segunda-feira, 23 de junho de 2014

In Memoriam - Miguel Gaspar - jornalista

O jornalista Miguel Gaspar.Fonte da imagem:http://www.entornointeligente.com
Miguel Gaspar, director adjunto do PÚBLICO, morreu na madrugada deste domingo aos 54 anos. Estava internado há algumas semanas, em Lisboa, e tinha um cancro no pâncreas.
Teve uma vida dedicada à imprensa, como o próprio definiu na biografia publicada no site do PÚBLICO. Passou quase toda a sua vida nos jornais diários. “Muitos anos no Diário de Notícias e desde 2007 no PÚBLICO.
Veio directamente do curso de Filosofia para o jornalismo, em 1986.
Em 2005, foi distinguido com o Prémio de Crítica de Televisão da Casa da Imprensa.

"O Miguel faz-nos muita falta. Para pensar, para planear e para discutir as coisas pequenas e as coisas grandes do mundo. E, para além de tudo isso, para nos fazer rir, como ninguém, quando, com uma única frase, virava o mundo ao contrário", diz Bárbara Reis, directora do PÚBLICO. 
Para António José Teixeira, director da SIC Notícias, onde Miguel Gaspar era comentador habitual em matéria de política nacional, "há poucos jornalistas com o perfil do Miguel, ele era um jornalista muito completo".
"Era um espírito crítico, muito livre na sua observação do mundo", continua António José Teixeira, que o convidava regularmente para comentar a actualidade na televisão. "Era convicto nas ideias que tinha, lutava por elas. Era muito despojado, um homem modesto e ao mesmo tempo entusiasmado. Ele lia muito, tinha muitas referências e partilhava-as, não era arrogante nem sobranceiro, pelo contrário. Chamávamo-lo muitas vezes à televisão porque nos interessava esse lado distanciado e solto", conta. "O Miguel aceitava todos os desafios, podia ser um jogo de futebol, um filme, um debate político ou um assunto de política internacional."
A jornalista Marina Almeida diz acerca de Miguel Gaspar:
"O Miguel era um agregador de equipas, ele motivava-nos imenso, punha-nos a trabalhar”,
 “Era uma alegria no trabalho, o Miguel puxava pelo melhor de nós.”

Miguel Gaspar foi critico de televisão durante dez anos.
Nuno Azinheira diz dele: "Ele era uma pessoa fantástica, inteligente e culta".
"[Tinha] uma capacidade de análise que nos obrigava a pensar." "Faz muita falta ao jornalismo, diz Eurico de Barros.

Miguel Gaspar deixa dois filhos: O João, de 20 anos, e  o Tiago, de 19 anos. O velório é a partir das 16h deste domingo, na capela mortuária do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa. Na segunda-feira, a missa de corpo presente será às 16h30, presidida pelo sacerdote e poeta José Tolentino de Mendonça. O funeral seguirá para o cemitério de Barcarena onde o corpo será cremado.

  (http://www.publico.pt)

Nota pessoal:
O jornalista Miguel Gaspar era um dos poucos jornalistas que eu tinha muito gosto em ouvir.
Tinha por ele consideração e estima. Parecia-me ser um homem honesto, isento, conhecedor,
respeitador das personagens que comentava, que não usava a maledicência como comentário, contrariamente, à maioria dos comentadores que conheço.
Lamento a sua partida  antecipada. Lamento  que os seus filhos João e Tiago, ainda tão jovens, fiquem sem o seu pai.  Lamento que a comunicação social fique mais pobre, sem a presença de Miguel Gaspar.

Ao Miguel (também tenho um filho Miguel - um pouco mais novo que o jornalista), mas, como dizia, ao Miguel...quero dizer, OBRIGADA, muito OBRIGADA!

 Deixa entre nós, uma boa lembrança, uma boa memória, um bom exemplo.
Oro, ao Deus de amor e de infinita bondade,  para que console e encoraje, e enxugue as lágrimas de dor e saudade que virão por aí.
Como o sábio e exemplar Job, digo:

"O SENHOR O DEU, O SENHOR O TOMOU.

BENDITO SEJA O NOME DO SENHOR".

  (LIvro de Job cap. 1:21b)

2 comentários:

Rosa disse...

Olá Viviana
Uma grande perda, sem duvida, mas ficam os feitos.

"O SENHOR O DEU, O SENHOR O TOMOU.
BENDITO SEJA O NOME DO SENHOR".


Boa noite, amiga.

Abraços.

Viviana disse...

Querida Rosa

Ainda há pouco tempo o ouvi como comentador.
Não imaginava sequer que estivesse doente...
Porém...é assim, a nossa humanidade.

Somos frágeis vasos de barro.
Mas...habitáculos de uma alma eterna e bela...semelhante ao Criador.
Um abraço
Viviana