sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Da Arrábida - Um poema de Frei Agostinho da Cruz

Cela onde viveu Frei Agostinho da Cruz .Fonte: http://quebralemes.blogspot.pt
            Clique em cima para ampliar e ver melhor.   


                         


(Da Arrábida)

Alta Serra deserta, donde vejo
As águas do Oceano duma banda,
E doutra já salgadas as do Tejo:

Aquela saüdade que me manda
Lágrimas derramar em toda a parte,
Que fará nesta saüdosa, e branda?

Daqui mais saüdoso o sol se parte;
Daqui muito mais claro, mais dourado,
Pelos montes, nascendo, se reparte

Aqui sob-lo mar dependurado
Um penedo sobre outro me ameaça
Das importunas ondas solapado.

Duvido poder ser que se desfaça
Com água clara, e branda a pedra dura
Com quem assim se beija, assim se abraça.

Mas ouço queixar dentro a Lapa escura,
Roídas as entranhas aparecem
Daquela rouca voz, que lá murmura.

Eis por cima da rocha áspera descem
Os troncos meio secos encurvados,
Eis sobem os que neles enverdecem.

Os olhos meus dali dependurados,
Pergunto ao mar, às plantas, aos penedos
Como, quando, por quem foram criados?

Respondem-me em segredo mil segredos,
Cujas primeiras letras vou cortando
Nos pés doutros mais verdes arvoredos.

Assim com cousas mudas conversando,
Com mais quietação delas aprendo
Que outras que há, ensinar querem falando.

Se pelejo, se grito, se contendo
Com armas, com razão, com argumentos,
Elas só com calar ficam vencendo.

Ferido de tamanhos sentimentos
Fico fora de mim, fico corrido
De ver sobre que fiz meus fundamentos.

Ali me chamo cego, ali perdido,
Ali por tantos nomes me nomeio,
Quantos por culpas tenho merecido.

Ali gemo, e suspiro, ali pranteio;
Ali geme, e suspira, ali pranteia
O monte, e vai de meus suspiros cheio.

Ali me faz pasmar, ali me enleia
Quanto colhendo estou da saüdade,
Que por toda esta terra se semeia.

Ora me ponho a rir da vaïdade,
Ora triste a chorar com quanto estudo
Erros solicitei da mocidade.

Tudo se muda enfim, muda-se tudo,
Tudo vejo mudar cada momento:
Eu de mal em pior também me mudo.

Soía levantar meu pensamento
Assentado sobre estas penedias
Duras, eu duro mais nelas me assento.

Punha-me a ver correr as águas frias
Por cima de alvos seixos repartidas,
Que faziam tremer ervas sombrias.

As flores, que levava já colhidas,
Passando pelos vales enjeitava
Por outras doutra nova cor vestidas
.
O livre passarinho, que voava,
Cantando para o céu deixando a terra,
Da terra para o céu me encaminhava.

Cuidei que se esquecesse nesta Serra
A dura imiga minha natureza;
Mas donde quer que vou lá me faz guerra.

Oh! quem vira naquela fortaleza
Rodeada de fogo de amor puro,
Daquele amor divino esta alma acesa!

Quão firme, e quão quieto, e quão seguro
No campo se pusera em desafio!
E quão brando sentira o ferro duro!

Mas se agora de mim me não confio,
Se fujo, se me escondo, se me temo,
É porque sinto fraco o peito frio

Alevantam-se os mares; e pasmo, e tremo:
Vejo vento contrário, desfaleço,
A corrente das mãos me leva o remo.

Confesso minha culpa, bem conheço
Que por mais graves males que padeça
Menos padecerei do que mereço.

Mandais, Senhor, que busque, bata, e peça,
Eu busco, bato, e peço a vós, Senhor,
Sem haver cousa em mim que vos mereça.

Com os braços na Cruz, meu Redentor,
Abertos me esperai, co lado aberto,
Manifestos sinais do vosso amor.

Ah! quem chegasse um dia de mais perto
A ver cos olhos de alma essa ferida,
Que esse coração mostra descoberto!

Esse, que por salvar gente perdida
De tanta piedade quis usar,
Que deu nas suas mãos a própria vida.

A sangue nos quisestes resgatar
De tão cruel, e duro cativeiro,
Vendido fostes vós por nos comprar.

Padecestes por nós, manso Cordeiro,
Pisado, preso, e nu entre ladrões,
Ardendo o fogo posto no madeiro:
Arçam postos no fogo os corações.

(Frei Agostinho da Cruz)

 Alguns dados sobre Frei Agostinho da Cruz:

     « Frei Agostinho da Cruz, cujo nome secular era Agostinho Pimenta, nasceu em Ponte da Barca, Alto Minho, em 1540, e faleceu em Setúbal em 1619. Era irmão mais novo do poeta Diogo Bernardes. Ingressou na ordem dos Capuchinhos aos vinte anos, vivendo no convento da Arrábida como frade ingresso durante mais de quarenta anos. Em 1605 obteve permissão para viver como eremita na serra da Arrábida, numa cela mandada construir pelo Duque de Aveiro. O afastamento do mundo, a solidão, a vida contemplativa e as saudades do céu são temas glosados na sua poesia, poesia esta que se insere no âmbito da corrente maneirista. As suas obras permaneceram praticamente inéditas até ao século XVIII. Em 1728 foi publicado o Espelho dos Penitentes, saindo em 1771 a colectânea Obras. Mendes dos Remédios organizou uma reedição das mesmas em 1918, acrescentando composições inéditas encontradas em códices manuscritos das bibliotecas de Coimbra, Porto e Évora.»

   (Fonte:  http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/fcruz.htm)

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Ainda as Mães - Protectora

 
Mãe e filha - uma pintura de George Romney. Fonte da imagem: artesteves.blogspot.com.
Protectora
«Todos sabemos que uma boa mãe dá ao seu filho
    uma sensação de segurança e estabilidade.
Por alguma razão inexplicável, até as suas roupas
      parecem diferentes das das outras pessoas
nas mãos  dos filhos. Só de tocar na saia ou na manga
     da sua mãe faz com que uma criança perturbada
                              se sinta melhor.»
   (Katharine  Butler Hathaway) 

  No livro - Palavras de amor sobre as MÃES)

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Uma linda flor - Aloé ciliáris

Esta bela e colorida flor é  a Aloé Ciliáris Haw.

Planta suculenta do género aloé, com o nome científico de Aloé ciliáris Haw. É originária da África do Sul, sendo utilizada em Portugal como planta ornamental. Diferencia-se dos restantes aloés, pelo facto de as suas folhas não possuírem espinhos duros mas uma espécie de cílios e de possuir um caule oco. Pertence à Divisão:  Magnoliophyta;  Classe:  Liliopsida; Ordem: Asparagalis; Família: Asphodelaceae: Género: Aloe.  
 
Proveniência da imagem: Jardim Botânico de Lisboa.
Nota pessoal:
Lembro-me, de esta linda flor, fazer parte  do nosso jardim da casa da aldeia.
Parafraseando a minha saudosa mãe: "Não sei que fim levou."
Aqui, em Mira-Sintra, num lindo canteiro , bem pertinho daqui de onde eu moro, existem alguns pés desta planta que floresce todos os anos.
Acho que ainda vou levar"uma pernadinha" para plantar no jardim da casa da aldeia.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Apresentando a Bíblia em verso (3) Uma obra de Eduardo Henriques Moreira



Continuação

Amou ele a companheira
que lhe era dada por Deus,
a carne da sua carne,
o osso dos ossos seus.

Muita fruta tinham ambos
por precioso manjar,
seu trabalho, no jardim,
só era hortar e regar. 

O melhor fruto que havia
era o da «árvore da vida»,
mas o da «árvore da ciência»
era fruta proibida.

Foi então que o ser maligno,
a serpente sedutora, 
pôs na alma da mulher
a cobiça enganadora.

Eva fala ao companheiro,
que aceita a proposta ingrata...
o pecado é como a lepra
que se pega e todos mata.

Roubaram ambos o fruto
que lhes deu conhecimento.
Ficaram presos da morte
e do labor violento.

Mas a promessa veio
consolar o coração:
que a semente da mulher
lhes traria a salvação.

(Na Biblia em verso - Uma obra do pastor Eduardo Henriques Moreira -
continua na próxima semana, querendo Deus)

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Uma espera de dois mil anos - Um poema de Myrtes Mathias


Uma espera de dois mil anos

Não sei por onde tens andado,
o que tens feito,
como tens gasto o teu tempo,
teus bens, teus dons.
Talvez já tenhas ficado muito tempo,
em algum lugar, à espera de alguém,
e bem pode ser que te tenha decepcionado
em muitos encontros
pelos caminhos da vida.

Uma coisa sei e esta é que importa:
já lá vão dois mil anos
que Alguém te espera,
as mãos estendidas
num gesto de convite e entrega.
Podes chegar até ele
como fizeram os pastores
  -   para adorá-lo.
Como a pecadora junto ao poço,
deixando o vaso,
para anunciar que ele havia chegado.
Como Pedro, na pátria de Tiberíades,
para uma declaração de amor.
Como Paulo na estrada de Damasco:
   -   Que queres que eu faça, Senhor?

Mas receio que,
com tua indiferença e incredulidade,
estejas comparecendo ao encontro
como os soldados de Pilatos:
Para o prender e o crucificar.
Mesmo que esta seja a tua atitude,
ele permanece fiel,
como o tem sido através da eternidade.
O que eu não sei,
nem tu sabes,
é se passarás por ele outra vez;
se esta não é,
por tua escolhe e culpa,
a  última oportunidade  de um encontro
com este Deus que se fez homem,
para morrer na cruz,
porque te amou desde o princípio,
porque queria encontrar-se contigo,
hoje, aqui,
antes que a morte te bata à porta,
e tenhas que comparecer diante dele,
não como amigo,
mas como um devedor, sem crédito
e sem credenciais.
De agora em diante,
és responsável pelo destino
da tua alma:
este bem tão grande que Deus morreu
para salvá-la,
tão fácil de ir parar ao inferno
que tu mesmo a podes lançar ali.
Não precisa nem mesmo
um gesto da tua parte
para que isso aconteça.
Basta que, indiferente e covarde,
deixes à espera o Senhor do céu
e da terra
que, humilde e  manso repete,
como há vinte séculos,
no caminho de Damasco:
 -  Porque me persegues? 
Eu sou Jesus, que há dois mil anos
espero por ti.

(Myrtes Mathias - no livro - Encontro marcado)

domingo, 25 de setembro de 2016

Porque hoje é Domingo (408)


A FELICIDADE DAQUELE QUE HABITA  NO SANTUÁRIO DE DEUS


Quão amáveis são os teus tabernáculos, SENHOR dos Exércitos!  
A minha alma está desejosa, e desfalece pelos átrios do SENHOR; o meu coração e a minha carne clamam pelo Deus vivo.  
Até o pardal encontrou casa, e a andorinha ninho para si, onde ponha seus filhos, até mesmo nos teus altares, SENHOR dos Exércitos, Rei meu e Deus meu.   Bem-aventurados os que habitam em tua casa; louvar-te-äo continuamente.   
Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados.  
Que, passando pelo vale de Baca, faz dele uma fonte; a chuva também enche os tanques.   Vão indo de força em força; cada um deles em Sião aparece perante Deus.  
SENHOR Deus dos Exércitos, escuta a minha oração; inclina os ouvidos, ó Deus de Jacó!    Olha, ó Deus, escudo nosso, e contempla o rosto do teu ungido.   
Porque vale mais um dia nos teus átrios do que mil. Preferiria estar à porta da casa do meu Deus, a habitar nas tendas dos ímpios.   
Porque o SENHOR Deus é um sol e escudo; o SENHOR dará graça e glória; não retirará bem algum aos que andam na retidão
 
.   SENHOR dos Exércitos, bem-aventurado o homem que em ti põe a sua confiança.

    (Livro dos Salmos cap. 84)

sábado, 24 de setembro de 2016

Apresentando a Rosa X Damascena

Rosa X  Damascena -Fonte da inagem: http://www.paulbardenroses.com/

Sobre esta bela e atraente  Rosa:

Foi introduzida em 1893  e colocada no túmulo de Edward Fitzgerald em Suffollk (Inglaterra) , esta roseira seria proveniente  de sementes produzidas pelas roseiras que ornamentam o túmulo de Omar Khayyam em Nishapur no norte do Irão.
As flores sublimes são acompanhadas  por um perfume intenso quando expostas a temperaturas elevadas.

Sub-arbusto: 1,70 m x 0,90m.
Sol directo.
Diâmetro das flores: 8cm, mais de 40 pétalas. 
Perfume***.
Só floresce uma vez por ano.

(No livro -  Rosas -Antigas e Silvestres  - Paul Starosta e Eleónore Cruse)

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

A riqueza faunistica que pode encontrar ao viajar no Concelho de Sintra

 
Uma águia calçada. Fonte da imagem: lugar-dos-animais.blogspot.com
 

Numa viagem pelo concelho de Sintra, deve ter sempre presente a riqueza faunística que vai encontrar. Cruzando os céus em pleno IC19, entre o Cacém e Massamá, uma águia calçada ou  um pato bravo, os famosos búteos ou alguma águia de asa redonda (Buteo buteo) ou os tradicionais  peneireiros- de-dorso- malhado (Falco timunculos)  não são de admirar.

Um belo pato bravo . Fonte da imagem: raivaescondida.wordpress.com
Peneireiro-de-dorso-malhado. Fonte da imagem:pnsac-viveatuanatureza.blogs.sapo.pt

 
Curiosa e de referir, é a presença constante destes últimos em pleno centro urbano, em Monte Abraão ou S. Marcos. E é em ocasiões como esta que nos  apercebemos da importância de espaços como  a Serra de Sintra e da Carregueira (aqui pertinho de onde eu moro) ou a encosta de Colaride, para a manutenção da riqueza  faunística.

(No livro - SINTRA- GUIA - Uma edição da Câmara de Sintra)  

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Adeus Verão! Sê bem vindo Outono!

Hoje, dia 22 de Setembro pelas 15, 20 H,  começa o Outono  em Portugal.

É muito bela esta estação.

Vamos aproveitá-la.

Vivê-la  e saboreá-la,  com entusiasmo e alegria.

Douro - Portugal - no Outono Fonte da imagem: http://sorisomail.com/

Crepúsculo de Outono

O crepúsculo cai, manso como uma benção.
Dir-se-á que o rio chora a prisão de seu leito...
As grandes mãos da sombra evangélicas pensam
As feridas que a vida abriu em cada peito.

O outono amarelece e despoja os lariços.
Um corvo passa e grasna, e deixa esparso no ar
O terror augural de encantos e feitiços.
As flores morrem. Toda a relva entra a murchar.

Os pinheiros porém viçam, e serão breve
Todo o verde que a vista espairecendo vejas,
Mais negros sobre a alvura unânime da neve,
Altos e espirituais como flechas de igrejas.

Um sino plange. A sua voz ritma o murmúrio
Do rio, e isso parece a voz da solidão.
E essa voz enche o vale...o horizonte purpúreo...
Consoladora como um divino perdão.

O sol fundiu a neve. A folhagem vermelha
Reponta. Apenas há, nos barrancos retortos,
Flocos, que a luz do poente extática semelha
A um rebanho infeliz de cordeirinhos mortos.

A sombra casa os sons numa grave harmonia.
E tamanha esperança e uma tão grande paz
Avultam do clarão que cinge a serrania,
Como se houvesse aurora e o mar cantando atrás.

 (Manuel Bandeira - poeta brasileiro)

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Hoje, celebro o nascimento do meu amado pai e da minha neta Clara

Sempre achei que a Clara  era idêntica a uma rosa.  Hoje, aos 6 anos, ela será assim!         

Já o meu amado e saudoso pai, era, e é...comparável a  um  enorme castanheiro

Ambos, bisavô e bisneta, nasceram no dia 21 de Setembro.
Separam-os  109 anos.
O meu pai nasceu em 1901 e a a Clara em 2010.

Hoje, celebro a vida de ambos.
Por os dois, louvo, agradeço e bendigo ao Senhor Deus todo Poderoso.
O Deus da nossa família.

Obrigada Senhor!
Aceita a minha  profunda e eterna gratidão. 

Cuida, dirige e protege a Clara.
Que ela seja bênção para a humanidade e uma fonte de inspiração e alegria para todos nós, os da sua família, e para todos que tocarem a sua vida.

Muitos Parabèns! Menina linda da avó.
Que passes um belo dia de aniversário.
Um abracinho da avó Viviana.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Apresentando a Bíblia em verso (2) uma obra de Eduardo Henriques Moreira


 Continuação

A Velha Aliança

Quando Deus criou o mundo
(vem nos livros de Moisés)
disse logo no começo:
»Haja luz!» e luz se fez.

Fez-se o  Dia, fez-se a Noite,
logo no tempo primeiro;
no segundo, o Firmamento;
e terra e mar no terceiro.
 
Ao quarto tempo surgiram
o sol, a lua, as estrelas.
Um de dia, outro de noite, 
todas úteis, todas belas.

No quinto surgem os peixes
e os répteis do grande mar,
e as aves de toda a espécie
que povoaram o ar.

Ao sexto tempo nasceram
os que em terra firme estão,
e sobre todos o Homem,
coroa da Criação.

Pôs Deus o homem sozinho
num jardim delicioso;
depois deu-lhe companhia
para mais perfeito gozo.

Eva foi a companhia
nascida do próprio Adão:
duma parcela vizinha 
do inocente coração.

(A Bíblia  em verso - por o pastor Eduardo Henriques Moreira - Continua)

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Pontes de Portugal - (13) - Ponte da Lagoncinha - sobre o Rio Ave

Ponte da Lagoncinha,  sobre o Rio Ave - Fonte da imagem: //algarve-saibamais.blogspot.pt/

Ponte da Lagoncinha sobre o rio Ave
 
«A ponte da Lagoncinha atravessa o rio Ave, e situa-se no Lugar da Garrida, na freguesia portuguesa de Lousado, concelho de Vila Nova de Famalicão. Foi construída no século XII, provavelmente nas ruínas de uma estrutura romana que ligava Bracara Augusta a Cale, e foi classificada como monumento nacional em 1943, pelo IPPAR.»
 

domingo, 18 de setembro de 2016

Porque hoje é Domingo (407)


«Paulo. apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, e o irmão Timóteo, à igreja de Deus , que está em Corinto, com todos os santos que estão em toda a Acaia.
Graça a vós, e oaz da parte de Deus nosso Pai, e da Senhor Jesus Cristo.

Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação; que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos  consolar os que estiverem  em alguma tribuação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus.
Porque como as aflições de Cristo são abundantes em nós,  assim também é abundante a nossa consolação por meio de Cristo.»

   (II Epístola do apóstolo Paulo aos Coríntios cap.1:1 a 5)

sábado, 17 de setembro de 2016

Habitação - Um poema de Sophia de Mello Breyner Andresen

 A poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen. Fonte da imagem: http://www.jn.pt/cultura/i
 Habitação

Muito antes do chalet
Antes do prédio
Antes mesmo da antiga
Casa bela e grave
Antes de  solares palácios e castelos
No princípio
A casa foi sagrada - 
Isto é habitada 
Não só por homens e por  vivos
Mas também pelos mortos e por deuses.

Isto depois foi saqueado
Tudo foi reordenado e dividido
Caminhamos no trilho
De elaboradas percas

Porém a poesia permanece
Como se a divisão não tivesse acontecido
Permanece  mesmo muito depois de varrido
O sussurro de tílias junto à casa de infância.

(Sophia de Mello Breyner Andresen - no lvro - Cem poemas de Sophia)

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

HOJE A VITÓRIA PODE SER TUA - Pastor João Serafim Regueiras


DEUS ESTÁ NO CONTROLO
  «Não existe um só problema em nossas vidas que seja demasiado grande para o poder de Deus. Não há uma única situação capaz de “impactar” a alma humana que Deus não possa controlar. Nada há, capaz de afectar as nossas vidas ou o mais íntimo dos nossos corações que esteja fora do controlo de Deus. 
 
DEUS TUDO CONHECE
Todas as circunstâncias que envolvem o nosso dia-a-dia são conhecidas do Altíssimo. As carências mais profundas da complexa personalidade humana não passam despercebidas ao nosso Criador! Todos os anseios mais secretos de cada um de nós são antecipadamente conhecidos do Senhor. Na verdade, TUDO acerca de tudo, a respeito de cada um de nós, foi antecipadamente conhecido de Deus, quando ELE planeou a nossa maravilhosa redenção em Cristo Jesus. Por incrível que possa parecer à nossa tão limitada capacidade humana de compreensão, na verdade Deus tudo conhece acerca de cada nós, seus filhos e filhas. 
 
DEUS TUDO PROVIDENCIOU
Pouco a pouco, desde a eternidade passada, momento a momento, hora a hora, dia a dia, semana a semana, mês a mês, ano após ano… o mundo foi evoluindo em direcção àquele momento fulcral da história da humanidade quando, na cruz do Calvário, em indescritível agonia e dor sob o peso de todos os nossos pecados e iniquidades, Jesus bradou o grito de vitória em palavras de indizível misericórdia e graça para connosco ao exclamar: “tudo está consumado”! Verdadeiramente, consumada estava a Sua vitória e o nosso formidável triunfo sobre o pecado, a morte e Satanás.

HOJE A VITÓRIA PODE SER TUA
Queres também ser um vitorioso em Cristo e com Cristo? Confessa ao Senhor Jesus Cristo os teus pecados e arrepende-te deles. Confia na eficácia do Seu amoroso sacrifício substitutivo feito na cruz em teu lugar. Crê nos seus méritos para o perdão total e definitivo de todos os teus pecados e serás salvo! Terás, então, alcançado a maior vitória da tua vida: serás um vencedor sobre a própria morte e desfrutarás vida verdadeira, sem limites, abundante, eterna.»

“Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória? Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Coríntios  15:55-57)

(Pastor João Serafim Regueiras  - meu maninho -  no blogue: http://jsr-igreja.blogspot.pt/)

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Lembrando os nossos Pintores - Henrique Pousão

O jovem pintor português Henrique César de Araújo Pousão.  Fonte da imagem:http://prosimetron.blogspot.pt  
Cesto de camélias  - Flores -  uma pintura de Henrique Pousão. Fonte da imagem:http://doportoenaoso.blogspot.pt .

 Sobre Henrique Pousão:

 «Considerado um dos mais importantes pintores portugueses do século XIX, Henrique Pousão é também um dos mais ilustres antigos alunos da universidade portuense, formado em Desenho Histórico, Arquitectura Civil, Escultura e Pintura Histórica na Academia Portuense de Belas-Artes, antecessora directa da actual Faculdade de Belas-Artes da UP

 Henrique César de Araújo Pousão , nasceu em Vila Viçosa, em 1 de Janeiro de 1859, filho do magistrado judicial Francisco Augusto Nunes Pousão e de D. Maria Teresa Alves de Araújo. Órfão de mãe com 3 anos, o pai volta a casar e Henrique fica a viver com o avô paterno. Depois da morte deste, dois anos depois, vai viver para Elvas, com o pai que aí fora colocado como Delegado do Procurador Régio, e aí faz a instrução primária, demonstrando grande inclinação para o desenho. Sendo o pai transferido para Barcelos, passa a residir nessa cidade e aí pinta a sua primeira aguarela “Paços dos Duques de Bragança”.

 Em 1872, indo para o Porto para frequentar o atelier de um prestigiado pintor de flores, inscreve-se na Academia Portuense de Belas Artes. Aí frequenta as cadeiras de Desenho Histórico, Escultura, Arquitectura Civil, Anatomia artística, onde obtém excelentes notas e prémios escolares. Entretanto vai desenhando e pintando, além da produção académica, destacando-se nesse período um belíssimo auto –retrato de 1876, “Cesto de Camélias”, que obtém uma menção honrosa na Exposição Hortícola – Agrícola no Palácio de Cristal, no Porto, em 1877 e os retratos das três filhas do Conde Arrochela, amigo do pai

 Em 1880 apresenta-se no concurso para pensionista do Estado que ganha, indo para Paris onde é admitido no atelier da Academia Especial de Belas Artes. No concurso de atelier é classificado em 1º lugar e entra para a Escola Nacional de Belas Artes. A conselho médico vai primeiro para Bourbole – les – Bains, pintando nos arredores algumas da suas mais importantes obras, em desenho e pintura e depois para Roma, onde se instala no Instituto de Santo António dos Portugueses. Aluga um atelier e inscreve-se no Círculo dos Artistas. Piorando o seu estado de saúde vai para Capri onde pinta diversas paisagens da ilha. Em 1883 volta a Roma, voltando ainda de novo a Capri e regressa a Portugal e vai para Vila Viçosa onde se aloja em casa do primo Manuel Matroco

 Em 1884 morre naquela vila vítima de tuberculose. Tinha apenas vinte e cinco anos.»

(No Blogue -  http://prosimetron.blogspot.pt)

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Apresentando a Bíblia em verso - Uma obra de Eduardo Henriques Moreira

A BÍBLIA EM VERSO

Na nossa casa, temos a bênção, de ter livros  praticamente em todas as divisões.
Creio ser "o produto" onde, durante mais de cinquenta anos, mais investimento fizemos.
Estando há dias, sentada  no sofá da sala,  fazendo aplicações de gelo na "artrite", e olhando a estante recheada de livros, à minha frente, reparei no belo azul da capa de um livro e, pegando  nele,  comecei a  folheá-lo, e logo fiquei interessada no que acabava de descobrir. 
Calmamente, serenamente, li o Prefácio, que passo a apresentar-vos aqui:

PREFÁCIO

Em boa hora se publica esta pequena maravilha em quadras que é a Bíblia em verso, inicialmente publicada com o título A «História Sagrada»  para o povo decorar. A primeira edição remonta a 1920 e a iniciativa de revelar ao público  português esta obra é uma acção meritória e oportuna.

Eduardo Henriques Moreira nasceu em 1886 e faleceu em 1980. Foi pastor em várias Igrejas Evangélicas, viajou pelo Brasil e pela  África Portuguesa tornando-se símbolo  e referência no Protestantismo em Portugal. Foi Presidente da Aliança Evangélica quando reconhecida legalmente em 1935. Foi ainda professor do Seminário Evangélico de Teologia.

A sua faceta de escritor não é menos importante. Erudito e trabalhador incansável da escrita, em 1905, com apenas dezanove anos de idade, escreveu Pur Asbeston - um poema , com base no capítulo 3 do Livro de Daniel, a que Erasmo Braga se referiria em 1918 como «Fogo Inextinguível»  e acerca do qual Bulhão Pato escreveria: «As décimas terminadas com oitavas comonianas estão metrificadas de modo que  não parecem de um rapaz de vinte anos. Parabéns pela estreia!». Daí para frente viria a publicar novelas, conferências, poesia e historiografia, felizmente por muitos anos. São mais de duas dezenas as obras publicadas.

Tinha um profundo conhecimento da Bíblia, da História Religiosa e da Literatura em geral. Mostrava tal cultura que alguém, pessoa  respeitável, ouvindo-o falar numa conferência, teve este desabafo:  «Por  que não reconhecermos o Pastor Eduardo Moreira como Doutor Eduardo Moreira». Não possuía qualquer  título académico universitário, embora contactasse com intelectuais e artistas,  sem deixar de ser  a pessoa simples que se preocupava em escrever para o povo em geral. Em 1925, O Menino da mata e o seu  Cão Piloto já tinha editado dez mil exemplares e Duas Revoluções,  novela evangélica com ilustrações de Roque Gameiro, publicada pela primeira vez em 1912, tinha chegado aos sete mil exemplares em 1925.

Foi correspondente da Academia de Coimbra e sócio de várias academias e instituições semelhantes. Fez parte da vereação da Câmara de Lisboa e chegou a ser nomeado Capelão do Corpo Expedicionário Português na I  Guerra Mundial.

Um autor português a homenagear e a descobrir, pelo que não fica mal que se comece com esta maravilhosa colecção de quadras que nos contam, de modo tão pedagógico e simples, cenas e doutrinas do Livro dos Livros.
   (Jorge Leal - meu marido)
      
O pastor Eduardo Henriques Moreira 

Decidi que,  à terça feira, a começar hoje, darei início à publicação destas belas e importantes "Quadras", do Livro - A Bíblia em verso, editada pela Sociedade Bíblica  e publicada pela Texto Editora.

  INTRODUÇÃO

Vou contar a História Sacra
na maior das singelezas,
em palavras bem modestas
e em quadras bem portuguesas.

Vinde ouvir a narrativa,
todos haveis de gostar,
que a história das coisas santas
é bela pra decorar.

Tem no Velho Testamento
a história da criação;
e a do povo que nasceu
do grande Pai Abraão.

E no Novo Testamento
conta a história de Jesus,
o Filho de Deus, que trouxe
ao mundo a Divina Luz,

As belezas dessa História
são tamanhas e são tantas!
É bela pra decorar
a história das coisas santas.

 (Continua, querendo-o Deus, na próxima semana)

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Do livro - LEOMIL - de António de Séves

Do livro - LEOMIL

Coisas ruíns

«Ainda não nascia  a lua, quando acabou d´arroxar ambas as cargas.
Das bandas da Praça, na friura do escuro, chegavam gritos de cornetim e roncos de trompa, duma marcha de procissão que a música ensaiava. Cães atrevidos latiam  nas quintãs da  Picóta. E á noite, duma escuridade azulada e nédia,  da carnás de pele de cabra acabada d´esfolar, toda picada  d´estrelas, pesava, numa  ameaça, cheia de silêncio e scismas, nos rebordos das serras  que engamelam, por largo, o casario denegrido, colocado em lances  de cobra  p´lo  cabeço da  Vila.
A Rosa, em casa, mechia-se  duma banda para  a outra, nos apaparicos da partida,  pondo a luzir as falisgas das paredes, em lampejos  de lusicú, ora aqui, ora ali, consoante dentro andava com a candeia na mão.
 - Que te não esqueça a cabaça. Olha se tem  aguardente. - Disse-lhe o Zé, da rua, arrepiado.
E curvando-se, botou dois dedos ao nariz, assoou-se com força e sacudiu com força os mucos  p´ra longe.
 A música calara-se. No silêncio, o luzintir das estrelas aumentava a frialdade e o negrume. O sudeste, surrateiro, em subtis manejos d´espião à espera da palidez das horas da madrugada, dava golpes de gelo, ao virar das esquinas. E um burro novo roncou, tresmalhou écos, entre a Rapadinha e o Nicho.
 - Ouves? O Miguel já lá vai. Vê se te aprontas - Tornou o  Zé.
     E, de seu vagar,  ronceiro, foi meter um joelho à carga do cavalo, a endireitar  o costal que puxava um quase nada p´r´á esquerda.
A porta da casa abriu-se; os fogachos do lume da lareira espalharam no escuro, sobre as lages poídas do balcão, tristonhos lumareus d´archotes num enterro; e a Rosa apareceu no patim, ainda sem chaile, a destemperar:
 - Não sou capaz de dar com a cabaça! Um sumiço assim...Parece bruxêdo, carago!»
  (António de Sèves - no livro - LEOMIL - página 193 - !921)

domingo, 11 de setembro de 2016

Porque hoje é Domingo (406)



 A SABEDORIA DO MUNDO E A SABEDORIA DE DEUS

«Porque, vede irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne (os homens), nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados. Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes;
 E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; 
Para que nenhuma carne  se glorie perante ele. 
Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça,  e santificação, e redenção; 
Para que, como está escrito:
Aquele que se gloria glorie-se no Senhor.»

(I Ep. do apóstolo Paulo aos Coríntios cap.1:26 a 31)

sábado, 10 de setembro de 2016

Apresentando o Monumento ao Canteiro - Pêro-Pinheiro - Sintra

Monumento ao Canteiro - no centro de Pêro-Pinheiro- Sintra. Fonte da Imagem: https://www.geocaching.com/.

A base do monumento.


Monumento ao Canteiro -  Pêro- Pinheiro - Sintra

Lembro-me desta coluna de mármore em tons rosa, desde criança.
Repousava,  deitada sobre duas enormes pedras, à beira da Estrada que, vindo de Morelena, entra em Pêro Pinheiro. 
Recordo-me, que ficava no caminho que fazíamos a pé, para ir ao culto ( Igreja) eu. os meus irmãos e os meus pais. Tenho na memória que o meu saudoso e querido pai, quando voltávamos, pois vínhamos sem pressa, aproximando-se da coluna e empurrando-a com o dedo indicador da mão direita, afirmava que a conseguia mover. E ele não era homem para mentir...

Durante anos e anos a coluna permaneceu naquele local.
Depois, depois, apareceu erecta no ar, no centro de Pêro-Pinheiro, também junto á estrada principal, e tinha ao seu lado uma escultura de um Canteiro - homem que trabalha a pedra. E recordo que havia tantos Canteiros! Em pequenas oficinas à beira da Estrada que liga Pêro Pinheiro à minha aldeia - Maceira.
Retenho nos ouvidos, o ruído do escopro e da maceta,  trabalhando a pedra,  e os canteiros com os seus grossos aventais cobertos de pó branco.
Ainda hoje, essas oficinas permanecem nos  mesmos locais, mas há muito que estão fechadas. À sua volta, esquecidas, e já escuras pelas intempéries, ainda se encontram muitas pedras. Está tudo lá!...menos os homens - os Canteiros. Muitas vezes emociono-me, quando olho aquelas oficinas, aqueles espaços...em absoluto silêncio.

Apresento, agora, um pequeno mas interessante texto, que encontrei na net acerca desta coluna de mármore de tons rosa:

«O Canteiro é o individuo de dá à pedra a forma necessária à função que lhe é atribuída!
Assim podemos chamar canteiro ao indivíduo que talha a pedra para a soleira da porta, ao que faz um lava-loiça de pedra, ao que faz os ornamentos em pedra para a nossa derradeira morada e também, porque não, ao escultor que transforma um bloco de pedra na representação tridimensional de algo ou de alguém.
Pêro Pinheiro é desde longa data a terra da indústria das rochas ornamentais, embora inicialmente esta indústria se ficasse pela extracção do mármore (principalmente o Lioz) nas suas pedreiras, trabalho efectuado pelos cabouqueiros, enquanto os canteiros geralmente trabalhavam no local onde a pedra seria utilizada.
Supostamente, só após o terramoto de 1755 se generalizou a ideia do mármore passar a ser talhado perto do local da extracção, tendo proliferado as empresas de transformação de mármores e granitos em Pero Pinheiro, saindo para o local de destino já com a forma e medida final!


Desde então Pero Pinheiro passou a ser, não só uma terra de cabouqueiros mas também uma terra de canteiros.
Querendo prestar homenagem aos canteiros da localidade a junta de freguesia, aproveitando uma coluna que se encontrava à entrada da localidade e da qual se dizia ter como destino o convento de Mafra mas por razões desconhecidas nunca lá chegara, mandou erigir um monumento representando o canteiro, no centro da vila, tendo o mesmo sido inaugurado em Fevereiro de 1994.»

(No blogue: https://www.geocaching.com/)

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Poema - O BOM PASTOR - de J.T. Parreira

 O pastor - Fonte da imagem: http://www.franciscanos.org.br/


O BOM PASTOR

Agrupo os meus rebanhos 
como agrupei estrelas
como o Universo.

Agrupo os meus cordeiros
as minhas ovelhas quando desfiro
a noite pela erva fora,
mesmo na sombra do curral
pastoreio, não limito a noite
à tarefa de sonhar.

Todas as Estações que passaram
assistiram com o sol e a chuva
o vento, a chuva e o sol,
à humildade das ovelhas que vinham
e os cordeiros crescendo
com o coração voltado para mim.

(J.T. Parreira - no livro  CONTAGEM DE ESTRELAS- pág.39)

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Portugal arrecada 24 Prémios nos World Travel Awards - 2016

Marcelo Rebanda, representante do Turismo de Portugal, em Itália, recebeu o prémio.

Portugal arrecada 24 prémios nos World Travel Awards

Portugalal arrecadou um total de 24 prémios na edição de 2016 dos World Travel Awards, durante o evento‘Europe Gala Ceremony 2016′, que decorreu este domingo na Sardenha, em Itália, no Forte Village Resort.
A TAP Portugal saiu vencedora em três categorias – ‘Europe’s Leading Airline to Africa’, ‘Europe’s Leading Airline to South America’ e a sua revista de bordo, a UP Magazine, foi considerada ‘Europe’s Leading Inflight Magazine’.
O Algarve foi considerado, mais uma vez, ‘Europe’s Leading Beach Destination’ e o Turismo de Portugal repetiu o prémio de ‘Europe’s Leading Tourist Board’.
Destaque ainda para os Passadiços do Paiva que ganharam o prémio ‘Europe’s Leading Tourism Development Project’.

Lista dos vencedores:
Europe’s Leading Airline to Africa
TAP Portugal

Europe’s Leading Airline to South America
TAP Portugal

Europe’s Leading All-Inclusive Resort
Pestana Porto Santo All Inclusive & Spa Beach Resort

Europe’s Leading Beach Destination
Algarve

Europe’s Leading Beach Resort
Hotel Quinta do Lago

Europe’s Leading Boutique Hotel
Vila Joya, Portugal

Europe’s Leading Boutique Resort
Choupana Hills Resort & Spa

Europe’s Leading Business Hotel
Myriad by SANA Hotels

Europe’s Leading Cruise Destination
Lisboa

Europe’s Leading Cruise Port
Porto de Lisboa

Europe’s Leading Design Hotel
Altis Belém Hotel & Spa, Portugal

Europe’s Leading Family Resort
Pine Cliffs Resort, a Luxury Collection Resort

Europe’s Leading Hotel Villas
Private Villas at Vila Vita Parc

Europe’s Leading Inflight Magazine
Up Magazine (TAP Portugal)

Europe’s Leading Island Destination
Madeira

Europe’s Leading Island Hotel & Spa
The Vine Hotel

Europe’s Leading Landmark Hotel
Bairro Alto Hotel

Europe’s Leading Luxury Resort & Spa
Conrad Algarve

Europe’s Leading MICE Hotel
EPIC SANA Algarve Hotel

Europe’s Leading New Resort
Pine Cliffs Ocean Suites, a Luxury Collection Resort

Europe’s Leading River Cruise Company
DouroAzul

Europe’s Leading Tourism Development Project
Passadiços do Paiva (Arouca UNESCO Global Geopark)

Europe’s Leading Tourist Board
Turismo de Portugal

Europe’s Most Romantic Resort
Monte Santo Resort.

( Texto e fotografia acima em:http://www.publituris.pt/)

Nota pessoal:

Naturalmente, como cidadã portuguesa que ama o seu país, e que acha que Portugal  é, possivelmente, o melhor lugar do mundo para viver...estou muito contente e  orgulhosa, por tamanha distinção e honra.

Quem dera,  que também noutros aspectos fundamentais, como a governação, e o desenvolvimento sustentado do País,  Portugal  fosse também  exemplar.
Tenho  esperança  de que  o venha a conseguir... Quando? Não faço ideia.
Oro, diariamente, para que o Deus de amor nos ajude

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

OS QUE SÃO FEITOS SANTOS - Pastor João António Marques (continuação)

 A  mui amada e  saudosa,  irmã Cristina, que sorria  quando orava ao seu Deus e Pai.
.
Uma das pessoas mais lindas que conheci.
 
OS QUE SÃO FEITOS SANTOS - continuação 

Para Deus e, portanto segundo as Escrituras, todos os salvos por Jesus Cristo, todos os que foram remidos  pelo Seu sangue, todos os que confiaram na Sua oblação, feita uma vez, são santos, sem excepção. Não apenas uma classe de indivíduos que se destacaram pelos seus méritos, mas todos os fiéis  de Cristo. Pela razão simples de que a santidade não resulta do mérito de nenhum ser humano, mas do mérito de Jesus Cristo; e não depende de actos episódicos dos homens,  mas do acto único de Jesus, no Calvário; não tem que  ver com a distinção de um entre muitos irmãos, mas com a condição de todos perante um só, que é Cristo.
A santidade é atributo de todos os filhos de Deus, e não prémio de Deus aos seus filhos excelentes.. Enquanto homens, «todos pecaram e se tornaram«indignos» perante Deus; enquanto  «filhos de Deus» todos foram igualmente purificados pelo sangue de Jesus.

(Pastor João António Marques - no livro - "Olhai para os lirios do campo" - página 98)

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Apresentando a linda borboleta Bela Dama - ou - Vanessa cardui

Borboleta  Bela Dama - ou -Vanessa  cardui - Fonte da imagem: http://lagartascomasas.blogspot.pt.


Alguns dados sobre esta bela e apreciada borboleta:

 Vanessa cardui  (Linnaeus 1758),  conhecida pelos nomes comuns de bela-dama e vanessa-dos-cardos, é uma  espécie de lepidóptero de ditrisio da famíla Nymphalidae. É a uma das borboletas  com mais larga distribuição geográfica, encontrando-se em todos os continentes, com excepção da  Antárctida. Vive em qualquer zona temperada, incluindo as montanhas dos  trópicos.  Apesar disso, é apenas residente permanente em áreas temperadas, pelo que migra na primavera, e por vezes no outono.

Descrição

A bela-dama é uma borboleta grande (de 5 a 9 cm)  caracterizada pelo seu corpo preto e branco e pelas suas  asas em tons alaranjados com marcas pretas e brancas.
Os ovos  levam duas semanas para eclodir, sendo que a lagarta  leva de 7 a 11 dias para se tornar numa crisálida   e mais 7-11 dias para a crisálida se tornar numa borboleta.
A borboleta adulta é muito móvel, estimando-se que percorra cerca de 1 600 Km  ao longo de sua vida.
As lagartas alimentam-se de uma variedade de plantas da família das Asteraceae,  especialmente da espécie Carduus cispus,  o vulgar cardo (daí o nome de vanessa-dos-cardos). Também se alimentam de plantas das famílias Boraginaceae e Malvaceae  (especialmente Alcea e Malva negleta).  Os adultos sugam o  néctar  de uma variedade de flores de plantas silvestres e cultivadas, das quais as mais comuns são o cardo  e as flores dos géneros  Buddleja, Aster, Bidens e Zinnia.  

    ( https://pt.wikipedia.org/wiki/Vanessa_cardui)