Abutilon megapotamicum - Imagem da net
Imagem da net
Imagem da net
Foto de Viviana
Foto de Viviana
Foto de Viviana
Abutilon megapotamicum - Foto de VivianaQuem como eu, ama a Natureza, é deveras um apaixonado por tudo quanto é montanhas, florestas, campos, nuvens, árvores, rios, mares, pedras, aves, peixes, animais,
arbustos, e todo o tipo de plantas e florinhas com que o Criador enfeitou e coloriu a terra.
Quando os meus olhos ou os meus sentidos dão sinal, é certo e sabido que eu vou parar, olhar, espreitar, muitas vezes ficar de cabeça no ar, e muitas vezes arriscar a ir contra um poste ou uma árvore, ou ficar com dor de pescoço por tanto olhar para um ramo de um arbusto, ou fio eléctrico, para descobrir onde está o passarinho que está a cantar uma tão melodiosa canção para mim.
Isto para já não falar das vezes que os outros vão andando e eu fico para trás...
Pois bem, um dia descobri, caindo sobre o muro de uma vivenda, numa rua junto á Clinica de Santo António na Reboleira - Amadora, onde há muitos anos vou a consultas ou fazer exames médicos, descobri, dizia eu, uma florzinha tão linda, tão graciosa, que pendia de um pequeno arbusto, que eu nunca tinha visto.
Passei uma vez, passei outra vez, e tantas vezes lá passei, que um dia decidi apanhar um pedacinho da planta, pequenino, não mais do que uns oito ou dez centímetros.
Meti no saco, junto das radiografias, e uma vez em casa coloquei-o num recepiente com água e aguardei a próxima ida á aldeia para o plantar num vasinho .
Assim foi, planteio-num pequeno vaso e fui cuidando dela com todo o desvelo e carinho.
Eu queria mesmo que ela pegasse, mas, sem raíz era pouco provável.
Mas não é que ela pegou, ganhou raízes no vasinho!
Um dia decidi tirá-la do vaso e coloquei-a na terra num canteiro, junto da Roseira de Santa Terezinha de que aqui falei há algum tempo atrás.
Não imaginam o que aconteceu.
Ela gostou tanto daquele lugar - corre por baixo um veio de água - que em pouco tempo ela estava alta, enorme!
Hoje cobre todo aquele espaço, e ela própria criou uma espécie de murinho á volta do canteiro.
È linda! muito linda mesmo.
È um encantamento! Com os seus balõezinhos, ou pequenas lanternas vermelhas, pendurados graciosamente por sobre o pessegueiro, o Lilás, o Abacateiro ou até já na Nespereira que está do outro lado.
Está á beira do caminho e não há ninguem que ali passe que fique indiferente áquela beleza e colorido.
Tudo muito bem, tudo muito lindo, mas faltava uma coisa para mim muito importante, que era saber o seu nome, como se chamava.
Perguntei a muita gente mas ninguem sabia.
Não podia pesquisar na net pois porque nome pesquisar?
Ah! mas a semana passada Deus deu-me uma grande alegria!
Estava a procurar uma outra flor, e qual não é o meu espanto quando dou de olhos com uma foto da minha linda florinha!
Eu nem queria acreditar.
Mas era mesmo ela, sim.
Podem imaginar como sorri, ri e exclamei...
Então hoje, eu já vos posso apresentar a minha florinha linda, aqui vai:
Nome Científico: Abutilon megapotamicum
Sinonímia: Abutilon vexillarium
Nome Popular: Sininho, Lanterna-chinesa, Chapéu-de-cardeal, Lanterninha-japonesa
Família: Malvaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Brasil
Ciclo de Vida: Perene
O sininho é um arbusto de textura semi-lenhosa, de ramagem ramificada e escandente, que pode alcançar de 2 a 3 metros de altura quando conduzido sobre um suporte adequado. Apresenta folhas cordiformes, alongadas e verdes, com margens serrilhadas. A floração pode se estender durante todo o ano de forma esparsa, mas é mais intensa na primavera e verão. As flores têm um formato peculiar, são popularmente comparadas a sinos lanternas-chinesas e balões. Apresentam cálice vermelho, pétalas amarelas, e são pendentes. Ocorrem variedades de flores róseas e alaranjadas também, resultantes de hibridizações, assim como plantas de folhas variegadas de amarelo.
A sua utilização paisagistica é ampla, podendo ser plantado isolado ou em grupos, maciços ou renques. Adapta-se ao plantio em vasos, e principalmente em cestas suspensas evidenciando as flores pendentes. Também pode ser conduzido como trepadeira, através de amarrios, sobre suportes adequados, como treliças e cercas. as suas flores produzem néctar e são atrativas para beija-flores, abelhas e borboletas.
Deve ser cultivado sob sol pleno ou meia-sombra, em solo fértil, bem drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado a intervalos regulares. Aprecia o clima ameno, podendo ser cultivado em regiões subtropicais, mediterrâneas ou tropicais de altitude. Para obter uma folhagem mais compacta e conduzir a forma da planta, podemos realizar podas anuais. Adubações semestrais estimulam intensas florações. Multiplica-se por estaca.