segunda-feira, 31 de julho de 2017

Lembrando uma bela canção - "Canta como uma ave ou rio" - Luíz Goes

O cantor Luíz Goes - Fonte da imagem: http://ocantoeamusicadecoimbra.blogspot.pt/

CANTA COMO UMA AVE OU UM RIO

Tu que tens dez reis de esperança e de amor
grita bem alto que queres viver
compra pão e vinho mas rouba uma flor
tudo o que é belo não é de vender
  Não vendem ondas do mar,
  nem brisas ou estrelas, sol ou lua  cheia
  não vendem moças de amar
  nem certas janelas, nem dunas de areia.

  Refrão
Canta como uma ave ou um rio
dá o teu  braço aos que  querem son har
quem trouxer mãos livres ou um assobio
nem é preciso que saiba cantar.

Tu que crês num mundo maior e melhor
grita bem alto que o céu está aqui
Tu que vês irmãos, só irmãos em redor
crê que esse mundo começa por ti.
  Traz uma viola um poema
  um passo de dança, um sonho maduro
  canta glosando este tema
  em cada criança há um homem puro.

Canta, canta com uma ave ou um rio...

Tu que crês num mundo maior e melhor,
luta pela paz, pela justiça, pelo bem.
Faz da vida um serviço de paz e de amor,
e a alegria chegará também.
  Não queiras ódios nem guerras,
  violência, a morte, a injustiça, opressão.
  Não queiras falsos amores
  que esmagam os outros e matam o irmão.

Canta, canta como uma ave ou um rio...

(No livro - Músicas Populares - G.B.U.)








 

domingo, 30 de julho de 2017

Porque hoje é Domingo (450)


«Feliz  o homem
que não segue o conselho dos maus,
não se detem no caminho dos pecadores,
nem toma parte  na reunião dos provocadores!
Antes põe a sua alegria na lei do Senhor
e nela medita de dia e de noite.
Ele é como uma árvore plantada à beira da água corrente,
que dá o seu fruto na estação própria  e cujas folhas não murcham.
Em tudo o que faz é bem sucedido.

Mas os maus não são assim;
são como a palha que o vento leva.
Pois os maus não resistirão no julgamento,
nem os pecadores na assembleia dos justos.
O Senhor protege o caminho dos justos,
mas o caminho dos maus conduz à perdição.»

 (Salmo 1 . Na Bíblia para todos)

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Um pensamento de Martin Luther King

Fonte da imagem: Wikipédia

«Se alguém varre as ruas para viver, deve varrê-las como Michelângelo pintava, como Beethoven compunha, como Shakespeare escrevia.»

(Martin Luther King)

quarta-feira, 26 de julho de 2017

AS DUAS FLORES (SEIS) Um poema de Castro Alves

São seis rosas  nascidas, no meu pátio.
AS DUAS FLORES (Seis, neste caso)

São duas flores unidas
São duas rosas nascidas
Talvez do mesmo arrebol,
Vivendo,no mesmo galho,
Da mesma gota de orvalho,
Do mesmo raio de sol.

Unidas, bem como as penas
das duas asas pequenas
De um passarinho do céu...
Como um casal de rolinhas,
Como a tribo de andorinhas
Da tarde no frouxo véu.

Unidas, bem como os prantos,
Que em parelha descem tantos
Das profundezas do olhar...
Como o suspiro e o desgosto,
Como as covinhas do rosto,
Como as estrelas do mar.

Unidas... Ai quem pudera
Numa eterna primavera
Viver, qual vive esta flor.
Juntar as rosas da vida
Na rama verde e florida,
Na verde rama do amor!
 
  (Castro Alves - poeta brasileiro)

terça-feira, 25 de julho de 2017

Á minha filha - Um poema de Alberto Oliveira

 
O poeta Português Alberto Oliveira. Fonte da imagem:http://valiteratura.blogspot.pt

À Minha Filha

Vejo em ti repetida,
A anos de distância,
A minha própria vida,
A minha própria infância.

É tal a semelhança,
É tal a identidade,
Que é só em ti, criança,
Que entendo a eternidade.

Todo o meu ser se exala,
Se reproduz no teu:
É minha a tua fala,
Quem vive em ti, sou eu.

Sorris como eu sorria,
Cismas do meu cismar,
O teu olhar copia,
Espelha o meu olhar.

 És como a emanação,
Como o prolongamento,
Quer do meu coração,
Quer do meu pensamento.

Encarnas de tal modo
Minha alma fugitiva,
Que eu não morri de todo
Enquanto sejas viva!

Por que mistério imenso
Se fez a transmissão
De quanto sinto e penso
Para esse coração?

Foi como se eu andasse
Noutra alma a semear
Meu peito, minha face,
Meu riso, meu olhar...

Meus íntimos desejos,
Meus sonhos mais doirados,
Florindo com meus beijos
Os campos semeados

Bendita é a colheita,
Deus confiou em nós...
Colhi-te, flor perfeita,
Eco da minha voz!

Foi o amor, foi o amor,
Ó filha idolatrada,
O sopro criador
Que te tirou do nada!

Deus bendito e louvado,
Ó filha estremecida,
Por te cá ter mandado
A reviver-me a vida!

 (Alberto de Oliveira - Portugal
13 Jun 1873 // 23 Abr 1940
Escritor/Poeta

   Fonte: Citador)

segunda-feira, 24 de julho de 2017

"Vou ter saudades tuas!"

 Como é bela a Luz!
Há uns dias atrás, fomos a casa do meu filho João, que mora aqui perto, a fim de trazermos a Clara, minha neta de seis anos, para, a pedido do pai, vir passar o dia connosco. O João, ao telefone tinha-nos explicado que  a Luz - de três anos, não poderia vir porque "portou-se mal e está de castigo".Saliento aqui, que quer o João, quer a minha nora Joana, são pais amorosos e e educadores conscientes.
Ao chegar-mos junto à casa, o João já estava cá em baixo à nossa espera, com a Luz pequenita pela mão.
Ela  "fez uma festa" quando chegámos. A irmã entrou no carro e fez sinal de adeus à  Luz.
Por sua vez a Luz, agarrada à mão do pai, respondeu ao sinal da irmã e, exclamou: "Vou ter saudades tuas!". O carro arrancou e consoante se ia afastando, a menina de três anos, agarrada à mão do pai, gritava alto: "Vou ter saudades tuas! Vou ter saudades tuas! Vou ter saudades tuas! como  avó, e como ser humano, achei lindo, muito lindo!

COMO É BELA A LUZ!

domingo, 23 de julho de 2017

Porque hoje é Domingo (449)


Aparição de Jesus junto ao mar de Tiberíades

Mais tarde, Jesus apareceu outra vez aos seus discípulos nas margens do lago de Tiberíades, e manifestou-se dests maneira: Estavam juntos Simão Pedro e Tomé, a quem chamavam Gémeo, Natanael de Caná da Galileia, os dois filhos de Zebedeu e outros dois discípulos. Simão Pedro disse aos seus companheiros:"Vou pescar." Os outros responderam-lhe:»Nós vamos contigo.» Saíram de casa  e meteram-se num barco, mas naquela noite não apanharam nada. Ao romper do dia Jesus apareceu nas margens do lago, mas os discípulos não sabiam que era  ele. Jesus falou-lhes assim: «Amigos, têm alguma coisa que comer?» Eles responderam: «Nada.» Jesus disse-lhes então: «Deitem a rede para o lado direito do barco que hão-de encontrar.»  Deitaram-na e,  por causa da grande quantidade de peixes, não tiveram força para a puxar.
Nisto, o discípulo que Jesus amava disse a Pedro: «É o Senhor!»  Mal Simão Pedro ouviu dizer que era o Senhor, vestiu a roupa, pois estava nu, e lançou-se à  água. Os outros dois discípulos continuaram  no barco, puxando a rede cheia de peixe. Já não estavam muito longe da margem, mas apenas a uns cem metros. Quando saltaram para terra, viram ali peixes a assar nas brasas e pão. Jesus disse-lhes: «Tragam - me  alguns peixes  dos que acabam de pescar.»  Simão Pedro entrou no barco e puxou a rede para terra. A rede vinha cheia de grandes peixes, ao todo cento e cinquenta e três e, mesmo assim a rede não se rompeu. Então Jesus disse-lhes: «Venham comer.» E nenhum discípulo se atrevia a perguntar-lhe quem ele era, porque sabiam muito bem que era o Senhor. Jesus aproximou-se deles, tomou o pão e deu-lho;  fez o mesmo com o peixe. Foi assim que Jesus apareceu pela terceira vez aos discípulos, depois de ter ressuscitado.

(Ev.de S. João 21: 1 a 14)

Nota:
Desejo a todos os amigos que hoje por aqui passarem, um abençoado Dia do Senhor.

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Partilho os "miminhos" que acabaram de chegar

Da minha linda e doce amiga Sandrinha, do blogue - http://aotoquedoamor.blogspot.pt, acabei de receber estes  ternos "miminhos" , que partilho aqui com os amigos:





Que ano após ano estão sempre presentes.
Vocês são bençãos de Deus, pra mim
 
 
 
Obrigada, querida Sandrinha.

Quero-lhe muito bem...

Admiro-a muito.

Desejo, que o Deus Eterno e Amoroso, a quem ambas amamos 
e procuramos servir, a abençoe abundantemente,
a si, e à sua linda família.

Aceite o meu fraternal abraço

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Lembrando o poeta Dr. Júlio Roberto - Direito a não ser torturado

O poeta Dr. Júlio Roberto.

    
Neste belíssimo livro encontramos este texto :

DIREITO A NÃO SER TORTURADO

«Sabes que ainda há homens
que torturam outros homens?
       Sabes que a tortura é
        uma forma  de agressão terrível,
        que provoca dor física, dor moral,
        que humilha,
        que destrói toda a vida e
        a liberdade do ser Humano? 

É precso que se seja muito imperfeito
   ainda, e é preciso que o Homem
   seja o mais feroz dos animais,
   para provocar a tortura
   nos outros homens

Seja qual for a razão, todo o ser humano,
        não pode ser torturado,
        não pode admitir a invasão
        degradante da sua intimidade
        e da sua vida interior

                   TORTURAR É SER DESUMANO

                            É contrariar todas as formas
                            de dignidade da Pessoa
                            É transformá-la num farrapo  
                                                       num ser sem vontade,
                                                        sem alegria,
e é, sobretudo, tirar-lhe
qualquer significado
para a existência

NENHUM HOMEM PODE TORTURAR OUTRO HOMEM 

                                                        sem qu isso reprezente
                                                        um abuso da força,
                                                        da autoridade,
                                                        que em vez de estar
                                                        ao serviço da  Vida,
                                                        está ao serviço da  Morte

( Júlio Roberto  - no livro - Tu és um ser humano - Conselho ´aos Jovens da Europa)                       
                        

quarta-feira, 19 de julho de 2017

O Alecrim - rosmarinus officinalis

O tão popular Alecrim. Fonte da imagem: https://hortas.info/
ALECRIM  Labiadas

«O alecrim ou orvalho do mar, ocupa um lugar muito especial no coração dos que o consideram a essência do jardim de "ervas" estival. É Usado por cozinheiros e boticários desde os tempos mais remotos. Com fama de reforçar a memória, cedo se tornou o emblema da felicidade doa amantes.
Outrora, queimava-se alecrim resinoso nos quartos dos doentes, para purificar o ar, e espalhavam-se os seu ramos nos tribunais, a fim de afastar a "febre das cadeias" (Tifo). Durante a peste, era transportado em bolsinhas  à volta do pescoço, que se cheiravam quando se viajava por zonas suspeitas. Nalgumas aldeias mediterrânicas, põe-se a roupa branca a secar em cima do alecrim para que o sol liberte o seu aroma, que repele as traças. Também é uma boa planta  para vedações e jardins.
Além do alecrim comum, existem muitas variedades, incluindo uma nova e vigorosa, erecta chamada Sawyer´s selection, com grandes flores malva-azuladas, que podem atingir doois metros e meio em três anos. Há também uma variedade de extremidades douradas e os textos antigos mencionam uma outra prateada.

(No livro - Plantas Aromáticas - Guia Prático)

terça-feira, 18 de julho de 2017

Sintra vista por os olhos do poeta Teixeira de Pascoaes

Uma vista da bela Sintra . Fonte da imagem:http://fotografoviajante.blogspot.pt/ 

«Sintra é um dos lugares do mundo onde a natureza logrou um dos seus arranjos supremos. É forçoso portanto que os Sintrões saibam amar sempre a serra caçadora e marinheira, como lhe chamou Gil Vicente, que num só verso sugere a preciosa qualidade de esses verdes debruçados nesse mar. Sobre os homens bons de Sintra, quantas magníficas responsabilidades impendem!
Eles tem de ser suficientemente artistas para conservarem, desenvolverem e amarem a beleza do Éden Glorioso»

  (Teixeira de Pascoaes - 1887 - 1952 - no livro - Sintra Guia)

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Aniversário - Um poema de Miguel Torga

 O grande poeta português Miguel Torga. Fonte da imagem: http://dolethes.blogspot.pt

ANIVERSÁRIO

Mãe:
Que visita tão pura me fizeste
Neste dia!
Era a tua memória que sorria
Sobre o meu berço.
Nu e pequeno como me deixaste,
Ia chorar de medo e de abandono.
Então vieste, e outra vez cantaste,
Até que veio o sono.

(Miguel Torga - Gerês, 12de Agosto de 1948)
 No livro - Miguel Torga - Obra Completa

domingo, 16 de julho de 2017

Porque hoje é Domingo (448)


Amor e gratidão a Deus, pela sua salvação

«Amo ao Senhor, porque ele ouviu
o meu pedido de misericórdia.
Prestou tenção ás minhas súplicas;
hei-de invocá-lo até ao fim da minha vida.
As garras da morte cercaram-me;
as redes do sepulcro caíam sobre mim;
eu estava aflito e cheio de ansiedada,
mas invoquei o Senhor:
"Ó Senhor, por favor, salva-me a vida."

O Senhor é justo e compassivo;
o nosso Deus é misericordioso.
O Senhor protege os indefesos;
quando eu estava senm forças, ele livrou-me.
Ó minha alma tem contiança,
pois o Senhor foi bom para ti.
Ele livrou-me da morte;
parou as minhas lágrimas e impediu a minha queda.
Por isso, andarei na presença do Senhor
no meio dos vivos.

(Salmo 116: 1 a 9)
Na Bíblia para Todos

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Um sábio conselho do João Paulo para o António


ANTÓNIO:

«Tu tens um péssimo feitio, porque quando há zaragata tu terás de lá estar metido, a apoiar os teus conhecidos. E um conselho que te dou é que não sejas a favor da violência, porque a violência só leva a que cada vez haja mais guerra e destruição, e depois miséria.»

     (João Paulo, 14 anos - no livro - Palavras pela Paz.
     Uma experiência pedagógica pela paz - Esc. Sec. Santa Maria -Sintra - 1987) 

Nota pessoal:

Na altura o João Paulo tinha 14 anos. Hoje tem 30.
Oxalá, ele  continue a ser,  por todos os seus dias, um   defensor e praticante da PAZ.

quinta-feira, 13 de julho de 2017

A magia da pintura de Van Gog

Recordando Van Gog - Vase avec lilas, marguerites et anémones - 1837. Fonte da imagem: https://www.wikiart.org/
Estes tons de azul (minha cor preferida) encantam-me.
É muito repousante demorar os olhos nestas flores.

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Porquê nenhuma mulher na Comissão Técnica Independente de análise aos incêndios de Pedrogão Grande?


Uma terrível imagem do fogo. Fonte da imagem: http://observador.pt.
 «Já são conhecidos os 12 peritos que irão fazer a "análise célere e apuramento dos factos relativos aos incêndios" que assolaram o país entre 17 e 24 de Junho, causando 64 mortos e 200 feridos.

  • João Guerreiro (que será o presidente da Comissão). Antigo reitor da Universidade do Algarve, que liderou o CCDR Algarve (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve) entre 1996 e 2003;
  • Carlos Fonseca. Professor e membro do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, onde é investigador na área da conservação da natureza;
  • Edelmiro Lopez Iglesias. Professor da Universidade de Santiago de Compostela, especializado em política agrícola e desenvolvimento rural;
  • Paulo Fernandes. Doutorado e especializado em ciências florestais e ambientais, membro do Departamento de Ciências Florestais e Arquitetura Paisagista da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro;
  • António Salgueiro. Administrador e técnico da Gestão Integrada de Fogos Florestais (GiFF S.A.), leva duas décadas de experiência profissional no setor florestal, sobretudo na área da gestão do risco de incêndios, no desenvolvimento da utilização do fogo controlado em Portugal e na análise de incêndios e uso do fogo;
  • Richard de Neufville. Engenheiro especialista em sistemas tecnológicos que pertence ao MIT Institute for Data, Systems and Society (Estados Unidos da América).
 
  • Frutuoso Pires Mateus (proposto por PSD). Engenheiro militar, foi Comandante da Escola Prática de Engenharia e professor na Academia Militar e no Instituto de Altos Estudos Militares;
  • Marc Castellnou Ribau (proposto por PS). Chefe de Área Florestal do Corpo de Bombeiros da Generalitat da Catalunha e Presidente da Fundación de Ecología del Fuego y Gestión de Incendios Pau Costa Alcubierre;
  • Joaquim Sande Silva (proposto por BE). Professor da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Coimbra e Coordenador do Centro de Ecologia Aplicada do Instituto Superior de Agronomia;
  • José Manuel do Vale Moura Ferreira Gomes (proposto pelo PP). Quadro da Direção-Geral da Administração e Emprego Público, tendo sido Comandante Operacional Nacional na Autoridade Nacional de Proteção Civil e Docente no Instituto  Politécnico de Leiria;
  • Francisco Manuel Cardoso de Castro Rego (proposto por PCP). Professor do Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa e coordenador do Centro de Ecologia Aplicada Professor Baeta Neves;
  • Paulo José Vaz Rainha Mateus (proposto por Os Verdes): Quadro do Ministério da Agricultura, foi assessor do Projeto SIMWOOD e professor convidado na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e no ISA.  (Observador 11/07/2017)
NOTA PESSOAL:

Porquê nenhuma mulher?
Não há em Portugal mulheres capacitadas para tal tarefa?
Claro que há!
Creio, que pela sua perspicácia e sensibilidade, as mulheres poderiam dar um valioso   contributo neste tão importante assunto.
É que, até as mulheres líderes de partidos políticos propuseram homens!

Que pena!

Fala-se muito de "quotas"... mas, está de tal maneira interiorizado que têm que ser homens, que não passamos das  intenções.
Esclareço que não sou feminista, nem nada que se pareça, mas creio firmemente  que ambos, homens e mulheres, são igualmente capazes e igualmente importantes.
Portugal só será um país desenvolvido e actualizado, quando perceber, e puser em prática a igualdade entre homens e mulheres.

terça-feira, 11 de julho de 2017

Poema à Mãe - Eugénio de Andrade

O poeta português Eugénio de Andrade. Fonte da imagem: http://www.citador.pt/

Poema à Mãe

No mais fundo de ti,
eu sei que traí, mãe

Tudo porque já não sou
o retrato adormecido
no fundo dos teus olhos.

Tudo porque tu ignoras
que há leitos onde o frio não se demora
e noites rumorosas de águas matinais.  


Por isso, às vezes, as palavras que te digo
são duras, mãe,
e o nosso amor é infeliz.

Tudo porque perdi as rosas brancas
que apertava junto ao coração
no retrato da moldura.

Se soubesses como ainda amo as rosas,
talvez não enchesses as horas de pesadelos.

Mas tu esqueceste muita coisa;
esqueceste que as minhas pernas cresceram,
que todo o meu corpo cresceu,
e até o meu coração
ficou enorme, mãe!

Olha — queres ouvir-me? —
às vezes ainda sou o menino
que adormeceu nos teus olhos;

ainda aperto contra o coração
rosas tão brancas
como as que tens na moldura;

ainda oiço a tua voz:
          Era uma vez uma princesa
          no meio de um laranjal...


Mas — tu sabes — a noite é enorme,
e todo o meu corpo cresceu.
Eu saí da moldura,
dei às aves os meus olhos a beber,

Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo-te as rosas.

Boa noite. Eu vou com as aves.

(Eugénio de Andrade - no livro - Primeiros Poemas)

segunda-feira, 10 de julho de 2017

In Memoriam - Henrique Medina Carreira

  O Dr. Henrique Medina Carreira. Fonte da imagem: https://www.publico.pt

Com uma semana de atraso, homenageio, hoje, aqui neste humilde espaço, este grande homem português, que serviu Portugal  em vários cargos, onde,  de uma forma bem visível- para quem queira ver -  deu o seu imenso saber,  com uma total entrega, para ajudar o seu país, que muito amava e respeitava.

Eis a notícia da sua morte:

«Segundo fonte ligada à família, Medina Carreira, que nos últimos tempos se destacou no programa televisivo "Olhos Nos Olhos", da TVI, morreu no hospital onde se encontrava internado há cerca de um mês.
Henrique Medina Carreira era nos últimos anos uma das vozes mais acutilantes em relação às opções políticas e em particular à estratégia financeira do país, que governou no I Governo Constitucional.
Nascido em Bissau em 14 de janeiro de 1931, Medina Carreira aprendeu a ler e a escrever aos quatro anos, com o pai, que lhe ensinou também "o rigor no dinheiro" e a assumir responsabilidades desde muito cedo.


Medina Carreira era licenciado em Direito, tinha bacharelato em Engenharia Mecânica e uma licenciatura em Pedagogia, tendo começado o percurso profissional como professor técnico de matemática e empregado de escritório no setor metalúrgico, que acumulava com o estudo de Direito, que só concluiu em 1962.
A partir de 1964, começou a dedicar-se ao exercício da advocacia, sobretudo Direito Fiscal, e ao estudo da fiscalidade.


Após o 25 de Abril, foi nomeado administrador, por parte do Estado, do Banco Internacional Portugal e, de outubro de 1975 a julho de 1976, foi subscretário do Orçamento no executivo provisório de Pinheiro de Azevedo, tendo desde logo alertado várias vezes para a situação financeira do país.
Foi já como ministro das Finanças - pasta que assumiu entre julho de 1976 e janeiro de 1978, em governos presididos por Mário Soares - que liderou as negociações com Fundo Monetário Internacional (FMI) com vista à obtenção de um empréstimo de 750 milhões de dólares.
Em entrevista ao "Jornal de Negócios" em 2009, Medina Carreira recordou que ser ministro das Finanças era "um lugar melindroso", porque "todos os dias se negava dinheiro às pessoas. É um lugar de combate e de grande antipatia nas decisões".
"Não era uma atração ser ministro das Finanças. Num país rico e próspero, deve ser agradável", disse, o que não era de todo o caso de Portugal naquela altura e foram as divergências em relação às opções político-partidárias que o levaram a demitir-se no II Governo do PS, partido de que era militante desde 1973.
A par da sua carreira profissional, foi membro do Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais, membro do Conselho Fiscal da Fundação Oriente, vice-presidente do Conselho Nacional do Plano, vogal do Conselho de Administração da Expo'98, presidente da Comissão de Reforma de Tributação do Património (nomeado por António Sousa Franco), presidente da Direção da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores e vogal eleito do Conselho Superior da Companhia de Seguros Sagres.
Nos últimos anos, Medina Carreira fazia-se acompanhar - nas participações em debates e televisivas - com estatísticas e gráficos que atestavam o galopar dos gastos públicos e da dívida de Portugal, criticando opções dos sucessivos governos.
Na entrevista publicada pelo Jornal de Negócios em 2009, Medina Carreira dizia não ter medo da morte, mas "da maneira de morrer".
"Defendo que desde a nascença devíamos ser portadores de uma ampola com cianeto de potássio. (...) Acho que devíamos ser senhores do nosso fim. Não devíamos discutir eutanásia e testamento vital: era uma ampolazinha de cianeto de potássio. Mas isto é doutrina que nunca pegará, como é óbvio".
Medina Carreira, morreu hoje num hospital em Lisboa, aos 86 anos, vítima de doença prolongada, disse à Lusa fonte ligada à família.»

( http://www.jn.pt/ - o3/07/2017)

Nota pessoal:

Foi com surpresa que soube da sua morte. Ainda há tão pouco tempo - algumas poucas semanas -  eu acompanhei  a sua participação no programa televisivo semanal, onde ele era figura proeminente. Cada semana nos apresentava algum ilustre convidado que regra geral enriquecia  o conteúdo programático. 

Fiquei triste pela sua morte, mas, por outro lado  alegrou-me o facto de, dada a causa da morte,  que habitualmente acarreta meses ou anos de bastante sofrimento e consequente incapacidade, não ter sofrido mais.

Creio que o Dr. Medina Carreira ainda tinha muito  para dar ao seu país e aos portugueses. Porém, como mulher cristã que sou, aceito e respeito a total soberania de Deus,  sobre   o tempo da partida de cada um de nós. Aprendi há muito, que o tempo de  Deus não é o nosso tempo. Também aprendi, pela Palavra Sagrada, que  nada nem ninguém poderá alterar isto.

Lembrarei sempre o Dr. Medina Carreira como um homem bom.Um homem de saber, generoso e destemido.

Não sei se cria em Deus ou não. Por  várias vezes,  por certas atitudes ou palavras, pareceu-me que sim, que cria em Deus. Eu gostava muito que assim fosse, para poder pensar que o Dr. Medina Carreira descansa agora nos ternos e amorosos braços de Deus.

Muito obrigada! Dr. Medina Carreira por ser a pessoa exemplar que era, e por tudo o que fez com total entrega por o nosso querido Portugal.

Desejo, e oro, que o Senhor de toda a consolação e amor, esteja com os seus familiares e os encoraje e conforte neste tempo de dor e saudade.

domingo, 9 de julho de 2017

Porque hoje é Domingo (447)


«O Senhor estabeleceu o seu trono nos céus
e domina sobre tudo que existe.
Bendigam o Senhor os seus fortes e poderosos mensageiros,
que cumprem as suas ordens e lhe obedecem.
Bendigam o Senhor os exércitos celestes,
que são seus servidores e fazem a sua vontade!
Bendigam o Senhor todas as suas criaturas,
pois tudo está sob o seu domínio!
Bendiz ó minha alma ao Senhor!»
(Salmo 103: 19 a 22)

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Aconteceu faz hoje 111 anos

Uva de cão. Fonte da imagem:://ataijadecima.blogspot.pt 

7 de Julho de 1906

«Fui de bicicleta até Knowle, passando por Widney.  Agora as moitas estão cheias de flores silvestres. Vê~em-se magníficos exemplares de rosas de - cão, quer da variedade temporã quer da branca rasteira. Em muitos sítios as moitas estão engrinaldadas de coroas de uva-cão e madressilvas.

       A Madressilva - Foto pessoal tirada em Mira-Sintra
As flores cor-de-rosa pálido da silva e os grandes conjuntos brancos de flores de sabugueiro destacam-se nitidamente.
Abaixo delas vêem-se as altas flores cor-de-rosa da dedaleira


e as espigas e e infrutescências de diversas espécies, dobradas sob a carga do polen., como a flor do trevo
Trevo encarnado. Fonte da imagem: http://obotanicoaprendiznaterradosespantos.blogspot.pt/
Em Widney, em muitos sítios, os lameiros ficaram tingidos de azul pelas altas orelhas de rato floridas e as ribanceiras estão repletas das espumosas flores de cor creme das esponjeiras do Japão.
Esponjeira do Japão . Fonte da imagem: http://www.dicionarioinformal.com.br/
Num  campo semeado de trigo vi algumas flores de dormideira. As suas grandes flores lilases formavam belas manchas entre o verde das folhas.»
Dormideira. Fonte da imagem: https://www.vegetall.
 (No livro - A  Alegria   de viver com a Natureza  - De Edith Holden)               

quinta-feira, 6 de julho de 2017

Com muito atraso - In Memoriam - "Senhor Manuel da Música"

 
O "Senhor Manuel da Música" e eu - num convívio na Sociedade Recreativa de Maceira
Hoje, com bastante atraso em relação à sua partida para a eternidade (o4/o1/2017)  por desconhecimento do facto,  quero homenagear, aqui neste humilde  espaço, este grande homem - "O Senhor Manuel da música", ou , Sr. Manuel Dias Pereira, de seu nome próprio.

Já o apresentei aqui neste espaço, no dia oito de Junho de 2010  - pode clicar e ver aqui.
Por uma questão de facilitação, transcrevo aqui  o citado texto:
«O senhor Manuel Dias Pereira, mais conhecido na aldeia de Maceira (a minha aldeia) por "senhor Manuel da Música," é um homem admirável que ama verdadeiramente Maceira e a sua gente, e que, por sua vez, é acarinhado e muito, muito estimado por toda a gente da terra.
Ele é, há mais de cinquenta anos, o grande impulsionador e orientador da parte musical e coral da Sociedade Recreativa "Os Alegres de Maceira." Ainda agora, com 95 anos, ele dá a sua extraordinária colaboração e apoio, a sua imensa alegria e entusiasmo aquela Sociedade. Ainda neste ultimo Natal, no tradicional almoço que se realiza há mais cinquenta anos, sem interrupção... um dos momentos altos foi quando o senhor Manuel da Música subiu ao palco para cantar a solo Hino de Maceira. Foi comovente e muito belo.
É beirão, residente há muito anos na zona de Mafra. Tem vários livros publicados, sendo um deles - Viver a Cantar - uma colectânea de Canções do Grupo coral de Maceira. É deste livro que publico hoje aqui o "Vira de Sintra."
Tenho um carinho muito especial por este grande homem, e um enorme prazer em conversar com ele e, sobretudo, em ouvi-lo. É uma fonte de sabedoria.
Agradeço a Deus por a sua preciosa e laboriosa vida e por ser a pessoa linda que é.
Desejo muito que o senhor Manuel da Música continue connosco ainda por muitos anos, com saúde - a dele parece de ferro - e com muita alegria.
De todo o coração quero dizer-lhe:
Muito, muito obrigada, meu bom e estimado amigo, por tudo quanto fez e está a fazer por Maceira e por o seu povo.
Bem haja»
Da sua autoria publiquei no mesmo texto este "HINO DE MACEIRA" . 

MACEIRA É ISTO!...

Maceira, tão pequenina
Posuis a graça divina
Que nos traz a alma presa:
Estrela caída dos céus
És um sorriso de Deus,
O fruto da natureza!...


Desde a serra á Segueteira,
Nesta risonha Maceira,
Nós vemos por toda a parte:
Melodia peregrina,
Onde a natureza ensina
Segredos da sua arte!

Tens o arco, tens a gruta
Tens até na rocha bruta
Uma figueira viçosa,
Em cujas sombras singelas
Fazes ter, em tardes belas,
Doces sonhos cor- de - rosa!

Tui és pérola de anil
És uma deusa a sorrir
Num sorriso jovial;
O teu mármore azulino
É do mármore mais fino
Deste nosso Portugal!...

   REFRÃO
Maceira,
Jardim de beleza e cor,
Cofre dos nossos segredos,
Que ocultas entre os rochedos,
Doces primícias de amor!

Maceira,
Berço dos nossos avós,
És um bem que a alma encanta,
És a prece sacrossanta
Que grita dentro de nós!...(bis)

PARA FIM

Maceira é isto...
É isto e... muito mais!

Manuel Dias Peeira(Sr. Manuel da Música)
no livro -VIVER A CANTAR
Canções do grupo Coral de Maceira

*************************************

Pois bem, esta, creio ter sido a última vez que estive com o "Senhor Manuel da Música" .

Telefonava-lhe regularmente  para saber da sua saúde, e  habitualmente, ficávamos um bom tempo a conversar. Era para mim um enorme prazer ouvi-lo falar. Tinha muita experiência da vida  e como homem cristão  evangélico da Igreja Adventista,  a sua conversação  versava invariavelmente, sobre   o Evangelho de Cristo, o que muito me agradava.

Há cerca de um ano atrás, deixou de atender o telefone. Tocava, tocava, mas nada.
O senhor Manuel era viúvo e vivia sozinho numa vivenda à entrada de Sintra, perto do cemitério de São Marçal.

Perguntei aos   amigos de Maceira, se sabiam o que lhe teria acontecido, mas ninguém me sabia dizer.
Lembrei-me de pedir ao meu marido, pastor evangélico, para contactar a Igreja Adventista mais próxima, mas sem qualquer resultado. 
Continuei sempre a interceder por ele nas minhas orações matinais, contudo havia em mim um desejo muito grande de saber dele, o que não consegui. Claro que isso entristeceu-me, e andava com o meu coração  um tanto apertadinho, até que, há cerca de uma semana, precisando de encontrar uma foto que publicara no meu blogue, sobre determinado assunto,   via Google,  pesquisei, e abrindo-se toda uma página com o "Olhaioliriodocampo",   no fim da página, os meus olhos "bateram", num site  com o seguinte título: "Morreu o Senhor Manuel da Música". Era de um Jornal de Sintra. Claro que logo entrei no site e encontrei a notícia. Afinal, a morte do Senhor Manuel ocorrera já no dia 4 de Janeiro de 2017, e o seu funeral  teve lugar no dia 5. Informava ainda, que por sua expressa vontade,  quis ser velado na Casa Velatória de Maceira e sepultado não no Cemitério de S. Marçal, junto da sua casa, mas, no Cemitério de Montelavar onde são sepultadas pessoas de Maceira.

Faria 100 anos daí a dois meses.

Podem imaginar como eu fiquei...
Pouco tempo depois, não resisti ás lágrimas e chorei abundantemente. Sozinha em casa.

Quando  chegou o Jorge e o filho Zé, contei-lhes o que eu houvera descoberto.
Combinei logo com o Zé, no dia seguinte quando fosse ao cemitério de Montelavar, onde habitualmente vou todas as semanas   cuidar do lugar de repouso do meu pai e da minha mãe, que haveria de ir procurar a campa do Sr. Manuel da Música. Assim fiz, só que no lugar dos enterramentos de Janeiro passado, nada encontrei.  Pertinho da campa da minha mãe, estava uma senhora que eu já conheço de a encontrar  por ali, e perguntei-lhe se ela sabia onde era a campa. Ela não sabia mas indicou-me um senhor que ali perto lavava uma campa, dizendo-me que ele era de Maceira e saberia dizer-me certamente. Assim fiz. Perguntei ao senhor, tendo-me ele indicado o local onde repousa o meu amigo. 
Levava comigo um pequeno raminho de alfazema, atado com uma fitinha de seda azul celeste, que juntei a um pequeno postal onde escrevi algumas palavras dedicadas naturalmente, ao senhor Manuel, e levei ainda, um bonita pedra mármore branca de Maceira, para colocar sobre o postal e o raminho para que o vento o não levasse. 
Agora, imaginem: Eu, diante da campa do meu amigo, em absoluto silêncio, debaixo de um fabuloso "céu azul e branco".   Pensei nele, dei graças a Deus por a vida dele, e sorrindo, saí dali, com  uma situação  que trazia sofrimento, resolvida. Encontrei o meu grande amigo - SENHOR MANUEL DA MÚSICA:

A este texto, que vai longo, acrescento: O jornal de Sintra que publicou a notícia da morte da "Senhor Manuel da Música", usou a fotografia acima,  recortando só o meu amigo. Por baixo da foto publicou a fonte: Olhaioliriodocampo.

Quem diria? que aquela foto que tirei com ele num almoço convívio, viria a ser a foto usada para anunciar o seu falecimento...
Acontecem coisas!...

quarta-feira, 5 de julho de 2017

In Memoriam - Dr. Miguel Beleza


 O Economista Dr. Miguel Beleza. Fonte da imagem:  http://www.cmjornal.pt/.

«Ex-ministro das Finanças tinha 67 anos e morreu vítima de paragem cardiorrespiratória, adiantou ao DN fonte próxima da família
A mesma fonte referiu que Miguel Beleza ainda foi assistido pelo INEM, em casa, mas em vão

Miguel Beleza, que hoje morreu aos 67 anos, licenciado em Economia, desempenhou os cargos de ministro das Finanças no XI Governo Constitucional (1990-1991) e de Governador do Banco de Portugal entre 1992 e 1994
.
Nascido em Coimbra, a 28 de abril de 1950, filho de José Júlio Pizarro Beleza e de Maria dos Prazeres Lançarote Couceiro da Costa, Luís Miguel Couceiro Pizarro Beleza era irmão de Leonor Beleza, ex-ministra da Saúde e presidente da Fundação Champalimaud, e da juíza Teresa Pizarro Beleza e de José Manuel Beleza.»
 ( http://www.dn.pt/ - 22/6/2017)

NOTA PESSOAL

Considero  uma grande perda  a morte do Dr. Miguel Beleza. Como pessoa  interessada e atenta  no dia- a- dia do meu país, desde há longos anos que acompanhei com interesse a vida deste português célebre, que   se empenhou com afinco, usando o seu muito saber, no desenvolvimento de Portugal., na área da economia e finanças.

 Como ser humano, guardo dele uma boa memória. Era um homem bom, tranquilo, não maldizente, e sempre disponível  para ajudar o país a ir para a frente.
Lamento que tenha partido tão cedo, pois, segundo creio, ainda tinha muito para nos dar. mas,  a este respeito, como mulher crente que sou,  acredito que a partida de cada um de nós, é da concreta soberania de Deus. Acredito também, que o tempo de Deus não é o nosso tempo. Nada nem ninguém poderá alterar  isto.

Agradeço ao Deus Criador, a vida do Dr. Miguel Beleza, e desejo que ele,"descanse dos seus trabalhos e as suas obras o sigam"
À sua família, incluindo a Drª Leonor Beleza,  pessoa que muito admiro, apresento as minhas sentidas condolências, e oro, para que possam ser consolados e confortados pelo Senhor Deus de Amor.

terça-feira, 4 de julho de 2017

Um Poema de Miguel Torga - A PALAVRA

 A urze do monte. (torga, de Miguel Torga).Fonte da imagem:http://arquitecturadouro.blogspot.pt 

A PALAVRA

«Falo da  natureza.
E nas minhas palavras vou sentindo
A dureza das pedras,
A frescura das fontes,
O perfume das flores.
Digo, e tenho na voz
O mistério das coisas nomeadas.
Nem preciso de as ver.
Tanto as olhei,
Interroguei,
Analisei
E referi, outrora,
Que nos próprios sinais com que as marquei
As reconheço agora.»

(Miguel Torga - no livro - Antologia Poética)

segunda-feira, 3 de julho de 2017

MOSTARDAS

A planta da mostarda.  Fonte da imagem: httpshortajardimnavaranda.wordpress.com

 Brassica e Sirapis
    Mostardas

«Conhecidas desde tempos pré-históricos, as mostardas sempre tiveram várias utilizações: no século I d.C., o escritor Plínio fez uma lista de quarenta remédios que tinham  mostarda como ingrediente principal. O nome destas «ervas»  deriva de mustus (vinho novo que os romanos misturavam com a semente)  e de ardens (ardente) . Os mesmos romanos serviam mostarda com todos os pratos  que é possível imaginar. As suas folhas desenvolvem-se tão depressa que se dizia que a salada crescia  para o jantar  enquanto a carne assava. A crença nos seus poderes afrodisíacos fez com que a mostarda fosse incluída nos elixires do amor.  A semente da mostarda-negra (B.nigta) é a que tem o aroma mais intenso, a B. juncea é  a mais fácil de colher e a semente da mostarda-branca (Sirapis alba) é a que se conserva melhor.

Utilização

Na culinária

«Semente»  (Mostarda negra ou B. juncea)  Para fazer molho de mostarda: Adicionar água fria à semente moída ou em pó e deixar descansar durante dez minutos. (Mostarda  - branca) usar nas conservas, como conservante, e na maionese, como emulsionador.

FLOR - Misturar nas saladas

FOLHA - Misturar as folhas novas e tenras em saladas.

Na medicina - Em pó em cataplasmas, para aliviar a dor e a inflamação provocadas pelo reumatismo, artrite e frieiras.

Nota: A semente da mostarda pode irritar as peles sensíveis.

(No livro - Guia prático das plantas aromáticas - Lesley Bremness)
Uma oferta do meu marido no Natal de 2002.

domingo, 2 de julho de 2017

Porque hoje é Domingo (446)

A Palavra de Deus exposta, na Casa de Oração da Ig.Ev. Bap. de Morelena - Sintra

«No sábado seguinte, quase toda a população da cidade foi ouvir  a palavra do Senhor. Quando os judeus viram tanta gente, ficaram cheios de inveja e começaram a contradizer Paulo e e a insultá-lo. Mas Paulo e Barnabé disseram-lhes com toda a coragem: «Era necessário  anunciar-vos a palavra de Deus, a vós em primeiro lugar. Mas uma vez  que a rejeitaram e não se acham merecedores da vida eterna, então vamos virar-nos para os que não são judeus. Esst é a ordem que o Senhor nos deu:
Coloquei-te como uma luz para os pagãos,
para que leves a mensagem da salvação ao mundo inteiro.»
Ao ouvirem isto, os não-judeus ficaram muito contentes e começaram a glorificar a palavra do Senhor. E todos os que Deus escolheu para a vida eterna creram na sua palavra. Assim se espalhou a mensagem do Senhor por toda aquela região. Mas os judeus  falaram com algumas mulheres mais religiosas e respeitadas, e com os homens importantes da cidade, e convenceram-nos a perseguir Paulo e Barnabé, até os expulsar da região. Então os apóstolos  sacudiram  a poeira dos  seus pés, em sinal de protesto contra eles, e foram para a cidade Icónio. Entretanto, os discípulos de Antioquia ficaram cheios  de alegria e do espírito Santo.»

 (Livro dos Actos dos apóstolos  cap. 14:44 a 52)

sábado, 1 de julho de 2017

Um poema de Florbela Espanca


«Eu queria mais altas as estrelas,
Mais largo o espaço, o Sol mais criador,
Mais refulgente a Lua, o mar maior,
Mais cavadas as ondas e mais belas;

Mais amplas, mais rasgadas as janelas
Das almas, mais rosais a abrir em flor,
Mais montanhas, mais asas de condor,
Mais sangue sobre a cruz das caravelas!

E abrir is braços e viver a vida:
 - Quanto mais funda e lúgubre a descida,
Mais alta é a ladeira que não cansa!

E, acabada a tarefa... em paz, contente,
Um dia adormecer, serenamente,
Como dorme no berço uma criança!»

(Florbela Espanca - no livro -  Clássicos da Língua Portuguesa)