"No dia dois de Maio de mil novecentos e oitenta e dois, foi afundado o Cruzador General Belgrano, em consequência do ataque do Sumarino Nuclear Britânico HMS Conqueror, durante o conflito conhecido como a Guerra das Malvinas.
O afundamento provocou a morte de 323 marinheiros argentinos, praticamente metade de todas as baixas argentinas durante o conflito. Gerou-se uma forte polémica visto que o ataque ocorreu fora da zona de exclusão estabelecida pelo governo britanico em torno das ilhas. No Reino Unido há quem considere que a acção foi levada a cabo como o objectivo de inviabilizar as conversações de paz e aumentar a popularidade da Primeira Ministra Margareth Thatcher junto da opinião pública britânica, enquanto que na Argentina consideram o afundamento do cruzador um crime de guerra".
(http://pt.wikipedia.org/
Não condeno, não acuso e não critico; apenas pergunto, com o coração triste como a noite escura:
Margareth Thatcher
Como foi possível que Margareth Thatcher, uma mãe de dois jovens, na altura, tivesse tido a coragem de dar a ordem de afundar o cruzador com 323 jovens marinheiros a bordo? Quem faria uma coisa tão cruel?
Assim, friamente, morreram afogados 323 "meninos das suas mães" - na linguagem do poeta Fernando Pessoa.
Foi há pouco tempo, cerca de trinta anos. Durante estes trinta anos estas mães choraram lágrimas de sangue pelos seus filhos e estando agora na casa dos setenta anos, irão continuar a chorar até ao fim.
Margareth Thatcher teve ontem honras militares e foram convidadas 2.200 pessoas para o seu funeral. Os representantes argentinos não foram convidados.
Para mim, se a antiga primeira ministra britânica conseguiu uma vida melhor para os britânicos, ou se contribuiu para acalmar a "Guerra Fria" ou para "acabar" com o comunismo, pouco ou nada me diz ou me interessa.
O seu nome lembrar-me-á sim, enquanto eu viver, a mãe, que foi responsável pela morte de 323 jovens que eram "os meninos das suas mães".
2 comentários:
Olá Viviana querida!
Chamaram-lhe a Dama de Ferro,podia ter sido por ser forte em causas dificeis. Porém "o reinado" desta mulher linda fica marcado por crueldade e morte. Não só este caso das Malvinas, mas também o tão triste caso dos Mineiros.
Nem o funeral sumptuoso à boa maneira britânica, conseguirá calar estes crimes. E só me pergunto como é que uma mulher que tais desgraças permitia,conseguia viver os seus dias, satisfeita e indiferente ao sofrimento que ela própria determinava.
Bem haja Viviana, por ter trazido este tema para esta postagem.
Beijinho amiga.
Dilita
Olá, minha amiga Dilita
Na verdade, é como aqui escrevo.
Irei lembrá-la por tanto sofrimento ter trazido áquelas mães!
Um abraço, amiga
Viviana
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