quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Retrato - um poema de Cecília Meireles


Desenho de rosto de mulher - Imagem da net.

Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
A minha face?

(Cecília Meireles)

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

É sempre muito bom ir á descoberta da Serra de Sintra


Urzes floridas.


O Gil olhando o horizonte.


Uma bela imagem da cruz.


Homenagem dos colegas aos soldados mortos naquele local.
Clique em cima para ampliar.


Homenagem dos Serviços Florestais.
Constam os vinte e cinco nomes.


Homenagem do Quartel onde pertenciam os soldados.

Ontem, o dia na Serra estava espectacular! Uma luminosidade e serenidade ímpar. O céu, de um azul de anil, transportanto por sobre as nossas cabeças enormes e levíssimas nuvens brancas, criava em nós um profundo sentimento de paz e bem-estar.
Deixámos o Punto junto ao Convento dos Capuchos e, olhando em volta, escolhemos um dos muitos caminhos que dali partem á descoberta das inúmeras maravilhas com que o Deus - Criador presenteou aqueles lugares únicos.

Escolhido o caminho, deitámos pés á estrada de terra batida, ladeada por inúmeras e fantásticas árvores, á mistura com abundantes urzes cor - de - rosa, ainda profusamente floridas.
Subir! Subir! Sempre a subir!Nem um pedacinho de caminho plano!
Nos meus quase setenta anos, com uma artrite e um coração cansado... exigia-se prudência e bom senso. Caminhava devagarinho, procurando não me cansar. Senti necessidade de fazer três pequenas paragens de alguns minutos.
Dirigíamo-nos para o segundo ponto mais alto da Serra - O Pico do Monge- que nenhum de nós três - Zé, Gil e eu - conhecíamos, daí o maior interese e curiosidade em lá chegar.

Houve um momento, quando já tínhamos subido bastante, em que o Gil se colocou por trás de mim e com as suas carinhosas mãos...me amparava e me empurrava devagarinho.
Uma última curva e estávamos lá!
Foi uma agradável surpresa, pois eu pensava que fosse preciso continuar a subir.
Aí, havia um largo grande, plano, onde estava um monumento feito na enorme rocha de granito, dedicado aos 25 soldados do Quartel do Regimento de Artilharia Antiaérea número Um de Queluz, que no fatídico dia sete de Setembro de 1966, morreram carbonizados quando ajudavam a combater um enorme incêndio, com 20 Quilómetros de frente, que durou sete dias. Foram cercados pelo fogo, não tendo conseguido fugir. Recordo-me perfeitamente desse trágico acontecimento.
Já tiveram lugar ali várias cerimónias de homenagem.Ainda estava lá um ramo de flores secas, colocado por alguém. Ao olhar as flores, o Zé, disse: "No próximo sábado vamos trazer flores para colocar aqui." (Ele, os irmãos, as sobrinhas mais velhas, o Gil e um grupo de amigos, farão uma caminhada de 9 Quilómetros naquela zona da serra, se Deus quisr.
De salientar, que logo após o triste acontecimento, foram plantadas no local onde morreram, vinte e cinco árvores, uma por cada soldado.
Gostei muito de estar ali.
Quando iniciámos a descida o Zé, pensativo, disse: "Há tantas coisas para vêr por aqui!" Eu respondi-lhe: É por isso que é quase pecado ficar em casa e não aproveitar.
Como diz o povo - "A descer todos os santos ajudam." Felizes, satisfeitos e contentes, entrámos no Punto e dirigimo-nos para casa. Ah! passámos ainda pelo Mcdonald para comprar o nosso almoço, que nos soube muito bem.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Inacreditável!


Canário - quase igual ao meu.
Imagem da net.


Foi há cerca de trinta anos, que uma senhora de idade, minha amiga, me ofertou um canário. Ela não tinha condições para cuidar dele e decidiu dar-mo.
Morreu de velho com cerca de doze anos, salvo o erro.
Gostávamos tanto dele, que me recordo de ter chorado quando morreu.
Não resistimos a comprar um casal, e desde então até agora, nunca deixámos de ter canários cá em casa.
Foram-se reproduzindo e neste momento temos sete.Três deles nasceram este ano.
Já vários morreram de velhos, alguns fugiram da gaiola e também já demos alguns a amigos e familiares.
Pois bem, sou eu que todos os dias de manhã e á tardinha cuido deles. Procuro mantê-los confortáveis, gaiolas limpas e bem alimentados. Há um pormenor curioso: Todos os dias eles se deliciam comendo alface! Gostam imenso! É claro que nós, também deveríamos comê-la todos os dias...mas nem sempre isso acontece.

Ontem de manhã, como de costume, cuidei deles antes de sair para o Culto na Casa de Oração.Tapei as gaiolas com uns panos para os proteger do sol, e coloquei-as no parapeito da janela da cozinha, do lado de fora, pois eles gostam imenso de estar ao ar livre. A primeira coisa que fazem é tomar um bom banho e catar as penas ao sol.

Estive fora todo o dia, tendo regressado a casa só ao anoitecer, indo tirar as gaiolas para dentro para as lavar e as preparar para eles dormirem.
De repente, verifiquei que numa gaiola onde deveriam estar quatro, faltava um, o mais novinho, que tinha apenas dois meses. Estranhei, tentei perceber o que é que tinha acontecido. Descobri então que um comedouro externo tinha ficado com uma folga, quando o coloquei um tanto apressada antes de sair.
Pois é, o passarinho saiu por lá.
Fiquei muito triste pois eu tinha cuidado dele sempre com tanto carinho, e estava tão bonito! O Zé, disse-me para não pensar mais nele, pois ainda tinha mais seis.
Achei que ele tinha razão e tentei não pensar no passarinho.

Hoje de manhã, quando os destapei e os cumprimentei, tive muita pena que o mais novinho não estivesse ali com os irmãos e o tio. Mas logo pensei noutras coisas que tinha para fazer.
Ao meio da manhã, conforme tínhamos planeado ontem, eu, o Zé e o Gil, metemo-nos no Punto e saímos para fazer o reconhecimento do percurso de uma caminhada pela serra de Sintra, planeada pelo Zé, para o próximo sábado, e para a qual convidou os irmãos, as sobrinhas mais velhas e um grupo de jovens amigos.
Passámos por trás da nossa casa e entrámos na rua por onde deveríamos seguir, e eis que o Gil que não sabia que o canário tinha fugido da gaiola, olhando para o passeio, disse: Olha! Pareceu-me ver ali no passeio um canário no meio de um bando de pardais! Eu pedi ao Zé para estacionar o carro e saí correndo, para tentar apanhar o bichinho.
Então não é que era mesmo verdade! Que o meu canário estava ali no passeio no meio de um bando de pardais! Os pardais mal me viram levantaram vôo para cima do telhado, mas canário ficou ali fazendo pequenos vôos baixos de um lado para o outro. Comecei a falar com ele como faço sempre, e devagarinho aproximei-me dele; ele voou para cima do contentor do lixo que por sorte estava fechado (está sempre fechado) e ficou paradinho a olhar para mim. Fui muito devagarinho com a minha mão e, pasmem! Ele deixou-se apanhar sem oferecer nenhuma resistência! Nem sequer me tentou bicar como faz quando o tento agarrar dentro da gaiola.
O coraçãozinho dele batia muito forte e todo ele tremia, tremia. Creio que desde ontem não se deve ter alimentado nem sequer bebido água. Ficou muito quietinho e feliz na minha mão.
Eu nem queria acreditar! Tinha assim de uma forma tão simples...conseguido recuperar o meu lindo canarinho amarelo e castanho.
Corri para o carro com ele na mão e mostrei-o ao Gil e ao Zé, que de olhos muito abertos duvidavam que fosse verdade, que eu o tinha conseguido apanhar...
Voltei com o Gil para casa cheia de contentamento, e foi com um enorme sorriso que o intoduzi na gaiola, junto dos irmãos, e onde havia muita comidinha e água fresca para beber.
Entrámos no Punto e lá fomos todos contentes a caminho da serra de Sintra.
Voltei-me para o Gil e disse: Amiguinho, aqui esteve presente o dedinho de Deus!
Ele não me queria ver triste sem o meu canarinho.
Ele olhou-me nos olhos, muito sério e disse-me: "É por isso que, SOLI DEO GLORI!"
Exactamente! disse eu.
Amanhã, dir-vos-ei sobre como correu a subida da serra.

domingo, 26 de setembro de 2010

Amadora - a velha Porcalhota


Conjunto residencial anexo à Quinta do Assentista.
Esta parte da Porcalhota não está muito diferente do que era há 50 anos.



A actual estação dos caminos de ferro da Amadora.

Vivi e trabalhei muitos anos na Amadora. É numa das suas freguesias - a Venteira - que fica a Igreja Baptista das Boas Novas, no Bairro do Borel, á qual pertenço, e onde o Jorge, meu marido, é Pastor.
Daí, ter decidido dar aqui algumas dicas sobre esta terra e a sua história.


«Ora, então como é que a Porcalhota se tornou Amadora, sobretudo como é que apareeu aquele topónimo tão bizarro? E, depois como é que os coelhos aparecem nesta lenda? Se formos a Pinho Leal, ficamos a saber que Porcalhota é diminutivo de porcalha, significando leitoa. Em meados do século dezanove, esta terra pertencia a Benfica. Não eram mais de 359 casas e uma ermida a nossa senhora da Conceição da Lapa. E havia Porcalhota de Cima e Porcalhota de Baixo, separadas por uma calçada. Pois a origem lendária da Amadora remonta ao século catorze, á Poralhota, que é o núcleo populacional mais antigo do espaço da actual Amadora. Esse topónimo procedia do dono destas terras, Vasco Porcalho, que também era alcaide de Vila Viçosa. Na crise de 1383/1385, este fidalgo, como muitas outros da velha nobreza portuguesa, apoiou D. João de Castela como rei legítimo, o que mais tarde o obrigou a fugir do reino. Herdou-lhe as propriedades a filha, fidalga, a quem as gentes chamavam a Porcalhota! Ficou a zona a chamar-se Terras da Porcalhota. Convenhamos, com Delfim Guimarães, que se tratava de um nome "mal sonante" e "arreliador"! Mas, atenção, tudo o que aqui se conta é do foro da lenda, hem!
O século dezoito fez da Porcalhota uma zona de lazer da aristrocacia sediada em Lisboa. Aqui se multiplicaram pequenos palácios em quintas de recreio. Mas, de repente, surge a verdadeira lenda desta povoação que se ia compondo como um puzzle - chama-se Pedro dos Coelhos. E para a escrever nada melhor que Julio Cesar Machado que a divulgou aqui mesmo no diário de notícias: "Há tanto tempo que aquela casa amanha os coelhos com proveito e glória que, em o dono da locanda indo chamá-los ao pátio, já eles vão por si mesmo formar em linha e oferecer as orelhas para levar o piparote e morrer. Lê-se na parede "Antiga casa do belo petisco do coelho:" O trem pára em frente, á sua porta vêm-se sempre mendigos. De um lado tenda e balcão, do outro uma nesga de caminho para a cozinha; ao fundo uma porta para o quintal e outra para a casa onde se come. Na cozinha, uma velha, uma corcundinha e um rapagão esbelto e ágil." Júlio Cesar Machado era um gastrónomo e quando pincelava prosas assim não se lhe podia ir á mão porque decerto acabava de comer uma refeição de lenda!

O Pedro dos Coelhos é a mais lendária figura da Amadora e o seu prestígio pede meças aos grandes cozinheiros da não menos grande Lisboa! Bastará chamarmos a testemunhar Mendonça e Costa que, em 1887, mas páginas da revista Ocidente, narrava que determinado indivíduo das bandas de Sete Rios, comia em casa coelho em todas as refeições, por imposição da mulher. Ora farto daquilo, mudou-se para a Porcalhota e calhou-lhe sentar-se á mesa do Pedro dos Coelhos. Diz o cronista, que o conheceu, que nesse dia o coelho soube-lhe a pouco!
Pedro Franco se chamava o Pedro dos Coelhos e terá nascido nos primeiros anos do reinado de dona Maria II, falecendo com sessenta e tal anos, em 1906 ou 1907. Mas desde que enviuvara já não era o mesmo. Mas se morreu o homem, ficou a sólida lenda.»
In - Lendas de Portugal
Viale Moutinho - Diário de Notícias)

Porque hoje é Domingo (121)


Imagem da net.

Então o chefe dos sacerdotes e os seus companheiros, que eram do partido dos saduceus, num gesto de fanatismo, apanharam os apóstolos e mandaram metê-los na cadeia. Mas de noite, um anjo do Senhor abriu as portas da prisão, levou os apóstolos para fora e disse: "Vão ao templo e transmitam ao povo a palavra da vida."Os apóstolos obedeceram, foram de manhãzinha ao templo e puseram-se a ensinar.
Entretanto, o sumo sacerdote e os companheiros convocaram os membros do tribunal judaico e todos os anciãos representantes do povo para uma reunião, e mandaram buscar os apóstolos á cadeia. Mas quando os soldados lá chegaram não os encontraram. Foram então dizer ao tribunal: "Encontrámos as portas da cadeia fechadas com toda a segurança e os guardas a tomar conta, mas quando as abrimos não estava ninguém lá dentro".
Quando o oficial da guarda do templo e os chefes dos sacerdotes ouviram aquilo ficaram sem saber o que teria acontecido aos apóstolos e o que seria tudo aquilo.
Nisto, chegou alguém que disse: "Olhem que os homens que meteram na cadeia estão no templo a ensinar o povo!" Então o oficial da guarda foi com os seus soldados buscar os apóstolos. Mas levaram-nos com todos os cuidados, porque tinham medo de ser apedrejados pelo povo. Apresentaram-nos ao tribunal e o sumo sacerdote perguntou-les: "Então nós não vos tínhamos proibido de falar no nome desse homem? Afinal têm enchido Jerusalém dessa doutrina e ainda por cima querem fazer recair sobre nós a culpa da sua morte!" Então Pedro e os outros apóstolos responderam: "É mais importante obedecer a Deus do que aos homens. O Deus dos nossos antepassados ressuscitou Jesus, que vocês mataram pregando-o num madeiro. Mas Deus deu-lhe o lugar de honra como Chefe e Salvador, para dar ao povo de Israel a oportunidade de se arrependerem dos seus pecados e de ser perdoado.
(Livro dos Actos dos Apóstolos cap. 5: 17 a 31)

sábado, 25 de setembro de 2010

Ninguém estava em casa


Imagem da net.

Ontem, pelas dezoito e quinze o telefone tocou.
Eu estava sòzinha em casa.
Fui atender.
Era um filho, a dar-me uma notícia muito boa, da qual nem eu nem ninguém da família estava á espera. Esta notícia deu-me tanta alegria, tanto contentamento!
Senti necessidade de partilhá-la com os familiares mais próximos. Desejava muito que eles soubessem.
Peguei no telefone e liguei a um, a outro e a outro...a seis.
Do outro lado, por incrível que pareça, ninguém atendeu.Nenhum destes seis estava em casa.
Do maple onde estava sentada junto á janela do terceiro andar onde moro, olhei o céu azul e quedei-me pensativa.
Eu tanto queria partilhar a minha alegria...e não tinha com quem.
As palavras que já estavam prontas a soltar-se do coração...tiveram que ficar lá.
Foi uma sensação muito estranha! Ter de guardar a alegria fechada dentro de mim.
Não me recordo de tal já me ter acontecido.
Tive que esperar até mais tarde, quando já todos estavam em casa.
Entretanto, VOLTEI a conversar com Aquele que está sempre presente, nunca está fora...atende-me sempre.
Digo VOLTEI, porque assim que desliguei o telefone ao saber a boa notícia...foi com Ele que eu falei logo, em primeiro lugar, para lhe dar infinitas graças e louvores.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Outono - Poema


Imagem da net.

No blogue da amiga Fernanda,
- http://nanda-fernandarocmsncom.blogspot.com/ - , encontrei um interessante poema sobre o Outono, o qual gostaria de partilhar aqui com os amigos, e para tal solicitei autorização.

OUTONO


O Verão adormeceu
e o Outono chegou
o verde se rendeu
e de dourado se pintou.

O dia grande fugiu
a noite longa chegou
o sol quente partiu
porque a terra rodou.

As aves ensinaram
às crias que ouviram
e juntas treinaram
o voo em que partiram.

Fresquinho, fresquinho
o menino sentiu
vestiu um casaquinho
e o Outono sorriu.

O Outono e o menino
muito brincaram
e um verso pequenino
juntos cantaram:

-O Verão adormeceu
e o Outono chegou
o verde se rendeu
e de dourado se pintou.

Fernanda Rocha Mesquita

Esta noite começa o Outono - Equinócio de Setembro


Podia muito bem ser uma foto da Ribeira das Jardas, aqui onde moro.
É tal e qual!
Mas não, é uma foto da net.

O meu filho Pedro enviou-me hoje este interessante texto, que tem a ver com um acontecimento que vai ter lugar esta noite - 23/09/2010, ás 03:09 horas, a chegada do Outono.

Os meus amigos por certo já conhecem, no entanto decidi publicá-lo aqui.

"Na área da astronomia, equinócio é definido como um dos dois momentos em que o sol, na sua órbita aparente, (como vista da Terra), cruza o plano do equador celeste ( alinha do equador terrestre projectada na esfera celeste).Mais precisamente é o ponto onde a elíptica cruza o equador celeste.

A palavra equinócio vem do latim, aequus (igual) e noxe (noite), e significa "noites iguais", ocasiões em que o dia e a noite duram o mesmo tempo. Ao medir a duração do dia, considera-se que o nascer do Sol (alvorada ou dilúculo) é o instante em que metade do círculo solar está acima do horizonte e o pôr do Sol crepúsculo ou acaso) o instante em que o círculo solar se encontra metade abaixo do horizonte. Com esta difinição, o dia e a noite durante os equinócios têm igualmente doze horas de duração.

Os equinócios ocorrem nos meses de Março e Setembro e definem as mudanças de estação. No hemisfério norte a primavera inicia-se em Março e o Outono em Setembro. No hemisfério sul é o contrário, a Primavera inicia-se em Setembro e o Outono em Março.

As datas dos equinócios variam de um ano para outro devido aos anos tropicais ( o período entre dois equinócios de Março) não terem exactamente 365 dias, fazendo com que a hora precisa do equinócio varie ao longo de um período de dezoito horas, que não encaixa necessáriamente no mesmo dia. O ano trópico é um pouco menor que 365 dias e 6 horas. Assim num ano comum, tendo 365 dias e portanto mais curto, a hora do equinócio é cerca de seis horas mais tarde que no ano anterior. Ao longo de cada sequência de três anos comuns, as datas tendem a adiantar-se um pouco menos de seis horas a cada ano. Entre um ano comum e o ano bissexto seguinte há um aparente atraso devido á intercalação do dia 29 de Fevereiro.

Também se verifica que a cada ciclo de quatro anos os equinócios tendem a atrasar-se. Isto imoplica, que ao longo do mesmo século, as datas dos equinócios tendem a ocorrer cada vez mais cedo. Assim, no século XXI só houve dois anos em que o equinócio de Março aconteceu no dia 21 (2003 e 2007); nos demais, o equinócio tem ocorrido em 20 de Mrço. Prevè-se que, por volta do ano 2040, passe a haver anos em que o equinócio aconteça no dia 19. Esta tendência só irá desfazer-se no fim do século, quando houver uma sequência de sete anos comuns consecutivos "2097 a 2103), em vez dos habituais três.

Devido à órbita da Terra, as datas em que ocorrem os equinócios não dividem o ano em número igual de dias .Isto ocorre porque quando a Terra está mais próxima do Sol ( periélio) viaja mais velozmente do que quando está mais longe.. (afélio)."

Nota:

O estimado pastor Jorge Ligeiro, que também recebeu este texto do Pedro, "oferece" a seguinte sugestão de complemento:

"Se gostarem de investigar mais onde está o sol a determinadas horas.... então baixem este "programazito" e verão como é tão giro e fácil de verificar. Hoje, por exemplo vê-se claramente como os dias são iguais á noite e como o sol está neste momento por cima do Equador.
Saudações a todos."
Jorge Ligeiro

terça-feira, 21 de setembro de 2010

É tempo das vindimas


A família a vindimar


Uma bela imagem da vinha e das uvas.


O amigo Helder conduzindo o tractor carregado de uvas.


A amiga Rosa mostrando os belos cachos.

Habitualmente, nas duas últimas semanas de Setembro,é tempo de vindimar.Colher as belas uvas para transformá-las em vinho delicioso.
Recordo com saudade os meus tempos de adolescente e jovem, quando ia para as vindimas.

A minha boa amiga Rosa, de Águeda, juntamente com o amigo Helder, seu marido, a Tânia e a Carina suas filhas, viveram ontem um dia muito especial: O dia da vindima.
A Rosa teve a amabilidade de enviar-me algumas fotografias, por sinal muito lindas...relativas ao evento. Lembrei-me de partilhá-las aqui com os amigos que têm a gentileza de por aqui passar.
Obrigada Rosa!
Obrigada Helder!
Gostei muito.

A Clara está a chegar...



A qualquer momento desta noite, enquanto eu durmo, a Clara vai chegar.

Ela e a mãe estão juntas, dando tudo por tudo, neste milagre da vida que é o nascer.

O pai, presente, faz o que pode para as ajudar nesta hora bem difícil.
Ah! se ele pudesse...

Aqui ao meu lado, dorme serenamente, tranquilamente, a Sara, mana da Clara.

Esta noite marcará as nossas vidas de uma forma especial.

Com Deus presente tudo está bem.

NASCEU!

Três quilos e setecentos gramas!

Com Deus presente tudo está bem.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Os relógios dos poderosos


Imagem da net.

Silvio Berlusconi
Primeiro - Ministro Italiano
Usa um Vacheron Constantin
Valor 412.800 Euros

Vladimir Putin
Primeiro - Ministro Russo
Usa um Patek Philippe
Valor 45.860 Euros

Nikolas Sarcozy
Presidente da França
Usa um Rolex
Valor 22.930 Euros

Barak Obama
Presidente dos Estados Unidos da América do Norte
Usa um Citizen
Valor 190 Euros.

domingo, 19 de setembro de 2010

Porque hoje é Domingo (120)


Jerusalém. imagem da net.

Jesus dirigia-se para Jerusalém e ensinava nas cidades e povoados por onde passava. Houve alguém que lhe perguntou: " Senhor, são poucos os que se salvam?"E ele respondeu: "Esforcem-se por entrar por a porta estreita, pois digo-vos que muitos hão-de procurar entrar e não vão conseguir. Depois de o dono da casa se levantar e vos fechar a porta, ficando de fora, hão-de bater e dizer: "Senhor, abre-nos a porta." Mas ele responderá: "Não sei donde são." Então hão-de dizer-lhe: "Comemos e bebemos contigo e ensinaste nas nossas ruas." Mas ele responderá: "Já vos disse que não sei donde são: Afastem-se de mim todos, malfeitores! Irão chorar e ranger os dentes quando virem Abraão, Isaque, Jacob e todos os profetas no reino de Deus, enquanto vocês são postos fora. Mas virão pessoas do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul, para tomar lugar no reino de Deus. Alguns dos que agora são os últimos, serão os primeiros; enquanto os outros que agora são os primeiros, serão os últimos.
(Ev. de S. Lucas cap. 13 :22 a 35)

sábado, 18 de setembro de 2010

É bom saber que há gente honesta


João Rodrigues - exemplo de honestidade

"A honestidade não tem preço." É desta forma que António Prata Rodrigues resume a decisão que teve de tomar ao final da tarde de quarta-feira, minutos depois de ter encontrado uma carteira que, entre notas (750 euros) e cheques já endossados, tinha mais de 3300 euros no seu interior. Para muitos, a tentação de ficar com aquilo tudo ou, mais que não fosse, com o dinheiro, seria natural, mas António Prata Rodrigues garante que só a ideia "já arrepia". Assim, "sem pensar duas vezes", este homem, natural de São Vicente da Beira, concelho do Fundão, rumou imediatamente para a GNR a fim de devolver aquilo que "era pertença de outros".

"Nem quero imaginar a aflição que aquelas pessoas não estavam a viver. Três mil euros é dinheiro", sublinha este homem que, conforme faz questão de frisar, todos tratam por Marechal Spínola. "Eu não abdico dos meus valores. Sou deficiente das Forças Armadas e pára-quedista reformado, e o lema dos pára-quedistas é que 'nunca por vencidos se conheçam', ora eu ficar com este dinheiro seria certamente um vencido", diz António Rodrigues, que até adiou uma viagem a Lisboa só para entregar o dinheiro.

"Estava a sair de casa, aqui no Fundão, para ir a uma consulta de oftalmologia em Lisboa, quando vi a bolsa nas escadas de um prédio. Pensei que podia fazer falta ao dono e peguei logo nela. Só depois de a abrir é que percebi que tinha tanto dinheiro e que os cheques até já estavam endossados. Podia levantá-los com facilidade e o dinheiro podia ir gastá-lo, mas isso não era correcto. Por isso, já nem fui embora. Perguntei onde era a GNR e fui entregar tudo", relata.

Confrontado com a pergunta de "se o dinheiro não o ajudava a completar a reforma, João Rodrigues responde sem hesitar: "O dinheiro dá sempre jeito, então não dá. Mas, como já disse, nunca pensei ficar com ele. Só vivo com o que é meu. A minha cabeça não me permitiria tal coisa", conclui.

Entretanto, a GNR do Fundão já localizou o dono do dinheiro, José Dias Gonçalves, 79 anos, natural da Barroca Grande, nas Minas da Panasqueira, que naturalmente faz questão de agradecer a João Rodrigues, conforme contou ao DN Zita Teixeira, a filha do homem que tinha perdido o dinheiro.

"Já pedi o número de telefone dele porque quero agradecer-lhe pessoalmente. O meu pai já falou com o senhor e já lhe deu os parabéns por ser um homem honesto e recto, mas eu também vou fazer questão de lhe apresentar o meu reconhecimento", refere Zita Teixeira, que também foi beneficiada por este gesto.

"Parte daquele dinheiro também era meu. Como o meu pai foi dormir à casa que tem no Fundão, mandei-lhe dinheiro para ele depositar no banco. Ele assim fez. Mas, quando estava a entrar em casa, encontrou uns amigos e ficou a falar com eles. Deve ter sido nessa altura que deixou cair a carteira e, como tinha mais pastas na mão, nem sequer deu conta. Passou a noite toda preocupado, e hoje de manhã [quinta-feira] telefonou-me para eu cancelar os cheques. Felizmente, pouco tempo depois, telefonou a GNR a avisar que afinal a carteira tinha sido lá entregue. Pronto, o meu pai foi logo lá e entretanto o dinheiro já nos foi restituído e já está depositado no banco", conclui Zita Teixeira, reiterando o reconhecimento e agradecimento em relação ao acto de João Rodrigues.

(Diário de Notícias (17/09/2010)

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Amor e Compaixão.


Imagem da net.

"Não usemos bombas nem armas para conquistar o mundo. Usemos o amor e a compaixão. A Paz começa com um sorriso. Sorria pelo menos cinco vezes por dia para as pessoas a quem você normalmente não daria um sorriso. Faça isso pela paz. Irradiemos a paz de Deus e tornemo-nos o reflexo de Sua luz para extinguir no mundo e no coração dos homens toda espécie de ódio e o amor pelo poder. Sorria junto com os outros, embora isso nem sempre seja fácil."

Madre Teresa de Calcutá

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

"O Francisco partiu, o Violoncelo fica a chorar" (Gaivota)


O violoncelista Francisco Ribeiro.

O canto era a sua paixão, o violoncelo o instrumento. Francisco Ribeiro, um dos fundadores dos Madredeus, desapareceu ontem, aos 45 anos, vítima de um cancro. Discreto e focado, o seu legado perpetua-se em obras distintas, entre composições para o projecto de Tereza Salgueiro e Pedro Ayres Magalhães e os Desiderata, que fundou em 2006. A "Junção do Bem", lançado no ano passado, gravado com a Orquestra Nacional do Porto, reúne 14 temas seus. Uma ode ao amor, como o próprio definiu.

Quando foi convidado para os Madredeus, por Pedro Ayres Magalhães, Francisco Ribeiro tinha apenas 20 anos. Demasiado novo para o projecto português mais internacional de sempre, dirão alguns. Mas bastará uma leitura vertical da biografia do grupo - "Madredeus - Um Futuro Maior" - para perceber que a sua formação erudita, desde muito cedo "inculcada pelos prazeres do canto lírico, da poesia e da música clássica", o encaixava na perfeição junto das ambições do projecto.

A isto, Rodrigo Leão, outro dos fundadores dos Madredeus, acrescenta o relacionamento "forte" que tinha com todos os elementos do grupo, e os "momentos intensos" vividos em conjunto. "Era um músico extraordinário e um grande amigo com um talento fantástico. É uma injustiça muito grande agora que estava tudo bem encaminhado, era o princípio de uma nova fase para ele", disse o músico à agência Lusa. Tereza Salgueiro destacou "a personalidade brilhante" e a "alegria" do músico.

Francisco Ribeiro abandonou os Madredeus em 1997 para completar a sua formação musical em Inglaterra. Foi membro da Stroud Symphony Orchestra e Gloucester Symphony Orchestra e, quando regressou a Portugal, lançou os Desiderata. Longe do olhar dos media, o seu disco de estreia - gravado na Casa da Música e em Almada - em que assumiu arranjos e mesmo interpretação vocal, contou com a participação do maestro inglês Mark Stephenson e da cantora Inuít Tanya Taqaq. Na altura, o músico assumiu o regresso com um relançar da carreira. "Não é um projecto de música convencional. É difícil qualificar o trabalho e fico contentíssimo por isso, significa que demonstra originalidade."
(Jornal i)

Algumas palavras minhas para o Francisco:

Amigo

É com comoção que lhe agradeço, toda essa música maravilhosa, que nos ofereceu com tanta alegria no Madredeus; para mim, foi um dos mais belos e importantes grupos musicais, que conquistou Portugal e o mundo, e tantos aplausos e reconhecimento recebeu por todo o lado.

Recordo o que foi o extraordinário êxito da ida do grupo ao Japão.

Obrigada, Francisco! Muito obrigada.

A sua passagem por a vida, infelizmente, foi breve, mas o que fez foi muito bonito e de grande valor.

Deixou-nos uma herança preciosa.

Viviana

Nota: Substituí o título.Este, é parte de um comentário que a minha grande amiga Gaivota (São) do blogue mar e terra aqui deixou.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Uma carta para a Clara


A Clara, esboço feito pela mãe
a partir da ecografia de Agosto.



A minha nora Joana com a Clara.

Minha querida pequena Clara, meu anjo, meu amor

Decidi escrever-te esta carta para dizer-te algumas coisas que trago comigo.
Por exemplo, falar-te da minha enorme alegria, ao saber, pelos teus pais,que o Deus - Criador, tinha decidido enriquecer a nossa família, enviando-te para junto de nós. Já lá vão cerca de nove meses e, desde essa altura até hoje, e por toda a eternidade...eu não me canso nem me cansarei de lhe agradecer, e de, ao mesmo tempo, rogar-lhe a sua benção, a sua protecção, o seu cuidado, para contigo.
Quero que saibas, minha pequenina, que todos estamos muito felizes com a tua vinda. Sabes, tens a benção de ter uma grande e linda família, que vais gostar imenso de conhecer. Tens tantos tios, tantos primos, que eu nem te sei dizer quantos são.
Olha, a avó Rute já separou as composições musicais que ao piano, vai tocar para ti. (Ela é professora de musica) O avô Tito, já preparou a máquina fotográfica, a melhor...para te tirar a mais bela fotografia, quando fôr ver-te á maternidade. (ele é fotógrafo) Já vi o avô Jorge guardar numa gaveta da cozinha, algumas rolhas de cortiça, para com elas fazer uns lindos carrinhos de bois, ou passarinhos, para te oferecer.(Ele tem muita habilidade manual).Eu, a tua avò Viviana, já estive a trazer á memória as belas canções de embalar que eu tantas vezes cantei para o teu pai, para as cantar para ti.
Tenho pena que os teus bisavós Joaquim e Isménia, Luis e Alcina, Marçal e Rita e José e Nena, já tenham partido, pois imagino como eles se alegrariam em ver-te e receber-te. Mas olha, tens tanta gente linda á tua espera, há por aqui tanto amor, carinho e ternura para te dar...que tudo vai ser muito bom para ti. Vais ser muito feliz, eu sei.

Ainda não te disse, mas quero que saibas que todos nós estamos a viver momentos muito belos, muito especiais, enquanto aguardamos a tua chegada.É que falta tão pouco, tão pouco, para te conhecermos! Para podermos olhar-te, tocar-te, pegar-te ao colo, ouvir o teu choro, a cor dos teus olhos, como é o teu cabelo...tanta coisa, enfim.

Não te apreces minha linda, vem quando estiveres preparada para vir.
Eu sei que estás a dar os últimos retoques no teu rostinho! Nas tuas mãozinhas, nas tuas unhas! Queres que as pestanas cresçam mais um bocadinho para virem bem encurvadas, perfeitas...

Só mais uma coisa, minha princesa:

O mundo para onde tu vens é maravilhoso!
Ah! como há tanta coisa linda para tu descobrires e apreciares!
Tu nem fazes ideia!

Escuta, eu conheço muitos lugares espantosamente belos...onde eu gosto muito de ir com os teus primos e primas; eu terei todo o gosto em levar-te lá! Fica combinado, certo?

Vou ensinar-te o nome das flores, das árvores, dos arbustos, dos passarinhos e das aves, das ervinhas do campo, dos bichinhos, dos muitos e diversos bichinhos que abundam por aí.Vamos até á beira-mar, talvez á praia do Magoito, brincar na areia e apanhar montes de pedrinhas e conchinhas...

Clara, meu tesouro, só de pensar em ti, sorrio.
Estás presente no meu coração, na minha mente e na minha vida.
Nestes últimos dias, não penso noutra coisa, tal é o desejo de te receber, de te vêr.

Vem em bem meu amor.
Que Deus esteja sempre contigo, agora, e por toda a eternidade.

Um suave e leve beijo nessa linda cabecinha

A tua avó Viviana.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

A saudade


Imagem da net.

- "A CASA DA SAUDADE CHAMA - SE MEMÓRIA; É UMA CABANA PEQUENINA A UM CANTO DO CORAÇÂO." -

(Henrique Maximiliano Coelho Neto)

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Uma adivinha



Olhe para a imagem e tente adivinhar quantos netos tive cá em casa.

(Solução)

De cima para baixo, e da esquerda para a direita, os pés a quem pertencem estes chinelos:

- Da Carolina, da Inês, da Beatriz, da Margarida e do Nuno. Total - 5

Se adivinhou...parabéns!

domingo, 12 de setembro de 2010

Porque hoje é Domingo (119)


Imagem da net.

Num certo sábado Jesus foi a casa de um dos chefes dos fariseus para comer com ele, e todos observavam o que Jesus fazia. Mesmo em frente dele estava um homem que sofria de uma doença que o trazia inchado. Então Jesus perguntou aos doutores da lei e aos fariseus: "Pode-se curar ao sábado ou não?"Eles ficaram calados. Jesus tocou no homem, curou-o e mandou-o embora. E perguntou-lhes mais: "Quem de vós não irá tirar imediatamente do poço um filho ou um boi que lá lhe tenha caído a um sábado?" Mas eles não conseguiram dar-lhe uma resposta.
(Ev. de S,. Lucas cap. 14: 1 a 6)

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

As Poupas na Ribeira das Jardas


A bela Poupa, com a sua poupa. Imagem da net.

Hoje voltámos á Ribeira das Jardas para fazermos um pic-nic.
Sentados sobre a erva seca do fim do verão, á sombra de uma bela árvore, refrescados por uma agradável e acariciadora brisa, saboreámos o nosso apetitoso almoço, no meio de muita alegria, risos e óptima disposição.
Sempre atenta ao vôo e pipiar dos passarinhos e aves, reparei numa Poupa que veio voando e pousou num ramo baixo de uma árvore ao lado, de onde ficou a obervar-nos.
Chamei a atenção das meninas, pois elas vão no mesmo caminho dos pais e avós, grandes amigos e admiradores de tudo quanto á natureza diz respeito.
Depois de nos observar, a poupa ganhou confiança, desceu da árvore e ficou a escassos metros de nós, procurando alimento no meio das plantas secas. De vez em quando parava, virava-se para nós sem manifestar qualquer sinal de receio ou medo. Previdente, tinha comigo os binóculos o que me permitiu ver em pormenor a sua beleza e a as suas cores, bem lindas por sinal.
Entretanto, durante as várias horas que por ali ficámos, acabaríamos por ver várias outras poupas, o que nos alegrou muito, pois não tenho memória de antes as ter avistado naquele belíssimo local.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Fiquei indignada!


O que as pessoas são capazes de fazer!
Clique em cima para ver melhor.


Água limpinha e transparente.

Conheço a Ribeira das Jardas (zona de Mira-Sintra) há mais de trinta anos!
Ia com os filhos pequenos...inclusivé com o bébé.. .o Zé, tomar banhos de sol.
Há fotos dele, deitadinho numa manta no meio da relva.
Tudo estava limpo, resguardado, impecável.
Pois bem, nos últimos anos tem sido uma desgraça! Não tem nada a ver com o que era antigamente.
Cada vez que voltamos lá, está sempre mais degradado e mais destruido.
Hoje, fomos lá passear com as netas Sara, Beatriz e Carolina que estão a passar uma semana connosco.

Logo no início do percurso, alegrámo-nos por a água estar tão limpinha e transparente. Vimos até, três cobras de água!
Já há muito tempo que não víamos nenhuma.
Vimos alguns cardumes de pequenos peixes.
Bastantes rãs, e os seus girinos.
Aves de tipo diverso!
Libelinhas!
Ect. etc.
A vegetação nas bordas e dentro da ribeira, mantem-se diversificada e bem desenvolvida.

Isto, a parte boa.

Agora, a menos boa ou muito má, mesmo:
Destruição dos caminhos por causa da corrida de motos que por ali fazem.
Lixo e trastes velhos abandonados por todos os cantos.
Árvores e plantas danificadas e, ou destruídas.
Hortas cercadas por redes de trapo velho á beira da água, impossibilitando até as pessoas que por ali passeiam de se aproximar de certas partes da beira da ribeira.
Mas, o pior de tudo...sim, o pior de tudo é o monte de lixo constituído por garrafas, pratos, garfos, facas e colheres de plástico, atiradas para o chão, bem junto do caminho onde os atletas treinam...e onde as pessoas passam.
Quando me preparava para fotografar esse triste expectáculo, vi ali junto uns vizinhos meus e perguntei-lhes se sabiam quem era responsável por aquela porcaria toda. Disseram-me que são grupos de pessoas que ao domingo se juntam ali a pazer pic-nics. Só este último domingo contaram 15 carros estacionados no lugar de passeio pedestre...

Pensei: Mas ninguém vê?
Nem os responsáveis das juntas de Freguesia ou Câmaras?

Fiquei profundamente indignada!
Terei que pensar em tomar alguma medida, não sei ainda qual...mas que vou ter de fazer alguma coisa, lá isso vou!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Isto é o Cacém.


Agualva - Cacém. Antigo largo da Feira.Repare-se nas casas.
Gosto de ir aqui tomar café. Atrás do repuxo.


Aspecto geral do Cacém.

A mesma cidade - dois lugares muito diferentes.
Fica pegado a Mira-Sintra - o meu Bairro.

Salazar - Biografia


O livro


O autor - Filipe Ribeiro de Meneses

Ontem á noite, no Jornal das 21 da S.I.C. notícias, fui surpreendida pela entrevista a Filipe Ribeiro de Meneses, autor de uma biografia sobre Salazar, que será hoje apresentada ao público.
Durante sete anos Filipe Ribeiro de Meneses trabalhou arduamente na compilação deste importante livro.
De tudo o que ouvi, chamou-me principalmente a atenção, o facto de Salazar ter conseguido convencer o General Franco, da Espanha, a não entrar na Segunda Grande Guerra Mundial.
Se por acaso entrasse, e a Alemanha ganhasse a guerra, não haveria lugar para pequenos países como Portugal e este seria "pulverizado".
Outro conclusão, tem a ver com a ideia feita e passada, pela esquerda portuguesa, de que Salazar e o seu regime eram fascistas, no verdadeiro sentido da palavra.Usando apenas a minha cabeça, sem influência de quem quer que seja, sempre achei que se tratava de um exagero, pois comparando o regime fascista italiano de Mussoline, o regime português não tinha nada a ver. Pois bem, ontem, o autor do livro disse precisamente o que eu pensava. "É forçado afirmar isso, pois apesar da existência da PIDE-DGS, não era exacatamente assim."

Para quem quiser saber mais sobre este livro e o seu autor, deixo aqui alguma informação:

«Ao longo de sete anos, Filipe Ribeiro de Meneses, historiador português radicado em Dublin, Irlanda, trabalhou quase exclusivamente numa obra académica inédita na historiografia internacional - a biografia política de Salazar. O resultado da pesquisa traduziu-se no livro "Salazar - A Political Biography", um volume com mais de 600 páginas com a chancela da editora nova-iroquina Enigma Books. O livro é apresentado hoje na Embaixada portuguesa em Washington, às 18h locais (22h em Lisboa), pelo embaixador João de Vallera, com a presença do autor. Ontem, Ribeiro de Meneses falou sobre o seu livro na Biblioteca da Universidade de Georgetown, na mesma cidade.
Em mais de 600 páginas, o autor, professor na National University of Ireland, tentou compreender as decisões do antigo presidente do Conselho durante as quatro décadas do regime. Mas não foi fácil. Porque o cariz centralizador de Salazar nos mais diversos assuntos "dificulta, intencionalmente ou não, o acesso do historiador às suas opiniões, ou à maneira como estas se formavam.

(http://forumpatria.com/desporto-musica-livros-e-lazer/'salazar-a-political-biography')

«...as consequências das decisões de Salazar eram sentidas por povos na Europa, África e Ásia. Salazar reconfigurou a política portuguesa, embora não tivesse partidários pessoais nem estivesse disposto a cortejar a opinião pública para os conquistar. Guiou o seu país através do campo minado da diplomacia e política da Guerra Civil de Espanha e da II Guerra Mundial, emergindo incólume da última, não obstante as suas idiossincráticas alianças políticas e a sua neutralidade em tempo de guerra. Sob Salazar, Portugal foi membro fundador da NATO e da EFTA e diligenciou no sentido de se associar à CEE.

Simultaneamente, recusou-se a aceitar a inevitabilidade da descolonização, mantendo as suas colónias africanas e asiáticas e desenvolvendo uma aliança flexível com a Rodésia e a África do Sul para proteger as suas mais preciosas possessões, Angola e Moçambique. Quando Salazar saiu de cena, Portugal era alvo de críticas infindáveis nas Nações Unidas e perdera para a União Indiana o grandiosamente intitulado Estado Português da Índia, mantendo todavia a sua atitude de desafio perante o resto do mundo.»

(http://www.fnac.pt/Salazar-Filipe-Ribeiro-de-Meneses/a314417?PID=17335)

Nota:

O preço do livro é de 37.00 Euros.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O Suave Milagre - de Eça de Queiróz



Como já aqui o afirmei por várias vezes, sempre aguardo expectante pelo Domingo, para me juntar aos meus irmãos em Cristo, na Casa de Oração, para com imensa e grata alegria...adorar e cultuar o meu DEUS!
Para mim, é sempre uma festa, "ir á igreja".
Pudera! Há quase setenta anos que o faço.
Creio que poderão contar-se pelos dedos de uma mão, as vezes que em todos estes anos eu não fui e, sempre, por motivo de força maior.

Quando me sento no banco, agradeço, agradeço, agradeço...por poder estar ali.
Eu sei, a exemplo de tantos outros, que chegárá o dia em que isso não acontecerá.
Ontem, o Pastor Leal, pregou sobre a passagem bíblica que se encontra no Evangelho de S. Lucas Cap. 7 versículos 11 a 16, que versa a ressurreição do filho da viúva de Naím, por Jesus.
Ele falou de tal modo do AMOR imenso e ímpar do Mestre, que foi buscar, para melhor compreensão dos ouvintes, "O suave milagre de Eça de Queiróz."
E, ao citá-lo, emocinou-se...
Então, lembrei-me que o tinha lido em criança no livro da Instrução primária.
Fui "buscá-lo" e partilho-o hoje aqui convosco:

O Suave Milagre

...Ora entre Enganim e Cesareia, num casebre desgarrado, sumido na prega dum cerro, vivia a esse tempo uma viúva, mais desgraçada mulher que todas as mulheres de Israel. O seu filhinho único, todo aleijado, passara do magro peito a que ela o criara para os farrapos da enxerga apodrecida, onde jazera, sete anos passados, mirrando e gemendo. Também a ela a doença a engelhara dentro dos trapos nunca mudados, mais escura e torcida que uma cepa arrancada. E, sobre ambos, espessamente a miséria cresceu como o bolor sobre cacos perdidos num ermo. Até na lâmpada de barro vermelho, secara há muito o azeite. Dentro da arca pintada não restava grão ou côdea. No Estio, sem pasto, a cabra morrera. Depois, no quinteiro, secara a figueira. Tão longe do povoado, nunca esmola de pão ou mel entrava o portal. E só ervas apanhadas nas fendas das rochas, cozidas sem sal, nutriam aquelas criaturas de Deus na Terra Escolhida, onde até às aves maléficas sobrava o sustento!

Um dia um mendigo entrou no casebre, repartiu o seu farnel com a mãe amargurada, e um momento sentado na pedra da lareira, coçando as feridas das pernas, contou dessa grande esperança dos tristes, esse Rabi que aparecera na Galileia, e de um pão no mesmo cesto fazia sete, e amava todas as criancinhas, e enxugava todos os prantos, e prometia aos pobres um grande e luminoso Reino, de abundancia maior que a Corte de Salomão. A mulher escutava, com olhos famintos. E esse doce Rabi, esperança dos tristes, onde se encontrava? O mendigo suspirou. Ah, esse doce Rabi! quantos o desejavam, que se desperançavam! A sua fama andava por sobre toda a Judeia, como o sol que até por qualquer velho muro se estende e se goza; mas para enxergar a claridade do seu rosto, só aqueles ditosos que o seu desejo escolhia. Obed, tão rico, mandara os seus servos por toda a Galileia para que procurassem Jesus, o chamassem com promessas a Enganim; Sétimo, tão soberano, destacara os seus soldados até à costa do mar, para que buscassem Jesus, o conduzissem, por seu mando, a Cesareia. Errando, esmolando por tantas estradas, ele topara os servos de Obed, depois os legionários de Sétimo. E todos voltavam, como derrotados, com as sandálias rotas, sem ter descoberto em que mata ou cidade, em que toca ou palácio, se escondia Jesus.

A tarde caía. O mendigo apanhou o seu bordão, desceu pelo duro trilho, entre a urze e a rocha. A mãe retomou o seu canto, mais vergada, mais abandonada. E então o filhinho, num murmúrio mais débil que o roçar de uma asa, pediu à mãe que lhe trouxesse esse Rabi, que amava as criancinhas ainda as mais pobres, sarava os males ainda os mais antigos. A mãe apertou a cabeça esguedelhada:

- Oh filho! e como queres que te deixe, e me meta aos caminhos, à procura do Rabi da Galileia? Obed é rico, e tem servos, e debalde buscaram Jesus, por areais e colinas, desde Chorazim até ao país de Moab. Sétimo é forte, e tem soldados, e debalde correram por Jesus, desde o Hebron até ao mar! Como queres que te deixe? Jesus anda por muito longe e a nossa dor mora conosco, dentro destas paredes, e dentro delas nos prende. E mesmo que o encontrasse, como convenceria eu o Rabi tão desejado, por quem ricos e fortes suspiram, a que descesse através das cidades até este ermo, para sarar um entrevadinho tão pobre, sobre enxerga tão rota?

A criança, com duas longas lagrimas na face magrinha, murmurou:

- Oh mãe! Jesus ama todos os pequeninos. E eu ainda tão pequeno, e com um mal tão pesado, e que tanto queria sarar!

E a mãe, em soluços:

- Oh meu filho, como te posso deixar? Longas são as estradas da Galileia, e curta a piedade dos homens. Tão rota, tão trôpega, tão triste, até os cães me ladrariam da porta dos casais. Ninguém atenderia o meu recado, e me apontaria a morada do doce Rabi. Oh filho! talvez Jesus morresse... Nem mesmo os ricos e os fortes o encontram. O Céu o trouxe, o Céu o levou. E com ele para sempre morreu a esperança dos tristes.

De entre os negros trapos, erguendo as suas pobres mãozinhas que tremiam, a criança murmurou:

- Mãe, eu queria ver Jesus...

E logo, abrindo devagar a porta e sorrindo, Jesus disse à criança:

Aqui estou!

(Eça de Queiróz) Contos

domingo, 5 de setembro de 2010

Porque hoje é Domingo (118)


Imagem da net.

Diz-nos realmente a Escritura: Aquele que acredita em Deus não ficará desiludido.
Assim não há diferença entre judeus e não judeus, pois ele é o Senhor de todos e dá os seus bens a todos os que o invocam. E como diz a Escritura: Todo o que invocar o nome do Senhor será salvo. Mas como poderão chamar por aquele em quem não acreditam ainda? Ou como podem acreditar senão ouviram falar dele? E como hão-de ouvir se não há quem lhes anuncie a boa nova do evangelho? E como irá alguém pregar-lhes se não for enviado? Como diz a Escritura: Como é belo ver chegar os que anunciam a boa nova!
Mas nem todos deram ouvidos a esta boa nova. Isaías falou assim: Senhor, quem acreditou na nossa pregação? Assim a fé vem daquilo que se ouve e o que se ouve é o anúncio da palavra de Cristo.
E eu pergunto: Então não ouviram falar? Claro que ouviram. A própria Escritura diz:
A sua voz ouviu-se em toda a terra.
As suas palavras chegaram até ao fim do mundo.
E pergunto ainda: Será que o povo de Israel não teve conhecimento? A isto Moisés responde assim:
Hei-de fazer com que tenham inveja de uma nação que nem é nação;
E que tenham ciúmes de um povo ignorante.
E Isaías ainda acrescenta:
Fui encontrado por aqueles que não me procuravam
e dei-me a conhecer aos que não perguntavam por mim.
E a respeito de Israel disse: Todos os dias estou a estender a mão a um povo desobediente e rebelde.
(Ep. de S. Paulo aos Romanos cap. 10: 11 a 21)

sábado, 4 de setembro de 2010

Processo Casa Pia


Dr. Miguel Martins.


Mestre Américo.


Jornalista Felícia Cabrita.


Dra Catalina Pestana.


Dr. Bagão Félix.


Dr. Pedro Namora.


Dr. Adelino Granja.

MUITO OBRIGADA!

POR TUDO QUANTO FIZERAM EM FAVOR DAS CRIANÇAS DA CASA PIA, VITIMAS DE PEDOFILIA.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Educar


Jane Pitt com o neto Knox Leon.(Imagem da net.)

"Educar não é dar uma carreira para se viver, mas sim temperar a alma para as dificuldades da vida."

(Pitágoras)

A minha irmã, os gatos, os gatinhos e a cadela.


Este é o berço deles.
Falta um preto e branco que estava cá em baixo a brincar com a mãe.


Totalmente confiante, aceitou o colo.


Tão pequenino e já tão infeliz.


Comendo a papinha.


Reparem no olhar.

Quando fizemos as obras na casa da aldeia, apareceu por lá uma gatinha preta e branca, tão magrinha, tão magrinha que fazia dó. Tinha um olhar muito triste e nem força tinha para miar, pois ao fazê-lo não saía som algum.
A minha irmã, que é "louca" por gatos, (tem três em casa) começou a acarinhá-la e passou a trazer-lhe sempre comida que comprava no hipermercado.
Um dia, em que nós já tínhamos vindo embora para nossa casa, o meu irmão ao chegar lá, foi surpreendido por a gata a trazer um filhote nos dentes pendurado pelo pescoço. Trouxe depois mais três, e escondeu-os num buraco debaixo de umas madeiras que há por ali.
Eram lindos, muito fofinhos e ainda limpos, perfeitos, não estavam ainda marcados pela miséria.
Os vizinhos todos souberam onde ela escondeu os gatinhos, e todos iam constantemente lá vê-los, pelo que ela voltou a escondê-los agora sem ninguém saber aonde.
Sempre que chegamos lá á aldeia, ela está á nossa espera para comer, pois é uma gata de rua, não tem dono.Um dia, ao chegar, reparámos que os gatinhos já lá não estavam. Pensámos, com tristeza, que alguém os tivesse morto, que é o que fazem habitualmente nestes casos.
Quando nos dirigiamos para o carro para ir embora, reparámos que ela fez questão de nos mostrar onde os filhotes estavam escondidos.
Ficámos todas contentes por eles ainda estarem vivos.
Tinha-os então escondido no meio de um pequeno morro junto de umas ervas altas.
Um belo dia de sol da semana passada, eles sairam pela primeira vez do "ninho" e vieram aquecer-se ao solinho quentinho. Eram tão lindinhos, tão lindinhos!
Como ela continuava muito magrinha, pois o que comia transformava-se em leite para os filhotes,e como eles já estavam grandinhos, a minha irmã começou a trazer comida própria para eles . Foi tão interessante vê-los comer a primeira vez!
Deu-lhes também água para beber, eles metiam as patinhas dentro do prato. O branquinho, que é o mais pequenino, não sabia beber. Molhava a linguazita e depois mamava na lingua como se estivesse a mamar na tetinha da mãe.
Agora, já todos aprenderam a comer e a beber.
A minha irmã é muito generosa! tem um prazer imenso em dar comidinha e água aos bichinhos. Acontece, que para além da mãe e dos filhotes, ela ainda alimenta o pai das crias, que é um grande gato preto que por lá anda sempre. Dá comida também á avó das crias e a uma tia - irmã da mãe - que tem por ali perto também uma ninhada de quatro gatinhos
Ah! Há ainda uma uma cadela preta que assim que ouve o nosso carro a chegar, vem logo por ali a baixo pedir comida.
A minha irmã é mesmo uma BENFEITORA para com os animais abandonados.
Admiro-a.