segunda-feira, 31 de maio de 2010

Caminhando e semeando...


Imagem da net.

“O que importa na vida não é o
ponto de partida, mas a caminhada.
Caminhando e semeando, no fim
terás o que colher.”
(Cora Coralina)

Casal Branco - Benfica do Ribatejo


Um belo poema sobre a semente. Está junto á porta de entrada.
Clique em cima para ver melhor.

Muitos ninhos de andorinhas nos beirais.


Há muitas flores por ali.


Ninho de cegonha.

Se um dia destes fôr comer "Sopa da Pedra" a Almeirim, no regresso, aproveite para ir conhecer O Casal Branco, em Benfica do Ribatejo, a caminho de Lisboa.
Trata-se de um lugar muito aprazível que integra vários edifícios antigos, muitas árvores e muita zona verde.
Também poderá comprar vinho de excelente qualidade, produção própria, a preços muito convidativos.
É um lugar bonito, tranquilo, de onde não dá mesmo vontade de ir embora.
Nos beirais das casas, dezenas de andorinhas constroem afadigadamente os seus ninhos, ou sustentam as suas crias.
Nas duas chaminés altas, as cegonhas construíram os seus ninhos e andam numa roda viva a trazer alimento para os filhotes. Dá gosto vêr.

sábado, 29 de maio de 2010

Porque hoje é Domingo (104)


Imagem da net.

Chamando para junto de si os seus doze discípulos, Jesus deu-lhes poder para expulsarem espíritos maus e curarem toda a espécie de doenças e males. São estes os nomes dos doze apóstolos: Primeiro, Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, Tiago e seu irmão João, filhos de Zebedeu; Filipe e Bartolomeu, Tomé e Mateus, o cobrador de impostos; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão, do partido dos Nacionalistas, e Judas Iscariotes, aquele que atraiçoou Jesus.

Jesus enviou estes doze dando-lhes as seguintes instruções: «Não se desviem para o caminho dos pagãos, nem entrem em qualquer cidade dos samaritanos. Vão antes ter com as ovelhas perdidas do povo de Israel. Pelo caminho anunciem que o reino dos céus está a chegar. Curem os que estão doentes, purifiquem os leprosos, ressuscitem os mortos e expulsem os espíritos maus. Receberam de graça, deêm de graça.Não procurem ouro, prata ou cobre para levar nos bolsos. Não levem saco de viagem, nem muda de roupa, nem calçado, nem cajado. O trabalhador tem direito ao seu sustento.
Quando chegarem a qualquer cidade ou aldeia, procurem uma pessoa de confiança e fiquem em sua casa até se irem embora.Ao entrarem numa casa cumprimentem os presentes com saudações de paz. Se os daquela casa forem dignos dela, que a vossa paz fique com eles; se não forem dignos, que volte para vocês. Se nalguma casa ou cidade não vos receberem, nem derem ouvidos ás vossas palavras, quando saírem daquela casa ou daquela cidade sacudam o pó dos vossos pés. Garanto-vos que no dia do juízo, a gente de Sodoma e Gomorra será tratada com menos dureza do que o povo dessa terra.
( Ev. de S. Mateus cap. 10: 1 a 15)

A flor de Trevo - Vermelho.


Trevo - encarnado -Trifolium incarnatum


Imagens da net.

Nos campos na zona de Leiria onde cresci, havia grandes quantidades de uma flor vermelha que eu gostava muito, a que chamávamos Flor do Trevo. Eu e o meu irmão corríamos por o meio delas alegremente, descontraídamente, ao som da música dos grilos, que num larguinho junto ás suas tocas, cantavam sem parar.
Saí de lá com cerca de vinte anos e andei por diversos lugares, mas nunca mais vi flores iguais áquelas.
Hoje, sem esperar, encontrei-as por acaso na net. Fiquei tão contente, que não resisti a partilhá-las aqui neste cantinho, com aqueles que têm a gentileza de por aqui passar.
Já agora, pedia o favor de me informarem, caso saibam onde elas existam, pois
se não fôr muito longe... irei até elas.
Obrigada.
Passo a apresentá-la:

Trevo- encarnado
(Trifolium Incarnatum)
Também designado entre nós por Erva-do-amor e Trevo-vermelho, planta nativa de grande parte da Europa e da Ásia menor, que cresce espontâneamente em Portugal, em relvados húmidos e terrenos cultivados. Inicialmente uma planta silvestre, passou a ser utilizada como forragem para o gado por conter um elevado nível de proteínas.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Momentos muito especiais na sala de jantar da casa dos meus pais.


Contra-capa do livro de poemas
Clique para ampliar.

Terça-feira é o dia em que habitualmente vamos á aldeia. A minha irmã Terezinha passa por aqui e leva-me a mim e ao Jorge. Fazemos uma paragem em Pero -Pinheiro para tomarmos o pequeno almoço na Pastelaria Sol, passamos depois pelo mercado de Montelavar onde compramos flores frescas para colocar na campa do pai e da mãe, e depois seguimos para Maceira.
A primeira coisa que fazemos é abrir todas as janelas para arejar a casa. Depois vamos ver como estão as flores, os arbustos e as árvores de fruto.
Geralmente, eu cuido do jardim e do pomar, que fica na frente da casa, ao lado da casa e atrás da casa, mais propriamente no quintal, e a Terezinha ocupa-se da casa propriamente dita.
Pois bem, esta última terça-feira andava eu toda entretida no pátio a limpar os vasos e a arrancar as ervinhas, quando a minha irmã me veio dizer: «Viviana, está ali na sala o Sr. Chico da Carreira que quer falar contigo.»
Deixei tudo e fui. Só o facto de ouvir o nome dele fez-me sorrir e criou em mim uma enorme expectativa, pois já sabia que ia viver um momento muito especial, muito bonito. O senhor Chico da Carreira - ou Franciso Magueijo - é poeta, poeta popular e pintor.
Aos nove anos era menino-pastor de ovelhas na sua terra natal - Juncal do Campo - Castelo Branco. Aos vinte e pouco veio para Maceira e foi durante muitos, muitos anos, motorista da Carreira (autocarro) - Lisboa - Maceira.
Lembro-me muito bem de viajar com ele na minha juventude.
Mais tarde comprou um táxi, que era o único táxi da aldeia.
Nesse táxi, verde e preto - que foi durante décadas a cor "oficial" dos táxis, o Chico da Carreira como era conhecido, transportava o meu saudoso pai, muito, muito doente, para o Instituto de Oncologia onde fazia tratamento. Manhã bem cedo lá estava ele á nossa porta, e com um carinho imenso repleto de ternura, ajudava a deitar o pai no banco de trás e assim o levava com todo o cuidado até Lisboa. Foi assim até o pai não precisar mais do táxi, pois ficou internado até o Senhor Deus o levar para o céu, há muitos, muitos anos.
O Sr. Chico da Carreira começou muito cedo a escrever poesia e a pintar, creio que aos vinte e poucos anos. Hoje tem setenta e quatro.
É um poeta triste, pois a vida trouxe-lhe muito sofrimento e muitas lágrimas.
Para além do pai e da mãe que partiram, nos últimos anos morreu-lhe o neto querido, de vinte e dois anos, num acidente de carro; pouco depois morreu-lhe o filho, pai desse neto, com quarenta e tal anos, de morte súbita, ao volante de um táxi, enquanto esperava por uma cliente que estava na farmácia a comprar um medicamento. A seguir partiu a esposa, isto, há cerca de três anos.
Pois bem, foi este homem que veio visitar-me na casa da aldeia.
É sempre uma emoção quando nos encontramos. Eu falo o menos possível para ter o prazer de o ouvir, pois até na sua maneira de falar há poesia. Aliás, todo ele é poesia.
Cumprimentei-o comovidamente, respeitosamente, pois ele está sempre associado ao meu querido pai.
Sentei-me numa cadeira á mesa da sala, junto dele.
Ele veio apresentar-me, e oferecer-me, com uma dedicatória muito especial, o seu quarto livro de poemas - O AMOR PERFUMA A VIDA - que acabou de ser editado. Claro que eu já possuo os outros três anteriores.
Falou do livro, falou dos poemas, mas o momento alto foi quando ele declamou de còr três poemas seus preferidos. Fê-lo de uma forma magnífica! Eu ouvi-o em lágrimas sentidas...
Foi um momento único que eu jamais esquecerei.
Aconteceu naquela sala!
Quantas coisas belas, quantas alegrias, quantas recordações...tiveram lugar naquela sala. A humilde sala da casa dos meus saudosos pais.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

A velhinha que já não sabe quantos anos tem.


Imagem da net.

Naquele dia, o ano passado, saímos em família como habitualmente, para dar uma volta e descontrair um pouco.
O Gil tinha comprado havia pouco tempo a sua nova máquina fotográfica digital, que sempre o acompanhava, e acompanha, nestas saídas. A máquina é grandinha e ainda parece maior, mais volumosa, quando ele coloca o parasol, como acontecia naquele momento.
Estacionámos o Fiat Punto azul num larguinho debaixo de uns belos e refescantes plátanos, junto a uma casinha rural, pequenina e bastante antiga. Reparámos que junto á porta estavam vários gatos, como quem espera por uma comidinha para matar a fome. A porta abriu-se e saiu uma senhora muito idosa, muito magrinha, pequenina, e com um ar muito pobre. Ao passar junto dela eu parei para a cumprimentar e para conversar um pouco com ela, pois parecia uma pessoa bastante só.
Enquanto conversávamos, o Gil não perdeu a oportunidade para tirar algumas fotografias de alguns ângulos interessantes do largo. De repente, a senhora ficou com um ar muito preocupado, e disse: «Para onde é que ele me está a levar o gato preto? Ele, era o Gil. Eu olhei e vi que o gato estava ali ao lado de um carro e que o que a senhora, que via muito mal, julgava que era o gato nas mãos do Gil, era apenas a preta e volumosa máquina fotográfica.
Quando percebi o engano tentei tranquilizar a senhora explicando-lhe que se tratava da máquina fotográfica.
Então ela ficou mais calma.
Conversámos mais um pouco e depois de nos despedirmos fomos á nossa vida.

Passaram-se vários meses e ao passarmos novamente ali perto da casa dela, pedi ao Zé para estacionar ali debaixo dos plátanos para eu ir saber da senhora. A casa estava toda fechada e sem vestígios dela.
Dirigi-me então a duas senhoras que conversavam ali e pedindo desculpa por estar a interromper, perguntei se me sabiam dar notícias da senhora da casinha ali em frente. Elas tiveram a gentileza de me informar que sim, que ela estava bem e que não deveria estar longe dali. Agradeci-lhes e pedi-lhes o favor de entregarem os meus cumprimentos.

No sábado passado, quando ía-mos a caminho da praia, voltámos a estacionar o carro no mesmo lugar para ir-mos tomar o pequeno almoço num café ali perto. O Zé, que é um rapaz bem humorado, disse para o Gil: "É melhor esconderes a máquina fotográfica pois a senhora vai dizer que lhe estás a roubar o gato preto»
Claro que sorrimos ao lembrar-nos dessa cena, mas o Gil levou mesmo a máquina na mão.
Ao estacionarmos o carro, o nosso primeiro gesto foi olhar para a porta da casinha da senhora velhinha, para nos certificarmos se ela estaria por ali, pois queríamos muito vê-la e cumprimentá-la.
Vimo-la então por dentro do vidro da porta, fixando o olhar na tentativa de vêr quem éramos.
Como era tarde e a fome apertava, decidimos ir comer primeiro e na volta parar e falar com ela.
Mesmo assim, ao passarmos á porta sorrimos para ela e acenámos-lhe um olá, isto, eu e o Gil, pois o Jorge e o Zé por temperamento não são muito de parar e conversar com as pessoas. Porém ela, concerteza por ver muito mal, não correspondeu ao nosso aceno.
Quando voltámos ela ainda estava no mesmo lugar por dentro do vidro. Aí, já com os estomagos confortados, parámos, sorrimos, e acenámos-lhe novamente. Vimos que fez um grande esforço para ver quem éramos, mas abriu imediatamente a porta sorrindo para nós com um lindo e doce sorriso.
Eu disse-lhe então: Como vai a senhora? Ao que ela respondeu: «Mal, muito mal. Estou muito doente e muito fraca. A médica disse-me que a minha coluna está a partir-se em duas, veja lá! E, virando as costas para mim disse-me ainda: «A senhora ponha a sua mão aqui nas minhas costas e veja como estou.» Eu enfiei a minha mão por baixo do velhinho roupão, muito gasto e debotado, e logo tacteei uma "crista óssea" alta e fina, na região dorsal que fazia impressão tocar.
Falou-me então do seu dia - a - dia, de como era triste viver assim doente e só, á espera que a morte chegue um dia destes e a leve para descansar.
Eu e o Gil ouvimo-la com toda atenção e ficámos deveras compadecidos. Ela disse que não tem família e que queriam que ela fosse para um lar, mas ela não quer deixar a sua casinha, o seu cantinho, e que por ali tenciona ficar até Deus querer.
Procurei dirigir-lhe algumas palavras de carinho e de encorajamento, mas concluí que não tinha muito mais para lhe dizer.
Perguntei-lhe quantos anos tinha e ela disse que já não sabia quantos eram. Olhando-a, vê-se que serão já muitos, muitos mesmo, talvez uns 95 ou 96.
Despedimo-nos dela abraçando-a, beijando-a, e desejando-lhe as melhoras .
Com um sorriso bonito naquele rosto pequenino e magro ( como de criança) ficou a seguir-nos com o olhar, acenando-nos com a mão até o Fiat Punto desaparecer lá ao fundo.
Pensei: Será que a voltarei a ver? Só Deus sabe. Mas eu gostava, gostava muito.

Parabéns! Maninha Esperança


Esperança

Minha linda e doce maninha:
Faz hoje 72 anos que a nossa mãe querida, recebeu nos seus braços, vinda de Deus, uma linda menina. Eras tu.
Sei que nasceste linda, foste sempre linda, e hoje és cada dia mais linda!
És uma pessoa maravilhosa, és uma alma rara! Em bondade, em alegria, em esperança, em capacidade de amar e perdoar, em amor, sublime amor, para com o Deus-Eterno-Criador, que os nossos queridos pais nos ensinaram a adorar, a respeitar e a reverenciar.
És a nossa "mana mais velha!"
Sempre preocupada connosco, os "mais novos!"
Tu sabes o quanto te amamos, o quanto te queremos bem...
Neste dia lindo do teu aniversário, estamos todos muito felizes, por ti.
Olhamos para o céu, e com um sorriso, e um coração totalmente agradecido, louvamos e bendizemos a Deus por ti, por a tua vida.
Que Ele te abençoe e te guarde e faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e te conceda a sua Paz, e muitos, muitos mais anos de vida.
Daqui a pouco já te abraçarei, se Deus quiser.
Até já.

Ainda não estou em mim...


Imagem da net.

Hoje, dia 25 de Maio de 2010, Deus abençoou-me tanto, tanto!
Foi tal a emoção, foi tamanha a alegria, que ainda não estou em mim!
Sinto-me como que bloqueada.
Não sei o que dizer.
Apenas:
Obrigada Senhor!
Obrigada Poeta
Obrigada Rosa!
Obrigada Helder!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Um encontro inesperado e muito interessante.


Senhora Arquitecta dona Isabel Thomaz e senhor Major António Thomaz.


Veja-se o objecto metálico que substitui a gravata.
Alguém sabe o nome?

Manhã de sábado passado.
Levantámos cedinho, e conforme o combinada na véspera, saímos de casa cerca das oito horas da manhã a caminho da praia do Magoito, actualmente a nossa predilecta da zona de Sintra, para dar inicio á nossa época balnear deste ano.
Previa-se um dia de muito calor, e daí, ir cedo para voltar cedo.
Tínhamos planos para tomar o pequeno almoço num barzinho junto ao mar, onde habitualmente ía-mos no ano passado, porém como ainda não começou a época balnear, o bar estava encerrado. O Zé teve então a ideia brilhante de ir-mos a uma conhecida pastelaria em Fontanelas, aldeia não muito distante do Magoito.
Parecia mesmo que as coisas não estavam muito a nosso favor, pois lá, estava uma informação que dizia: "Encerrado para férias".
Bom, como a fome apertava e havia um café mesmo ali ao lado, toca de entrar nesse mesmo para saborearmos o nosso tão desejado pequeno almoço.
Enquanto o Jorge e o Zé faziam os pedidos ao balcão, eu e o Gil fomos sentar-nos num lugarzinho agradável junto a uma janela.
Mal me sentei, reparei num casal com um aspecto distinto, que ali ao lado tomavam também o pequeno almoço.Chamou-me a atenção o facto de o senhor usar, em substituição da gravata, um objecto metálico com uma espécie de medalha onde havia dois cordões pendentes sobre o peito.
Imediatamente me lembrei de uma época muito lá para trás, onde os homens usavam aquele objecto que afinal era o mesmo que usavam alguns actores de filmes de cowboys americanos. Chamei a atenção do Gil para o facto.
Em menos de nada, levantei-me e dirigi-me delicadamente ao casal em questão e demonstrei a minha curiosidade por o tal objecto.
Os senhores foram de uma extrema amabilidade respondendo simpáticamente ás minhas perguntas.
A senhora informou-me que fora ela que o fizera, há muitos, muitos anos atrás, quando as senhoras usavam um tipo de blusas de golinha subida onde era colocado o tal objecto. Era moda nesse tempo.Agora, como ela já não usa essas blusas e tinha aquele, e outros objectos guardados e em bom estado, sugerira ao marido usar em vez da gravata.
Perguntei se me permitia fotografar, ao que ambos responderam afirmativamente.
Chamei então o Gil, porque a minha máquina digital tinha ficado no carro, apresentei-o ao casal e o Gil com toda a sua educação e simpatia tirou duas fotos.
Informei - os sobre o meu blogue e perguntei se poderia publicar as fotos para os meus amigos poderem ver o tal objecto de metal (não sabem o nome) e eles disseram logo que sim..
Seguidamente, teve lugar uma longa e interessante conversa que para mim foi fascinante.Conhecer aquele simpático casal e saber das suas lindas historias de vida, ela como Arquitecta de interiores e ele como Major na carreira militar, ambos aposentados, com as lindas idades de: Ela, com oitenta(fará em Outubro) e ele com cerca de noventa. Foi uma surpresa, pois como podem verificar pelas fotos, ambos parecem muito mais novos.
Impressinou-me o facto de a senhora ter trabalhado muito tempo como voluntária no apoio a doentes, primeiro no Hospital de Santa Maria em Lisboa e depois no Hospital de Abrantes, circunstância que a levaria a concluir que foi uma fase de uma enorme e interessantíssima aprendizagem, através do seu contacto directo com os camponeses daquela zona do nosso país.
Foi ainda locutora de rádio em Lisboa, com o nome de Isabel Freixo. Será que algum leitor recorda este nome?
É claro que a minha "meia de máquina"arrefecia em cima da mesa á minha espera...porém foi um encontro encantador e inesperado, este que tive num café de Fontanelas.
E sabem? Já hoje conversámos duas vezes ao telefone!
E creio que mais vezes o faremos, se Deus quiser.
É caso para dizer: Ainda bem que os outros dois cafés estavam encerrados!

A visita de estudo da Margarida


A minha linda neta Margarida.


Cartaz recebido via e-mail.

Há pouco, a minha neta Margarida que acabou de fazer 4 anos, falando comigo ao telefone, dizia-me:
«Avó, xabes que eu fui fajer uma vijita di estudo?
Fui ver uma pexa di tiatro que se chamava: "A menina que xabia usar o coração," fui dipois ao Parque das Nações e ao Pavilhão do Conheximento.»

Estas crianças começam cedo!

Pela primeira vez, lá foi sòzinha - quer dizer, sem os pais - fazer uma viagem de mais de cem quilómetros.
E quando chegou a casa seguiu com as irmãs e os pais para um fim de semana num Acampamento perto do mar.
Vidas cheias, não?

domingo, 23 de maio de 2010

Porque hoje é Domingo (103)


Criança orando. Imagem da net.

Num desses dias, estavam reunidas cerca de cento e vinte pessoas.Pedro pôs-se de pé no meio deles e disse. «Irmãos tinha de cumprir-se o que o Espírito Santo disse na Sagrada Escritura, por meio de David, acerca de Judas que serviu de guia aos que prenderam Jesus. Judas era um dos nossos pois tinha sido escolhido para tomar parte no nosso trabalho. Ora ele comprou um terreno com o dinheiro que recebeu prela sua traição. Foi aí que ele caiu morto, tendo rebentado os intestinos que se lhe espalharam pelo chão.Toda a gente em Jerusalém ouviu falar disso, de modo que chamaram a esse terreno, na sua língua, Haqueldamá, que quer dizer "campo de sangue."
Pois está escrito no livro dos salmos:« Que fique abandonada a sua casa e não haja quem viva nela. E também: Que outra pessoa ocupe o seu cargo.
Portanto, é preciso que outro homem se junte a nós para ser testemunha da ressurreição de Jesus, um daqueles que nos acompanharam durante todo o tempo em que Jesus, nosso Senhor esteve entre nós, desde a altura em que João baptizava, até ao dia em que Jesus foi elevado ao céu.»
Indicaram dois nomes: José que tinha o apelido de Barsabás e a quem chamavam "justo", e Matias. Fizeram depois esta oração:«Senhor, tu que conheces os corações de todos, mostra-nos agora qual destes dois escolheste para trabalhar connosco como apóstolo em substituição de Judas, que abandomou este ministério e foi para o lugar que merecia.»
Depois, tiraram á sorte, e a sorte caiu sobre Matias, que se juntou ao grupo dos onze apóstolos.
(Livro dos Actos dos Apóstolos cap.1:15 a 26)

sábado, 22 de maio de 2010

Que saudades das Gipsófilas...


Gipsófila Elegans Grandiflora branca. Imagem da net.


Gipsofila Elegns Grandiflora cor-de -rosa. Imagem da net.


Gipsófila vivaz. Imagem da net.

Desde que me lembro de mim, sempre gostei de flores.
De todas as flores, quer de jardim quer do campo.
Recordo que em Leiria, onde vivi dos sete aos vinte anos, nos campos cultivados á beira da estrada que ia da Estação á cidade, na primavera e verão, os camponeses semeavam belíssimos canteiros de várias flores, entre elas estavam as Gipsófilas, que eu achava tão bonitas.
Vendiam-nas depois no mercado da cidade em grandes ramos brancos.
Mais tarde, quando vim para Lisboa estudar Enfermagem, recordo que a minha mãe, que tal como eu, amava as flores, costumava semear sempre, na primavera belíssimos canteiros desta flor. Não só da variedade branca mas também da cor-de - rosa.
Desde então para cá, nunca mais vi em lado algum canteiros de gipsófilas; como diria a minha mãe: "não sei que fim levaram!"
Nem nas floristas, nem nas estufas de venda ao público, eu tenho visto gipsófilas. Apenas vejo um tipo desta planta chamada Gipsófila vivaz, que é muito diferente das outras de que eu tanto gostava, embora também a ache bonita, mas eu gostava mesmo era das outras da minha infância.
Não sei dizer porquê, mas nestes ultimos dias tenho-me lembrado delas.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

ADORAR É...


Imagem da net.

"Vinde adoremos e prostremo-nos diante do Senhor que nos criou."

ADORAR É...

«Adorar é...vislumbrar a glória de Deus e parar a fim de contemplá-la, maravilhado.

Adorar é... sentir o amor de Deus e abrir-se para recebê-lo, como a flor se abre ao sol.

Adorar é... crer na vitória de Deus sobre o mal e a morte, e celebrá-la.

Adorar é...ser grato a Deus por ter enviado Jesus.

Adorar é... celebrar a presença e o poder do Espírito de Deus.»

(Tom Wright)

Momentos de celebração

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Poeta Arménio Vieira recebe em Lisboa Prémio Camões.


O poeta Arménio Vieira recebendo o Prémio Camões
das mãos dos Presidentes da República de Portugal e do Brasil.

O escritor cabo-verdiano Arménio Vieira, que hoje recebeu o Prémio Camões, saudou todos os poetas de língua portuguesa no seu discurso, perante os Presidentes de Portugal e do Brasil e algumas dezenas de convidados, na cerimónia que decorreu em Lisboa.

Arménio Vieira referiu-se aos poetas portugueses, e em primeiro lugar aos grandes vultos Luís de Camões e Fernando Pessoa, sepultados no Mosteiro dos Jerónimos, próximo do Museu dos Coches, onde decorreu a cerimónia.

'Sejam saudados e com eles todos os poetas de língua portuguesa', disse, recordando muitos outros, nomeadamente Carlos Drummond de Andrade que, referiu, o ensinou a escrever com a mão esquerda.

Arménio Vieira agradeceu o prémio com um simples 'obrigado. Sois maravilhosos'
e recebeu depois o galardão dos dois presidentes, Anibal Cavaco Silva e Luis Inácio Lula da Silva.

A cerimónia decorreu em pleno Museu dos Coches, em Lisboa, que se situa na mesma Praça que o Palácio de Belém, e na assistência havia vários escritores e outras figuras da cultura de países lusófonos.

Um recital de Sandra Medeiros, acompanhada por som de piano, e um Porto de honra, numa zona já longe das peças principais do Museu mais junto à entrada, encerraram a cerimónia.

Nos discursos que precederam a entrega do prémio, os dois Presidentes realçaram a língua portuguesa como língua universal e o facto de a consagração dos autores de língua portuguesa ser prova disso mesmo.

A cerimónia decorreu em pleno Museu dos Coches, em Lisboa, que se situa na mesma Praça que o Palácio de Belém, e na assistência havia vários escritores e outras figuras da cultura de países lusófonos.

Um recital de Sandra Medeiros, acompanhada por som de piano, e um Porto de honra, numa zona já longe das peças principais do Museu mais junto à entrada, encerraram a cerimónia.

Nos discursos que precederam a entrega do prémio, os dois Presidentes realçaram a língua portuguesa como língua universal e o facto de a consagração dos autores de língua portuguesa ser prova disso mesmo.

(Correio do Minho)


Arménio Vieira, o primeiro cabo-verdiano a receber o Prémio Camões, nasceu na cidade da Praia, na Ilha de Santiago, Cabo Verde, em 24 de Janeiro de 1941.

Além de escritor, é jornalista, com colaborações em publicações como o “Boletim de Cabo Verde”, a revista “Vértice”, de Coimbra, “Raízes”, “Ponto & Vírgula”, “Fragmentos” e “Sopinha de Alfabeto”. Arménio Vieira foi redactor no jornal “Voz di Povo”.

O Prémio Camões, criado em 1988 pelos governos português e brasileiro, distingue todos os anos escritores dos países lusófonos.

Descobri o poeta e a sua obra o ano passado, e desde a primeira hora apreciei e gostei muito da sua poesia.
Recordo que uma boa parte do seu trabalho literário, foi criado no tempo em que o seu país - Cabo Verde - era uma provincia portugesa em África.
Dessa altura publico aqui um texto que me impressionou bastante e do qual nunca mais me esqueci:

LISBOA - 1971

A Ovídio Martins e Osvaldo Osório

Em verdade Lisboa não estava ali para nos saudar.
Eis-nos enfim transidos e quase perdidos
no meio de guardas e aviões da Portela.
Em verdade éramos o gado mais pobre
d'África trazido àquele lugar
e como folhas varridas pela vassoura do vento
nossos paramentos de presunção e de casta.
E quando mais tarde surpreendemos o espanto
da mulher que vendia maçãs
e queria saber donde... ao que vínhamos
descobrimos o logro a circular no coração do Império.
Porém o desencanto, que desce ao peito
e trepa a montanha,
necessita da levedura que o tempo fornece.
E num caminhão, por entre caixotes e resquícios da véspera,
fomos seguindo nosso destino
naquela manhã friorenta e molhada por chuviscos d'inverno

terça-feira, 18 de maio de 2010

Aparências - Um poema de Araujo Jorge



imagem da net.

Aquele homem que vês, tão maltratado e rude,
olhar de boi castrado carregando a canga,
é uma pedra de raro e infinito valor...
A miséria é a sua ganga,
por isso não lhes vê a beleza interior...

Aquele outro que passa aprumado e elegante
que a riqueza do traje e do trato realça,
parecerá talvez um límpido brilhante...
... mas é uma pedra falsa...

(J.C. de Araujo Jorge)

http://laosdepoesia.blogspot.com

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Uma tristeza, uma imensa tristeza.


Esrada.Imagem da net.

Ontem, na Classe dos Adultos da Escola Bíblica Dominical da Igreja a que pertenço, sugeri aos ouvintes que sublinhassem nas suas bíblias, a exemplo do que eu já fizera na minha, e escrevessem num papel e colocassem num lugar bem visível, onde com frequência os olhassem, os seguintes versículos:

"Porque o Senhor é o nosso juíz; o Senhor é o nosso legislador; o Senhor é o nosso rei, ele nos salvará."
(Livro do profeta Isaías cap.33:22)

"Mas um coração nobre só tem pensamentos nobres e só defende as causas que são nobres."
(Livro do profeta Isaías cap 32:8)

E disse-lhes ainda:

Quem dera, que as leis do nosso país fossem feitas a partir das leis de Deus.

Como Portugal seria diferente!

Pois bem, hoje, ao fim do dia, sua Excelência o senhor Presidente da República Dr. Anibal Cavaco Silva, depois de chamar a atenção para o Governo e a Assembleia da República, que são quem decide e elabora as leis portuguesas, sobre a forma pouco cuidadosa como foi tomada esta decisão, promulgou a lei que legaliza em Portugal o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Recordo ainda, que foi o anterior governo do mesmo partido, e os deputados dos mesmos partidos, que decidiram e elaboraram, a actual lei do aborto, que permite ás mulheres abortarem uma, duas tres vezes, as que quiserem... gratuitamente, e sem necessidade de ir para uma lista de espera; (os doentes vão) isto, num país, onde a natalidade cai a pique.

Mais: Foi este governo do partido socialista, que conduziu a nação portuguesa para a beira do abismo, onde se encontra, numa situação gravíssima para a qual não se vislumbra saída, e que fez com que esta nação respeitável, com mais de oito séculos de história, sofresse a semana passada, segundo um acreditado comentador político, a maior humilhação dos últimos cem anos.

É verdade. Tudo isto, é obra dos governos do partido socialista.

Uma tristeza, uma imensa tristeza.

domingo, 16 de maio de 2010

A alegria imensa de ser avó novamente


Botão de Rosa - Imagem da Net.

Do meu coração de avó, brota uma imensa alegria, só de pensar que dentro de pouco mais de três meses, chegará, querendo Deus, a Clara, minha oitava neta, que é filha do meu João e da minha nora Joana.
Aos 69 anos, estou a viver momentos de deslumbramento, muito, muito especiais.
Só de pensar nesta menina, que "se está a pôr bonita" para nos surpreender, sorrio e fico cheia de contentamento.
Agradeço, agradeço, agradeço...profundamente reconhecida, ao Senhor-Deus - Criador, por este presente precioso que em breve terei nos meus braços.

Porque hoje é Domingo (102)


Imagem da net.

Uma vez, quando os apóstolos estavam reunidos com Jesus, perguntaram-lhe: «Senhor, será agora que vais restaurar o reino para o povo de Israel?» Jesus respondeu:« Não vos é dado conhecer o tempo ou o dia que o Pai fixou com a sua própria autoridade. Mas receberão poder ao descer sobre vós o Espírito Santo e serão minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judeia e Samaria, e até aos lugares mais distantes do mundo.»
Depois de dizer isto, foi elevado ao Céu, á vista deles, e uma nuvem encobriu-o, de modo que já não o viram mais. Estavam eles a olhar atentamente para o céu enquanto ele subia quando, subitamente, apareceram junto deles dois homens vestidos de branco que lhes disseram: «Galileus! por que estais aí parados a olhar para o céu? Este mesmo Jesus que do vosso meio foi elevado ao Céu, voltará da mesma maneira como agora o viram subir.»
Então os apóstolos voltaram para Jerusalém, descendo do Monte das Oliveiras, que fica a cerca de um quilómetro de distância. Entraram na cidade e dirigiram-se logo para o primeiro andar da casa onde costumavam ficar. Eram eles: Pedro, João, Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, do partido dos Nacionalistas, e Judas, filho de Tiago. Todos tomavam parte nas reuniões de oração, com regularidade e no mesmo espírito, juntamente com algumas mulheres, entre as quais Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos de Jesus.
(Livro dos Actos dos Apóstolos cap.1:5 a 14)

sábado, 15 de maio de 2010

Calou-se a voz que lutava tenazmente contra a corrupção em Portugal.


O Professor Saldanha Sanches. Imagem da net

Faleceu ontem de manhã, vitima de cancro, José Luis Saldanha Sanches.
Era um dos mais conhecidos fiscalistas portugueses.
Jurista e professor universitário, tinha 66 anos.
Teve uma intensa carreira académica, dando actualmente aulas na Faculdade de Direito de Lisboa e na Universidade Católica.
"Era uma pessoa excelente que fez muito pelo país, fez muito pelo serviço público e teve um papel importante no ensino, segundo o seu colega Tiago Calado Guerreiro, que frisa ainda que foi Saldanha Sanches quem iniciou o movimento, contra os abusos no estado e nas autarquias locais, destacando a coragem para denunciar os compadrios."
Era um homem corajoso que não tinha medo de falar e chamava as coisas pelo nome; as suas opiniões visavam sempre o justo e o correto.
Saldanha Sanches e a sua mulher, a Procuradora do Ministério Público, Drª Maria José Morgado, evidenciaram-se na sociedade portuguesa, como grandes denunciantes e lutadores contra a corrupção em Portugal, sendo possuidores de um enorme sentido civico.
É uma pena que a sua voz se tenha calado.
Mais do que nunca ela era necessária, para clamar e lutar contra a corrupção que alastra no nosso país.
Confesso que a surpresa da sua morte me deixou triste.
Era um homem que eu admirava muito.
Apresento as minhas condolências sinceras á Drª Maria José Morgado, na certeza de que irá dar continuidade, a esta luta que encetou há muitos anos com o seu marido.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

"Para ser grande..."


Imagem da net.

"Para ser grande, sê inteiro: Nada
Teu exagera ou exclui
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim como em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive."

(Ricardo Reis)

Instruções para ser feliz


Rouxinol. Imagem da net.

Um dia, pedi a Deus instruções para viver na terra...
Deus segredou ao meu ouvido e
Disse:

Sê como o sol!
Levanta-te a horas e não te deites tarde!

Sê como a lua, brilha na obscuridade!
Porém submete-te á luz principal!

Sê como os pássaros!
Come, bebe, canta e voa!

Sê como as flores!
Enamoradas pelo sol, porém fiéis ás suas raízes.

Sê obediente e fiel ao teu Deus!
Mais que os animais de estimação
o são ao seu dono!

Sê como a boa fruta!
Bela por fora e saborosa por dentro.

Sê como o dia!
Que chega e parte, sem querer dar nas
Vistas!

Sê como um oásis!
Dá a tua água ao sedento!

Sê como a lanterna!
Mesmo pequena emite luz própria!

Sê como a água limpa
Boa e transparente!

Sê como o rio!
Caminha e dá caminho!

E acima de tudo
Sê como o céu!
A morada de Deus.

Senhor,
Tu és o meu Deus.
Ensina-me a fazer a tua vontade.

Que o teu bondoso Espírito
Me guie pelo caminho recto.
Senhor:
Não permitas que me deixe ficar onde estou!
Ajuda-me a chegar onde tu esperas
Que eu chegue!

Que o Senhor te abençoe e te guarde!

Obrigada pela tua amizade.

(Autor desconhecido)
Recebi via e-mail.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Fonte da Sabuga - Sintra



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Fonte da Sabuga - Sintra. Clique em cima para ampliar.


Clique em cima para ver melhor.
Aqui em casa, decidimos deixar de beber água da torneira e passámos a beber água da fonte da Sabuga, em Sintra.
Não há comparação possível: A sua transparência, a sua leveza e a sua frescura tornam-na verdadeiramente especial.

Alguns dados sobre esta fonte:

Já célebre pela pureza das suas águas em meados do século XVII, como refere um documento que nos relata duas visitas reais a Sintra, respectivamente em 1652 e 1654, esta fonte foi reconstruida em 1757, provavelmente por ter ficado danificada com o terramoto de 1755. Ás águas que brotam das suas bicas em forma de seios, são atribuídas propriedades medicinais e foi comercializada durante a primeira metade deste século. Segundo a tradição popular, diz o povo que quem beber água da Sabuga, jamais abandonará Sintra.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Tive fome e não me deste de comer.


Imagem da net.

No fim da nossa vida não seremos julgados pelos muitos diplomas que recebemos.
Pelo dinheiro que ganhámos, ou por quantas grandes coisas realizámos.
Seremos julgados por:
"Eu tive fome e deste-me de comer.
Eu estava nu e vestiste-me.
Eu não tinha casa e abrigáste-me."

Madre Teresa de Calcutá

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Momentos de ternura


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Hoje, fui cultuar a Deus numa outra Igreja onde fui dar a minha colaboração, na Festa de Homenagem ás Mães, apresentando a Mensagem da Palavra de Deus.
Sentada no banco, prestava atenção ao Professor que explicava a lição da Escola Bíblica Dominical, quando chegou uma senhora muito idosa de quem sou grande amiga há mais de 40 anos. Ela passou junto de mim e não me reconheceu. Eu toquei-lhe - lhe na mão e sorri para ela; ao reconhecer-me, eu levantei-me e ambas nos abraçámos num longo, longo, e mui afectuoso abraço.
Quis sentar-se ao meu lado, bem juntinho de mim. De vez em quando passava as mãos enrugadas sobre os meus cabelos, acariciando-os, como costumamos fazer ás nossas crianças, e sorria para mim longamente.
Eu sei que ela estava extremamente feliz por estar junto de mim. Para mim, aqueles momentos foram valiosíssimos! Através dos seus dedos eu senti passar dela para mim...montanhas de ternura e de carinho.

Obrigada meu bom Deus por momentos tão felizes!
Obrigada minha querida amiga e irmã em Cristo - Maria Júlia Fernandes.
Creia que guardarei estes momentos para sempre no meu coração.

domingo, 9 de maio de 2010

Porque hoje é Domingo (101)



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Depois de terem cumprido tudo o que a lei de Deus manda fazer, José e Maria voltaram com Jesus para a sua terra, Nazaré da Galileia. O menino crescia e tornava-se mais forte e cheio de sabedoria. E a graça de Deus estava com ele.

Todos os anos os pais de Jesus iam a Jerusalém á festa da Páscoa. Quando o menino tinha doze anos, foram lá como de costume. Passados os dias da festa José e Maria voltaram para casa, mas Jesus ficou em Jerusalém sem os pais darem por isso. Julgavam que ele vinha com algum grupo pelo caminho. Ao fim de um dia de viagem, começaram a procurá-lo entre os parentes e os amigos, mas não o encontraram.Voltaram por isso a Jerusalém á sua procura. Ao fim de três dias descobriram-no dentro do templo, sentado entre os doutores. Escutava o que eles diziam e fazia-lhes perguntas. Todos os que o ouviam ficavam maravilhados com a sua inteligência e respostas. Quando os pais o viram, ficaram muito impressionados e a mãe disse-lhe: «Filho, porque nos fizeste isto? O teu pai e eu temos andado aflitos á tua procura» Jesus respondeu-lhes:« Porque é que me procuravam? Não sabiam que eu tinha de estar na casa de meu Pai?» Mas eles não compreenderam o que lhes disse.
Jesus voltou então com eles para Nazaré, e continuou a ser-lhes obediente. Sua mãe guardava atentamente todas estas coisas no coração.
Jesus crescia em sabedoria, idade e graça diante de Deus e dos homens.
(Ev.S.Lucas cap.2: 39 a 52)

sábado, 8 de maio de 2010

Tristeza - Virgínia Vitorino


Imagem da net.

Nos dias de tristeza, quando alguém
Nos pergunta, baixinho, o que é que temos,
Às vezes, nem sequer nós respondemos:
Faz-nos mal a pergunta, em vez de bem.

Nos dias dolorosos e supremos,
Sabe-se lá donde a tristeza vem?!...
Calamo-nos. Pedimos que ninguém
Pergunte pelo mal de que sofremos...

Mas, quem é livre de contradições?!
Quem pode ler em nossos corações?!...
Ó mistério, que em toda parte existes...

Pois, haverá desgosto mais profundo
Do que este de não se ter alguém no mundo
Que nos pergunte por que estamos tristes?!

Virgínia Vitorino

(1895-1967)

http://laosdepoesia.blogspot.com/

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Quadras populares - Região de Castelo Branco - Beira Baixa


Sobreiros de Portugal - Imagem da net

O meu vizinho, Sr. Duarte Antunes, maquinista aposentado da C.P., (caminhos de ferro) vive no apartamento por baixo do meu, com a esposa - Dª Graciosa. Eles são naturais da Zona de Castelo Branco, Beira Baixa.
Desde que ele se aposentou passam mais tempo "na terra" do que aqui em Mira-Sintra.
Eu, os cá de casa, e outros vizinhos, ficamos muito contentes quando os sabemos por cá.
Hoje á tarde, o Sr. Antunes veio á minha porta tratar um assunto e eu, aproveitei para lhe mostrar os sobreirinhos que eu tenho para plantar, e que estão junto á porta de entrada. Ocorreu-me perguntar-lhe se acaso ele queria um para levar para a terra para plantar lá.
Ele olhou as plantinhas e sorridente disse: «São mesmo sobreiros!» E em simultâneo começou a recitar umas quadras populares sobre o sobreiro.
Como as achei bonitas e como gosto muito de quadras populares, pedi-lhe para ele fazer favor de as escrever num papel e dar-mas para eu publicar no meu blogue.
Ele foi para baixo e daí a pouco veio trazer-nos as quadras escritas. Contou-nos que o seu pai já recitava estes versos. Disse que eles têm mais de cem anos, e que toda a gente antiga os sabe de memória e ainda hoje os cantam.
Informou-nos que enquanto a Dª Graciosa os recitava, ele os ia escrevendo..

Decidi publicá-las aqui, para os divulgar e manter vivos nas almas e memória das pessoas.

Aqui estão elas:

Boa árvore é o sobreiro
Que não há outra igual,
Deixa grande rendimento
Á nação de Portugal!

Ela o dono não engana,
Nem o deseja enganar,
O primeiro fruto que deu
Foi p'ró gado sustentar.

Se o dono o tratar
Ao limpar não tem preguiça;
Vai crescendo, vai enfeitando,
E a sua farda é a cortiça.

Foi vendida por justiça
Escrituras e tabaliões;
Começou a render contos
Foi acabar em milhões.

Há por aí certos cidadãos
Que sua honra é brio,
Fizeram novos contratos
P'ra enganar o Algarvio.

P'ra enganar o Algarvio
E não foi por anos nem meses
Fizeram novos contratos
P'ra enganar os portugueses.

Tenho te dito mil vezes,
Não queres acreditar:
Que o negócio da cortiça,
Por tempos vai acabar.

A raíz dá em secar,
O ramo dá em cair,
Vai o dono tira-lhe o casco
Para ao sol o ir curtir.

Vai o carpinteiro medir
As pernadas mais direitas,
Fazem-se carros e charruas,
E outras coisas mais bem feitas.

Rapazes tenham cuidado
Que o machado vai na mão
O que não servir para madeira
Vai ser feito em carvão.

Da cinza se faz o sabão,
Para consumo da lavadeira,
Que está lavando e refrescando,
Naquela fresca ribeira.

Se é casada ou solteira...
Ela no lavar se ocupa,
Se a roupa não fica boa
Só do sabão é a culpa!

Transmissão oral de: Duarte Lourenço Antunes e Graciosa Conceição Dias

Voando nos céus da Europa


Rastos de aviões - Imagem da net

Ontem, num dos serviços noticiosos da televisão, ouvi dizer que 29.000 aviões voam diariamente nos céus da Europa.
29.000? Conseguem imaginar o que é isso?
Eu não.
A título de curiosidade, se quiser, leia aqui.

O meu amigo Zé Luis teve a gentileza de sugerir este video que deixo aqui para quem quiser ver.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Um agradável encontro


Orquídea - Imagem da net

Hoje demanhã, bem cedinho, a gare da Estação do Cacém estava cheia de gente que á hora de ponta se dirigia para o trabalho.Eu estava na fila aguardando a chegada do combóio, quando de repente reparei que do meu lado direito as pessoas se afastavam para trás para dar passagem a uma jovem senhora invisual que tacteava o caminho com a sua bengala.
Foi muito interessante ver como numa questão de segundos ficou um espaço aberto de modo que ela foi passando sem esbarrar em ninguém nem tocar quem quer que fosse com a sua bengala.
Reparei que conforme ela ia passando as pessoas ficavam a olhá-la demoradamente, creio que não por ser invisual, mas sim pela sua elegãncia e beleza.
A senhora passou, o combóio chegou, nós entrámos e quando eu acabava de me sentar num lugar junto á janela, eis que surge a senhora e vem sentar-se mesmo á minha frente.
Olhei para ela, coloquei as minhas mãos sobre as dela e disse-lhe quase em surdina junto ao ouvido: A senhora é muito bonita! «Como disse? perguntou ela»
Eu voltei a dizer-lhe: A senhora é muito bonita e está elegantemente vestida.
Ela respondeu:«Obrigada. Não me diga isso que eu fico comovida»
Entretanto tocou o seu telemóvel e ela atendeu e durante algum tempo conversou calma e serenamente com alguém.
Quando estávamos quase a chegar á estação da Amadora onde eu iria sair, coloquei uma vez mais as minhas mãos sobre as dela e disse-lhe: Vou ter de sair aqui. Quero que saiba que foi um prazer enorme conhecê-la e conversar consigo. Desejo-lhe muitas alegrias e muita saúde.
Ela olhando-me e sorrindo disse-me: «Também para mim foi um prazer. Muitas felicidades para a senhora.»
Eu desci do combóio muito contente agradecendo a Deus por a oportunidade de conhecer e contactar uma senhora tão linda.
Ela continuou no combóio a caminho de mais um dia de trabalho.

terça-feira, 4 de maio de 2010

A ternura das crianças


A Miriam oferecendo-me a rosa


Como é linda!

Esta linda menina da foto é a Miriam, irmã da minha neta Sara.
Mora no andar por cima de nós, e todas as vezes que ela passa á nossa porta, toca a campaínha porque tem sempre alguma coisa para nos dizer.
Hoje não foi excepção. Quando o Jorge lhe abriu a porta, eu, lá de dentro, ouvi-a perguntar: «Está cá a Viviana?» Eu apareci de repente e disse-lhe: Estou sim. «É que eu quero oferecer-te esta rosa amarela que cheira muito bem.» Eu recebi a rosa enternecida. A Miriam sabe o quanto eu gosto das flores.
A Regina, mãe dela, contou-me há uns dias que ao passar á porta do quarto dela, viu-a ajoelhada ao lado da cama a fazer oração. Dizia ela: «Ó Jesus, dá-me presentes, que eu prometo que vou deixar os outros meninos brincar com eles também. Dá paz e alegria á nossa família. Assinado, Miriam.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

A terra dos Fenómenos


Entroncamento - imagem da net

É um concelho relativamente novo, pois apenas data de 1932 e era sede de Freguesia desde 1926. Entroncamento porque ali entroncam os caminhos de ferro das linhas do Norte e as de Leste Beira - Baixa. Era totalmente despovoado aquele local quando foi implantada a ferrovia, chamando-se inicialmente Estação das Vaguinhas. Daí as tradições populares não serem muitas nem muito recuadas no tempo. No entanto, por obra (e graça) de um correspondente de jornais, o Entroncamento começou a dar nas vistas! Eduardo O. P. Brito, que no Entroncamento era corrrespondente de todos os jornais do Porto, de Lisboa e de Coimbra, entendeu que as bizarrias made in USA eram um óptimo exemplo para divulgar numa terra onde apenas se cruzavam as linhas dos combóios. E se bem o pensou, melhor o fez.
O primeiro fenómeno do Entroncamento foi um melro branco, raríssimo que todos os melros são pretos! Depois descobriu uma galinha com quatro patas e trouxeram-lhe á reportagem um carneiro com cinco chifres e divulgou a história de um pardal que todos os dias ia aboletar-se no Hotel Monumental, ao quarto onde se hospedava um françês que trabalhava na electrificação da linha, uma laranja do tamanho de uma abóbora ! Era a fiada dos fenómenos do Entroncamento, que tanto sucesso fizeram em Portugal e lá fora! Em Portugal, por exemplo na série de crónicas Os Corvos, de Leitão de Barros. O jornalista e cineasta saudou na sua coluna do Diário de Notícias o expediente informativo do seu antigo aluno de desenho no liceu de Santarém.E lá fora, uma referência ao assunto no France Soir.
Hoje, em qualquer parte do país que surja qualquer bizarria da natureza, não faltará quem diga tratar-se de um «fenómeno... do Entroncamento! A população do Entroncamento já vai começando a fartar-se destas coisas. E, a este propósito, há meia dúzia de anos, Eduardo O. P. Brito escrevia num jornal local «ser matéria que já teve a sua época e que, por conseguinte, ressuscitá-la, a título de tudo e de nada, já vai sendo saturante». Era a opinião do criador dessas lendas modernas, a que se pôs ponto final nos finais da decada de sessenta do século passado.
E é curioso. vermos como Eduardo Brito controlava a informação no Entroncamento, fazendo-o através de uma anedota pessoal contada pelo próprio. Pois em 1953, ele cobriu umas manobras militares com fogo real e as relações públicas do Exército convidaram os jornais que publicaram a reportagem para um almoço num restaurante em Tomar. Calculando pelo número de jornais que precisava de dois táxis, um oficial apresentou-se a recolher os jornalistas na estação. Qual não foi o seu espanto quando apenas desembarcaram o correspondente das Novidades e Eduardo Brito, correspondente de...nove jornais! Foram desmarcados oito almoços e dispensado um táxi!
Eduardo Brito ficará na história do Entroncamento como o pioneiro da fama do jovem concelho que deu ao país o (também) mais jovem núcleo de lendas. O andar dos tempos se encarregará de lhes dar novos e fabulosos elementos...
In - Lendas de Portugal
Viale Moutinho - Diario de Notícias

domingo, 2 de maio de 2010

Porque hoje é Domingo (100)


Cultuando a Deus na Igreja das Boas Novas - Amadora

A Parábola dos lavradores maus

Jesus continuou.«Escutem outra parábola: Um proprietário plantou uma vinha, pôs-lhe uma vedação em volta, fez um lagar e construiu uma casa de guarda. Depois arrendou a vinha a uns camponeses e partiu para outra terra.
Quando chegou o tempo das vindimas, o dono da vinha mandou os criados ir ter com os camponeses, para receber a parte do fruto que he pertencia.
Eles agarraram os criados, espancaram um, mataram outro e apedrejaram outro.
O dono da vinha mandou então um número maior de criados, mas os camponeses trataram-nos como aos primeiros. Finalmente mandou-lhes o seu próprio filho, pensando para consigo: «Com certeza que vão respeitar o meu filho! » Mas os camponeses quando viram o filho, disseram uns para os outros: «Este é o herdeiro! Vamos matá-lo e a herança dele fica para nós.»
Então agarraram-no, atiraram-no para fora da vinha e mataram-no.
Em face disto, que há-de fazer o dono da vinha áqueles camponeses quando voltar?» Eles responderam: «Matará esses malvados e entregará a vinha a outros camponeses que lhe dêm a sua parte da colheita no tempo devido.»
Jesus disse-lhes:«Já leram concerteza aquele trecho da Escritura que diz:
A pedra que os construtores rejeitaram
veio a tornar-se a pedra principal.
Isto é obra do Senhor.
é uma maravilha que podemos ver !
Por isso vos declaro que o reino de Deus vos vai ser retirado, para ser dado a um povo que produza os devidos frutos. Quanto áquela pedra, quem cir sobre ela ficará feito em pedaços, e aquele obre quem ela cair ficará reduzido a pó.»
Ao ouvirem estas parábolas, os chefes dos sacerdotes e os fariseus perceberam que Jesus se referia a eles. Por isso procuravam maneira de o prender, mas tinham medo da multidão que considerava Jesus como um profeta.
(Ev.S.Mateus cap. 21:33 a 46)

sábado, 1 de maio de 2010

Chave da vida - José Manuel Brazão


Imagem da net

Ninguém
é dono de nada.
Nem de si
nem da Vida!

Caminhamos,
vagueamos,
por este
e aquele caminho,
mas
quando paramos,
encontramos
muitas portas,
procuramos a nossa,
parecem todas iguais!

Mas há uma,
com muita Luz;
aproximamos dela,
procuramos a chave,
não a encontramos!

Como entramos?

É Ele que tem a chave,
a chave da Vida…

José Manuel Brazão
Do blogue - http://laosdepoesia.blogspot.com