sábado, 24 de novembro de 2007

O riso



Dorme-se melhor á noite, quando durante o dia nos rimos.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Dedicatória


Gosto muito de livros, sempre gostei. Uma das primeiras coisas que procuro num livro é a dedicatória, creio que por já ter encontrado algumas muito interessantes.Hoje, ao pegar no livro - A mulher no projecto do Reino de Deus - de Caio Fábio Júnior, encontrei esta : «Dedico este livro a uma menina de dezasseis anos, pequena e frágil, mas que foi capaz de amar um rapaz desesperado e infeliz, vindo a tornar-se numa grande sombra para ele, qual frondosa e frutífera árvore. A ti, Alda, pequena grande mulher, de fraqueza invencível e amor leal como castanheiros do Amazonas - durante séculos permanecem enraízados no mesmo lugar - agradeço a inspiração destas simples e rápidas páginas.Tudo começou em Maio de 1973 e que dure para sempre.»

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

O que importa é semear


Semeia, semeia: o que importa é semear - pouco, muito, tudo - a semente da esperança. Semeia as tuas energias para poderes enfrentar as lutas da vida. Semeia a tua coragem para poderes encorajar o outro. Semeia o teu entusiasmo, a tua fé, o teu amor.

Semeia coisas pequeninas, insignificantes. Semeia e confia: cada semente há - de enriqucer um pedaço de chão.

(Sara Bronzino)

terça-feira, 20 de novembro de 2007

O perdão


O perdão nasce do amor

Não basta que eu peça perdão

preciso tambem de me perdoar

Aceitar-me fraca...

Frágil

Imperfeita...

Cheia de limitações

Reconhecer que errei

aceitando o meu erro

como irreversível...

consumado...

Arrepender-me

com sinceridade

Perseverar na vontade

de não mais errar

e por fim,

agradecer com alegria

o perdão do irmão,

mas, sobretudo,

o teu perdão

SENHOR!


(Maria José Tauil)

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Outono completo



Sim, agora o Outono está completo.Tinha tudo o que o caracteriza: Montes de folhas douradas a esvoaçar pelo chão e pelo ar; àrvores despidas mostrando a sua fantástica "arquitectura; dias muito curtos quase só com a parte da manhã ( logo depois de almoço começa a "escurecer"); vento, frio e nuvens.Faltava uma das suas caracteristicas principais, a chuva, mas esta noite ela finalmente chegou. Hoje era dia de regar o meu jardim e pôr água nas flores da campa da minha mãe, mas já não é preciso porque alguem o fez por mim, Que bom! Estou muito contente pois está a chover.

domingo, 18 de novembro de 2007

On netos


Acho que uma das melhores coisas da "idade madura" são os nossos netos. Meu Deus!Que dádiva preciosa!Como eu os amo, como eles me querem bem! Desde o mais velho que tem treze anos até á mais novinha que tem apenas vinte meses...a Margarida; e os beijinhos dela tão doces, tão meigos, como é bom! Pois ontem tive o previlégio de todos eles passarem o dia cá em casa.

Quanta algazarra, quanta alegria, quanto riso puro e lindo! E como é tocante ver a forma como eles se relacionam...O Nuno de quatro anos sentado á mesa para iniciar a refeição, diz para a pequenina que ia a passar junto dele: Olha Margarida, vou te dar uma massinha, e ela parou olhou para ele, aceitou a massinha e papou- a com lindo sorriso. Ao jantar, só eles á mesa pois os adultos comeriam mais tarde, os pratinhos servidos e de repente , sózinhos, todos desatam a cantar o coro de acção de graças - "Oh graças por o pão Senhor e outros dons do teu amor, oh graças bom Pai." Que coisa boa e linda! Eles já não são capazes de tomar uma refeição sem darem graças pela comida.Já noite dentro todos partiram para as suas casas, com pouca vontade de ir embora pois para eles é uma festa virem a casa da avó Viviana. Sobrou a desarrumação na casa toda e alguns pequenos estragos, nada de importante, mas deixaram os nossos corações felizes e cheios de alegria e muita gratidão para com o Criador, que na sua imensa bondade enriquece as nosas vidas desta forma.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Os ninhos


Os ninhos dos passarinhos sempre me fascinaram.Quando criança, juntamente com o meu irmão, palmilhávamos todos os olivais e bosques á volta da nossa casa, sempre com o intuito de encontrar mais um ninho.Trepávamos ás árvores, algumas bem altas... para os ver.Lembro-me de um grande e alto pinheiro bravo, onde havia um grande ninho.Para chegar lá acima tinha que ser abraçado ao tronco, com os pés descalços, subindo, subindo.Sendo educados nos princípios do Evangelho, nunca por nunca ser nos passou por a cabeça tirar um ninho ou os passarinhos. Nós só os queríamos ver.Um dia preparava-se uma grande chuvada e eu lembrei-me de um ninho onde haviam nascido dias antes, quatro pequenos pintassilgos. Ficava num olival distante. Então eu, começo de correr e levo um trapinho para tapar os passarinhos antes que começasse a chover e, tapei-os...No caminho de volta para casa apanhei um grande chuvada e molhei-me toda, mas estava muito feliz. Ainda hoje aos 66 anos fico toda empolgada quando vejo um ninho. Agora no Outono, com as árvores despidas de folhas, quando vou caminhar pelos campos ando "de cabeça no ar" a ver se vejo algum.Como sabem, os pasarinhos todos os anos constroem ninhos novos, pois os velhos são abandonados depois de os filhotes levantarem vôo e irem á vida deles, e é de esses ninhos "velhos" que eu ando á procura, e tenho uma pequena colecção.Não muitos, talvez uma dúzia deles. Assim, se os meus amigos puderem contribuir para aumentar os meus ninhos... fico-lhes muito agradecida.


OS NINHOS


Os passarinhos

tão engraçados,

fazem os ninhos

com mil cuidados.


São para os filhinhos

que estão para ter

que os passarinhos

os vão fazer.


Nos bicos trazem

coisas pequenas,

e os ninhos fazem

de musgo e penas.


Depois lá têm

os seus meninos,

tão pequeninos

ao pé da mãe.


Nunca se faça

mal a um ninho,

á linda graça de um passarinho!


Que nos lembremos

sempre tambem

do pai que temos,

da nossa mãe!


(Afonso Lopes Vieira)

domingo, 11 de novembro de 2007

Até logo



Enquanto "eu vou ali e já venho", vão saboreando estes bombons.

Ama e faz o que quiseres



De uma vez por todas

foi dado este breve preceito:

«Ama e faz o que quizeres».


Se calas,

cala por amor.


Se falas,

fala por amor.


Se corriges,

corrige por amor.


Se perdoas,

perdoa por amor.


Pôe no fundo do coração

a raíz do amor.

dessa raíz não pode

crescer senão o bem.


Sto. Agostinho

sábado, 10 de novembro de 2007

Pôr os dons a render


Na passada quarta - feira, vendo o "Programa Eclésia," que versava o tema: Leigos para o Desenvolvimento -pude ver o testemunho de várias pessoas envolvidas como Missionários Voluntários, desta Organização, e, apreciei bastante o que vi e ouvi.Fez no dia 15 de Outubro um ano, que foi assassinada a Sónia, uma jovem voluntária, em Moçambique. Para este mesmo campo missionário segue na próxima quinta - feira, o Bernardo, presente neste programa, o qual questionado pelo apresentador sobre se não tinha receio de partir para lá, pois tudo lá será diferente, inclusivé as condições de segurança e conforto, e, instado a dizer o que o motivou a ir,o Bernardo respondeu: "Os meus pais ensinaram-me que devia pôr OS MEUS DONS A RENDER - e eu entendi que o deveria fazer agora, quando sou jovem e tenho melhores condições, pois não quero um dia, ao olhar para trás, vir a pensar que não fiz o que poderia ter feito".Este testemuho tocou-me; e, sem saber quem são os pais do Bernardo, fiquei a admirá-los muito e a pensar : Como o mundo seria diferente, se todos os pais tivessem a preocupação de dizer aos seus filhos : Filho, tu deves pôr a render os teus dons.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Até breve


Logo que termine o jogo do Benfica parto para a minha aldeia.

Vai ser óptimo aproveitar estes lindos dias de sol...

Então, até sexta á noite se Deus quiser.


- Tem cuidado com os teus pensamentos; eles podem explodir em palavras em qualquer momento.

(Samuel Smiles)

O julgar os outros



Cresci, a ouvir o meu saudoso pai, ler no Evangelho e ensinar-nos, sobre o cuidado que devemos ter em julgar os outros.Bem cedo decorei estas palavras: - Não julgueis para que não sejais julgados - .Creio que por isso, sou muito sensível quando fazem de mim juízos de valor, que sinto serem errados... è das coisas que mais me magoa. Evidentemente que, como humana que sou, tambem erro neste ponto.Mas posso dizer que procuro, com a ajuda de Deus na minha vida, ser cuidadosa acerca deste ensinamento de Jesus.Entristece-me quando vejo pessoas que acredito bem formadas e com responsabilidades em sectores importantes da comunidade, tão fácilmente fazerem juízos de valor acerca de outros que, muitas vezes nem sequer estão presentes para se defenderem...Mas que coisa! Porque é que nós deveremos de ser assim!?Afinal, apercebo-me de que aquilo que nós criticamos nos outros... é precisamente o que nós fazemos e, ainda por vezes pior...Eu, no que me toca, apesar de ser cuidadosa neste aspecto, dou por mim a ser exactamente igual aos outros que eu condeno!Mas que grandes lições que eu tenho aprendido!Cito um exemplo: Há uns anos atrás, ainda estava na vida profissional activa, ia ajudar uma determinada pessoa das minhas relações, nas lidas caseiras. Uma coisa que eu "achava muito mal"...imaginem... era essa pessoa ter sempre um monte enorme de roupa para passar a ferro, dentro de um roupeiro. Eu, estando empregada e tendo uma família "grande", não tinha montes de roupa para passar. Como fui injusta! Eu, pensando bem, nem tinha nada que ver se ela tinha ou não montes de roupa para pasar a ferro!...Se eu a queria ajudar, só tinha mesmo era que ajudar.Sabem uma coisa? - Há um tempo a esta parte, por causa da minha artrite nos pulsos, só "aguento" a passar a ferro, não mais que 20 ou 30 minutos... logo, eu tenho quase sempre, senão sempre... "um monte" de roupa para passar dentro de um roupeiro... e, reparem agora, cada vez que abro a porta do roupeiro, e vejo "o monte" para passar, imediatamente me lembro do meu julgamento acerca da tal pessoa... è infalível! Então penso: Como eu fui injusta e mázinha! Afinal, cretiquei e, eu sou precisamente igual.Conforme as decadas da minha vida vão passando, e já lá vão quase 7... peço ao Senhor meu Deus que me livre de cometer este pecado , tão frequente, e que magoa tanto as pessoas.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Teco e Neca, uma história comovente






Apresento-vos o Teco e a Neca : ele é um gato e ela é uma cadela; ambos muito lindos. A Neca, na altura, Nina, era dos animais mais dóceis e meigos que já conheci. Sorria para quem quer que a acarinhasse e, como se costuma dizer, só faltava falar...só que, ela teve a infeliz sorte de ser adoptada por uns donos que nunca cuidaram dela como ela precisava.Os donos saiam para o trabalho e ela era posta na rua, sem comida, sem água... e por ali ficava até eles chegarem. Nunca foi a um veterinário, nem nunca foi desparatizada ou vacinada.De se deitar no alcatrão quente , o seu pelo começou a ficar queimado e já tinha um aspecto muito triste e muito mau.Nós, aqui em casa, fazíamos o que podíamos, dando -lhe água e comida.Chegou a um ponto de estar tão doente, que já não se mantinha de pé. Entretanto, a Mitó, uma vizinha da rua de trás, começou a interessar-se por ela e foi falar com os donos , avisando-os, caso não cuidassem dela, ela própria a levaria para um lugar seguro. Eu, não sabia deste pormenor, só mais tarde.Entretanto a cadela "desapareceu" e eu e o Jorge, demos volta a todo o bairro á procura dela.Pensei que a tivessem levado para o canil e já a imaginava a servir de refeição no Jardim Zoológico...A minha neta Sara, na altura com cerca de 5 anos, andava muito triste por a cadela ter desaparecido, e, um dia na minha cozinha diz-me assim: Avó, temos que ir fazer oração para Deus fazer aparecer a Nina; e ela disse, eu vou primeiro e depois vais tu. Certo, disse eu, e lá foi ela orar no escritório do avô ao lado da cozinha.Não vi como orou nem o que orou...depois fui eu, e ela entretanto disse-me : Deus ouve-te sempre avó. Lá me sentei no maple e sorri para Deus e pedi-lhe que nos ajudasse a encontrar a Nina. Nesse mesmo dia, soube por uma amiga que vive no prédio ao lado, onde estava a cadela; ela estava numa organização de proteçcão de animais no Estoril. Mal conhecia a pessoa que a levou para lá, mas perguntei onde morava e logo fui a casa dela agradecer-lhe por querer tão bem á Nina. Abracei-a e chorei, comovida, com o gesto dela. Ela ia visitá-la e gostava muito dela, até que um dia, não resistiu e trouxe-a para casa e adoptou-a, e aí, começou a vida super feliz da Nina , que entretanto se passou a chamar Neca.


Ela convidou-me para ser madrinha da cadela, o que fiz com muita alegria. A Neca é hoje, talvez, dos cães mais amados e bem cuidados da terra. Daqui, resultou uma linda e doce amizade entre mim e a Mitó. Entretanto, um dia, em que a Mitó foi passear com a Neca, a cadela começou a ladrar muito para uma moita de heras aqui perto de casa. A Mitó veio ver o que era, e viu um pobre gato quase a morrer, desnutido, que já nem conseguia levantar-se. Muito lindo, com uns olhos azuis lindíssimos.A Mitó foi-me logo chamar para eu, que na altura não tinha gato, e que acabara de ter uma má experiência com um..., para eu ficar com ele. Eu, na altura até tinha medo dos gatos... mas gostei tanto dele e tive tanta pena que acabei ficando com ele. Demorou muito tempo a recuperar, mas hoje está bonito e muito saudável e é "o nosso gato querido", meigo, manso dócil... enfim, um amor de gatinho. E foi assim, que a Neca salvou o Teco de morrer naquele canteiro, e nos proporcionou a alegria de o ter-mos. Resumindo: Eu e a Mitó, ficámos grandes amigas... a Neca, é uma cadela muito feliz... e o Teco è o nosso gatão lindo e é, como diz o Zé, um Lorde. Então, tudo está bem, quando acaba bem.

domingo, 4 de novembro de 2007

Palavras sábias



-As cores desbotam, os templos desmoronam-se, os impérios declinam, mas as palavras sábias permanecem para sempre. -


(Claude Cox)

sábado, 3 de novembro de 2007

Ser Jovem


A juventude não é um período de vida,

Ela é um estado de espírito,

Um efeito da vontade,

Uma qualidade da imaginação,

Uma intensidade emotiva,

Uma vitória da coragem sobre a timidez,

Um gosto de aventura sobre

o amor ao conforto.



Não é por termos vivido um certo

número de anos que envelhecemos;

Envelhecemos porque abandonamos o nosso ideal.



Os anos eurrugam o rosto;

Renunciar ao ideal enruga a alma,

As preocupações, as dùvidas, os temores

e os desesperos, são os inimigos que

lentamente nos inclinam á terra.



Jovem é aquele que se admira,

Que se maravilha e pergunta,

Como a criança insaciável; e depois?



Que desafia os acontecimentos

e encontra alegria no jogo da vida.



Ès tão jovem quanto a tua fé.

Tão velho quanto a tua descrença.

Tão jovem quanto a tua confiança.

em ti e a tua esperança.

Tão velho quanto o teu desânimo.



Serás um jovem enquanto te conservares

receptivo, ao que é belo, bom, grande.

Receptivo ás mensagens da natureza,

do Homem, do infinito.



E se um dia o teu coração for atacado

pelo péssimismo e corroído pelo cinismo,

Que Deus, então, se compadeça

da tua alma de velho.


( General Mac Arthur)