sábado, 10 de janeiro de 2009

Portugal e a Europa tremem de frio


Neve em Felgueiras


Neve na guarda


Neve em Braga


Neve na estrada


Neve na Guarda

Uma vaga de frio polar envolve neste momento Portugal e a Europa.
As pessoas tremem de frio.
Tem caído muita neve o que tem causado graves problemas de circulação nas estradas, facto que tem deixado várias populaçoes isoladas. Ainda ontem á noite havia em Bragança, no norte de Portugal, cerca de cem automobilistas bloqueados na estrada havia já sete horas.
Segundo a Metereologia o dia mais frio em Portugal foi quinta-feira, onde os termómetros baixaram vários graus abaixo de zero.
Cerca das dez horas da noite, o Gil desafiou-nos para nos metermos no carro e dar-mos uma volta por Mira-Sintra, o que fizemos.
Não se via ninguem na rua, a não ser alguns carros que passavam.
A certa altura saímos do carro e fomos apreciar o gelo em cima dos carros estacionados junto á Ficacèm.
O Gil colocou o termómetro em cima do tejadilho do nosso carro, e ali ficámos á espera que baixasse e registass a tenperatura do momento, que era de dois graus abaixo de zero.
Hoje ainda está muito frio, mas parece que a partir de amanhã a temperatura vai começar a subir um pouco.
Há um poema muito bonito do Augusto Gil que se chama "A balada da neve", e eu não resisto a publicá-lo aqui.

Balada da Neve

Batem leve, levemente,
como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.

É talvez a ventania:
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho…

Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza.

Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria…
Há quanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu!

Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho…

Fico olhando esses sinais
da pobre gente que avança,
e noto, por entre os mais,
os traços miniaturais
duns pezitos de criança…

E descalcinhos, doridos…
a neve deixa inda vê-los,
primeiro, bem definidos,
depois, em sulcos compridos,
porque não podia erguê-los!…

Que quem já é pecador
sofra tormentos, enfim!
Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!…
Porque padecem assim?!…

E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na Natureza
e cai no meu coração.

Augusto Gil

11 comentários:

carmen disse...

Neve, coisa linda...
Nunca vi ainda ao vivo, só pela janela de um avião ao fazer uma "baldeação" em Nova York...
E já achei lindo!!!

E pelas fotos vi que os lírios do campo devem estar congelados por baixo da neve!!!
E que já estou com frio... brbrbr

bjs congelados

esperança disse...

Olá! Boa tarde!! Maninha amiga e doce.Está tudo bem?
Está na realidade um frio de rachar; mas como diria a nossa querida mãe. é tempo dele, e eu estou muito contente, por as estações do ano estarem ajustadas. As pessoas é que já não estão preparadas...quando éramos pequenas , era assim. Lembra-me que era assim.
És mesmo uma avó babada e querida; então ás 22 horas, com um frio de rachar, fazes a vontade ao teu Gil, e vão andar da carro por aí; fizeste bem, o Gil ficou contente, e esse passeio já ninguém to tira. Também vamos agora dar uma volta grande, de certeza, entre outros lugares, a Sintra.
Que saudades do tempo em que líamos a "Balada da Neve" num dos livros da instrução primaria. de onde a tiraste?
Que te sintas com saúde.
Beijos

Rosa disse...

Olá amiga Viviana
É verdade, trememos de frio.
Mas são fantásticas a várias paisagens.
Quando hoje saí de casa ás 5h da manhã o meu quintal mais parecia um qualquer lugar da Serra da Estrela :)
O menos bom, a sinfonia geral de tosse cá em casa.

Viviana, tenha uma boa noite.
Amanhã um feliz dia de Domingo
beijos

neli araujo disse...

Lindo poema de Augusto Gil!

Lindo, mas triste também!

Vivi querida amiga, suas fotos estão muito bonitas, mas sinto frio só de olhá-las,hehehe

Agasalhe-se bem,amiga!

beijinhos calorosos para dissipar um pouco esta onda de frio, linda!

Neli

Viviana disse...

Querida Carmen,

Aqui onde eu vivo não há neve.
È mais no norte de Portugal.
Mas aqui está um frio de rachar...

Mas como dizia a minha mãe:

"È tempo dele".

Sei que no Brasil chove e na Argentina está muito calor...

Um beijo amiga, linda
viviana

carmen disse...

Viviana, tem meme para você lá no meu Blog...
bjs

Viviana disse...

Minha linda maninha Esperança,

Se me lembro!...

Aquilo é que era frio...

Tambem estou contente por haver frio, pois é como dizes é sinal que as estações do ano estão ajustadaS.

Olha, hije não saí de casa.

Por aqui fiquei a fazer coisas.

Um beijinho e uma boa noite para ti e para o João Pedro
viviana

Viviana disse...

Querida Rosa,

Posso imaginar o seu quintal!

E, como tem de madrugar...

Agora no Inverno deve ser dífícil, não?

No verão até sabe bem...

Então há uma sinfonia de tosse aí em caa?

Olhe, por aqui quem tosse um bocadito sou eu...

Mas não tive gripe... mem eu nem o marido ou o filho Zè.
Vamos lá ver se escapamos.

Tenha uma boa noite de descanso, boa amiga e amanh^um alegre Dia do Senhor.

Um abraço

Viviana

Viviana disse...

Neli querida,

Tambem acho linda A balada da neve.
Mas, como diz, triste.

Correspondia á realidade da vida no tempo em que o escritor viveu.

Hoje, felizmente está tudo muito diferente!

Para melhor, claro.

Está mesmo muito frio por aqui.
Neve e gelo com fartura.

Mas eu gosto, acho lindo!

E para o frio a gente veste muita roupa "tipo cebola"...

Um grande abraço, minha linda amiga

viviana

...EU VOU GRITAR PRA TODO MUNDO OUVIR... disse...

Jamais vi a neve e imagino que deva ser maravilhoso!!!

O poema é lindo,mas não gosto quando crianças sofrem,nem em poemas!!!

Um beijo carinhoso,SDonia Regina.

Viviana disse...

Querida Sónia,

Acho a neve de uma grande beleza!

E o frio aguenta-se bem...

è uma questão de vestir muita roupa e aquecer a casa.

Quanto ao poema, tambem o acho triste por o sofrimento das crianças...

Mas era assim mesmo.

Muitas crianças passavam muito frio.

Hoje graças a Deus as coisas mudaram muito e para melhor.

Achei interessante a Sónia não gostar do sofrimento das crianças mesmo nos poemas.

Concordo consigo..Se nós pudessemos, evitámos-lhes todos os sofrimentos...

Um abraço minha linda amiga.

Viviana