todas as que se ouviram ali.
Era uma principiante!
Uma principiante de cabelos todos brancos!
Podia ser uma avó.
Todos a ouviram em profundo silêncio, emocionados...e quando terminou, foi das mais ovacionadas.
Eu fiquei emocionada e com a lágrima ao canto do olho.E pensei: No final, vou procurá-la e cumprimentá-la. Dar-lhe os parabens!

E assim foi. Quando terminou fui á sua procura, mas como encontrei no caminho uma pessoa conhecida e conversei um pouco, quando a procurei, já não a vi e fiquei cheia de pena.Tanto que eu lhe queria falar!

Saímos para o jardim e estava eu a conversar com os meus familiares, quando aquela senhora de cabelos brancos, aparece, vinda lá de dentro e sorrindo para mim, dá-me um grande abraço, e trata-me por enfermeira...
Ela tinha-me visto lá dentro e conheceu-me.
Imaginem quem era a tal senhora!

Era nem mais nem menos do que uma "mãe" de um bébé, hoje com 43 anos, do qual eu cuidei como enfermeira, no Dispensário Materno-Infantil da Amadora, e de quem fiquei amiga e que mais tarde veio viver para perto de mim em Mira- Sintra.

Podem imaginar o resto da conversa não é verdade?

Acontece cada coisa!
Entretanto a Inês, que assistiu á cena, quando a "senhora" se foi embora, disse-me: Ò avó, a Celeste é minha colega, ela é "adulta", e todos os outos são crianças.
Ela é muito divertida.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Preparemo-nos para viver o Natal


Está a chegar o Natal.

Preparemos o nosso coração, o nosso espírito e a nossa mente, para vivê-lo da maneira certa e condigna, de acordo com o seu verdadeiro significado e aquilo que ele reprezenta.

Natal é essencialmente AMOR!

Todo o tempo é tempo de amor, mas agora é-o de uma forma especial.


Porque foi por Amor que o Menino nasceu.

Então,que sejamos capazes de olhar a todos com Amor, Simpatia, Afecto, Compreensão, Carinho, Ternura, Espirito perdoador e Compaixão.

Numa Frase:

Amenos os outros como a nós mesmos!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

O presente de Natal que a menina pediu


Geralmente gosto de passar os olhos pelas últimas notícias na internet, pois faço questão de estar informada de como vai este nosso complicado e confuso mundo.

Eis senão quando, os meus olhos bateram neste título informativo, que me feriu como uma faca afiada, e me perturbou e me revoltou, e me deixou muito, muito triste...

Pobres crianças!

Será que não se pode fazer mesmo nada para acabar com este crime hediondo???

Pois a ideia que temos é que os criminosos se mexem á vontade!

« -Menina pede ao Pai Natal para não sofrer mais abusos sexuais -


No Texas, um homem de 55 anos foi preso por pedofilia depois de uma das suas vítimas, uma menina de nove anos, escrever uma carta ao Pai Natal a pedir, como presente de Natal, o fim dos abusos que sofria.

A polícia deteve Andres Enrique Cantu depois de ser alertada por educadores que organizaram um projecto escolar com cartas para o Pai Natal, revela o jornal local McAllen Monitor.

A menina pediu como presente de Natal o fim dos abusos sexuais praticados por Cantu, que também abusava da sua irmã, de dez anos, segundo o jornal.

Cantu, que trabalha na escola local há 11 anos, teria abusado de uma das meninas entre 2004 e 2008 e já atacava a irmã desta desde Janeiro deste ano.

Se for considerado culpado, Cantu será condenado a pelo menos 50 anos de prisão»

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Hoje, e não amanhã


Imagem retirada da net

Prefiro que compartilhes comigo uns poucos minutos, agora que estou vivo, e não uma noite inteira quando eu morrer.

Prefiro que apertes suavemente a minha mão, agora que estou vivo, e não te debruces sobre mim, quando eu morrer.

Prefiro que me faças um só telefonema, agora que estou vivo e não emprendas uma grande viagem inesperada, quando eu morrer.

Prefiro que me ofereças uma só flor, agora que estou vivo, e não me envies um bonito ramo quando eu morrer.

Prefiro que elevemos ao céu uma oração, agora que estou vivo, e não uma missa cantada e celebrada quando eu morrer.

Prefiro que me digas umas palavras de alento, agora que estou vivo, e não uma um grande poema quando eu morrer.

Prefiro que me toques um só acorde de guitarra, agora que estou vivo, e não uma comovedora serenata quando eu morrer

Prefiro que me faças uma leve dedicatória, agora queestou vivo, e não um rebuscado epitáfio sobre a minha campa quando eu morrer.

Prefiro desfrutar das coisas mais simples, agora que estou vivo, e não de grandes manifestações quando eu morrer.

Prefiro escutar-te um pouco nervoso(a) dizendo o que sentes por mim, agora que estou vivo, e não uma grande lamentação porque não o disseste a tempo, agora que estou morto.

Aproveitemos os nossos seres queridos, agora que estão entre nós...

Valoriza as pessoas que estão ao teu redor...

Ama-as, respeita-as, lembra-te delas...enquanto estão vivas.
(recebi via internet)

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Eureka! Descobri!





Lembram-se de um post que aqui publiquei -"A benção de ver os patos passar" ?

Aí eu contava da minha alegria ao ter descoberto que bandos de patos passavam todos os dias ao anoitecer, sobre a minha janela, vindos não sabia de onde.

Uma vez saímos para ir caminhar e a noite apanhou-nos lá fora, e eis senão quando começamos a ver bandos e bandos de patos a voar por sobre as nossas cabeças . Voavam tão baixo que dava para ouvir o seu grasnar. Era lindo, muito lindo! Contámos 123 patos, imaginem.

Daí em diante eu queria mesmo saber de onde é que vinham todos aqueles patos ao anoitecer!

Era muito difícil concretizar esse meu desejo, pois quem é me saberia explicar!?

Até que há uns dia atrás, eu estava no salão de cabeleireiro da minha amiga Antónia, onde já vou há 33 anos... e ela começou a falar-me de como a cidade do Cacém - a minha cidade - estava muito mais linda depois da aplicação do Programa Pólis, que é um Programa do Governo para alindar algumas das cidades do País.

Disse-me então que na Ribeira das Jardas, que é a mesma Ribeira que passa aqui em Mira-Sintra, agora até há patos, muitos patos, que ali passam o dia e á noite levantam vôo e vão embora.

Eu quase não podia acreditar!

Eu assim, de uma assentada, tinha descoberto de onde vinham os patos!

Mas que contente eu fiquei!

Pois aquilo era um enorme mistério para mim.

Não descansei enquanto não fui lá com o Gil e com o Zé.

Aproximei-me da beira da ribeira, que foi desassoreada e limpa, pé ante pé, com receio que eles fugissem ao ver-nos; mas não, eles convivem muito bem com as pessoas e algumas até lhes vêm dar de comer, imaginem.

Debrucei-me então sobre a Ribeira e ali fiquei longo tempo, deliciada por ver de perto os patos que todas as noites passam por sobre aminha janela.

Como eu gostei de ouvir e recordar o seu grasnar e o seu bater de asas!

Ali ficámos, até a noite chegar, para eu poder assistir áquele momento, para mim, mágico, de eles levantarem vôo para passar daí a uns dois minutos, por sobre a minha casa.

Fiquei lá até o último casal ir embora.

O Gil gravou esses momentos em vídeo que colocou no Yotub.

Hoje, tenho o imenso prazer de vos dar a ver "Os patos da Ribeira das Jardas"

Divirtam-se.

Agora, só me falta saber onde passam a noite e procriam, o que é bem mais dífícil, julogo eu. Mas eu vou tentar descobrir e se o conseguir... depois digo-vos.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Porque hoje é Domingo (35)


«Enfim, vivam em harmonia e com os mesmos sentimentos.
Amem-se como irmãos e sejam compreensíveis e humildes.
Não paguem o mal com o mal nem o insulto com o insulto.
Pelo contrário, respondam com palavras de bençãos, pois Deus chamou-vos para receberem as suas bençãos.
E como diz a Escritura:

Aquele que tem amor á vida
e quer passar dias felizes
evite dizer más palavras
e deixe de pronunciar mentiras.
Afaste-se do mal e pratique o bem,
procure a paz e siga-a,
porque o Senhor cuida do justo
e ouve as suas orações,
mas está contra os que fazem o mal.

Quem vos poderá fazer mal, se voçês procuram com ardor a prática do bem? Mas se tivessem de sofrer por fazer o bem, felizes de voçês.
Não temam as ameaças dos homens nem se deixem perturbar, e, nos vossos corações, honrem a Cristo como Senhor.Estejam sempre preparados para responder a todos os que se interrogarem acerca da esperança que têm. Mas façam-no com gentileza e respeito, tendo a consciência tranquila.
Desse modo, serão confundidos os que dizem mal do vosso procedimento, segundo a fé em Cristo, mesmo naquilo em que vos acusarem.
È melhor sofrer por fazer o bem, se tal for a vontade de Deus, do que por fazer o mal .»

(I Epístola de S. Pedro 3: 8 a 17)

sábado, 13 de dezembro de 2008

Para os meus netos, eu sou rica.


Para além das muitas alegrias que os meus netos me dão, quantas vezes me fazem rir a bom rir... e sorrir...com as coisas que dizem ou perguntam.
Aqui há tempos foi a Beatriz de oito anos, que quando eu me preparava para lhes contar uma história antes de adormecerem, aqui em casa, volta-se para mim e diz-me:
Ò avó, tu és rica!
Eu respondo: Rica, eu?
Ela diz: Tu tens estas coisas todas! E aponta para os vários compartimentos da casa.
Bom, lá lhe tentei explicar que não tenho muito dinheiro, mas Deus tem-me abençoado, creio que tambem porque sempre gostei de repartir com os que têm menos do que eu, e tambem porque desde bem jovenzinha, quando ganhava 100 escudos por mês... e até hoje... já aposentada, sempre tive uma alegria enorme em contribuir para a minha Igreja e para a obra Missionária.
Passado algum tempo foi a vez da Inês de nove anos me dizer, quando almoçava sentada na mesa da cozinha:
Ò avó,tu tens muito dinheiro não tens?
Eu pergunto:
Porque é que dizes isso?
Ela responde.
Porque tu Tens uma Bimby! E a Bimby custa muito dinheiro!
A Bimby é um Robot de cozinha que faz tudo menos fritar e assar, e eu comprei-a porque como sofro de artrite grave, não consigo nem sequer tirar a rolha de uma garrafa, por causa dos pulsos inflamados e doentes... quanto mais bater um bolo ou fazer outro esforço qualquer.
Bom, acontece que a mãe dela tambem tem uma Bimby porque é muito mais fácil cozinhar com ela.(As Bimbys estão em franca expansão por cá)
Lá expliquei á cachopa porque é que eu a tinha comprado.
Há uns dias atrás, foi a vez do Nuno de cinco anos.
Estávamos na sala, onde há imensas coisas... (casada há 42 anos imaginem quanta tralha eu já juntei!...)e ele voltando-se para a estante que ocupa toda uma parede da sala, e que está cheínha de livros, bibelots e muitas coisas mais...pergunta-me com um ar muito sério e indagador:
Ò avó, como é que tu ficáste com estas coisas todas?
Acho que para ele, aquelas coisas todas tão diversas... correspondem a uma fortuna!
Desde bem pequenino que ele gosta imenso de as retirar da estante e brincar com elas no chão.
Bom, lá lhe disse que juntei aquilo tudo desde que me casei há 42 anos; e pegando em várias peças fui lhe dizendo quem é que me deu ou aonde comprei todas aquelas bujigangas.
Acontece que o pai tinha que se ir embora e levá-lo com ele, e tive que parar de lhe apresentar as peças, o que o contrariou bastante, pois estava interessadíssimo em saber mais.
Hoje. ele e a irmã´dormiram cá, e é bem possível que ele queira dar continuidade á explicação.
Resumindo e concluindo: Eu creio que eles me consideram rica!
E não se enganam! Pois eles são a minha verdadeira riqueza, o meu tesouro.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Florbela Espanca


Florbela Espanca
Foto: www.cultura.mg.gov.br.

Completaram-se no passado dia 08/12/08, 114 anos sobre a data de nascimento da grande Poetisa Portuguesa, Florbela Espanca, pelo que achei por bem, publicar neste espaço uma pequena resenha do muito que encheu a vida desta extraordinária mulhe,que é colocada ao lado dos maiores escritores portugueses, e que tão jovem ainda nos deixou; tinha apenas 36 anos.
Diz-se que nessa noite de sete para oito de Dezembro -seu aniversário -tomou barbitúricos em excesso.
O trabalho escrito que se segue é da responsabilidade do Agrupamento de Escolas de Cuba (Cuba portuguesa, claro, no Alentejo).
Os dois poemas que apresento em baixo, encontram-se musicados e cantados e têm sido um sucesso.

«Poetisa portuguesa, natural de Vila Viçosa (Alentejo). Nasceu a 8 de Dezembro de 1894, filha ilegítima de João Maria Espanca e de Antónia da Conceição Lobo, criada de servir (como se dizia na época), que morreu com apenas 36 anos, «de uma doença que ninguém entendeu», mas que veio designada na certidão de óbito como nevrose. Registada como filha de pai incógnito, foi todavia educada pelo pai e pela madrasta, Mariana Espanca, em Vila Viçosa, tal como seu irmão de sangue, Apeles Espanca, nascido em 1897 e registado da mesma maneira. Note-se como curiosidade que o pai, que sempre a acompanhou, só 19 anos após a morte da poetisa, por altura da inauguração do seu busto, em Évora, e por insistência de um grupo de florbelianos, a perfilhou.

Estudou no liceu de Évora, mas só depois do seu casamento (1913) com Alberto Moutinho concluiu, em 1917, a secção de Letras do Curso dos Liceus. Em Outubro desse mesmo ano matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, que passou a frequentar. Na capital, contactou com outros poetas da época e com o grupo de mulheres escritoras que então procurava impor-se. Colaborou em jornais e revistas, entre os quais o Portugal Feminino. Em 1919, quando frequentava o terceiro ano de Direito, publicou a sua primeira obra poética, Livro de Mágoas. Em 1921, divorciou-se de Alberto Moutinho, de quem vivia separada havia alguns anos, e voltou a casar, no Porto, com o oficial de artilharia António Guimarães. Nesse ano também o seu pai se divorciou, para casar, no ano seguinte, com Henriqueta Almeida. Em 1923, publicou o Livro de Sóror Saudade. Em 1925, Florbela casou-se, pela terceira vez, com o médico Mário Laje, em Matosinhos.

Os casamentos falhados, assim como as desilusões amorosas, em geral, e a morte do irmão, Apeles Espanca (a quem Florbela estava ligada por fortes laços afectivos), num acidente com o avião que tripulava sobre o rio Tejo, em 1927, marcaram profundamente a sua vida e obra. Em Dezembro de 1930, agravados os problemas de saúde, sobretudo de ordem psicológica, Florbela morreu em Matosinhos em 1930, tendo sido apresentada como causa da morte, oficialmente, um «edema pulmonar».
A poesia de Florbela caracteriza-se pela recorrência dos temas do sofrimento, da solidão, do desencanto, aliados a uma imensa ternura e a um desejo de felicidade e plenitude que só poderão ser alcançados no absoluto, no infinito. A veemência passional da sua linguagem, marcadamente pessoal, centrada nas suas próprias frustrações e anseios, é de um sensualismo muitas vezes erótico. Simultaneamente, a paisagem da charneca alentejana está presente em muitas das suas imagens e poemas, transbordando a convulsão interior da poetisa para a natureza.
Florbela Espanca não se ligou claramente a qualquer movimento literário. Está mais perto do neo-romantismo e de certos poetas de fim-de-século, portugueses e estrangeiros, que da revolução dos modernistas, a que foi alheia. Pelo carácter confessional, sentimental, da sua poesia, segue a linha de António Nobre, facto reconhecido pela poetisa. Por outro lado, a técnica do soneto, que a celebrizou, é, sobretudo, influência de Antero de Quental e, mais longinquamente, de Camões.

Poetisa de excessos, cultivou exacerbadamente a paixão, com voz marcadamente feminina (em que alguns críticos encontram dom-joanismo no feminino). A sua poesia, mesmo pecando por vezes por algum convencionalismo, tem suscitado interesse contínuo de leitores e investigadores. É tida como a grande figura feminina das primeiras décadas da literatura portuguesa do século XX

Ser Poeta

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhas de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dize-lo cantando a toda a gente!

Amar !

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e a toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar... »

(Florbela Espanca)

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

O Elevador da Glória, em Lisboa



Esta é uma fotografia do Elevador da Glória, em Lisboa, tirada há noite, pelo meu neto Gil.
Acho-a bonita, e como tal, lembrei-me de a publicar aqui com alguma informação acerca deste velho elevador da cidade de Lisboa.
«O Elevador da Glória é um funicular operado pela Carris. Liga a Baixa (Praça dos Restauradores) ao Bairro Alto (Jardim/Miradouro de São Pedro de Alcântara), em Lisboa, e foi inaugurado a 24 de Outubro de 1885.

História

O Elevador da Glória construído pelo engenheiro português Raoul Mesnier du Ponsard. Começou por funcionar com depósitos de água, que, graviticamente, faziam descer um dos ascensores e subir o outro. Depois foi movido a vapor e a partir de 1914, passou a mover-se a energia eléctrica.
Até finais do século XIX, a iluminação dentro da cabine era feita com velas, durante as viagens nocturnas.
Desde Fevereiro de 2002, o Elevador da Glória está classificado como Monumento Nacional

Descrição

As duas carruagens, idênticas e numeradas 1 e 2, são compostas por duas coxias de comando, e um salão de passageiros com dois bancos corridos de costas viradas para as janelas, ao mesmo nível horizontal (no que difere dos restantes funiculares lisboetas em funcionamento — Elevador da Bica e Elevador do Lavra).
As entradas e saídas de cada carruagem fazem-se por duas portas munidas de cancela pantográfica e situadas na extremidade com menor desnível em relação ao exterior, de ambos os lados do posto de comando activo em ascenção.
Dos quatro ascensores actualmente em actividade na cidade de Lisboa, O Elevador da Glória é o mais movimentado, chegando a transportar anualmente mais de 3 milhões de passageiros.



quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

MÃE...


...NÃO ME ESQUECI DE NADA MÃE,

GUARDO A TUA VOZ DENTRO DE MIM

E DEIXO-TE AS ROSAS. ..
(Eugénio de Andrade)

Em memória de Juana Uarda Bengelsdorff Regueiras
Minha mãe

Nascida a 10 de Dezembro de 1911

Falecida a 24 de Dezembro de 2002
A minha imensa saudade
O meu profundo amor
E a minha eterna gratidão.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Fez ontem 44 anos...


Entrega do diploma pelo Dr. Coriolano Ferreira-Dirctor Geral dos Hospitais



Grupo que concluiu o curso.
Eu sou a terceira da esquerda na fila de trás.

Na foto acima desta sou cumprimentada
pela Senhora En fermeira Franco Henriques
En fermeira super-intendente do Hospital.

Fez ontem 44 anos, que eu concluí o meu Curso Geral de Enfermargem e recebi o meu diploma.
Estudei na Escola de Enfermagem do Hospital de Santa Maria em Lisboa.
Este Hospital era novo, na altura, e era, e continua a ser... o maior hospital de Portugal.
Foi criado como Hospital Universitário que ainda é.
A Escola funcionava num edifício pertinho do hospital, mas não estava dentro da cerca.
Há há bastante tempo, foi edificado um edifício próprio para a Escola dentro do espaço envolvente do Hospital.
Corria o ano de 1961 quando ingressei na Escola, depois de ter passado por um rigoroso e apertado exame de admissão.
O regime era de internato; permanecíamos na Escola de segunda a sábado, só podendo sair no fim de semana.
Mais tarde, creio que já no terceiro ano, permitiam-nos sair três vezes por semana das 18 ás 18 e trinta, portanto por meia hora. Eu tinha 24 anos.
A monitora chefe era por nós tratada por "O general", tal era a dureza de trato e a disciplina.
Vigorava ali um autêntico regime militar que se aproximava do terror.
Recordo, e creio que nunca esquecerei um dia em que a minha irmã Esperança, no fim da tarde, apareceu para visitar-me, acabadinha de chegar de França, onde trabalhou por vários anos... e não é que quando me dirigi á monitora de serviço, pedindo autorização para receber a minha irmã que não via há anos, essa autorização me foi negada!?
A minha noção de justiça funcionou então, e eu, consciente do castigo que iria receber...decidi saír sem autorização e fui encontrar-me fora da Escola com ela!
Quando entrei ninguem me disse nada, mas eu já sabia que não iria escapar "do julgamento".E assim foi. No dia seguinte fui chamada á monitora chefe -"o general", e fui bem apertadinha por ela...
O castigo que eu esperava, era não poder sair nem ir a fim de semana durante um ou mais fins de semana, o que era muito mau porque eu não poderia estar com os meus pais e rmãos nem ir ao Culto á Igreja.
Ms, e quando somos crentes e agimos com boa consciência, há muitas vezes "UM MAS".
Não é que depois do interrogatório e da minha justificação, eu vislumbro para meu espanto, um esboço de sorriso... no rosta da monitora quando me diz:

"A enfermeira Cruz não devia ter feito isso consigo.
Pode ir e não volte a sair sem autorização."
Esta é uma de muitas histórias acontecidas na Escola durante o meu curso.Talvez um dia destes eu conte aqui outras.

Dou infinitamente graças ao bom Deus que me deu a benção de tirar este curso, que para além de me dar possibilidades de me realizar "fazendo o bem", foi tambem a minha enxada com a qual ganhei o meu pão para mim e para a minha família, pois o salário de um Pastor baptista em Portugal, era tão baixo que não dava para quase nada.
Ainda hoje o é.

"Mas, graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo."
E Ele tem sido fiel e maravilhoso em toda a minha vida.
Glória pois e louvor a Ele:

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Passamos pelas coisas sem as ver


Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos, como animais envelhecidos:
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo ao chão, apodrecidos.

(Eugénio de Andrade)


domingo, 7 de dezembro de 2008

Porque hoje é domingo (34)



Retiro Regional da Zona Centro-Sul da União Feminina da C.B.P.

«Então estarão cumpridas aquelas palavras da Sagrada escritura:

A morte foi destruida numa vitória completa.
Onde está ó morte a tua vitória?
One está o teu poder de matar?

O poder da morte é o pecado e o que dá poder ao pecado é a Lei.
Graças a Deus, que nos deu a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo!
Por isso, meus queridos irmãos, sejam firmes e constantes.
Façam sempre com entusiasmo aquilo que o Senhor quer, porque para Ele,
o vosso esforço nunca será inútil.

Estejam alerta e firmes na fé
Sejam corajosos e fortes.
Façam todas as coisas por amor.»

(Segunda Epístola de S. Paulo aos Coríntios 15;34 a 36 e 16:13)

sábado, 6 de dezembro de 2008

Sou um milagre de Deus


Aborto: Abaixo-assinado contra o aborto como direito humano circula na Net

Lisboa, 04 Dez (Lusa) - Um abaixo-assinado está a circular na Internet até quarta-feira contra a intenção das Nações Unidas de declarar o aborto como um direito humano, noticiou hoje a agência católica Ecclesia.

A iniciativa, encabeçada por uma organização pró-vida, o Instituto da Família Católica e dos Direitos Humanos, conta já com cerca de 30 mil subscritores na versão portuguesa da petição.
O documento defende "o direito à vida de cada ser humano, da concepção até a morte natural, tendo cada criança o direito de ser concebida, nascida e educada no seio de uma família, baseada no matrimónio entre um homem e uma mulher, sendo a família o grupo de unidade natural e fundamental da sociedade".
Todas as assinaturas serão apresentadas na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, na quarta-feira, dia em que se assinalam os 60 anos da Declaração dos Direitos Humanos.
O Instituto da Família Católica e dos Direitos Humanos (C-FAM, na sigla inglesa) foi fundado há 11 anos para acompanhar e promover a vida no debate sobre políticas sociais na ONU e outras instituições.
ER.
Lusa/Fim

http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=376308&visual=26&rss=0

Link para abaixo-assinado.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Morrer de amor e saudade


O Horácio e a Laura casaram por amor.
Viveram um para o outro, numa entrega total, numa dádiva absoluta.
Um cuidava do outro, e um não podia viver sem o outro.
Nunca tiveram filhos, mas criaram uma sobrinha que bem pequenina, deixou o Gerês, no norte de Portugal, para vir tentar a sorte em Lisboa, como tantos faziam naquela altura.
O Horácio e a Laura receberam a Amélia como quem recebe o mais belo presente, e fizeram dela uma mulher preparando-a para enfrentar a dureza da vida, lutar e vencer.
A Amélia apaixonou-se pelo Zé Manel e casaram.
Tiveram três filhos que foram os netos muito amados e queridos do Horácio e da Laura, de quem cuidaram tambem, e que entretanto, cresceram e casaram, e os três tambem tiveram filhos, que foram os bisnetos preciosos do Horácio e da Laura,
Com o passar dos anos, as marcas do tempo foram desgastando e debilitando o Horácio e a Laura, que receberam da Amélia e do Zé Manel e dos netos, todo o cuidado, desvelo e ternura que podemos imaginar...
Há cerca de três meses a Laura teve um A.V.C. que a deixou sem fala e paralisada numa cama, o que trouxe um grande sofrimento e tristeza para o Horácio.
Há uma semana Deus entendeu por bem, chamar a Laura á sua presença.
A dor da separação foi indizível!
Na hora da despedida o Horácio suplicava á Laura:

"Minha querida, leva-me contigo!"

Passou uma semana, e a dor e a saudada do seu amor de mais de cinquenta anos, era tão grande e tão intensa, que ele não sabia como viver sem a Laura, e na madrugada de ante-ontem ás 4 e 30, sem que ninguem o esperasse, o seu coração parou em solidariedade com ele, porque não o podia ver sofrer tanto por o seu único e grande amor de toda uma vida.
O oficiante da cerimonia fúnebre disse a certa altura:
"O Horácio recebeu um presente. Ele está de novo junto da sua noiva".
Ontem á tarde, num dia de chuva, tal como com a Laura na outra semana, fomos acompanhá-lo e dizer-lhe um "até logo".
Lá ficou a descansar de tantas lutas e trabalhos em prol dos outros que tanto amava, quase ao lado da sua amada e querida Laura.

A neta Gabriela dizia-me no fim, com o coração destroçado:
"Viviana, que linda história de amor ! Dava para se fazer um filme."

Nota: A Amélia e o Zé Manuel são os meus queridos vizinhos do lado, há mais de trinta anos.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Durante a nossa vida

-"
-"Conhecemos pessoas que vêm e que ficam,
Outras que, vem e passam.
Existem aquelas que,
Vem, ficam e depois de algum tempo se vão.
Mas existem aquelas que vem e se vão com uma enorme vontade de ficar..."

(Charles Chaplin)

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

O Homem não consegue entender


-«Quando os pássaros cantam, estarão chamando as flores nos campos, ou estão falando às árvores, ou apenas fazem eco ao murmúrio dos riachos? Pois o Homem, mesmo com seus conhecimentos, não consegue saber o que canta o pássaro, nem o que murmura o riacho, nem o que sussurram as ondas quando tocam as praias vagarosa e suavemente.

Mesmo com sua percepção, o homem não pode entender o que diz a chuva quando cai sobre as folhas das árvores, ou quando bate lentamente nos vidros das janelas. Ele não pode saber o que a brisa segreda às flores nos campos.»

(Kahlil Gibran)

O Poeta do amor

1883 - 1931

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Especial

Faz hoje 68 anos e nove meses... que recebi o dom da vida.
Vida que não é minha mas que ao meu Deus pertence.
Ele tem caminhado comigo, sempre ao meu lado, neste meu peregrinar.
Ele habita o meu coração desde criança.
Neste dia, nesta hora, é para Ele o MEU OBRIGADA e minha ETERNA GRATIDÂO
Este poema em vídeo, é como se fosse eu a dizê-lo.

Obrigada pela vossa amizade e carinho que enchem a minha vida de alegria.

È portuguesa a mulher mais velha do nundo


Maria de Jesus de Tomar é a mulher mais velha do mundo


"Maria de Jesus, 115 anos e moradora no Corujo, Madalena, em Tomar, passou a ser a mulher mais velha do Mundo, na sequência do falecimento da norte-americana Edna Parker, ocorrido na última quarta-feira, 26 de Novembro, aos 115 anos e 220 dias.

A filha da supercentenária de Tomar, Madalena, de 83 anos, recebeu no mesmo dia um telefonema a dar-lhe conta da notícia mas não revelou à mãe porque sabe que ela não ia entender.

Natural de Urqueira, então freguesia do Olival, no concelho de Ourém, Maria de Jesus, que ficou viúva aos 57 anos, teve seis filhos (uma morreu à nascença e dois outros morreram recentemente), dos quais tem 11 netos, 16 bisnetos e cinco trinetos. Da lista de 78 “supercentenários” (pessoas com mais de 110 anos), 68 mulheres e 10 homens, actualizada em 29 de Agosto último pela organização norte-americana Gerontology Research Group, faz parte um outro português. Augusto Oliveira Moreira, residente em Grijó, que fez 112 anos no dia 6 de Outubro.

A Gerontology Research Group estima que o número de “supercentenários” no Mundo seja da ordem das 300 a 450 pessoas, baseando-se o seu registo nos casos confirmados e validados."

(O Mirante.pt)
Diário online

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Saudação - de Miguel Torga


Guara-rios ou Martin pescador

Nã sei se comes peixes se não comes,
Irmão poeta Guarda-Rios:
Sei que tens cèu nas asas e consomes
A força delas a guadar os rios.

È que os rios são água em mocidade
Que quer correr o mundo e conhecer;
E é preciso guardar-lhe a tenra idade.
Que a não venham beber...

Ave com penas de quem guarda um sonho
Liquido fresco, doce:
No meu livro te ponho,
E eu no teu rio fosse...

(Miguel Torga)