terça-feira, 17 de julho de 2012

Preocupa-me e revolta-me a falta de rigor nas palavras

                                                    Fonte da imagem: http://maia-porto.olx.pt/

Tenho aqui em casa,  uma variedade de dicionários da lingua portuguesa, desde os mais antigos aos mais modernos. Mas há um que uso habitualmente, que é do ano de 1955 e da autoria de  Fernando J. da Silva.
Aqui, uma das várias definições da palavra "Rigor", é EXACTIDÂO.

Posto isto avancemos.

Os meus pais educaram-me na base dos valores do Evangelho. Logo, na base da verdade e do rigor, ou exactidão. Á volta da mesa, ouviamos a leitura e a explicação do evangelho, feita pelo meu saudoso e querido pai, que foi , até hoje, o maior exemplo de cristão, para mim.
Ele dizia-nos com frequência: "Meus filhos, nunca mintam, sejam sempre verdadeiros, porque a mentira é do diabo, do enganador. Quem mente, não é de Deus".

Assim, eu e os meus irmãos  interiorizámos estes sábios consenhos do pai.
Procuramos ser  verdadeiros e rigorosos, ou exactos.Daí, o não pactuarmos com a mentira ou a falta de rigor. Daí, a minha preocupação e a minha revolta pela forma como "se usa e se abusa" de palavras  menos próprias, inexactas, grosseiras e ofensivas, de uns tantos para com outros tantos, sem qualquer preocupação ou consequência. A facilidade com que se chama mentiroso, aldrabão, enganador, ladrão, e tantos tantos outros "nomes feios," que, considero eu, devem ser muito difíceis de ouvir, ditos em público, a maioria das vezes, sem se poderem defender na hora e nem depois...porque estas pessoas "desbocadas" como diz o povo, e caluniadoras, são absolutamente  imunes a qualquer sanção. E o pior, é que esta forma de agir está de tal maneira instalada e dessiminada na nossa sociedade que é olhada como normal, como cultural.

Não posso estar em maior desacordo.Devemos medir as palavras que usamos para caracterizar os outros. Não temos o direito de os "enxovalhar", de os humilhar ou diminuir.
Para quando, neste velho e célebre país, o uso da verdade, do respeito e do rigor de uns para com os outros? Quem dera  que eu ainda tenha  a alegria, em vida, de assistir a essa mudança  tão necessária e importante, para o nosso país e para os portugueses.

1 comentário:

nando & milú disse...

"Pelo andar da carruagem", essa mudança que tanto desejamos, está cada vez mais distante...