quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Feliz Ano Novo
Amanhã, iremos despedir-nos do velho ano de 2009.
Amanhã, receberemos o Novo Ano de 2010.
Desde que me lembro de mim, bem pequenina ainda, e até hoje, sempre recebi o Novo Ano da mesma maneira:
Em ORAÇÃO
E é desse modo que eu desejo continuar a fazê-lo.
Não quero, não pretendo, não sei fazê-lo de outra maneira.
Quando soarem as doze badaladas estaremos todos á volta da mesa aqui em casa, reunidos em família, pequenos e grandes, orando.
Desejo aqui saudar, e desejar um FELIZ ANO DE 2010, a todos os estimados amigos e familiares que têm a gentileza de habitualmente passar por este cantinho.
A todos o meu muito obrigada.
Um abraço
Receita de Ano Novo
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
(Carlos Drmmond de Andrade)
Faça alguém feliz, hoje...
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"Não espere o dia em que as pessoas mais importantes de sua vida lhe serão tiradas, para poder demonstrar o quanto elas significam na sua vida.
Faça alguém feliz, hoje...
O amahã pode não chegar.
E terá então perdido uma grande oportunidade de transmitir todo o seu carinho.
Faça alguém feliz
Hoje...
E sempre...
E principalmente:
Seja feliz também!"
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Viver sem Deus - a pior calamidade
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"A pior calamidade para a humanidade não é a guerra ou o terramoto. È viver sem Deus. Quando Deus não existe, admite-se tudo. Se a lei permite o aborto ou a eutanásia, não nos surpreende que se promova a guerra."
(Madre Teresa de Calcutá)
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Um poema de António Aleixo
Escultura do Poeta António Aleixo numa rua de Loulé - Algarve
Os Vendilhões do Templo
Deus disse: faz todo o bem
Neste mundo, e, se puderes,
Acode a toda a desgraça
E não faças a ninguém
Aquilo que tu não queres
Que, por mal, alguém te faça.
Fazer bem não é só dar
Pão aos que dele carecem
E à caridade o imploram,
É também aliviar
As mágoas dos que padecem,
Dos que sofrem, dos que choram.
E o mundo só pode ser
Menos mau, menos atroz,
Se conseguirmos fazer
Mais p'los outros que por nós.
Quem desmente, por exemplo,
Tudo o que Cristo ensinou.
São os vendilhões do templo
Que do templo ele expulsou.
E o povo nada conhece...
Obedece ao seu vigário,
Porque julga que obedece
A Cristo — o bom doutrinário.
(António Aleixo, in "Este Livro que Vos Deixo...")
domingo, 27 de dezembro de 2009
Porque hoje é Domingo (83)
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OS DEZ MANDAMENTOS
«Então falou Deus todas estas palavras, dizendo:
Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.
Não terás outros deuses diante de mim.
Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
Não te encurvarás diante delas, nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem.
E uso de misericórdia com milhares dos que me amam e guardam os meus mandamentos.
Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente aquele que tomar o seu nome em vão.
Lembra-te do dia do sábado, para o santificar.
Seis dias trabalharás, e farás todo o teu trabalho;
mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus. Nesse dia não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o estrangeiro que está dentro das tuas portas.
Porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou; por isso o Senhor abençoou o dia do sábado, e o santificou.
Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá.
Não matarás.
Não adulterarás.
Não furtarás.
Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.»(Livro do Exodo cap. 20 : 1 a 17)
sábado, 26 de dezembro de 2009
Prossigamos pois...
Imagem da net - ubeblog.ning.com
Prossigamos pois, trilhando a nossa senda, percorrendo o nosso caminho.
Um dia dá lugar a outro dia, e uma noite dá lugar a outra noite, e nós aí vamos...
Nem sempre o caminho é fácil.
Com frequência surgem obstáculos difíceis de contornar.
Silvas, cardos, pedras bicudas que furam o chão e nos magoam os pés, covas, buracos, desníveis, abismos e precipícios, tudo pode surgir no nosso caminho.
Quando menos esperamos, eles aí estão.
Podemos até cair e magoarmo-nos...
Mas, cair, é próprio do ser humano. Basta lembar-mos Adão.
Caímos e levantamos, ora aqui, ora ali.
Nao faz mal cair, faz mal é ficar caído, sem se levantar.
Então, prossigamos caminhando.
Não sòzinhos, porque é muito perigoso, triste e difícil...
Mas, caminhemos com Cristo, como nosso companheiro de jornada, como nosso protector, como nosso amigo maior, como Senhor, dono e mestre das nossas vidas.
Garanto-vos que a caminhada é muito mais fácil, segura, e enriquecedora.
Assim, prossigamos pois...
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
O nascimento de JESUS
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«Naqueles dias saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo fosse recenseado.
Este primeiro recenseamento foi feito quando Quirínio era governador da Síria.
E todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade.
Subiu também José, da Galiléia, da cidade de Nazaré, à cidade de Davi, chamada Belém, porque era da casa e família de Davi,
a fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida.
Enquanto estavam ali, chegou o tempo em que ela havia de dar à luz,
e teve a seu filho primogênito; envolveu-o em faixas e o deitou em uma manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.
Ora, havia naquela mesma região pastores que estavam no campo, e guardavam durante as vigílias da noite o seu rebanho.
E um anjo do Senhor apareceu-lhes, e a glória do Senhor os cercou de resplendor; pelo que se encheram de grande temor.
O anjo, porém, lhes disse: Não temais, porquanto vos trago novas de grande alegria que o será para todo o povo:
É que vos nasceu hoje, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.
E isto vos será por sinal: Achareis um menino envolto em faixas, e deitado em uma manjedoura.
Então, de repente, apareceu junto ao anjo grande multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo:
Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens de boa vontade.
E logo que os anjos se retiraram deles para o céu, diziam os pastores uns aos outros: Vamos já até Belém, e vejamos isso que aconteceu e que o Senhor nos deu a conhecer.
Foram, pois, a toda a pressa, e acharam Maria e José, e o menino deitado na manjedoura;
e, vendo-o, divulgaram a palavra que acerca do menino lhes fora dita;
e todos os que a ouviram se admiravam do que os pastores lhes diziam.
Maria, porém, guardava todas estas coisas, meditando-as em seu coração.
E voltaram os pastores, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora dito.
(Ev. S. Lucas cap.2: 1 a 20)
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Um momento doce e cheio de significado...
Gostei tanto das palavras belas e sábias que a minha querida amiga Ana, do blogue:http://anamgs.blogspot.com/, me deixou num comentário, que decidi publicá-las aqui neste cantinho, dedicando-as, com muito carinho e amizade, a todos aqueles bons amigos que têm a gentileza de por aqui passar.
"Um momento doce e cheio de significado para as nossas vidas.
É tempo de repensar valores, de ponderar sobre a vida e tudo que a cerca.
É momento de deixar nascer essa criança pura, inocente e cheia de esperança que mora dentro de nossos corações.
É sempre tempo de contemplar aquele menino pobre, que nasceu numa manjedoura, para nos fazer entender que o ser humano vale por aquilo que é e faz, e nunca por aquilo que possui.
Noite cristã, onde a alegria invade nossos corações trazendo a paz e a harmonia.
O Natal é um dia festivo e espero que o seu olhar possa estar voltado para uma festa maior, a festa do nascimento de Cristo dentro de seu coração.
Que neste Natal você e sua família sintam mais forte ainda o significado da palavra amor, que traga raios de luz que iluminem o seu caminho e transformem o seu coração a cada dia, fazendo que você viva sempre com muita felicidade.
Também é tempo de refazer planos, reconsiderar os equívocos e retomar o caminho para uma vida cada vez mais feliz.
Teremos outras 365 novas oportunidades de dizer à vida, que de fato queremos ser plenamente felizes.
Que queremos viver cada dia, cada hora e cada minuto em sua plenitude, como se fosse o último.
Que queremos renovação e buscaremos os grandes milagres da vida a cada instante.
Todo Ano Novo é hora de renascer, de florescer, de viver de novo.
Aproveite este ano que está chegando para realizar todos os seus sonhos!"
FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO.
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Cânticos de Natal
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Natal é tempo de cantar!
De adorar o Menino cantando!
Há belíssimos hinos de Natal que tocam os nossos corações, nos elevam, e nos convidam ao louvor!
Desde que me lembro de mim, sempre cantei no Natal!
A cantar há mais de 60 anos... (não confundir com o azeite Galo) é natural que conheça muitos destes belos cânticos e os saiba de memória.
Porém, há um que é, e sempre foi o meu preferido.
È este:
"Noite de Paz"
1.Tudo é paz! Tudo amor!
Dormem todos em redor.
Em Belém Jesus nas ceu,
Rei da paz, da Terra e Céu;
Nosso Salva dor é Jesus, Senhor.
2."Glória a Deus! Glória a Deus!"
Cantam anjos lá nos Céus;
Boas novas de perdão,
Graça eterna, salvação.
Prova desse amor, dá o Redentor.
É Jesus o Salvador.
Vinde todos Lhe pedir
Que nos venha conduzir;
Deste mundo, a luz é o Senhor Jesus
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Ainda... e sempre o NATAL!
NATAL - celebração do nascimento de Cristo!
Aí está o nundo inteiro, uma vez mais, a "celebrar"?... o NATAL.
A celebrá-lo de uma forma muito estranha, digamos.
Primeiro, porque a grande maioria das pessoas que o celebram nem sequer se lembra do Menino de Belém.
Como se alguma vez fosse possível celebrar um aniversário sem lembrar e homenagear o aniversariante...
Depois, a partir daí, tudo é falso, nada tem a ver com o que o dia de Natal representa verdadeiramente.
Enfeitam as casas para ficarem mais lindas que as "de toda a gente".
Vai-se buscar a baixela especial e a toalha bordada com motivos de Natal.
Quem é que não tem uma?
Come-se, bebe-se até dizer basta!
Trocam-se presentes, porque faz parte das boas maneiras e parece mal se não oferecer uma "coisa bonita".
Ou então porque é preciso ganhar a simpatia e ter a "amizade" do outro.
Mesmo que para isso tenham que endivididar-se, ainda mais do que já estão, por causa da casa, do carro, ou das férias do verão passado.
È uma coisa que me espanta ! Como se contraem empréstimos hoje... até para comprar as prendas de Natal! Quando oiço isso, quase mem acredito.
Quem dera que a celebração do Natal fosse levada a sério!
Que fosse um dia simples, bonito, onde cada criatura tivesse presente o acontecimento, que ocorreu lá na pequena vila de Belém, na Judeia, há cerca de dois mil anos!
Onde fosse lembrado o Menino Deus, feito homem igual a nós... para resolver o nosso problema espiritual, que sòzinhos jamais resolveríamos.
Ele nasceu por amor de nós. Só por isso, nada mais.
Ele veio para dar-nos uma vida abundante!
Uma vida plena!
Uma vida que vale a pena ser vivida!
E, acima de tudo, veio para ofercer-nos a VIDA ETERNA!
Com a sua morte na Cruz do Calvário, Ele abriu-nos a porta da eternidade, onde poderá ter entrada todo aquele que o reconhecer como filho de Deus , feito homem e o aceitar cono seu Senhor e Salvador.
Tão simples, não é?
Sim, com Deus tudo é muito simples!
Com os homens, não.
Os homens geralmente acabam por complicar tudo que é simples, em coisas que só servem para nos perturbar e fazer sofrer.
Oxalá, neste Natal de 2009, que estamos a celebrar, haja em nós, o verdadeiro espírito do Natal em toda a sua simplicidade e beleza originais.
E, que para além das prendas, dos enfeites, da música, da comida e da bebida, e das viagens, exista no mais íntimo do nosso ser, uma imensa gratidão por Deus nos ter amado tanto, mas tanto, que enviou o seu filho que com Ele estava na Glória, a este mundo dos homens, para ensinar-nos o Amor, e dar a sua vida na Cruz sangrenta do Calvário para nos dar a verdadeira vida.
È assim que eu quero a celebrar este Natal!
E já agora:
Desejo a todos aqueles que habitualmente têm a gentileza de passar por aqui, UM SANTO E ALEGRE NATAL!
domingo, 20 de dezembro de 2009
Porque hoje é Domingo (82)
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«Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigénito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.»
(Ev. S. João cap. 3 : 16)
sábado, 19 de dezembro de 2009
A Salamandra
Salamandra - Foto de Miguel Leal
Quando era criança e vivia numa zona rural, via com frequência entre muitos outros "animaizinhos", as Salamandras.Encontrava-as geralmente em locais húmidos como chafarizes ou fontes.
Entretanto cresci e fui viver para centros urbanos, daí ter deixado de as ver. Mas, apesar disso, as Salamandras ficaram gravadas nas minhas memórias, como um bichinho simpático e bonito: pretas, com bolinhas amarelas,
Se me não engano, creio que tambem as vi com bolinhas vermelhas.
Acontece, que entretanto há dias, quando fomos assistir á audição de piano da Inês, juntinho do Palácio Valenças em Sintra, onde decorreu a audição, o meu filho Miguel descobriu uma ali perto da porta e fotografou-a.
Eu deduzo que ela teria intenções de assistir ao concerto...mas não dei por ela lá dentro.
Quando o Miguel me mostrou a foto na máquina, senti uma imensa alegria!
Passados tantos anos, voltava a ver uma Salamandra.
Já agora, aproveito para dar algumas dicas sobre elas:
«As salamandras são parte da família dos anfíbios, cujos membros são pecilotermos (ou seja, têm sangue frio) e apresentam uma cobertura adicional de pele na forma de penas (em inglês) ou pelos (em inglês). As diferentes espécies de salamandras são ou terrestres ou aquáticas, e representam os únicos anfíbios dotados de caudas. Caso percam as suas preciosas caudas, as salamandras são capazes de regenerá-las. Elas constituem a mais alta ordem de animais capazes de regenerar partes do corpo, incluindo caudas, mandíbulas superiores e inferiores, olhos e corações.
Podem viver até trinta anos.
Como é que uma criatura relativamente simples como essa executa um truque de magia anatómica que parece coisa de ficção científica?»
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
O jovem Padre Rui e o Amor - parte 2
Creio que valerá a pena vêr e reflectir sobre o assunto.
Clique em cima da foto para ver o vídeo.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Um remédio para o espírito
O Nuno tocando violino
Ontem, ao fim do dia, fui assistir com a família á audição de violino do Nuno, aqui perto, no Conservatório de Música de Sintra.
O professor anuncia do palco: "Vamos ouvir agora o Nuno Leal."
Entra na sala o Nuno, tão pequeno.. .seis anos, e calmo, sereno, concentrado, pega no seu violino e ocupa o seu lugar.
Reparo então que ele fará parte de um quarteto de cordas, com o seu professor e outros dois professores.
Preparados, é o Nuno que inicia a peça musical - "Go Tell Aunt Rhody", acompanhado pelos três adultos.
Posso vos dizer que aqueles momentos foram mágicos para mim...
Era tão belo, tão sublime aquilo a que eu estava a assistir, que me tocou e me deu uma imensa alegria.
Guardei, na caixa dos remédios espirituais, a fim de, quando surgir "uma dôr de espírito", poder usar como antídoto, como sedativo, pois eu sei que vou precisar, assim como sei que irá funcionar como alívio.
Amanhã, se Deus quiser, será a vez da Inês no piano.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
...vamos escrevendo contínuamente o livro da vida...
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"Cada dia é o dia do julgamento, e nós, com os nossos actos e as nossas palavras, com o nosso silêncio e a nossa voz, vamos escrevendo continuamente o livro da vida. A luz veio ao mundo e cada um de nós deve decidir se quer caminhar na luz do altruísmo construtivo ou nas trevas do egoísmo. Portanto, a mais urgente pergunta a ser feita nesta vida é: "'O que fiz hoje pelos outros?"
[ Martín Luther King ]
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
"Mães de coragem"
A senhora Presidente Dra. Lina Andrês, recebendo flores em Maceira
aquando do almoço de Natal, onde participei. A foto é minha.
A Presidente da Junta de Freguesia de Montelavar
reuniu com representantes de várias Instituições
No Jornal da Região de Sintra, na primeira página do último número, vem o seguinte título:
MÃES DE CORAGEM
«Em Montelavar (Freguesia a que pertence a minha aldeia de Maceira) são cada vez mais as mulheres a criar os filhos sòzinhas e a procurar apoio da Junta de Freguesia para fazer face a carências económicas.»
Perante isto, não pude ficar insensível ao problema, que considero muito grave e preocupante, mas também fiquei agradávelmente surprendida com a atitude da senhora Presidente da Junta de Freguesia de Montelavar, Dra Lina Andrês, com quem tenho um bom relacionamneto e por quem nutro bastante admiração, uma vez que, perante o problema, tomou uma atitude firme para, juntamente com outras instituições da Freguesia, apoiar e prestar toda a ajuda possível a estas mães.
Embora o texto informativo do Jornal de Sintra, seja um tanto longo, estou a publicá-lo aqui, por entender que merece e deve ser divulgado.
Repensar a família
Estrutura familiar monoparental,
cresce na Freguesia de Montelavar.
Fazem cada vez mais falta no concelho de Sintra instituições vocacionadas para responder aos variados problemas que enfrentam as mães separadas/divorciadas ou solteiras com filhos a seu cargo. A estrutura familiar monoparental feminina tem tido "um crescimento exponencial" nos últimos anos, levando a um aumento da procura de ajuda, quer junto dos serviços das autarquias (câmaras e juntas) ou das instituições familiares de solidariedade social (IPSS). A este facto não será alheia a crise económica, nem a violência doméstica, causas que, infelizmente, costumam andar de mão dadas nas situações que chegam aos serviços de apoio.
A situação é vivida de forma diferente consoante acontecem em ambientes urbanos ou rurais, como foi possível perceber num colóquio organizado, recentemente pelo núcleo de Acção Social da Junta de Freguesia de Montelavar.
Sob o tema "Repensar a família: vou ficar sòzinha e agora", o encontro juntou várias entidades e técnicos ligados a esta problemática com o objectivo de reforçar o trabalho de acompanhamento já realizado por aquela autarquia, uma vez que as solicitações de apoio têm sido, também ali, cada vez mais frequentes, como confirmou ao JR a presidente da Junta Lina Andrês: O número de famílias nestas circunstâncias tem vindo a crescer significativamente na nossa freguesia - foram detectados - 26 casos e achámos que seria bom falarmos com outros técnicos para saber que tipo de ajuda mais poderemos dar, que parcerias mais poderemos estabelecer, para termos um apoio mais profundo e alargado".
O Núcleo da Acção Social da Freguesia de Montelavar dá conta de que o primeiro contacto destas mães (em geral, com idades entre os 30 e os quarenta anos) se fica a dever a carências económicas, nomeadamente devido a desemprego, emprego precário ou baixos salários.
Carências e violência doméstica fragilizam o recomeço.
"Vẽm ter conosco por sentirem dificuldades em gerir o orçamento, fazemos um diagnóstico da situação e quando começamos a trabalhar essas famílias constatamos que há muitas mais coisas por detrás da falta de dinheiro, a começar, muitas vezes, por um sentimento de culpa pelo o facto de os filhos se encontrarem numa situação fragilizada, porque pensam que talvez pudessem ter feito algo mais para manter a relação, revelou-nos, ainda, Lina Andrês.
Infelizmente essa é só a ponta do icebergue, pois a lista de obstáculos é bem extensa - casos em que as mulheres são recriminadas pela família, total ausência de suporte familiar, baixas competências académicas e profissionais, a perseguição, por vezes com violência, por parte dos antigos companheiros... - obrigando a um trabalho multidisciplinar.
Por outro lado, há que contar com o meio envolvente em que decorrem as separações entre casais. "Nestes meios pequenos onde toda a gente se conhece, a vergonha e a frustração perante a comunidade, vizinhos e família, ainda podem manifestar-se, mas se há 15, 20 anos, isso era tema de conversa imenso tempo; agora é muito mais ténue ", acentua aquela autarca.
Ana Varanda, técnica do serviço social da junta que conhece a situação no terreno, confirma que a freguesia é solidária e os vizinhos vão-se apoiando." O problema é que muitos destes casos são novos, pessoas que chegaram á freguesia há pouco tempo, que estão desenraízadas, não têm uma rede de apoio a nível da vizinhança porque não são conhecidas, ficam muito mais isoladas."
E a diferença também se podem medir ao nível das respostas disponíveis.
"Nas freguesias urbanas, mesmo que nas juntas não haja respostas, as pessoas podem ir a outras instituições, mas aqui quase não há alternativa..."Daí a importância do colóquio agora realizado: Encontrar mais ferramentas para um problema complexo.
(In Jornal da Região de Sintra)
domingo, 13 de dezembro de 2009
Porque hoje é Domingo (81)
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No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
Ele estava no princípio com Deus.
Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens;
a luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela.
Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João.
Este veio como testemunha, a fim de dar testemunho da luz, para que todos cressem por meio dele.
Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz.
Pois a verdadeira luz, que alumia a todo homem, estava chegando ao mundo.
10 Estava ele no mundo, e o mundo foi feito por intermédio dele, e o mundo não o conheceu.
Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus;
os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus.
E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai.
(Ev. S. João cap. 1: 1 a 14)
sábado, 12 de dezembro de 2009
Foi decisivo ser crente em Jesus
As minhas chaves - é minha a imagem
Ontem, aconteceu-me uma coisa que já aconteceu a toda a gente... ou, a quase toda gente: perdi o meu molho de chaves.
Fui á casa da aldeia, abri a porta, fechei a porta, lembro-me de entrar no carro com as chaves na mão, mas quando saí do carro verifiquei uns passos adiante, que não as tinha comigo.
Como viagei no carro da minha irmã Teresa, pensei que elas tivessem ficado caídas no chão junto ao assento. Nesse sentido, telefonei-lhe a pedir-lhe o favor de fazer a verificação que revelou que as chaves não estava no carro.
Bom, pensei que talvez elas tivessem ficado na porta da casa, ou tivessem caído entre a porta e o carro, e por isso fui de novo á aldeia confirmar, mas não, não estavam lá.
Fiquei preocupada, mas fui optimista pensando que elas iriam aparecer.
Hoje demanhã, alguém tocou á campaínha, e o Jorge foi á janela ver quem era (por uma questão de segurança não abrimos a porta a desconhecidos).
Verificou que era a minha amiga e irmã em Cristo, Luisa, da Assembleia de Deus, que mora no prédio ao lado, e de quem sou grande amiga.
Ela perguntou se tínhamos perdido algumas chaves.
Como eu estava a tomar banho foi o Jorge que desceu a escada e foi á rua lá abaixo, falar com ela.
Então a Luisa contou o seguinte:
Alguém daqui da rua, encontrou as chaves caídas no chão, e como olhando a fita onde estavam penduradas, reparou que estava escrito: "Jesus te ama" e tinha o símbolo cristão do peixinho, pensou que possívelmente seriam da Luisa, pois só ela provávelmente usaria uma fita com aquelas palavras e aquele símbolo, e foi colocar o molho das chaves junto á caixa de correio da Luisa.
Porém a Luisa, percebendo a intenção da pessoa que ali as colocou, lembrou-se que poderiam ser minhas, porque achou que além dela, só eu certamente usaria uma fita com aquelas características.
Pois na nossa rua, só nós duas é que somos crentes evangélicas...
Daí, ela vir perguntar se as chaves eram minhas.
Claro que eram .
Imaginam como fiquei contente! Contente não só por as recuperar, ms tambem pela forma como isso aconteceu, pois percebi que a minha identificação com o peixinho e o "Jesus te ama", foi decisivo para a resolução deste problema.
Concluí, que o meu Deus, que se preocupa comigo e que muito me ama, usou uma pessoa que conhecia a Luisa, como crente, e que, por sua vez Deus usou a Luisa que me conhecia, para resolver o meu problema e dar-me aquele descanso e alegria de ter as minhas chaves novamente.
È preciso dizer que na minha rua passam dezenas e dezenas de pessoas por dia, sobretudo crianças e professores da escola que fica aqui mesmo ao lado, que estacionam aqui os seus carros.
Eu sei que podem até achar que foi mera casualidade, que Deus não interferiu aqui, mas para mim não é assim. Foi o dedinho de Deus a ajudar-me!
Não há nenhuma área da nossa vida por mais insignificante que seja, onde Deus não possa e não queira actuar para nos abençoar. Essa é a minha experiência.
Ele, é não só o Deus - Criador e sustentador de tudo quanto existe, o Senhor dos planetas, do universo, dos mares e dos ventos... como o Deus das coisas pequenas, como os grãos de areia, as formigas e os cabelos da nossa cabeça.
E por isso faço questão de dar aqui este meu testemunho.
Vejam, como apenas uma simples fita com as chaves, pode dizer aos outros que eu sou de Cristo.
Eu nunca imaginaria isso.
Agora percebo porque alguém se lembrou de fazê-las...
Tenho pelo menos mais duas gurdadas; estou a pensar oferecê-las a algum amigo ou amiga, crente.
Quem sabe? para além do valor do testemunho cristão, poderão vir a ser muito úteis!
Esta foi apenas uma, das milhares ou milhões de formas, que o meu Senhor tem de me abençoar.
Por isso, eu lhe digo com o coração totalmente agradecido:
Obrigada, muito obrigada meu Senhor!
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Meditação - de Miguel Torga
Tojo - imagem da net
Monte.
Uma palavra, sol e sensação
De que é um largo horizonte
O fosso que nos mede o coração.
Cobrem-se de balidos e ternura
Os tojos onde o corpo se rasgou;
Uma brisa de paz e de frescura
Ondula o que há-de vir e o que passou.
Mas um moinho ao longo moi a vida...
Sem se deter, o malmequer da vela
Desfolha sobre a alma ressequida
A poeira do sonho que esfarela
Miguel Torga
(In) "Diário"
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Salvé o dia 10/12/911
Foto da Mãe
Em plena primavera, em Campo Ramon- Oberá- Misiones- Argentina, no dia dez de Dezembro de mil novecentos e onze, nascia uma menina a quem foi dado o nome de Juana Warda, primeira, de um total de dez filhos do Alvar Bengelsdorff e da Olga Schwartz.
Essa menina, filha de um finlandês e de uma alemã, vinte e sete anos mais tarde viria a ser a minha Mãe.
A minha mãe, que foi uma mulher extraordinária, uma mulher trabalhadora como vi poucas, uma mulher lutadora, tambem uma mulher sofredora, mas que nunca baixou os braços, nem nunca virou as costas ás dificuldades. Uma mulher de fé firme e robusta, com um respeito e reverência por Deus e o que a Ele diz respeito, como nunca vi.
Estava determinado desde o princípio, que ela, por circunstâncias da vida, teria de deixar a sua terra que ela tanto amava, a sua família a quem a prendiam laços muito fortes de afecto e ternura, salientado aqui a sua querida mãe, a quem nunca mais veria. Deixar a sua chacara, os seus jardins, os seus cavalos, o potrero cheio de vacas, os campos de yerba mate, as suas plantações de cana de açucar, os seus bananais, os eus campos de amendoím, tudo, tudo ela deixou para acompanhar o marido para um país tão distante e tão estranho para ela, que foi Portugal.
Aqui chegámos em 1944, para ficarmos por um ano e voltarmos, só que a guerra impediu-nos de sair...e, até hoje cá estamos.
O seu espírito, está desde o dia 23 de Dezembro de 2001 no céu, louvando e glorificando o seu Deus a quem ela tanto amava e respeitava. O seu corpo descansa dos seus trabalhos e dos seus sofrimentos, em Montelavar - Sintra, onde aguarda com o marido, o dia glorioso da ressurreição, quando, segundo as Sagradas Escrituras, o Senhor Jesus Cristo voltará para o juízo final, levando-a então para junto de si, para usufruir cabalmente da vida eterna, que Deus oferece gratuitamente, a quem estiver disponível para aceitar o sacrifício do seu Filho, Jesus Cristo, na cruz do Calvário em lugar de todos nós.
A minha Mãe faz hoje 98 anos.
Eu digo "faz", porque é assim que eu conto o tempo de vida dela.
Ela partiu há oito anos, mas, para mim, ela só não está comigo fisicamente...pois ela permanece e caminha comigo na vida, estando presente em todos os passos que eu aqui der.
Neste dia do seu aniversário, ela está comigo.
Neste dia do seu aniversário, eu glorifico, louvo, bendigo e agradeço de todo o meu coração e de toda a minha alma, ao meu Deus, a mãe linda e amorosa que ele me deu.
Muito, muito obrigada, Senhor!
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Desafio de Natal
Imagem da net
Recebi este Desafio de Natal da querida amiga Isabel Cabral, do blogue:
http://bc-beblogspotcom.blogspot.com/.
Obrigada, boa e fiel amiga.
Este desafio consiste em completar cinco frases que têm a ver com o Natal.
Aqui ficam as minhas respostas:
- Eu já tive -
- Eu sei que -
- Eu sei que -
- Eu sei que -
- Eu sei que -
Aqui ficam as minhas respostas:
- Eu já tive oportunidade de vivenciar momentos únicos e inesquecíveis, em celebrações de Natal, quer em família, quer na minha Igreja .
Enquanto tivemos a benção de ter a nossa mãe conosco, a Festa de Natal na noite da consoada, sempre foi na sua casa.Lá se juntavam todos os filhos, genros e netos, numa comunhão de alegria maravilhosa.
Na Igreja, desde pequenina e até ao dia de hoje, sempre participei dos programas especiais, quer nos belos cânticos de Natal, quer em representações de peças, ou mesmo recitando poemas, como acontecerá este ano.
A celebração do Natal de Cristo, é para a nossa família deveras relevante.
Este ano se Deus quiser, estaremos todos juntos em casa do meu filho mais velho, o Pedro David.
- Eu sei que o nascimento do Menino de Belém, há dois mil anos atrás, foi a única forma de Deus resolver o problema espiritual do homem (ser humano).
O Menino fez-se Homem, viveu entre nós, trouxe-nos a Boa Nova da salvação, por meio do amor de Deus, e cumpriu cabalmente o fim para que veio: Morrer em nosso lugar na Cruz do Calvário, ofertando-nos assim, o perdão para os nossos pecados e a salvação eterna, que, sòzinhos, por nós mesmos, nunca conseguiríamos.
- Eu sei que para muitos, talvez a maioria, o nascimento do Menino, pouco ou nada diz no aspecto espiritual. Mas eu lamento que assim seja, porque não só não valorizam a sua vinda ao mundo dos homens, como desperdiçam a oportunidade de ouro, de agarrar com ambas as mãos, o melhor presente do mundo.
- Eu sei que infelizmente para muita, muita gente, celebrar o Natal significa apenas mais um feriado nacional, mais uma festa, onde se come e bebe bem, e onde se trocam presentes. Mais nada.
- Eu sei que o Natal tornou-se em comércio, em oprtunidade de vender mais, de ganhar dinheiro, de fazer negócio.
- Eu sei que as crianças são educadas para isso desde pequeninas.
O natal para elas é uma excelente oportunidade de pedirem e "exigirem", presentes e mais presentes, com os quais enchem o quarto, e dos quais se enfastiam logo a seguir.
E enquanto isso, há milhões de crianças no mundo, que não só não recebem um presente sequer, mas têm fome, e sede, e frio, e doenças que poderiam ser curadas se tivesem meios, e guerras e violências sem fim.
- Eu sei que o Menino de Belém veio para que todas as crianças do mundo e todas as pessoas em geral, possam viver uma vida abundante e serem felizes.
Creio que é altura de todos reflectirmos sobre isto, e aceitar-mos o desafio de Cristo, entronizando-o como Senhor das nossas vidas, como nosso Salvador e nosso guia, e assim, cada um, amando Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, dar o seu precioso contributo para que todos possam ser felizes e possam realizar-se como pessoas, como seres humanos criados á imagem e semelhança de Deus.
- Eu sei que isto poderá parecer um sonho impossível de realizar, mas se todos mudarmos de atitude perante o Natal de Cristo, atendendo ao seu real e magnífico significado, eu tenho a certeza que tudo será diferente.
Em pricípio, eu deveria, segundo as regras, nomear cinco blogues amigos para passar este desafio, porém vou fazer uma coisa diferente:
Com muito gosto, ofereço este desafio de Natal, a todos os queridos amigos e amigas e estimados leitores, que por aqui passarem e lhe desejem dar continuidade.
Seria interessante.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Coisas de netos
O Nuno
Há dias, em casa do meu filho Miguel, o ferro de engomar avariou-se, creio que por ter entrado água no lugar errado.
O meu neto Nuno, de 6 anos, ficou olhando o pai, que com toda a paciência e habilidade que lhe são características, desmontou o ferro todo, resolveu a avaria, e por fim voltou a montar e colocar cada peça no seu lugar.
E pronto, o ferro estava arranjado.
O rapazito, espantado, exclama:
"È muita fixe ser filho de um génio!"
Uns dias antes, na hora de deitar, o Nuno que estava muito bem disposto, diz:
"Eu adoro toda a gente!"
A irmã Inês, de 10 anos, responde:
Ai! O Nuno é politeiísta!"
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
O jovem Padre Rui e o Amor
Igreja da Senhora da Graça - Mondim de Basto
O jovem padre Rui Pereira, de 26 anos, natural da Caniçada, Vieira do Minho, e ex-pároco das freguesias de Basto, Santa Tecla e Borba da Montanha, acaba de protagonizar uma história de amor, deveras comovente e que revela uma enorme coragem e honestidade.
Padre dedicado e cumpridor fiel da sua vocação, amava o trabalho que fazia, e pelo que tenho lido e ouvido, ninguém lhe tinha nada a apontar no que concerne ao seu múnus pastoral e ao seu testemunho cristão.
Só que, a certa altura da sua vida, o Amor, que fazia parte integrante do seu ser, colocado na sua génese pelo grande autor da vida, o Deus Criador, que fez iguais todos os homens e mulheres, dizia eu, esse amor despertou no seu coração, como regra geral acontece a toda a gente; e esse Amor, "que é mais forte do que a morte" segundo diz o grande sábio Salomão, surgiu na pessoa de um jovem de dezassete anos, sua "ovelha" na paróquia, a Fátima.
Esta jovem, segundo o jornais, teve uma infância difícil e passou grande parte da sua vida em famílias de acolhimento, após ser entregue á Segurança Social pela sua mãe natural.
Foi á família de acolhimento que actualmente acolhia Fátima, na Freguesia do Carvalho que o padre Rui pediu a jovem em casamento.
Perante a recusa dos pais afectivos, o jovem padre esperou que a jovem completasse os dezoito anos, fugindo com ela um dia após o seu aniversário.
Imagino o quanto este jovem teve que lutar consigo próprio, perante esta situação que, como acontece com o amor, muito provavelmente lhe surgiu de repente e sem ele estar á espera.
Deve ter sido muito dolorosa e difícil a escolha que teve que fazer...
Naturalmente, pensou e repensou, no "desgosto" que iria dar aos seus pais e á sua família, na desilusão que provocaria no seu Bispo e nos seus pares de ministério cristão, e também no povo, os seus paroquianos.
O que iriam todos pensar dele!?
Como ficaria a sua imagem?
Creio que tudo isto o deve ter feito sofrer bastante, sòzinho e em silêncio.
Mas como a Amor é capaz de remover montanhas e ser vencedor...então o jovem padre, corajosamente e muito honestamente, confrontado pela escolha decidiu-se pelo amor.
Escreveu uma carta ao seu Bispo onde o colocou ao corrente da situação e da sua decisão.
Há um grande amigo com quem ele fala via telefone todos os dias, e que entrevistado pele televisão, diz que os dois jovens estão bem e felizes.
Segundo a imprensa, ele provávelmente virá visitar os seus pais na companhia do seu amor e passar com eles o Natal. Fica-se na expectativa de saber como serão recebidos.
Para mim, este caso toca-me bastante, pois acho-o absolutamente natural e humano. Além disso, admiro a postura e a forma certa, como o padre Rui lidou com toda esta situação.E digo, e afirmo: Que o Deus de amor os abençoe e lhe dê muita felidade e muitas alegrias, pois a isso têm direito.
O que me entristece e o que me preocupa, é que por decisões humanas...não divinas...tenha que ser assim, como aconteceu agora.
Digo-o com toda a honestidade e sinceridade, que nunca, em lado algum da Escritura Sagrada, que leio desde menina, encontrei passagem alguma onde o Senhor Deus, ou o Senhor Jesus Cristo, ou algum Apóstolo, ou Profeta. ou alguém que falasse em nome de Deus, proibisse qualquer ser humano, homem ou mulher, de amar, de realizar-se no amor e na constituição de uma família.
Pelo contrário, a certa altura Deus diz:
"E deixará o homem o seu pai e a sua mãe e unir-se-á á sua mulher e serão os dois uma só carne." (livro do Génesis 2:24)
Que pena, que por decisão de alguém humano, se impeça de se amar e ser feliz com a pessoa amada.
Não seria muito melhor e muito mais importante que o padre Rui pudese livremente, e de acordo com o sentir do seu coração, amar a jovem Fátima, constituir famíla, e todos juntos realizarem o ministério pastoral para o qual Deus chamou o jovem padre?
Poderiam até ser exemplo, como famíla, para os seus paroquianos
domingo, 6 de dezembro de 2009
Porque hoje é Domnigo - (80)
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«Ora, chegavam-se a ele todos os publicanos e pecadores para o ouvir.
E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: Este recebe pecadores, e come com eles.
Então ele lhes propôs esta parábola:
Qual de vós é o homem que, possuindo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto, e não vai após a perdida até que a encontre?
E achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo;
e chegando a casa, reúne os amigos e vizinhos e lhes diz: Alegrai-vos comigo, porque achei a minha ovelha que se havia perdido.
Digo-vos que assim haverá maior alegria no céu por um pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.
Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas e perdendo uma dracma, não acende a candeia, e não varre a casa, buscando com diligência até encontrá-la?
E achando-a, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu havia perdido.
Assim, digo-vos, há alegria na presença dos anjos de Deus por um só pecador que se arrepende.»
(Ev. S. Lucas Cap. 15: 1 a 10)
sábado, 5 de dezembro de 2009
E o verde surgiu...
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E, quase de um dia para o outro, com a chegada das primeiras chuvas, toda a desoladora sequidão de estio se transformou num manto verde; tão verde, que é um repouso para os olhos e uma alegria para o coração.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Um poema de Cora Coralina
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Eu Voltarei
Meu companheiro de vida será um homem corajoso de trabalho,
servidor do próximo,
honesto e simples, de pensamentos limpos.
Seremos padeiros e teremos padarias.
Muitos filhos à nossa volta.
Cada nascer de um filho
será marcado com o plantio de uma árvore simbólica.
A árvore de Paulo, a árvore de Manoel,
a árvore de Ruth, a árvorede Roseta.
Seremos alegres e estaremos sempre a cantar.
Nossas panificadoras terão feixes de trigo enfeitando suas portas,
teremos uma fazenda e um Horto Florestal.
Plantaremos o mogno, o jacarandá,
o pau-ferro, o pau-brasil, a aroeira, o cedro.
Plantarei árvores para as gerações futuras.
Meus filhos plantarão o trigo e o milho, e serão padeiros.
Terão moinhos e serrarias e panificadoras.
Deixarei no mundo uma vasta descendência de homens
e mulheres, ligados profundamente
ao trabalho e à terra que os ensinarei a amar.
E eu morrerei tranqüilamente dentro de um campo de trigo ou
milharal, ouvindo ao longe o cântico alegre dos ceifeiros.
Eu voltarei...
A pedra do meu túmulo
será enfeitada de espigas de trigo
e cereais quebrados
minha oferta póstuma às formigas
que têm suas casinhas subterra
e aos pássaros cantores
que têm seus ninhos nas altas e floridas
frondes.
Eu voltarei...
Cora Coralinaquinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Os 75 anos de "A Mensagem" de Fernando Pessoa
A Mensagem - imagem da net
Acabaram de decorrer 75 anos sobre a publicação de "A Mensagem" de Fernando Pessoa, e assim sendo, não poderia deixar passar esta data tão significativa sem trazer aqui algo sobre o assunto.
Fernando Pessoa é, juntamente com Miguel Torga, o meu poeta preferido.
Confesso que sou uma inculta em relação á sua extraordinária obra, conhecida, louvada e admirada um pouco por todo o mundo.
No entanto, o que eu posso afirmar é que "quanto mais o leio, mais me enleio",
nos seus poemas, nas suas palavras, no seu sentir.
"Há exactamente 75 anos, no dia 1 de Dezembro de 1934, a editora Parceria António Maria Pereira, de Lisboa, publicava o volume de poemas "Mensagem". O autor, Fernando Pessoa, tinha então 46 anos - morreria quase exactamente um ano depois, a 30 de Novembro de 1935 - e, em formato de livro, descontado um folheto, depois repudiado, no qual defendia uma ditadura militar para Portugal, editara apenas alguns opúsculos de poesia inglesa.
Para comemorar o 75º aniversário da "Mensagem", a Guimarães lançou um fac-símile do dactiloscrito que Pessoa entregou nas oficinas tipográficas da Editorial Império, onde o livro foi impresso. Luís Vilaça, da Guimarães, chama-lhe "edição clonada" para acentuar que o objectivo da editora foi criar um objecto virtualmente indistinguível do original hoje conservado na Biblioteca Nacional. Desde a encadernação em tecido que Pessoa mandou fazer do dactiloscrito até à qualidade do papel, tudo foi minuciosamente reproduzido. Tal como no original, a palavra Mensagem aparece redigida a lápis, na folha de rosto, sob o título Portugal (que Pessoa só abandonou no último momento), escrito à máquina e riscado por cima."
Da Mensagem, transcrevo aqui, um dos seus belos poemas, que para mim é muito especial:
O Padrão
O esforço é grande e o homem é pequeno
(Fernando Pessoa)
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Foi há 69 anos...
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Faz hoje 69 anos, num lugar muito distante e muito diferente deste onde vivo, que eu "cheguei".
Fui a terceira menina da Nena e do Chê.
Chamaram-me Viviana porque o dia 2 de Dezembro é o dia de Santa Viviana.
Não sei se era o pai ou se era a mãe, ou se seriam ambos...que gostavam de dar aos filhos o nome do Santo desse dia.
Nesse tempo o meu pai professava a religião Católica e a minha mãe a Religião Luterana; mais tarde ambos integrariam a Igreja Baptista.
Mas para dizer a verdade, eu gosto do meu nome.
Apesar de quando criança ter alguma pena de não conhecer ninguém com nome igual ao meu.
Já era grandinha, quando ouvi falar e li alguma coisa sobre as duas Vivianas que foram famosas na área da arte de representar: A Vivian Leigh, atriz e lady inglesa, e a Viviane Romance, atriz francesa que brilhava nos filmes e palcos quando eu nasci.
Já era enfermeira há bastante tempo quando encontrei nos ficheiros do Centro de Saúde...alguns, poucos, nomes iguais o meu.
Mas deixemos o nome e passemos á pessoa.
Vim para Portugal com a família quando tinha 4 anos, no tempo da segunda grande guerra, e, sei hoje, foi pela vontade expressa do Senhor meu Deus, que não conseguimos regressar a Misiones e por cá ficámos até hoje.
Deus queria-me por cá.
Tinha um projecto para a minha vida, cá!
Eu e a minha família passámos dificuldades sim, algumas grandes...mas nem recordamos isso, recordamos antes e sempre... as inúmeras e incalculáveis bençãos e alegrias com que Ele nos tem brindado.
Tive uma infância livre e feliz!
Tive um pai e uma mãe extraordinários! Que me deixaram a mim e aos meus três irmãos, uma bela e rica herança, de onde sobressai o aspecto mais precioso: O conhecimento e o exemplo do Evangelho de Cristo, que foi determinante nas nossas vidas. para sermos todos pessoas de bem, que amam e reverenciam a Deus acima de todas as coisas.
Somos um família muito unida e muito solidária.
Tratamo-nos todos por "maninhos"...
Depois, fui enfermeira pela vontade de Deus.
Um dia hei-de vos contar a maneira sublime...como fui "parar" á enfermagem.
Nos quarenta anos de vida profissional, pude realizar-me totalmente, levando-me o Senhor a fazer coisas espantosas e lindas, como por exemplo ser enfermeira instrumentista no bloco operatório, ou ser enfermeira de saúde pública nos bairros de lata, onde grangeei tantos e tão bons amigos e amigas, que ainda hoje, quando nos encontramos não podemos deixar de nos abraçar e sorrir.
Mas também tive oportunidade de, usando a enfermagem, palmilhar este país de lés a lés, do norte ao sul...fazendo palestras e encontros sobre os mais diversos temas como por exemplo a educação para a saúde ou a a educação sexual, em tempos pioneiros, onde ainda ninguém falava disso. Nos anos setenta, durante um ano, apresentei uma rubrica sobre Saúde infantil, num programa televisivo "Nós as mulheres". Mas talvez o que mais me preencheu e maior alegria e gozo me deu, foi durante mais de quarenta anos, percorrer o país na defesa da vida dos bébés não nascidos...ou seja, na luta contra o aborto.
E posso afirmar que Deus me usou para salvar muitas vidas, nessa aŕea.
E quando há alguns anos eu deixei de aceitar esses convites , por falta de saúde, Deus foi tão maravilhoso para comigo que levantou um casal de pessoas jovens e lindas, a Eugénia e o Dr. João Botelho, grandes e fiéis amigos e irmãos em Cristo, para dar continuidade a esse trabalho que eu fiz com tanta alegria.
Quando me chega um convite para um palestra, eu dou o número de telefone deles e eles estão disponíveis para realizar o trabalho.
Não imaginam a alegria que isto me proporciona.
Eles criaram uma organização muitísso interessante que se chama o "Sabor da vida".
Deixo aqui o seu contacto caso os estimados leitores desejem saber mais sobre o assunto ou desejem ter alguma colaboração deste casal, tão dedicado e tão especial.
Eugénia e João Botelho
Telefone 914008279
email: sabordavidasapo.pt.
falta o "arroba" que não consigo inserir..
Louvo e bendigo a Deus pela minha família:
o Jorge, marido, os quatro filhos: Pedro, Miguel, João e Zé; as noras: Anabela, Teresa e Joana; os netos: Gil, Sara, Beatriz, Inês, Carolina, Nuno e Margarida.
Sou ainda profundamente grata ao Senhor, por tantos amigos e amigas queridas, que alegram e adornam a minha vida e são uma fonte de encorajamento e inspiração.
Também por os meus irmãos e irmãs na fé em Cristo, onde existem fortes laços de amor cristão
E pronto, aqui estou aos 69... disponível para o que o meu querido Senhor entender.
Com alguns problemas de saúde que me tolhem um pouco o "caminhar"... mas que não me impedem de gostar muito de viver, de alegrar-me, de saborear a vida, apreciando e valorizando tudo quanto de belo e maravilhoso o Deus - Criador colocou ao meu dispôr.
Quero muito ser útil enquanto por aqui andar,
E já agora, quero que todos saibam que estou em paz com o meu Deus, e preparada para quando o "clarim tocar", ir alegremente com Ele me encontrar no lindo, lindo céu.
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Dar preferência aos produtos nacionais
Banana da Madeira
Banana da Colômbia
Como boa patriota que sou...e também porque considero que os produtos nacionais são muito melhores que os estrangeiros, quando vou ás compras dou sempre preferência ao que é nacional.Mas é em tudo! A nossa batata é muito mais saborosa e firme, quando "acaba?" a nossa e metem a estrangeira á venda, é um absoluto desconsolo. A nossa fruta marcadinha na casca pelo nosso extraordinário sol e pelo excelente chão... tem aquele sabor tão especial e docinho. As nossas nozes - eu gosto muito de nozes - têm um verdareiro sabor a noz...aquele paladarzinho que no fim fica na boca e que é inegualável. O nosso leite...todo ele bom, mas salientando o dos Açores...que me sabe ao leite das vacas da minha infância, quando se acabava de mugir a vaca, muitas vezes até diante dos nossos olhos...e logo a seguir estávamos a beber o leitinho! Esse leite fornecido por quela vacas que pastam pachorrentamente nos verdes prados e verdes montes da bela ilha portuguesa! tambem o queijo da mesma ilha, o famoso queijo de S. Miguel e a manteiga. As nossas carnes, toda diferentes consoante a zona do país, mas saliento aqui a carne do Barroso, a carne de Mirandela, a carne alentejana e a carne do Oeste... qual delas a melhor! Os nossos enchidos...saborosos, deliciosos, curados mo fumeiro, como por exemplo o excepcional chouriço da Guarda, de Arganil, de Trás- os - Montes, alentejo.
O nosso feijão catarino, manteiga, frade, etc. O nosso vinho, conhecido e apreciado em todo o mundo, com especial relevo para o vinho do Porto!
O nosso peixinho que é uma maravilha! Branquinho, saboroso, rijo. E muitos , muitos outros produtos que são na verdade de qualidade.
Mas... e há sempre um mas! Surgem coisas que não parecem estar lá muito corretas.Eu explico:
Anda por aí "esta boa alma" a procurar e a preferir produtos nacionais, não só por o motivo que atrás expliquei, mas tambem para ajudar a dar um empurrãozinho á economia portuguesa que anda por a hora da morte... e, eis senão quando, num destes dias num grande super-mercado aqui da minha zona, estando eu no espaço da fruta, apercebo-me de uma caixa contendo bananas da Madeira, que eu gosto muito! logo me aproximei para levar algumas para me consolar a papá-las.
Quase não se vêm bananas destas por aqui á venda; lembro-me que antigamente abundava por os mercados e lojas.
Ela é muito saborosa, muito docinha e tem uma textura diferente:
è cultivada, de um modo geral á beira-mar e sob um clima muito especial.Eu estive lá e vi.
Quando já estava com a água na boca, olhei o preço, e aí é que que foi o pior...
eu pensei não estar a ver bem...mas chamando o Jorge ele confirmou o preço: um euro e oitenta e nove cêntimos!
Olho o caixote ao lado, onde estavam as conhecidíssimas e vulgaríssimas bananas da Colômbia... a oitenta e nove cêntimos! ou seja, a menos um euro que a da Madeira!
Em escudos, para quem ainda "funciona" em escudos...seria 178 escudos a da Colômbia e 378 escudos a da Madeira!
Eu não queria acreditar!
Pois a banana da Madeira é muito pequenina em relação a todas as outras e que eu me lembre, creio que ela era muito mais barata que a esrangeira, que é grande e tem melhor aspecto.
Bom, confesso que perante este quadro, o meu patriotismo não funcionou! Não comprei as tão desejadas bananas da Madeira.
Sim, porque ser patriota é uma coisa... ser parvinha é outra!
Alguém me saberá explicar a razão deste fenomeno?
Confesso que gostaria mesmo de perceber.
domingo, 29 de novembro de 2009
Porque hoje é Domingo (79)
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Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não entra em juízo, mas já passou da morte para a vida.
Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão.
Pois assim como o Pai tem vida em si mesmo, assim também deu ao Filho ter vida em si mesmos;
e deu-lhe autoridade para julgar, porque é o Filho do homem.
Não vos admireis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz e sairão:
os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida, e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo.
Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma; como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, porque não procuro a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.
Se eu der testemunho de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro.
Outro é quem dá testemunho de mim; e sei que o testemunho que ele dá de mim é verdadeiro.
Vós mandastes mensageiros a João, e ele deu testemunho da verdade;
eu, porém, não recebo testemunho de homem; mas digo isto para que sejais salvos.
Ele era a lâmpada que ardia e alumiava; e vós quisestes alegrar-vos por um pouco de tempo com a sua luz.
Mas o testemunho que eu tenho é maior do que o de João; porque as obras que o Pai me deu para realizar, as mesmas obras que faço dão testemunho de mim que o Pai me enviou.
E o Pai que me enviou, ele mesmo tem dado testemunho de mim. Vós nunca ouvistes a sua voz, nem vistes a sua forma;
e a sua palavra não permanece em vós; porque não credes naquele que ele enviou.
Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão testemunho de mim;
mas não quereis vir a mim para terdes vida!
Eu não recebo glória da parte dos homens;
mas bem vos conheço, que não tendes em vós o amor de Deus.
Eu vim em nome de meu Pai, e não me recebeis; se outro vier em seu próprio nome, a esse recebereis.
Como podeis crer, vós que recebeis glória uns dos outros e não buscais a glória que vem do único Deus?
Não penseis que eu vos hei de acusar perante o Pai. Há um que vos acusa, Moisés, em quem vós esperais.
Pois se crêsseis em Moisés, creríeis em mim; porque de mim ele escreveu.
Mas, se não credes nos escritos, como crereis nas minhas palavras?
(Ev. S. João cap. 5:24 a 47)
sábado, 28 de novembro de 2009
Ajudar
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«Uma das maiores compensações desta vida é que ninguém poderá tentar ajudar outra pessoa sem ajudar a si mesmo.»
(Ralph Waldo Emerson)
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Lembrando um Homem Grande - o Dr. Fernando Valle
O Dr. Fernando Valle
Fez ontem quatro anos que morreu o Dr. Fernando Valle.
Faleceu aos 104 anos, portanto se fosse vivo teria agora 108.
Médico de profissão, deu-se de corpo e alma aos outros.
Empobreceu, imaginem! como médico, pois não só cuidava carinhosamente da saúde das pessoas, como repartia o que tinha com os mais necessitados.
Contemporâneo, e grande amigo de Miguel Torga, que era médico tambem, valorizava muito estes encontros e uma boa conversa.
Segundo o poeta Miguel Torga o Dr. Fernando Valle “teve tempo para ser no mundo a imagem paradigmática do jovem irreverente, do bom chefe de família, do amigo leal, do médico devotado, do político isento, do governante capaz, do cidadão exemplar”.
Foi um Homem Grande que foi exemplo de vida, e por isso, eu hoje quero recordá-lo aqui.
Creio que todos os Homens e Mulheres Grandes devem ser sempre recordados, para que sejam honrados, e continuem presentes, e possam assim influenciar e ser exemplo e modelo de vida.
Num tempo tão complexo e confuso que vivemos, onde há tanta falta de valores, de moral e de ética, e onde aparentemente, escasseiam os Homens Grandes, será bom que olhemos para este Homem e meditemos na sua vida.
«Convicção, clareza e frontalidade eram algumas das características de Fernando Baeta Cardoso do Valle, natural da Cerdeira, concelho de Arganil, nascido a 30 de Julho de 1900. Filho do dr. Alberto da Maia e Cruz do Valle e de D. Maria Adelaide da Costa Cardoso do Valle.
Coja, a Princesa do Alva, foi a vila eleita pelo médico do povo para passar alguns momentos da sua vida na sua casa solarenga com vista sobre o rio Alva.
Foi presidente honorário do Partido Socialista e um lutador nato pelos ideais da Revolução Francesa: liberdade, fraternidade e igualdade deixando registado os seus ideias de vida através de um desejo “o facto de a determinante de toda a minha vida ter sido o lutar pela libertação do homem, no sentido de se conseguir efectivamente, um regime de direito em que seja possível, de facto, a paz, a liberdade e a justiça social”.
Para aqueles que tiveram oportunidade de privar com ele e a sorte de partilhar o seu dia-a-dia, a simpatia e a humildade são os adjectivos que mais se ouvem nas bocas dos cojenses.
António Lopes Machado no seu livro Crónicas Regionalistas: Região de Arganil, conta-nos que o dr. “herdou de seu pai essa missão de médico-apóstolo, conquistando assim a simpatia e o reconhecimento das gentes humildes do concelho de Arganil a que durante tantos anos assistiu na doença, manifestando tais sentimentos humanos que só quem pudesse pagava”.
Um homem de hábitos, inesquecíveis, não passava despercebido pelas gentes da sua terra. Sempre que passava a ponte do rio Alva, em Coja, “com a bengala furava os buracos por onde a água escoava, por forma a tirar o lixo para a água passar mais facilmente. A gente quando passava lá, sabia quando passava o sr. dr.”, relembra António Augusto.
Este homem do povo “falava bem para toda a gente, rico ou pobre, era uma pessoa que não fazia distinções de classes, tinha sempre um sorriso. Era engraçado tinha sempre um sorriso”, como nos explica Rui Tavares, sócio da firma José Feiteira & Companhia Limitada frequentada pelo “médico-apóstolo”, “nos últimos anos da sua vida quando passava um tempo em Coja. Ele tinha preferência em ir ao café da antiga Havaneza, que hoje pertence à firma José Feiteira & Companhia, entre as 10 e as 12 horas da manhã.
Com os seus hábitos vincados pelos seus 104 anos de vida, fizesse chuva ou fizesse sol o dr. percorria sempre o trajecto de sua casa ao café a pé, num percurso de cerca de 500 metros, passando em primeiro pelo vendedor de jornais.
“Comprava o jornal Público, passo a publicidade, e, então, entrava no café cumprimentava-nos e sentava-se sempre na mesma mesa. O que só não aconteceria se por qualquer motivo estivesse ocupada. Mas, algumas vezes aconteceu estar ocupada por pessoas que o conheciam e que sabiam do seu hábito, imediatamente, davam-lhe o lugar, ele dizia que não, “deixem-se estar”, mas as pessoas faziam questão de ele ocupar aquele lugar. E, então, estendia o jornal em cima da mesa, tirava a sua lupa, o seu caderno de apontamentos e fazia as suas leituras. Nós, claro, já sabíamos o seu hábito. Preparávamos-lhe o galãozito, a torradinha e colocávamos na mesa dele. Ele parava as leituras e tomava o galão e a torrada até por volta do meio-dia, sensivelmente”, recorda Rui Tavares.
Apaixonado pela vida este Homem “a todos os títulos excepcional” não vivia intimidado pela certeza da morte. Rui Tavares conta que “já quase no final da vida dele houve um senhor que entrou (no café) e que o conhecia, também, e que o cumprimentou. Fez-lhe uma festa e depois disse-lhe: «o sr. dr. inda cá vai andar muitos anos, o sr. inda está um jovem» e o dr. Fernando assim com aquele sorriso, aquele ar, digamos que de alguma maneira maroto pelas palavras olhou para o homem e disse: «mas olhe que eu gosto bem de cá andar»”.
Assim, a firma José Feiteira & Companhia Limitada encontrou uma forma simples de homenagear o dr. do povo, sem a intenção de obter qualquer tipo de contrapartida, através de uma fotografia simbólica de alguns momentos mais importantes da vida deste cidadão que se sentia bem próximo das pessoas, fossem ricas ou pobres.
“Embora, não o fizéssemos com qualquer ideia de agradecer, mas como reconhecimento da preferência que ele ao longo da sua permanência em Coja, deu à nossa casa. E, então, colocámos por cima do lugar que ele habitualmente ocupava a tomar a sua torrada e a ler o seu jornal. É uma homenagem digamos que também para perpetuar, e não precisa porque ele já está perpetuado de muitas maneiras até pela sua própria vida, mas pronto. Para perpetuar a nível de quem nos visita a casa, perpetuar um cliente ilustre e que nos deu sempre a sua preferência”, afirma Rui Tavares.
A razão pela qual Fernando Valle preferia a mesa, talvez encontre explicação no facto de existir uma saliência na parede que o abrigava da corrente de ar da porta de entrada. E deste modo, descobrimos, provavelmente, um dos segredos de uma vida longa, segundo Rui Tavares “ele chegou àquela idade, porque se protegeu, porque teve cuidados que muitas vezes nós não temos. Ele, possivelmente, deve ter tido esses cuidados, e, penso eu, escolheu aquela mesa porque o protegia da corrente de ar da porta da rua”.
A verdade é que este Ser vai ficar para sempre na memória de todos. José Eduardo Mendes Ferrão, ex-ministro da agricultura, numa homenagem ao médico-apóstolo referiu que “o dr. Fernando Valle vai permanecer pelos tempos fora, não tanto por causa das placas das ruas ou no nome da ponte que delicadamente e firmemente recusou, mas no coração daqueles que o conhecem e o seu exemplo e postura hão-de ser contados às gerações, que na continuidade dos tempos se irão seguir”.
E é com saudade, carinho e com um enorme orgulho que todos aqueles que privaram e partilham os mesmos ideais deste Ser que o recordam e perpetuam ao longo dos tempos o Homem, o amigo e o exemplo de um lutador que guerreava pela paz, pela liberdade e pela justiça social, tendo como arma preferida o amor pelos outros.»
( Cristina Correia Pinto)
http://sabiosmestres.blogspot.com/2007/07/simplesmente-fernando-valle.html