sábado, 23 de março de 2013

"A quem Honra, Honra" - Oscar Lopes

                                         O Professor Doutor  Oscar Lopes

 Por a misericórdia de Deus, tive o previlégio desde a tenra infância de crescer com  as Palavras Sagradas do Evangelho, que o mesmo Deus, fez conhecer aos meus queridos pais. Daí, por conhcer e amar as "Divinas Letras", desde pequena e até hoje, procuro pautar a minha vida por essas benditas Palavras.
Assim, hoje, aqui, sabendo do falecimento de um grande português - Professor Doutor Oscar Lopes, quero prestar-lhe a minha homenagem e manifestar todo o meu reconhecimento e gratidão por a sua vastíssima obra em favor da lingua e da literatura portuguesa.

Faço - o como cidadã portuguesa e como mulher crente, baseando-me nas palavras sábias do grande Apóstolo Paulo:

"Dai a cada um o que lhe é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.”  (Ep. de S. Paulo aos Romanos cap. 13:7)
 

Considerado como um dos grandes historiadores da literatura portuguesa, é o autor, com António José Saraiva, de História da Literatura Portuguesa e de A Busca do Sentido.
Óscar Lopes nasceu em 1917 em Leça da Palmeira e aos 19 anos mudou-se para Lisboa, para estudar Filologia Clássica, na Faculdade de Letras, formação complementada mais tarde em Coimbra, com cadeiras de Histórico-Filosóficas. Os seus primeiros primeiros textos foram sobre música e para um pequeno jornal de Sintra. Óscar Lopes era um amante de música e chegou mesmo a fazer o curso do Conservatório de Música do Porto.

Militante do Partido Comunista Português desde 1944, Óscar Lopes entrou para a política “conspirando” com Vitorino Magalhães Godinho e o grupo dos socialistas liderado por António Macedo. Autor de uma vasta e importante obra no domínio da Linguística, em que se destaca a Gramática Simbólica do Português, o ensaísta chegou tarde à docência na Faculdade de Letras do Porto devido à sua filiação política, tendo mesmo chegado a ser preso duas vezes durante o Estado Novo.
Antes de leccionar na universidade, foi um muito respeitado e acarinhado professor de liceu, lembra Isabel Pires de Lima, catedrática da Faculdade de Letras do Porto e sua amiga. “É uma perda imensa”, disse ao PÚBLICO a ex-ministra da Cultura, que entrou para a docência universitária no mesmo ano de o ensaísta, 1974. “Era uma das pessoas mais disponíveis que conheci. Certamente um dos maiores intelectuais portugueses do século XX. De sempre.”
Ainda ao PÚBLICO, numa entrevista que deu a Carlos Câmara Leme, em 1999, dizia que a ideia da História da Literatura Portuguesa partiu de António José Saraiva, em finais dos anos 40: “Tivemos aí uns três anos para meditar. A primeira edição saiu em 1953, já o Saraiva estava em Paris e carteávamo-nos para acertar as coisas”.
Em jovem chegou a escrever poesia e mais tarde tentou o romance. Era irmão de Mécia de Sena, a viúva do escritor Jorge de Sena.

O corpo de Óscar Lopes estará até amanhã, sábado, na Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto, frente ao Café Garça Real, na Praça de D.João I. Às 15h haverá uma breve cerimónia, após a qual o corpo seguirá para o Cemitério de Matosinhos, onde será cremado às 16h30.

   ( http://www.publico.pt)

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