quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Regressei, depois de uma nova pausa, esta forçada.

Caminhando  aqui por perto,  descobri estes frutos tropicais. Creio ser oriundos de S.Tomé.

Desde o passado dia 19, tenho estado impedida  de aceder ao blogue  por  problemas técnicos.
Sei de leitores que também não conseguiram aceder.
Hoje, falando do assunto ao meu neto Nuno, de cerca de 15 anos, que está por aqui a passar uns dias de férias, ele prontificou-se a ajudar-me a  resolver o problema e, em poucos minutos  conseguiu.
Claro que fiquei contente. Contente e grata.

O que publicar?
Olhei a estante ao lado e reparei num livro da capa azul. Abrio-o, não folheei sequer...e  comecei a ler  o poema que surgia diante dos meus olhos.
Ei-lo:

QUANTOS...

Quantos morreram sem ver o mar
Nem o espaço atravessar,
Nas brancas nuvens de algodão,
Dando  asas fortes à emoção...
Quantos viveram sem se aquecer
Na sensação de lençóis lavados,
De corpos quentes e perfumados
Nas curvas brandas do anoitecer...
Quantos partiram sem ter chegado
À sua meta ou alcançado
Porto d ´abrigo num peito amigo
P ´ra no seu ombro poder chorar
E suas mágoas desabafar...
Quantos subiram e se cansaram
E se feriram e se rasgaram
Sem alcançar o seu ideal
Frustrados, tristes, presos ao mal...
Quantos forçados ao que não queriam,
Quantos traídos e não sabiam,
Quantos famintos não saciados
Com seus desejos aprisionados
Na honestidade, na obrigação,
No cumprimento da devoção!
Cheios de culpas inconfessáveis...
Têm vida triste, insatisfeita,
(Em si fechada tal como um ovo)
Que se levanta e à noite deita
Sempre à procura de algo novo...
Quantos perdidos indo à deriva
Sem descobrirem uma saída;
Estão no mundo para sofrer,
Um pouco basta para os  encher...

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A vós que estais acorrentados
Aos vossos males, dores, pecados,
Sem voz nem gesto e sem vontade,
Cristo promete a Liberdade!
Ele é a Porta franca de entrada
P ´ra toda a alma desesperada,
Graça preciosa. amor e luz
Dará a todos que Ele conduz...
Por esta porta vinde, entrai,
Encontrareis um Deus que é Pai
E dá alívio aos abatidos,
Descanso e paz aos oprimidos!
Então direis com doce voz:
Quantos queriam estar como nós!
Depois voltai a todos e dizei
Que Jesus Cristo é Senhor e Rei!
Quantos esperam esta mensagem
P ´ra receber amor, coragem
E curar dores, chagas e prantos
No dom divino, oh quantos! Quantos...

(Graciete Pio - no livro - Perfume do Céu)

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