domingo, 30 de agosto de 2009

Tempo de férias


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Informo os estimados amigos que têm a gentileza de passar por este cantinho, que irei tirar um tempinho de férias.

Querendo Deus, estarei de volta no dia 1/10/09

Até lá, tudo de bom e muito obrigada.

Viviana

sábado, 29 de agosto de 2009

Porque hoje é Domingo (70)


Igreja Baptista de Morelena - Sintra

Jesus é o bom pastor

Por isso Jesus continuou«Em verdade vos digo: Eu sou a porta por onde entram as ovelhas.
Aqueles que vieram antes de mim foram ladrões e salteadores, mas as ovelhas não fizeram caso deles.
Eu sou a porta. Aquele que entrar por mim, salva-se.
È como uma ovelha que entra e sai do curral e encontra pastagens.
O ladrão não vem senão a roubar, a matar e destruir.
Eu vim para que as minhas ovelhas tenham vida e a tenham em abundância.
Eu sou o bom pastor. O bom pastor está pronto a morrer pelas suas ovelhas.
O assalariado, a quem não pertencem as ovelhas, logo que vê chegar o lobo, abandona-as e foge.
O lobo apodera-se das ovelhas e põe-nas em fuga.
O assalariado não se preocupa com as ovelhas, porque não lhe pertencem.
Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas e elas conhecem-me a mim.
Conheço-as tão bem como o Pai me conhece a mim e eu o Pai. Por isso, estou disposto a dar a vida por elas.
Tenho ainda outras ovelhas que não são deste curral. Preciso de as conduzir também.
Elas hão-de ouvir a minha voz e haverá um só rebanho e um só pastor.
O Pai ama-me, porque estou disposto a sacrificar a minha vida para a receber de novo.
Ninguém me tira a vida . Eu é que a dou por minha livre vontade.
Tenho poder de a dar e de a recuperar. È esta a missão que eu recebi do meu Pai.»
Os judeus voltaram a desentender-se por causa destas palavras de Jesus.
Muitos comentavam: «Ele está completamente louco.
Porque é que vocês fazem caso dele?»
Mas outros diziam: «Estas palavras não podem vir de um louco!
E como é que um louco podia dar vista a cegos?»

(Ev. de S. João 10:7 a 21)

Comunicado - Um poema de Miguel Torga


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Na frente ocidental nada de novo.
O povo
Continua a resistir.
Sem ninguém que lhe valha,
Geme e trabalha
Até cair.

(Miguel Torga)

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

O Sonho


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Quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor.

(Goethe)

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Sinais dos tempos


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Ontem, quando aguardava na fila a minha vez de ser atendida na Caixa Geral de Depósitos, assisti a uma cena que me marcou profundamente.
Com enorme espanto, apercebo-me da entrada de uma senhora, na casa dos sessenta anos, amparada por um jovem do lado direito, e por uma jovem do lado esquerdo, nos braços dos quais se apoiava, num estado de tamanha fragilidade e magreza que não se conseguia manter de pé sem apoio.
Reparei ainda na distenção abdominal, enorme, (ascite ou "barriga de água") que contrastava com a estreiteza dos ombros.
Os acompanhantes sentaram-na numa cadeira onde aguardou até ser atendida.
Quando a funcionária do Banco se dispôs a atendê-la, eu , como estava perto, sem querer, ouvi o diálogo entre as duas.
Funcionária: "Faça favor de dizer":
Senhora: " Olhe, eu estou muito doente e vou morrer, vinha cá saber o que é preciso fazer para depois de eu falecer o Estado não me vir cá tirar o dinheiro da minha conta."
Funcionária: "Quando a senhora falecer nós aqui não vamos comunicar a ninguém."
Senhora: "Mas há a possibilidade do Estado vir a saber que eu faleci"?
Funcionária. "Se por acaso houver um cruzamento de dados, de outras instituições com a Caixa... poderá vir a saber sim."
Senhora: "Então diga-me como é que eu tenho de fazer isto".
Funcionária: O que eu aconselho que a senhora faça é abrir uma nova conta juntamente com o seu filho. Assim, quando a senhora falecer ele poderá levantar o dinheiro ou movimentar a conta".
Senhora: "Então vamos abrir essa tal conta."
E virando-se para o jovem filho pediu-lhe o bilhete de identidade, e lá procederam a todos os requesitos da abertura da nova conta.
Quando terminaram, os jovens (nora e filho) ajudaram-na a levantar-se, e ela, apoiada nos braços deles, atravessou a sala, passou por o meio das pessoas e chegada á rua lá fora, meteram-na num carro e lá seguiram com ela, não sei se para uma cama de hospital, ou para a sua cama em casa.

Fiquei perturbada e a pensar:
Mas o que é isto?
Como é possível que as coisas estejam de tal forma mal organizadas na nossa sociedade, que para resolver um assunto relacionado com dinheiros, seja preciso, exigido, que uma mulher tão doente e em tão mau estado físico, tenha que levantar-se da cama e sem poder, vir ao Banco para que os seus interesses possam ser defendidos?'
Não seria suposto que em pleno século vinte e um, esta muilher em fase terminal de vida, fosse deixada em paz com a sua situação de doença, e as Instituições se preocupassem em pensar em como resolver esta problemática, sem ser desta forma?'
Afinal, qual é o sinal de progresso e modernidade das instituições, quando se trata de casos como estes, destas pessoas?

terça-feira, 25 de agosto de 2009

O poeta popular António Rufino


Admiro muito os poetas populares
Creio que um dos mais conhecidos entre nós é o António Aleixo.
Ficou célebre pela simplicidade e profundidade das suas quadras.
Mas não é dele que hoje me vou ocupar.
Hoje quero vos apresentar o poeta António Rufino.
O quê, nunca ouviram falar dele?
Pois fiquem sabendo que António Rufino é o meu vizinho, da casa da aldeia há mais de 40 anos.
Hoje, quando eu regava calmamente o meu jardim, ele apareceu trazendo na mão um dossier com as suas poesias e com um sorriso aberto, quis que eu as olhasse.
Estavam dactilografadas e muito bem ordenadas por temas.
Para mim foi uma surpresa muito agradável.
Como na hora não podia lê-las, perguntei-lhe se me permitiria que trouxesse o dossier para minha casa, para as ler e apreciar com calma.
Ele concordou.
Há pouco, abri o dossier ao acaso e os meus olhos encontraram este poema, dedicado por ele á sua mãe, que já partiu.
Li-o, e achei-o deliciosamente belo.
Decidi repartí-lo com os amigos, que habitualmente, têm a gentileza de por aqui passar.
O poeta António Rufino é do Alentejo - Santo Amador, vive em Maceira - Sintra, há mais de 40 anos, trabalhou a vida inteira na Indústria do Mármore, é viuvo, e tem como habilitações literárias a quarta Classe do Ensino Primário.

Mãe

Mãe: tu me geraste
Ao mundo me trouxeste
Tu me criaste
Tu me beijáste
Tanto Amor que me deste...

Mãe tu eras santinha
Trago-te no coração
Toda torta e velhinha
Encostada á bengalinha
Com o queixinho rés do chão.

Tambem eras uma Abelhinha
Pousavas de flor em flor
Eras aquela mãe que eu tinha
Já eras muito velhinha,
Quando perdi o teu amor.

Querida mãe: mãe da minha paixão
Foste tu que me deste a vida
Serás sempre a preferida
Nunca me serás esquecida
Mesmo debaixo do chão.

Mãe, tamben foste uma florinha
Que não sais do meu pensar
Foste sempre muito queridinha
Hoje pareces uma estrelinha
Que es tás no céu a brilhar.

Quando vejo uma velhinha
Com as saias a arrojar
Lembras-me tu, querida mãezinha
Que já morreste coitadinha
Com o tu modo de trajar.

Eu tinha uma santinha
Numa igreja: no seu altar
De tanto amor que lhe tinha
Àquela mulher, minha mãezinha
Ainda hoje lá vou rezar.

(António Rufino)

Porque será?


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Há algum tempo atrás, estando eu a almoçar numa pisaria com o Jorge e o Zé, chamou-me a atenção, um casal na casa dos sessenta, que estavam na mesa em frente, e que desde que chegaram até que sairam, não dirigiram sequer uma palavra um ao outro.
Aquilo fez-me pensar!
Como é possível, sentar-se á mesma mesa, comer uma refeição, virados um para o outro... e não terem nada para dizer ou conversar?
De repente, reportei-me, imaginariamente claro, ao tempo em que eram jovens e namoravam.
Quanta coisa teriam para conversar!
Quanta coisa bonita teriam eles dito um ao outro?
E continuei:
O que é que entre eles aconteceu, para não terem mais nada para dizer um ao outro?
Então, não é agora quando ambos estão de cabelos brancos e a envelhecer dia - a - dia, que mais precisam e mais deveriam conversar, para se apoiarem e ajudarem ?

domingo, 23 de agosto de 2009

Ave madeirense mais leve do que um pacote de açucar


Bis bis Madeirensis -( Regulus Madeirensis)
Clique na imagem para ver melhor.

O bisbis é uma das aves mais características da avifauna da Ilha da Madeira, não só pelo seu minúsculo tamanho, como peso médio de apenas 6 gramas, isto é, mais leve do que um pacote de açúcar, mas, tambem, por apresentar um comportamento bastante irrequieto e um chamamento tão especial que acabou em nome de baptismo.
Quem passeia pela serras da Ilha tem facilidade em visualizar esta ave que, durante algum tempo, se julgou ser uma subespécie de outra existente em toda a Europa, a estrelinha portuguesa.
Afinal, concluiu-se que as diferenças eram muito maiores do que aquelas que a distinguiam em termos visuais.
Os estudos de morfometria, os testes de taxonomia e genéticos realizados em 2003, por investigadores estrangeiros, davam conta de que estávamos perante uma nova espécie até ser reconhecido como tal pela RSPB (Byrdlife International no Reino Unido) em 2007.
Estima-se que haja 300.000 individuos desta espécie, numa densidade de 6,9 aves por hectare, e que se destribuem entre os 400 e os 800 metros de altitude.
Esta ave tem posturas de seis a oito ovos, num ninho pequenino em forma de taça.
O bisbis é uma ave muito frágil que só existe na Madeira.
È tão pequenina que cabe na palma de uma mão, o que já em 2004 dificultou a anilhagem.
Segundo Ana Isabel Fagundes , directora do SPEA (Sociedade Portuguesa para os estudos das Aves na Madeira) as Ilhas são espaços extraordinários de biodiversidade, devido ao isolamento, a adaptação exigidas, quer da alimentação, zonas de nidificação (arbustos ou árvores de maior porte) quer de habitats diferentes.

(Diário de Notícias - 23/08/09)

sábado, 22 de agosto de 2009

Porque hoje é Domingo (69)


Igreja Verde, em Buenos Aires - Argentina

Os cristãos perante o mundo

«Digo-vos meus filhos,
que os vossos pecados estão perdoados
graças á pessoa de Jesus.
Digo-vos pais,
que já conheceis aquele que existia
desde o princípio de tudo.
Digo-vos jovens,
que já vencestes o mal.
Repito-vos, meus filhos,
que já conheceis o Pai do céu.
Repito-vos, pais,
que já conheceis aquele que existia
desde o princípio de tudo.
Repito-vos, jovens,
que sois corajosos,
que a Palavra de Deus permanece em vocês
e já vencestes o mal.

Não amem o mundo nem as coisas do mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está com ele.
Tudo aquilo que pertence ao mundo não vem do Pai, mas sim do mundo, ou seja: os maus instintos, os maus desejos dos nossos olhos, e a ganância das riquezas.
E a verdade é que o mundo passa, o mundo e os seus maus desejos; mas aquele que faz a vontade de Deus vive para sempre.»

(I Epístola de S. João 2:12 a 17)

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Nunca desistir


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Num mundo que se torna cada dia mais violento, mais inseguro e mais triste, è imperioso que mantenhamos viva a esperança, o optimismo, e a tranquilidade interior, e que nunca desistamos de sorrir, de amar, e praticar o bem.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Belezas da Praia do Magoito


Nardo Marítimo - Foto de Gil Lemos -
Clique em cima para ver toda a beleza.

E eu que julgava que era só nas dunas da Praia de Armação de Pera, no Algarve, que nasciam estas belíssimas flores brancas!

Sem esperar, fui encontrá-las também na Praia do Magoito, perto de Sintra.
Pedi ao Gil para as fotografar... e vejam só como a ligação ficou perfeita:
flores, céu, e mar.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Um poema de Júlio Roberto


Meu filho

Quantas vezes desejo falar-te
e dizer-te tanta coisa que anda comigo.
Quantas vezes quero fazer-te uma festa
e dar-te um beijo dizendo:
Meu filho como te amo!
Porém tu cresceste.
Voáste para o teu mundo
o teu mundo de jovem
Às vezes solitário, outras perdido
outras, alegre e distante.
E entre nós vai crescendo
essa separação
Vamos ficando na aparência
um pouco estranhos,
divididos pelas idades
e pelos mundos de cada um.

Ah meu filho!
Porquê esta vergonha, este pudor
de te abraçar e de acarinhar.
de te dizer: Olá meu amor!
Porquê este medo que
nos deixa assim,
com o coração cheio de
ternura,
mas os gestos parados,
o olhar vazio,
As palavras todas por dizer.
Vamos mudar isto? Queres?
Então abraça-me,
um abraço forte como dois
amigos,
mais que irmãos.
Penetra no meu mundo e
eu no teu
Demos as nossas mãos
e caminhemos juntos
na procura que tu queres
e eu tambem.
E vamos construir um
mundo
em que não há autoridade
nem distância
mas doçura, compreensão
e amor
E assim, como dois jovens
talvez possamos entender
a vida
e sermos companheiros
na alegria.
E quem sabe,descobrirmo-nos
um ao outro.

Um beijo

(Júlio Roberto)

Nota sobre o autor:

Julio Roberto - E aqui segue uma pequena biografia: Nasceu em Évora, em 1929 e foi filósofo, poeta, escritor e ecologista. Mas foi muito mais!

Como professor, escritor e conferencista, percorreu o mundo falando sobre a natureza, qualidade de vida e o homem nessa tão delicada relação! Sobre ele se escreveu 'Um Homem que vale a pena'

Dele eu tenho o 'Poema Ecológico',
que é de uma beleza ímpar.

Julio Roberto, foi meu professor, num Curso pós - báse de Enfermagem, há mais de quarenta anos. Este poema é desse tempo.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Quanto vale um acto de amor?


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"Nós mesmos sentimos que o que fazemos é uma gota no oceano.
Mas o oceano seria menor se essa gota faltasse."

(Madre Teresa de Calcutá)

Um homem exemplar - o Dr. Fernando Nobre.


O Dr. Fernando Nobre recebendo flores
numa escola onde foi falar do seu trabalho.

Acabei de assistir na Televisão, a uma entrevista ao Dr. Fernando Nobre, dirigente da A.M.I. - Assistência Médica Internacional - ou seja, a versão Portuguesa dos Médicos sem Fronteiras.

Este Homem de 57 anos (intuítivamente escrevi Homem com letra grande! e vou deixar ficar, porque é verdade a cem por cento... corresponde) mas dizia eu, este Homem de 57 anos, Cirurgião Geral, com a especialidade em Urologia, conhece todos os países do mundo excepto a Birmânia.
Esteve em Acções Humanitárias em muitos, muitos países.
Foi um delicia ouvi-lo contar acerca da sua pessoa, da sua família, do seu trabalho e da sua vida.
Extraordinário!
A certa altura, o entrevistador confrontou-o com o facto de ele chamar "filhos" a todas as crianças e jovens; ao que ele respondeu que sim, que chama, que olha para eles como se fossem os seus próprios filhos! Tem quatro.
Contou, que logo a seguir á queda do Presidente da Roménia, Ceausescu, estava em missão num derminado lugar na Roménia, e olhando para uma porta, viu entrar duas crianças pequenas, irmãos, um menino e uma menina, loirinhos e de olhos verdes, como os seus filhos, de mão dada e famintos, que lhe pareceram os seus dois filhos mais novos.
Então pensou que os seus filhos poderiam ter tido a triste sorte de terem nascido num país governado por um louco como na Roménia.

Abro aqui um parêntesi só para dizer que não me surpreendi assim tanto por o Dr. Fernando Nobre chamar filhos a todas as crianças e jovens.
Também eu tenho esse hábito.
Já há muito, muito tempo que o faço.
Um dia, quando em serviço de Enfermagem me dirigi a um Bairro de lata (favela) na Amadora, vieram ter comigo duas crianças; vinham sempre muitas crianças ter com as enfermeiras de saúde pública que visitavam o bairro. A maior parte deles já eram nossos amigos, pois tantas vezes íamos ali.
Eles rodearam-nos e eu tratei-os por filhos, ao que um deles me respondeu:
"Você chamou-me filho? Disse que eu era seu filho?"
Eu disse: Sim, chamei-te filho porque gosto muito de ti e quero-te muito bem.
Ele respondeu: "Eu gostava que você fosse minha mãe."
Nunca mais me esqueci disto.

Voltando agora ao Dr. Fernando Nobre:
Inquirido sobre se se costuma emocionar com as situações que encontra nas suas missões, respondeu que não, que aí actua com toda a determinação, pois está muitas vezes em causa slvar vidas.
Mas disse que se emociona com facilidade, como por exemplo ao ver certas cenas de determinados filmes.
Foi o caso de um flme chamado "Àrvore de Natal"...
E quando começou a contar a história do filme, as lágrimas vieram-lhe imediatamente aos olhos e escorreram pela face.

Eu ontem vi o Dr. Fernando Nobre chorar...

Agora aqui entro eu outra vez:
Eu fui sempre muito emotiva; mas agora, talvez por a idade, por tantas experiências vividas, ou por um outro motivo qualquer, emociono-me muito mais .
Eu choro com muita facilidade.
Choro quando converso com o meu Deus.
Choro ao cantar-lhe um hino de louvor, pois canto com a alma.
Choro ao ver certas cenas de determindos filmes.
Choro ao fazer certas leituras, como aconteceu hoje ao ler um post da minha querida amiga Alice.
Choro ao contemplar um lindo pôr- do - sol, num entardecer.
Choro ao olhar uma flor, uma árvore, uma paisagem.
Choro quando olho para dentro de certas pessoas e vejo tanta beleza de caracter, tanta bondade, tanta sensibilidade.
Choro quando depois de ter tido a casa cheia de filhos e netos, e de cozinhar os melhores pratos e fazer um doce, e um bolo, para ter o prazer de os ver comer com tanta satisfação, e chega a hora de se irem embora, eles despedem-se, descem as escadas, entram nos carros e viajam para as suas casas, e eu olho sempre da mesma janela, que é esta aqui ao lado, e daqui de cima aceno-lhes e eles olham cá para cima e agradecem, agradecem, e mandam beijos para mim, e quando os carros arrancam e eles rumam para as suas casas, eu posso ver as mãozitas deles a fazerem-me adeus até que os carros desaparecem ao fundo da rua.
Aí, eu já estou cheia de saudades!
E choro.
E eles sabem que eu choro.
Antigamente, quando me emocionava e chorava, eu tentava difarçar, esconder, pois sabia que as pessoas não me comprendiam.
Agora, de há um certo tempo para cá, não me preocupo mínimamente que alguem me veja chorar, ou até de vos contar eu própria que choro.
Acho que é tão natural! Tão humano! tão próprio de quem tem sensibilidade!
Eu até gostava, porque creio que este nosso triste e desumano mundo, beneficiaria com isso, que houvesse por aí muitos Fernandos Nobres a chamar as crianças e jovens de filhos, e os homens e mulheres, sempre, de amigos, e a emocionar-se e chorar, pois creio que muito sofrimento seria minorado.
E sabem que mais?

Façam o favor de não ter vergonha de chorar porque chorar é humano.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

As cortinas "esquecidas" nas casas abandonadas


Casa em Sintra - Foto de Gil lemos

Tenho reparado, cada vez com mais frequência, existirem casas abandonadas e degradadas, de onde os moradores saíram e as cortinas continuaram nas janelas.
Aos poucos, com o passar do tempo e com as intempéries, as janelas acabam por se abrir, e quem passa perto olha e vê as cortinas balouçando nas janelas, já rasgadas, e muitas vezes em farrapo
Conheço váras destas situações.
Mesmo aqui perto de onde eu moro, há uma casa nestas condições, e onde eu passo com muita frequência.
Não sei se acontecerá com os outros o mesmo que acontece comigo.

Tenho que confessar que a visão destas cortinas nas janelas, me causa uma sensação muito estranha.
Então penso
O que terá levado as pessoas a irem-se embora e a deixarem as cortinas nas janelas!?
Ponho-me então a conjecturar as várias probablidades:
Ou as pessoas mudaram para outra casa, e como as cortinas não davam para as janelas para onde foram, decidiram deixá-las ficar, embora eu considere que é uma pena deixá-las ali a apodrecer...
Ou então, imagino , e isto quase sempre, que naquelas casas viviam pessoas idosas que morreram, e as cortinas, tal como outras coisas por lá ficaram, por desinteresse dos familiares, ou simplesmente por não haver familiares... o que eu acho muito triste.
E ao olhá-las, posso imaginar o dia e hora em que elas foram ali colocadas, novas a estrear, a embelezar a janela e a casa, e a proteger do sol, e dos olhares indiscretos de quem passava, e talvez, até terem sido motivo de orgulho por serem consideradas mais bonitas e vistosas que as da vizinha do lado.

sábado, 15 de agosto de 2009

Porque hoje é Domingo (68)


Igreja no Tirol - Áustria - Imagem da net

PALAVRA DO SENHOR

Naquela altura o número de pessoas que aceitava a fé era cada vez maior.
Por isso houve um certo descontentamento contra os que só falavam hebraico, por parte daqueles que só falavam grego.
É que as viúvas do grupo dos que falavam grego eram esquecidas na distribuição diária de auxílio.
Então os doze Apóstolos reuniram todos os crentes e disseram:
«Não está certo que nós deixemos de pregar a Palavra de Deus para nos ocuparmos da distribuição de auxílios. Por isso irmãos escolham dentre vocês sete homens de confiança, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, para os encarregarmos desse serviço. E nós continuamos a dar todo o nosso tempo á oração e á pregação da Palavra de Deus.»
Todos concordaram com a proposta e escolheram então Estevão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócuro, Nicanor, Timão, Parmenas e Nicolau, que era natural de Antioquía, e tinha aceitado a religião dos judeus.
Apresentaram estes homens aos Apóstolos, que oraram por eles e puseram as mãos obre as suas cabeças.
Assim se espalhava cada vez mais a palavra de Deus e o número de crentes aumentava em Jerusalém.
Tambem um grande número de sacerdotes aceitava a fé cristã.

(Livro dos Actos dos Apóstolos 6:1 a 9)

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

ALEGORIA FLORAL



»Um dia em que a mulher nasça do caule da roseira

que cresce no quintal; ou um dia em que a nuvem

desça do céu para vestir de névoa os seus

seios de flor: seguirei o caminho da água nos

canteiros que me levam ao caule, e meter-me-ei

pela terra em busca da raiz.


Nesse dia em que os cabelos da mulher se

confundirem com os fios luminosos que o sol

faz passar pela folhagem; e em que um perfume

de pólen se derramar no ar liberto da névoa:

procurarei o fundo dos seus olhos, onde corre

uma transparência de ribeiro.


Um dia irei tirar essa mulher de dentro da flor,

despi-la das suas pétalas, e emprestar-lhe o véu

da madrugada. Então, vendo-a nascer com o dia,

desenharei nuvens com a cor dos seus lábios, e

empurrá-las-ei para o mar com o vento brando

da sua respiração.


Depois, cobrirei essa mulher que nasceu da roseira

com o lençol celeste; e vê-la-ei adormecer, como

um botão de rosa, esperando que a nuvem desça

do céu para a roubar ao sonho da flor.«


In "O Estado dos Campos"

Publicações Dom Quixote

Nuno Júdice

Poeta contemporâneo Português

Vivendo e aprendendo


Karela verde


Karela já aberta vendo-se as sementes vermelhas - fOTO DE VIVIANA


Mais aberta ainda... fOTO DE vIVIANA

CORTADA EM FATIAS - iiMAGEM DA NET
kARELA COZINHADA - iMAGEM DA NET

Na passada sexta-feira, quando fui ao Mercado Levante aqui de Mira-Sintra, reparei surpreendida, que havia um homem de turbante, á maneira sik, a vender frutas e vegetais numa banca.
Entre os produtos que tinha para vender, havia um vegetal verde parecido com um pepino, mas com uma casca rugosa.
Fiquei curiosa e perguntei o nome, tendo ele respondido que se chamava Karela, e que era usado no tratamento da Diabetes, além de ser apreciada na confecção de pratos orientais.
O preço era de cinco euros o kilo.
Tomei a decisão de comprar uma para experimentar e conhecer melhor.
Uma vez em casa, fui pesquisar na net e logo encontrei muita informação sobre a Karela que é usada em muitos e varidos pratos.
Confesso que tive um certo receio de a cozinhar e comer.
Coloquei-a num cestinho e deixei-a ficar em cima de uma bancada da cozinha.
Olhava para ela com frequência e ela prmanecia igual. A minha surpresa foi quando de um momento para o outro, começou a perder a côr verde e a amarelecer. No dia seguinte ela abriu-se sòsinha, como se tivesse sido feito um corte longitudinal.
Muito rápidamente, formou-se como que uma flor com várias pétalas...deixando ver no seu interior uma quantidade de grandes sementes vermelhas, que eu pretendo semear para ver o que acontece.
Já agora, informo que encontrei uma cidade do Paquistão chamada Karela.
Aprendi ainda, que Karela é tambem nome de mulher.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Ainda o Raul Solnado


Raul Solnado

Texto que Raúl Solnado escreveu e que foi colocado sábado junto à sua urna

Um vazio no tempo

«Numa das últimas vezes que estive na Expo de Lisboa, descobri estranhamente uma pequena sala completamente despojada, apenas com meia dúzia de bancos corridos. Nada mais tinha. Não existia qualquer sinal religioso e por essa razão pensei que aquele espaço se tratava dum templo grandioso. Quase como um espanto senti uma sensação que nunca sentira antes e de repente uma enorme vontade de rezar não sei a quê ou a quem. Fechei os olhos, apertei as mãos, entrelacei os dedos e comecei a sentir uma emoção rara, um silêncio absoluto e tudo o que pensava só podia ser trazido por um Deus que ali deveria viver e que me ia envolvendo no meu corpo adormecido. O meu pensamento aquietou-se naquele pasmo deslumbrante, naquela serenidade, naquela paz.
Quando os meus olhos se abriram, aquele meu Deus tinha desaparecido em qualquer canto que só ele conhece, um canto que nunca ninguém conheceu e quando saí daquela porta corri para a beira do Tejo para dar um berro de gratidão com a minha alma e sorri para o Universo.
Aquela vírgula no tempo, foi o mais belo minuto de silêncio que iluminou a minha vida, que me fez reencontrar e que me deu a esperança de que, num tempo que seja breve, me volte a acontecer.
Que esse Deus assim queira!»

Raul Solnado

“Façam o favor de ser felizes!”

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Uma perfeição de cão


Imagem da net

Conheci um cão
Que falava
Que escutava
Que cantava
Que brincava
Que ladrava
Que fazia o pino
E que era um grande dançarino.

Que jogava à bola
Que perdia
Que ganhava.
Que estudava
E que andava
Comigo na escola.

E que tal?
Era ou não
Uma perfeição de cão?

Não acreditam?
Fazem mal.
Era um cão
De imaginação...

(Maria Cândida Mendonça)

No livro - Faz de conta

Como é que pode?


Seara de Trigo - Imagem da net

A notícia saiu ontem.

Em Portugal, a produção de cereais este ano, baixou quarenta por cento, em relação aos números de 2008.
E acrescenta:

Oitenta por cento dos cereais consumidos em Portugal são importados

Eu fiquei atónita!

Li uma segunda vez, pensando ter lido mal...
Mas não, era mesmo isso.

Então pensei:

Como é que pode?

Eu sou do tempo em que Potugal era, praticamente, auto -suficiente em cereais...
Recordo-me, e está escrito, que o Salazar, tinha como meta prioritária, que fossem produzidos cereais em quantidade, de modo a haver pão para todos os portugueses.

Hoje, quando decorrem 35 anos sobre o 25 de Abril, quer dizer, da Revolução dos Cravos...apenas produzimos vinte por cento do que os portugueses consomem...
Dá que pensar!

Ou seja, como País, dependemos quase na totalidade dos cereais estrangeiros!
Não consigo entender!
Não consigo aceitar!
Afinal o que têm os nossos governantes andado a fazer?

domingo, 9 de agosto de 2009

Um adeus a Raul Solnado


Raul Solnado

Hoje, tive a sensação que pairava no ar uma certa tristeza.

O meu próprio coração esteve mais quieto e sossegado que o habitual.

È que tínhamos por cá, um homem muito especial chamado Raul Solnado, que era actor. Ele idendificou-se de tal maneira com o povo português, e o povo português com ele, que posso afirmar, que ele era o mais querido, o mais amado, e o mais popular artista português...

Para além disso ele era uma pessoa humana extraordinária!
Um homem de carácter, um homem bom, um homem perto do qual ninguem podia estar triste.
Já há muito que o seu coração começou a ficar cansado, e nos últimos tempos, segundo ele próprio afirmou, o seu coração estava preso por um fio. E assim, aos 79 anos, na madrugada de ontem, a sua vida apagou-se e ele deixou-nos.
Tenho a certeza que este homem vai ficar na memória de todos os portugueses, pois creio não haver uma só pessoa que o não conhcesse e admirasse.

»Costumava dizer que uma piada levava horas a ser feita e se esgotava num instante.
Aos 79 anos, Raul Solnado parou de rir: morreu ontem de manhã, vítima de doença cardiovascular grave, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
A gargalhada foi a sua arma em mais de meio século de carreira, com marcas fortes na televisão, teatro e cinema. As piadas fintaram a censura, brincaram com a guerra, entraram na farsa, na revista e no concurso popular.

Lisboeta de gema, do bairro da Madragoa, conservou sempre o ar traquina de miúdo e começou no teatro amador, em 1947, onde disse ter sido o actor António Silva quem puxou por si. Depois de se estrear no palco do Maxime, Solnado marcou o humor graças ao monólogo ‘A Guerra de 1908’, depois editado em disco e que se tornou êxito em 1962.
Foi o começo de uma forma de humor satírica e sem nunca recorrer ao palavrão, opção que Raul Solnado sempre rejeitou nos seus números. Hoje muitos consideram as suas rábulas percursoras do popular género da stand up comedy.

Ainda antes da televisão, com ‘Zip-Zip’ (1969), Solnado usou o teatro para vincar o seu nome, ao ponto de se lançar na abertura do Teatro Villaret, que abriu em 1965, tendo-o como protagonista em ‘O Impostor-Geral’. Mais tarde, luta pela classe e cria em 1999, com Armando Cortez, a Casa do Artista, de que era director, para apoio na terceira idade.

Embalado pelo sucesso televisivo ao lado de Carlos Cruz e José Fialho Gouveia, também já desaparecido, entrou na revista ‘Há Petróleo no Beato’ (1986) e na série ‘Lá em Casa Tudo Bem’ (1987). Experimentou ainda a telenovela, seja com ‘A Banqueira do Povo’ (1993), na RTP 1, ou breves participações em ‘Morangos Com Açúcar’ (2005) ou ‘Ilha dos Amores’ (2007), ambas na TVI. No cinema, o papel de inspector Elias em ‘A Balada da Praia dos Cães’ (1987), de José Fonseca e Costa, foi o ponto mais alto. Em 1991, pela mão da ex-mulher Leonor Xavier, lança a biografia ‘A Vida não se Perdeu’.

Ao lado do humorista Bruno Nogueira, Solnado gravou já doente a série ‘As Divinas Comédias’, que a RTP 1 começou a exibir ontem e analisa a evolução do humor, que conhecia como ninguém. Está ainda em pós-produção o filme ‘América’, de João Nuno Pinto, derradeiro papel do homem que repetia: 'Façam o favor de ser felizes.' »

Nova gentileza das amigas - mais Selos - Prémio


Oferta da minha amiga Sónia Regina

do Blogue:

http://sonreglom.blogspot.com/


Oferta minha amiga Sandra
do Blogue:
Oferta da Minha amiga Sandra
do Blogue:
As minhas amigas continuam sendo de uma grande gentileza e amabilidade.
Ofertaram-me novos Selos - Prémio que, com muita satisfação publico aqui.
A elas o meu muito obrigada.

Porque hoje é Domingo (67)


Imagem da net

"Ao ver a multidão Jesus subiu ao monte. Sentou-se e os seus díscípulos foram para junto dele.
Jesus começou então a ensiná-los desta maneira:"

«Felizes os que têm coração de pobres, porque é deles o Reino dos céus!
Felizes os que choram, porque Deus os consolará!
Felizes os humildes, porque terão como herança a terra prometida!
Felizes os que têm ânsia de cumprir a vontade de Deus, porque Deus lhe satisfará os anseios!
Felizes os que tratam os outros com misericòrdia, porque Deus os tratará com misericórdia tambem!
Felizes os sinceros de coração, porque hão-de ver a Deus!
Felizes os que procuram a paz entre os homens, porque Deus lhes chamará seus filhos!
Felizes os que são perseguidos por cumprirem a vontade de Deus, porque é deles o Reino dos céus!
Considerem-se felizes quando vos insultarem e perseguirem e vos caluniarem por serem meus discìpulos!
Alegrem-se e encham-se de satisfação, porque é grande a recompensa que vos espera no céu.
Pois assim tambem foram tratados os profetas que viveram antes de vocês. »

(Ev. S. Mateus 5:1 a 12)

sábado, 8 de agosto de 2009

Os Pintassilgos(Carduelis - Carduelis)


Pintassilgo (Carduelis - Carduelis) Foto de Paulo A.
Olhares - Fotografia Online

Hoje de manhã cedo, quando fui fazer a minha caminhada matinal, vi o primeiro bando de Pintassilgos (Carduelis - Carduelis) deste verão.
Estavam pousados em cima dos cardos a regalarem-se com as sementes já secas e apetitosas.
Aliás, o seu nome científico - Carduelis- Carduelis, tem a ver com facto de se alimentarem das sementes dos cardos.
Ao aperceberem-se da nossa presença, levantaram vôo, mas logo regressaram para o banquete matinal, no meio de uma sinfonia muito bela.
O facto de estarem juntos em bando, significa que já terminou a época de acasalamento e procriação, pois durante esse período, os pintassilgos vivem em casal, sem se misturarem uns com os outros.
Então, assim sendo, ao ver este primeiro bando, apercebi-me que caminhamos a passos largos para o fim do verão.
Entretanto, vou ter o prazer de os ver por aqui, o que muito aprecio e muito me alegra.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Quando Deus usou a sua paleta de cores...


surgiu este quadro.


Contemplei-o deslumbrada da minha janela, anteontem ao entardecer.

A foto é da autoria do meu neto Gil

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

A todas as Crianças


A criança,
Toda a criança.
Seja de que raça for,
Seja negra, branca, vermelha, amarela,
Seja rapariga ou rapaz.
Fale que língua falar,
Acredite no que acreditar,
Pense o que pensar,
Tenha nascido seja onde for,
Ela tem direito...
...A ser para o homem a
Razão primeira da sua luta.
O homem vai proteger a criança
Com leis, ternura, cuidados
Que a tornem livre, feliz,
Pois só é livre, feliz
Quem pode deixar crescer
Um corpo são,
Quem pode deixar descobrir
Livremente
O coração
E o pensamento.
Este nascer e crescer e viver assim
Chama-se dignidade.
E em dignidade vamos
Querer que a criança
Nasça,
Cresça,
Viva...


...E a criança nasce
E deve ter um nome
Que seja o sinal dessa dignidade.
Ao Sol chamamos Sol
E à Vida chamamos Vida.
Uma criança terá o seu nome também.
E ela nasce numa terra determinada
Que a deve proteger.
Chamemos-lhe Pátria a essa terra,
Mas chamemos-lhe antes Mundo...


...E nesse Mundo ela vai crescer:
Já sua mãe teve o direito
A toda a assistência que assegura um nascer perfeito.
E, depois, a criança nascida,
Depois da hora radial do parto,
A criança deverá receber
Amor,
Alimentação,
Casa,
Cuidados médicos,
O amor sereno de mãe e pai.
Ela vai poder
Rir,
Brincar,
Crescer,
Aprender a ser feliz...


...Mas há crianças que nascem diferentes
E tudo devemos fazer para que isto não aconteça.
Vamos dar a essas crianças um amor maior ainda.


E a criança nasceu
E vai desabrochar como
Uma flor,
Uma árvore,
Um pássaro,
E
Uma flor,
Uma árvore,
Um pássaro
Precisam de amor – a seiva da terra, a luz do Sol.
De quanto amor a criança não precisará?
De quanta segurança?
Os pais e todo o Mundo que rodeia a criança
Vão participar na aventura
De uma vida que nasceu.
Maravilhosa aventura!
Mas se a criança não tem família?
Ela tê-la-á, sempre: numa sociedade justa
Todos serão sua família.
Nunca mais haverá uma criança só,
Infância nunca será solidão.


E a criança vai aprender a crescer.
Todos temos de a ajudar!
Todos!
Os pais, a escola, todos nós!
E vamos ajudá-la a descobrir-se a si própria
E os outros.
Descobrir o seu mundo,
A sua força,
O seu amor,
Ela vai aprender a viver
Com ela própria
E com os outros:
Vai aprender a fraternidade,
A fazer fraternidade.
Isto chama-se educar:
Saber isto é aprender a ensinar


Em situação de perigo
A criança, mais do que nunca,
Está sempre em primeiro lugar...
Será o Sol que não se apaga
Com o nosso medo,
Com a nossa indiferença:
A criança apaga, por si só,
Medo e indiferença das nossas frontes


A criança é um mundo
Precioso
Raro.
Que ninguém a roube,
A negoceie,
A explore
Sob qualquer pretexto.
Que ninguém se aproveite
Do trabalho da criança
Para seu próprio proveito.
São livres e frágeis as suas mãos,
Hoje:
Se as não magoarmos
Elas poderão continuar
Livres
E ser a força do Mundo
Mesmo que frágeis continuem...


A criança deve ser respeitada
Em suma,
Na dignidade do seu nascer,
Do seu crescer,
Do seu viver.
Quem amar verdadeiramente a criança
Não poderá deixar de ser fraterno:
Uma criança não conhece fronteiras,
Nem raças,
Nem classes sociais:
Ela é o sinal mais vivo do amor,
Embora, por vezes, nos possa parecer cruel.
Frágil e forte, ao mesmo tempo,
Ela é sempre a mão da própria vida
Que se nos estende,
Nos segura
E nos diz:
Sê digno de viver!
Olha em frente!

(Um poema de Matilde Rosa Araújo)

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Neca, Teco e Lara...três animais com sorte.


A Neca atenta a "uma peça de caça."


O olhar interrogador da Lara


A Neca e a Lara algures numa praia em Espanha


O neto Gil e o gato Teco dormindo.

Quem habitualmente visita este cantinho, por certo já conhece a cadela Neca, o Gato Teco, e a cadela Lara.
Todos eles estavam condenados á morte, a breve prazo, caso não aparecesse a minha amiga Mitó, uma mulher com um coração grande e um amor imenso pelos animais.
Esta história já aqui foi contada não faz muito tempo, recordam-se?
Pois bem, como sei que estes lindos bichinhos ficaram com muitos fâs neste blogue, e como a Neca e a Lara "estiveram fora " em gozo de férias, e acabaram de voltar, achei por bem trazê-las até aqui para os amigos verem como elas estão lindas, felizes e bem cuidadas.

O gato Teco, embora não tenha ainda ido de férias... aparece aqui tambem, porque estes três amorosos e lindos animais, têm uma história comum, e por isso não se devem dissociar, e tambem...porque ele foi salvo pela cadela Neca que alertou a Mitó da sua presença.

Assim vai o meu País.


Imagem da net

As leis do meu País, permitem que um cidadão nacional, julgado e condenado a sete anos de prisão efectiva, por quatro crimes de corrupção activa, abuso de poder, fraude fiscal e branqueamento de capital, concorra em pé de igualdade com os outros candidatos, a presidente de uma Autarquia, nos arredores de Lisboa.

Se ganhar, será eleito e governatrá a autarquia, possivelmente até ao fim do mandado, antes que o Supremo Tribunal para o qual recorreu da sentença, conclua o processo, dada a lentidão da Justiça em Portugal.
Assim vai o meu País.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Os morangueiros no meio do milho.


Imagem da net

Já lá vão mais de trinta anos, mas eu recordo-me tão bem... da plantação de morangueiros que o meu pai e a minha mãe faziam, no milheiral. Num e noutro lado dos regos de água para regar.

As plantas dos milhos eram bastante altas; lembro-me que a semente era escolhida com muito rigor para que resultasse bem.

Então, sendo altas, faziam uma boa sombra "coada", quer dizer, que coava os raios de sol, de modo a chegarem aos morangueiros muito menos fortes e escaldantes, que, juntamente com frescura da água que corria no rego, proporcionava o ambiente ideal para um bom desenvolvimento dos morangueiros e logo, uma excelente produção de morangos.

Eu já era casada, e vivia um pouco longe do local, mas ia com frequência visitar os meus pais, que muitas vezes quando eu chegava, andavam ambos a trabalhar na horta, onde eu ia ter, juntamente com o Jorge e os miúdos.
Quando aparecíamos, o pai e a mãe ficavam tão felizes, que largavam logo o que estavam a fazer, e depois dos beijos e dos abraços, levavam-nos ao o meio do milharal, onde com uma imensa ternura e carinho, apanhavam os melhores e mais lindos morangos para nos oferecerem.

Ou então incentivavam-nos a sermos nós a apanhá-los...o que fazíamos com imenso prazer.
Hoje, quando vejo morangos, vem sempre á minha lembrança esses episódios tão lindos...

Quanta recordação bonita! e quanta saudade! desse tempo lá atrás...que nos marcou e contribuiu para sermos hoje quem somos.

Ah! mas quanto eu agradeço a Deus por os pais maravilhosos que eu tive!

sábado, 1 de agosto de 2009

Porque hoje é Dmingo (66)


Imagem da net

«Quando viemos ao mundo, não trazíamos nada, e quando formos embora, tambem nada podemos levar.

Se tivermos alguma coisa que comer e com que nos vestir, é quanto basta.
Porém, os que desejam enriquecer caem na tentação e na armadilha e são vitimas de muitos desejos insensatos e prejudiciais. Isto faz com que as pessoas se afundem na ruína e na perdição.
A raíz de todos os males é a ganância do dinheiro. Levados por ela, muitos perderam a fé e meteram-se em grandes aflições.
Tu, porém, como homem de Deus foge dessas coisas.
Procura a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência e a delicadeza.
Luta no bom combate da fé; faz por conquistar a vida eterna, para a qual foste chamado.
Por isso é que deste um tão belo testemunho diante de muita gente. Diante de Deus, que dá vida a tudo, e de Jesus Cristo que deu tão belo testemunho diante de Pôncio Pilatos, eu te peço.
Até á vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, guarda sem defeito nem mancha aquilo que foi mandado.
Na devida altura, Ele há-de aparecer, pelo poder daquele que é bendito, o único que é poderoso , o rei dos reis e senhor dos senhores. È Ele o único que não morre. Ele vive rodeado de uma luz que ninguém consegue penetrar.
Ninguém o viu nem poderá ver. A Ele seja dada a glória e poder para sempre. Amen.

Avisa os que são ricos em bens deste mundo para que não se envaideçam nem ponham a sua esperança numa riqueza que não é segura. Confiem antes em Deus que põe todas as coisas à nossa disposição, para nos servirmos delas .
Que eles pratiquem o bem, que sejam ricos em boas acções, generosos e amigos de partilhar com os outros. Assim, arranjarão um grande tesouro que lhes servirá no futuro, para conquistarem a verdadeira vida.
Querido Timóteo, guarda a fé que recebeste como herança .
Foge do palavreado mundano e das discussões da falsa ciência.
Alguns deixaram-se levar por ela e desviaram-se do caminho da fé.
Que as bençãos de Deus estejam convosco!»

(I Carta de S: Paulo a Timóteo 6:7 a 21)

Beleza


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"Pode-se desprezar o valor do ouro, a beleza das pérolas, o esplendor das jóias, mas é impossível desprezar o valor da clemência e da beneficência "

(Willian Shakespeare)