Apresento-vos o Teco e a Neca : ele é um gato e ela é uma cadela; ambos muito lindos. A Neca, na altura, Nina, era dos animais mais dóceis e meigos que já conheci. Sorria para quem quer que a acarinhasse e, como se costuma dizer, só faltava falar...só que, ela teve a infeliz sorte de ser adoptada por uns donos que nunca cuidaram dela como ela precisava.Os donos saiam para o trabalho e ela era posta na rua, sem comida, sem água... e por ali ficava até eles chegarem. Nunca foi a um veterinário, nem nunca foi desparatizada ou vacinada.De se deitar no alcatrão quente , o seu pelo começou a ficar queimado e já tinha um aspecto muito triste e muito mau.Nós, aqui em casa, fazíamos o que podíamos, dando -lhe água e comida.Chegou a um ponto de estar tão doente, que já não se mantinha de pé. Entretanto, a Mitó, uma vizinha da rua de trás, começou a interessar-se por ela e foi falar com os donos , avisando-os, caso não cuidassem dela, ela própria a levaria para um lugar seguro. Eu, não sabia deste pormenor, só mais tarde.Entretanto a cadela "desapareceu" e eu e o Jorge, demos volta a todo o bairro á procura dela.Pensei que a tivessem levado para o canil e já a imaginava a servir de refeição no Jardim Zoológico...A minha neta Sara, na altura com cerca de 5 anos, andava muito triste por a cadela ter desaparecido, e, um dia na minha cozinha diz-me assim: Avó, temos que ir fazer oração para Deus fazer aparecer a Nina; e ela disse, eu vou primeiro e depois vais tu. Certo, disse eu, e lá foi ela orar no escritório do avô ao lado da cozinha.Não vi como orou nem o que orou...depois fui eu, e ela entretanto disse-me : Deus ouve-te sempre avó. Lá me sentei no maple e sorri para Deus e pedi-lhe que nos ajudasse a encontrar a Nina. Nesse mesmo dia, soube por uma amiga que vive no prédio ao lado, onde estava a cadela; ela estava numa organização de proteçcão de animais no Estoril. Mal conhecia a pessoa que a levou para lá, mas perguntei onde morava e logo fui a casa dela agradecer-lhe por querer tão bem á Nina. Abracei-a e chorei, comovida, com o gesto dela. Ela ia visitá-la e gostava muito dela, até que um dia, não resistiu e trouxe-a para casa e adoptou-a, e aí, começou a vida super feliz da Nina , que entretanto se passou a chamar Neca.
Ela convidou-me para ser madrinha da cadela, o que fiz com muita alegria. A Neca é hoje, talvez, dos cães mais amados e bem cuidados da terra. Daqui, resultou uma linda e doce amizade entre mim e a Mitó. Entretanto, um dia, em que a Mitó foi passear com a Neca, a cadela começou a ladrar muito para uma moita de heras aqui perto de casa. A Mitó veio ver o que era, e viu um pobre gato quase a morrer, desnutido, que já nem conseguia levantar-se. Muito lindo, com uns olhos azuis lindíssimos.A Mitó foi-me logo chamar para eu, que na altura não tinha gato, e que acabara de ter uma má experiência com um..., para eu ficar com ele. Eu, na altura até tinha medo dos gatos... mas gostei tanto dele e tive tanta pena que acabei ficando com ele. Demorou muito tempo a recuperar, mas hoje está bonito e muito saudável e é "o nosso gato querido", meigo, manso dócil... enfim, um amor de gatinho. E foi assim, que a Neca salvou o Teco de morrer naquele canteiro, e nos proporcionou a alegria de o ter-mos. Resumindo: Eu e a Mitó, ficámos grandes amigas... a Neca, é uma cadela muito feliz... e o Teco è o nosso gatão lindo e é, como diz o Zé, um Lorde. Então, tudo está bem, quando acaba bem.
2 comentários:
Viviana: quero agradecer a tua agradável visita ao meu cantinho! :)
Fiquei feliz de saber que gostas de por lá passar e que te sentes confortável.
Vim espreitar o teu cantinho e deliciei-me com esta história.
Os animais deixa-nos sempre coisas especiais na nossa vida.
Obrigada e que Deus te abençoe.
:))
Grande Teco!
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