segunda-feira, 22 de junho de 2015

O ENTERRO - Michel Quoist

Uma vista do Cemitério de Montelavar - Sintra
Se se prega que Cristo ressuscitou dos mortos, como
é que alguns, no meio de vós, podem pretender que não
existe ressurreição dos mortos?... Se Cristo não ressuscitou,
a nossa pregação fica vazia, oca a nossa fé... Se foi só  para
esta vida que depusemos a nossa esperança em Cristo,
somos os mais desgraçados  dos homens.
( I carta do Ap. Paulo aos cristãos de Corinto 15:12-14-19)
O ENTERRO
"... As pessoas acompanhavam:
Gente de preto chorando,
Gente também de preto e com cara de choro,
Depois, pessoas que sem luto, algumas chorando,
Mais gente sem luto, que nem chorava nem nada,
ou melhor, se aborrecia e conversava.
À saída do cemitério,
As pessoas de preto soluçavam: tudo acabado.
As segundas pessoas de preto fungavam: vamos, menina,
Coragem, acabou-se.
 As primeiras pessoas sem luto murmuravam: coitado, tudo
se acaba nesta vida!
E os outros respiravam:ufa! acabou-se!
Eu, dentro de mim, pensava que tudo estava a começar.
Sim, é verdade: acabava o ensaio geral, começava porém
a representação eterna.
Terminara a lenta gestação, começava porém a vida eterna.
Acabava de nascer,
De nascer para a vida;
A vida que é para valer,
A vida que é de verdade,
A Vida  Eterna."
...
(Michel Quoist - no livro - Poemas para Rezar)

2 comentários:

Rosa disse...

Olá Viviana.


Mais um interessante post.

A vida, como a vemos e vivemos.

Um pensamento que achei próprio para este post:
"Não podemos escolher como e quando vamos morrer, podemos somente decidir como vamos viver"
(Joam Baez)


Amiga, esperando que tudo esteja bem convosco,abraços para vocês.

Viviana disse...

Querida Rosa

É muito certo o provérbio que aqui deixou:

"Não podemos escolher como e quando vamos morrer, podemos somente decidir como vamos viver"
(Joan Baez)

E como isso faz a diferença...boa amiga
Um abraço
Viviana