quarta-feira, 30 de abril de 2008

E O PRÉMIO VAI PARA...


Olhai os lírios do campo foi nomeado por outro blog amigo SLetras. Assim continuamos esta "RedeTeia" cumprindo as regras.


Pela blogosfera decorre uma inciativa com a finalidade de homenagear blogs de amigos que nos visitam ou que nós visitamos e que, de alguma forma, têm pontos em comum connosco.
Desta forma o blog OlhaiosLíriosdoCampo foi nomeado pela Isabel, pessoa muito gentil e amável que possui um espaço que é um jardim de afectos, flores e sorrisos. "SLETRAS" (http://bc-beblogspotcom.blogspot.com/).
Como é um blog muito bom, sim senhora!
De acordo com as seguintes regras:
1. Este prémio deve ser atribuído aos blogs que gostamos e visitamos regularmente, postandocomentários.
2. Ao receber o selo "é um blog muito bom sim senhora"! devemos escrever um post incluindo:o nome de quem nos deu o prémio com o respectivo link de acesso+ a tag do prémio + a indi-cação de outros 7 blogs.
3. A tag do prémio deve ser exibida no blog.Assim o blog http://olhaioliriodocampo.blogspot.com/, conhecido por OlhaiosLíriosdoCampo, declara que os blogs que visita e comenta, entre outros que comenta e visita lamenta não nomear são:
Porque é uma jardim de sentimentos e de amizade.
Isabel

Ontem vi um coelho bravo



Sempre gostei de coelhos, provavelmente porque na minha infância sempre tivemos muitos… mais de quarenta, creio eu. Gosto sobretudo dos coelhos bravos.
Pois bem, ontem quando fazia a minha caminhada, de repente, vejo um que estava quase junto dos meus pés… no meio da vegetação, e que quando me viu desatou a correr por um largo cheio de ervas e flores. Parei, e fiquei ali, encantada a vê-lo correr, com aquela elegância característica deles, até ele desaparecer lá ao fundo debaixo de uns arbustos.
Fiquei muito contente e por estranho que pareça… o coelho bravo alegrou o meu dia, tanto assim, que enquanto lidava cá em casa, lembrava-me da cena bonita e privilegiada que os meus olhos contemplaram logo de manhã, aqui no meu querido Bairro de Mira – Sintra que alem de rouxinóis… também tem coelhos e, muito, muito mais.

terça-feira, 29 de abril de 2008

O Amor de Mãe


O Amor de uma Mãe pelo seu filho difere na essência de todos os outros afectos, e a chama arde com tanta firmeza e com clareza que se manifesta como uma coisa imutável, nesta vida na terra em constante mudança, de tal forma que quando ela já não estiver presente é ainda uma luz para os nossos passos e uma consolação.

(W. H Hudson)

segunda-feira, 28 de abril de 2008

A história do pequeno lagostim


Sempre que é possível, vou passar alguns dias á aldeia, á casa que foi da mãe.
Há por lá muitos lugares interessantes para visitar, e um dos que visito primeiro é o rio Mourão que è um local mágico e encantador para mim.
Numa das minhas idas lá, decidi, tal como o Pedro e o Gil antes fizeram, apanhar uns peixinhos para colocar num aquário. Levei para isso, um pequeno passador de arame e uma pequena garrafa de plástico.
Era o fim do verão e o rio levava pouca água, pelo que também havia muito poucos peixes; mas lá consegui apanhar “dois”.
Quando voltei para a minha casa aqui em Mira – Sintra e fui colocar os peixinhos no aquário, apercebi-me que há apenas um peixinho e que o outro que eu julgava um peixe, é simplesmente um pequeno lagostim de água doce. Tão pequeno era!
Bom, comecei a pensar o que iria fazer com ele. Se o deixasse junto do peixinho que era maior do que ele, decerto seria comido. Resolvi então deixá-lo dentro da garrafa e depois, quando eu pudesse, iria colocá-lo na ribeira das Jardas que passa aqui perto, e assim ele seria salvo. Só que, como guardei a garrafa num local pouco visível, na bancada do lava – loiça, esqueci-me dele… e durante aqueles dias todos não lhe dei de comer. Tinha passado quase uma semana… quando dei por isso. Pensei logo que ele tinha morrido de fome, e então fiquei cheia de problemas de consciência, pois achei que isso seria inadmissível. Mas não, o”lagostinzínho” estava vivo e bem vivo! Creio que a água onde estava, como era a do rio, deveria ter nela nutrientes que eu não vi.
Foi um alívio ver que estava vivo! Logo a seguir fui com o Jorge levá-lo para a ribeira.
Uma vez lá, procurei o que eu achei que seria o melhor lugar para ele: Um sitio com luz solar, com alguma vegetação e com alguma corrente.
Decidi então que haveria um “momento solene”, com alguma pompa e circunstância.
Ele merecia! Tinha tido uma má experiência e até aguentou vários dias sem morrer de fome!
O sol brilhava na água que “cantava” uma melodia apropriada para a ocasião. No ar corria uma suave e benfazeja brisa que mexia levemente a vegetação.
Parados á beira da água, eu e o Jorge, demos inicio á cerimónia e com a garrafa na palma da mão e fixando com carinho os olhos no pequeno lagostim, iniciei o discurso:
Ò lindo e pequenino lagostim! Peço-te desculpa por te ter retirado do teu habitat natural, onde vivias decerto tão feliz! Mas olha, foi sem querer, eu, como vejo mal, não reparei que afinal não eras um peixinho mas apenas um lagostim! Desculpa também ter-me esquecido de dar-te de comer e quase te ter matado á fome! Não foi de propósito mas, tão somente, porque a minha cabeça já está cansada e um bocado esquecida.
Mas olha, pensando bem, és capaz de viver mais feliz nesta ribeira do que lá no rio, pois aqui a água é mais limpa e corre mais e, sobretudo esta ribeira vai ter água todo o ano, e não corre o risco de secar, como o rio, que está todo assoreado e cheio de pedras pelo meio. Eu acho até, que aqui tens mais condições para viver feliz. E olha, eu prometo que virei visitar-te, sempre que possa, e terei muito gosto em ficar aqui um bocadinho a falar contigo, certo?
Terminei a cerimónia colocando-o suave e lentamente na água, onde ele mal caiu, se foi refugiar debaixo de uma folha verde de uma planta muito linda. E lá ficou no seu novo habitat, creio que muito feliz! Pelo menos eu fiz por isso.
Do outro lado da ribeira, o Jorge assistiu a tudo isto sem dizer uma palavra e com um ar um pouco estranho. Confesso que não sei muito bem o que ia na cabeça dele.
Contei esta história aos netos, e imediatamente eles pediram para ir ver o “Pequeno Lagostim” que vive na ribeira das jardas.
Sempre que podemos vamos até lá, mas nunca mais o conseguimos ver.

domingo, 27 de abril de 2008

Porque hoje é domingo...


Alaúde

...Cantai alegremente a Deus, nossa fortaleza; celebrai o Deus de Jacob.




Trazei o saltério, e trazei o adufe, a harpa suave e o alaúde.




(Salmo 81:1 e 2)

sábado, 26 de abril de 2008

A Carolina faz hoje 6 anos!


Parabéns, minha linda e querida neta Carolina, pelos teus seis anos!

Beijinhos da avó

Medos e pânicos



Ontem, foi a festa de aniversário da sobrinha neta Maria, que fez dois anos.
Estávamos num restaurante na praia de Carcavelos, mesmo á beira – mar, e havia muitas crianças, entre elas a minha neta Sara.
O calor repentino do dia, mais de trinta graus… encheu a praia de gente; pareciam formigas á beira – mar! Com as pessoas… vieram os “cães”, que por lei são proibidos na praia…mas estão por lá sempre.
Claro que as nossas crianças não resistiram a ir “molhar os pés” á beira da água, e o avô Jorge foi com elas; só que de repente a Sara – que tem um medo pavoroso dos cães – viu junto dela um cão e estancou… já não saiu dali sem ajuda. A pobre pequena praticamente, fica em pânico quando vê um cão.
O irmão e as primas e, parece que o avô também…riram-se dela… e não imaginam como ela ficou ofendida! Já não bastava o cão… ainda por cima estavam a troçar dela!
Quando voltaram para o restaurante a Sara vinha muito zangada com todos eles e foi logo procurar-me, e dizer-me que precisava de falar comigo em particular Eu, que estava no meio de uma conversa muito interessante, sobre poesia, com uma senhora, lá fui ouvir a Sara, que estava ofendidíssima com o irmão, primas e avô.
Lá tentei acalmar a pequena e disse-lhe para procurar esquecer o acontecido e aproveitar a excelente festa da qual estava a participar. Ela disse: “ó avó eu não consigo, eu não consigo…posso até estar errada mas não consigo! Porém, passado um bom bocado… ela já estava a brincar e a conversar com as primas e o irmão.
Poderão perguntar, “porque carga de água”… é que eu trago isto aqui…. Pois bem, é simplesmente para chamar a atenção para a necessidade de respeitarmos os medos das crianças e não só, os medos de todos…e nunca… por nunca ser, troçarmos ou rirmo-nos deles, porque esses medos, esses pânicos, trazem imenso sofrimento e, temos também que nos lembrar, que as pessoas não assim porque querem ou por escolha, mas, porque por algum motivo… vieram a ser vitimas dessa situação. Devemos sim, é pelo contrário, tentar ajudar e, encaminhar para um apoio especializado quando for caso disso.
Essa é a atitude mais correcta e aquela que está conforme o ensino de JESUS.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Parámos...para ouvir um rouxinol a cantar!



Ontem, ao pôr – do sol, o meu irmão veio buscar-me para irmos ao culto.
O fim do dia estava calmo e tranquilo, e o horizonte estava límpido e claro, de tal modo, que dava para ver ao longe o recorte dos ramos das árvores, iluminados por os últimos raios do sol, numa bela e característica noite de primavera.
O meu irmão não resistiu, e já em Mira – Sintra, parou o carro, saiu, e foi deliciar os olhos e a alma com aquele maravilhoso espectáculo da natureza.
Foi então que ouviu ali bem perto, um rouxinol a cantar.
Há quanto tempo ele não ouvia um rouxinol! Na nossa infância sim, nas várias casas em que vivemos, recordo de ouvirmos de noite o rouxinol a cantar.
O rouxinol (Luscínia megarhynchos) é conhecido pelo seu canto muito belo e agradável. É difícil de ver, e canta geralmente escondido nas charnecas, matas e bosques. Tem um extenso repertório com trinados fluidos, terminando em crescendo e é normalmente ouvido depois de escurecer, sendo um dos poucos pássaros a cantar à noite, normalmente escondido entre a vegetação (podem ver um aqui).
Ao regressarmos, cerca da meia – noite, por sugestão do meu irmão, parámos nesse mesmo local, saímos do carro, e lá continuava ele a cantar com todo o seu vigor e alegria. E ali ficámos longo tempo a ouvi-lo. Foi tão bom!
No silêncio da noite, o seu cântico tão melodioso e belo, fez-nos viver um momento único que nos deu uma imensa alegria e nos transportou de novo á nossa infância.
Eu não imaginava que houvesse um rouxinol em Mira – Sintra!
Tenho planos para sempre que possa, ir lá ouvi-lo, pois não é todos os dias nem em todos os lugares, que se pode ter a bênção de ouvir um rouxinol a cantar!
Há quanto tempo não ouve um rouxinol a cantar?

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Poema de um Pai



Não é a tua mão
Filho


Que eu levo
Na minha mão


È uma raiz
Que eu plantei em mim mesmo

(António Reis)

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Parabens Pedro


Parabéns ao meu filho Pedro que passa hoje mais um aniversário.

Um abraço carinhoso da mãe.

Viviana

Estou furiosa...


Alberto Costa - Ministro da Justiça
…sim, estou furiosa!
Quem me conhece… sabe que sou uma pessoa mansa, e dada á boa paz.
Porém, quando vejo os responsáveis pela justiça em Portugal, tomarem decisões como a que ontem foi anunciada na Sic – notícias…”fervo” e revolto-me!
E a sorte do Ministro é não estar perto de mim! Caso contrário não sei o que faria!
Então não é que deixou de ser motivo para prisão preventiva, a violência doméstica!?
Só o será… se o agressor for apanhado em flagrante delito!
Agora, digam-me: Como é que se pode apanhar alguém em flagrante delito, dentro de quatro paredes e de porta e janelas trancadas!?
Daria para rir se não fosse tão sério.
E tem mais:
Se, por um grande e extraordinário milagre… alguém for apanhado em flagrante… se, por acaso esse momento for: de noite, ou ao sábado ou domingo… o agressor será presente ao juiz, mas… poderá voltar para casa! E, só na segunda – feira será preso.
Entretanto, pode á vontade, porque não? Continuar os mau tratos, até e quando lhe apetecer!
Extraordinário, não?

Agora, reparem, no que é que o governo tem para “oferecer” de ajuda, a essas mulheres maltratadas:
Como o agressor, protegido pela lei, continua ali á mão de maltratar… ela, poderá, caso haja uma vaga – o que é pouco provável, sair da sua casa e ir para um Centro de protecção de mulheres maltratadas.
Vejam, reparem bem:
Ela vitima de maus tratos, muitas vezes continuados, se achar que chegou a hora de parar de apanhar, terá que sair da sua casa e ir para um lugar estranho e ficar por lá o tempo necessário, ou talvez, para sempre…
Isto, enquanto o agressor vive confortavelmente na casa de ambos, e em completa liberdade sem sequer ser incomodado pela justiça.
Ora digam!
Isto é lá coisa que se faça? Isto tem alguma coisa a ver com a Justiça?

Que raiva! Porque é que hão-de ser sempre homens a ser ministros da justiça?
Quando é que um primeiro ministro tem a coragem e a sabedoria para, por uma vez pelo menos, dar essa incumbência a uma mulher!?
Se esse dia chegar, creio que é a única forma de fazer alguma justiça, neste tenebroso e horrível mundo da violência doméstica.Com os homens como ministros, nunca vamos lá

terça-feira, 22 de abril de 2008

Crianças


Lutemos por um mundo em que possam brincar, não algumas crianças, mas todas as crianças.

(M V. Assis Pacheco)

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Campo de Papoilas vermelhas, precisa-se


ATENÇÃO:

Os meus olhos, e o meu espírito, precisam com urgência, de encontrar um campo de papoilas vermelhas!
As que guardaram da Primavera passada, com o tempo, perderam um pouco o seu tom avermelhado vivo, e por isso estão a precisar de ser substituídas.

Nota: Dão-se alvíssaras a quem lograr encontrá-las.

domingo, 20 de abril de 2008

Neste dia, meu Deus


Neste dia meu Deus,
Eu te louvo, bom Pai,
Admirável teu nome, Senhor!
Teu poder é real,
Outro não há igual,
Obra das tuas mãos é a terra!

Hoje canto louvores
Ao rei de Sião,
E anuncio o Evangelho de amor!
Te entrego, senhor,
Minha vida e meu ser
Para sempre contigo viver!
(Fernando Gomes Lopes de Oliveira)

sábado, 19 de abril de 2008

O peixinho Vanderlei


Naquele sábado, há uns três anos atrás, a família tinha ido passar o dia á aldeia, “á casa da avó.(que já partiu há cinco anos)
Como sempre, as crianças estavam desejosas de ir passear até ao rio, para ver os peixinhos e colher flores, como era costume.
O meu filho Pedro e o neto Gil, lembraram-se que poderiam apanhar alguns peixinhos para o aquário que gostariam de ter. Uma vez no rio, com um passador de arame que levara da gaveta da cozinha, o Gil “vai pescar”, Apanha então, três minúsculos peixinhos que coloca numa garrafa pequena de plástico onde os trás para casa.
O dia chegou ao fim e voltamos para Mira – Sintra e o Gil trás a tal garrafa na mão. Uma vez em casa ele pousa a garrafa junto ao lava – loiça para mais tarde dividir os peixinhos.
Entretanto o pastor Leal chega a casa (ele não foi conosco) e vai á cozinha e vê aquela pequena garrafa de plástico com uma água turva, meia suja e, pensa que é mesmo água suja para deitar fora. Não pergunta nada a ninguém e “ não vai de modas… despeja a garrafa dentro do lava – loiça… e vai á vida dele.
Mais tarde eu vou á cozinha e vejo a garrafa onde estavam os peixinhos vazia. O meu coração “deu logo um baque”…e, não sei porquê… apercebi-me imediatamente que ali havia dedo do pastor Leal! Isto de a gente viver na mesma casa há 42 anos…dá para conhecer muito bem um ao outro…
Chamei-o e perguntei-lhe o que tinha feito á água da garrafa, e ele… com uma grande calma, disse que a tinha despejado dentro do lava – loiça pensando que era água suja.
Bom, o que eu imaginara tinha acontecido! Os peixinhos foram pelo cano abaixo!
Entretanto, vejo que há dentro do lava – loiça uma chávena com um resto de café com leite e apercebo-me que há qualquer coisa a mexer lá dentro! Para meu espanto, um dos peixinhos que ao ser despejado caiu dentro da chávena e tentava sobreviver…
Os outros dois… tiveram pior sorte: Foram direitinhos pelo cano abaixo.
Lá salvei o peixinho e coloquei-o em água limpa numa outra garrafa e ele lá foi de carro nas mãos da Beatriz, fazer cerca de 100kms até Rio – Maior.
O Pedro chamou-lhe Vanderlei… creio que em homenagem a um jogador de futebol, brasileiro.
E pronto! O Vanderlei sobreviveu na chávena de café com leite, já tem três anos de idade, e está lindo e grande! Já quase não cabe no aquário, tão grande está!
Vanderlei, o sobrevivente, é olhado e tratado como um herói!
Há grande Vanderlei!

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Dia 18/04/08 - Dia de luta contra o Analfabetismo no Brasil


Hoje, aqui neste espaço, quero dar todo o meu apoio á Geórgia, que lançou um desafio a toda a Blogosfera no sentido de fazer do dia de hoje – 18/04/08 – um dia especial de luta contra o analfabetismo no Brasil.
Sei que ela teve o apoio de muita gente, como por exemplo: O Lou, a Alice e tantos outros.
E neste dia, apetece-me dizer-lhe: Parabéns Geórgia pela iniciativa!
Acho a ideia esplêndida!
Se cada um fizer um pouco, ajudando todos aqueles que não tiveram a oportunidade de aprender a ler e a escrever, haverá muita gente bem mais feliz, bem mais alegre e bem mais realizada na vida.Daqui de Portugal, vai o meu abraço e todo o meu apoio, para todos os que, de "peito aberto" se empenharam nesta iniciativa tão válida e tão importante - Dia Especial de Luta contra o Analfabetismo no Brasil

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Os nossos conflitos internos


Um velho índio descreveu certa vez os seus conflitos internos.

“Dentro de mim existem dois cães, um é cruel e mau, o outro é bom e dócil. Os dois estão sempre a lutar um contra o outro.”

Quando lhe perguntaram qual iria vencer essa luta, o velho índio parou…meditou e respondeu:

“Aquele que eu alimentar”.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

O Moínho de Vento de Mira - Sintra





Moendo o grão


Moínho de Mira - Sintra, Ex - líbris da Freguesia

Por favor não me levem a mal, mas hoje apetece-me falar um pouco do meu Bairro de Mira – Sintra e do seu Moinho de vento.
O moinho de Mira – Sintra, chamado Moinho da Pedra, encontra-se localizado numa grande Quinta muito antiga, chamada Quinta dos Lóios, com uma situação geográfica sobranceira a Mira – Sintra.
È um belo e sólido exemplar dos moinhos da região saloia, com as suas espessas paredes com mais de um metro, os arcos em cantaria onde assentam o piso superior e as mós, a porta e janelas voltadas para sul e mais duas janelas uma voltada a nordeste e outra a sueste.
Não existem registos da data da sua construção mas sabe-se que é muito antigo.
È um moinho que esteve votado ao abandono durante muito tempo, como tantos outros por aí., mas quando Mira – Sintra foi elevada a Freguesia no ano de 2002, a recuperação do moinho tornou-se o sonho do nosso jovem presidente Dr. Rui pinto.
As obras começaram logo nesse ano e terminaram em Julho de 2004, quando teve lugar a sua inauguração com uma cerimónia á altura.
Difícil foi encontrar um artesão competente, para se responsabilizar pela recuperação, de modo a ficar tal qual era desde a sua edificação. Acabaram por encontrar esse homem tão necessário, na região de Torres Vedras – Miguel Luís Nobre.
Foi recuperado pela autarquia e agora está pronto a moer muitos grãos de trigo tal como fazia antigamente.
A recuperação, para alem de dar nova beleza á paisagem de Mira – Sintra, pretende também, ensinar aos mais novos, as tradições antigas.
Funciona todos os fins - de semana e recebe visitas quer de pessoas singulares, quer de grupos de escolas ou outros.
Ele é bem visível em toda a Mira – Sintra, pois encontra-se num alto, e eu, gosto muito de olhá-lo da minha janela…ou de outro qualquer lugar, quer parado, quer a trabalhar, lindo, com as suas velas brancas ao vento, e em certos dias o ruído do vento nas pequenas cabaças de barro leva até aos nossos ouvidos uma doce e bela melodia.
Eu gosto muito do meu Moinho de Vento!

terça-feira, 15 de abril de 2008

Aquela janela...


Sentada á mesa da cozinha, tomando o pequeno almoço ou – o café da manhã – no dizer dos nossos queridos irmãos brasileiros... olho pela janela, na qual afastei as cortinas para poder logo bem cedo, regalar os meus olhos e o meu espírito… com a beleza deste céu ímpar de Mira – Sintra, e olhar e ouvir um tentilhão que todos os dias a esta hora se vem empoleirar em cima de uma antena de T.V. fixada no telhado do prédio que fica bem em frente do meu.
Mas, rapidamente, como todos os dias acontece, os meus olhos e a minha atenção se desviam para uma janela do quarto andar desse mesmo prédio, que tem os estores subidos até ao meio, e as cortinas afastadas para os lados
Há anos que tudo está igual naquela… e nas outras janelas do prédio. Nada muda, ninguém mexe em nada.
Lembro-me de há vários anos atrás, olhar, e ver a Sara e o irmão Miguel, á janela a fazer sinais e a falar para o meu neto Gil que vive por cima de mim; ela e o Gil eram colegas de escola e ainda são.
Lembro-me de todos os dias ao cair da noite a avó abrir a janela e chamar pela Íris, irmã mais nova da Sara, que brincava na rua até anoitecer, com os outros meninos dos outros prédios; isto, no bom tempo em que os meninos podiam brincar na rua, diante ou atrás das casas, sem correrem o risco de serem raptados.
Pois bem, nesse tempo, tudo era vida e movimento nessa casa e nessas janelas.
Viviam na casa várias pessoas: A avó, creio que divorciada, que era a “alma” daquela família; a mãe da Sara, uma jovem bonita, mãe solteira ou, divorciada… com os três filhos, e uma outra mulher ainda jovem, tia da Sara, aí na casa dos trinta e poucos, que, ao que soube mais tarde, enveredou pelo caminho do álcool muito jovem ainda.
Um dia, de triste memória… correu a notícia pela vizinhança: Essa tia da Sara, depois de uma violenta discussão familiar, saltou da janela do quarto andar para a rua e, levada ainda com vida para o hospital, viria a morrer no dia seguinte.
A avó decidiu que não era mais possível a família viver naquela casa e, logo, logo, se mudaram para casa de uns familiares aqui no bairro mas noutra zona. Por vezes cruzo-me com alguém daquela família ou no autocarro ou na rua.
Já lá vão alguns bons anos desde que isto aconteceu e, creio que nunca mais entrou ninguém naquela casa, onde continua tudo como estava, sempre com o estore subido até ao meio e a cortina afastada para os lados… naquela janela, onde os meus olhos batem sempre… quando me sento á mesa da cozinha.
Dá-me cá uma tristeza!...

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Aniversário em família


O avô Jorge fez 71 anos no sábado.
Como é costume nestes dias de aniversário, a casa encheu-se de gente e de alegria.
Juntei os quatro filhos, as três noras e os sete netos; os dezasseis que constituem a minha família mais chegada.
O bom Deus deu-me a energia e a saúde necessárias para cozinhar e tratar de todos os preparativos para a festa. (tenho andado com uma crise aguda de artrite)
Foi um dia excelente!
As crianças corriam alegres pela casa, soltando as suas gargalhadas cristalinas e contagiantes, e inventando as brincadeiras mais engraçadas que possamos imaginar…
As três mais velhas (oito e nove anos) ás tantas, vêm perguntar-me se podem usar as minhas “pinturas”, os meus colares, os meus brincos e os meus “enfeites”. Claro que disse que sim, mas, com a condição de deixarem tudo arrumadinho como estava.
Daí a pouco aparecem junto de nós todas“produzidas”… como dizem os nossos irmãos brasileiros.
À hora das refeições, eles comeram primeiro, excepto o Gil que já tem catorze anos e já comeu com os adultos.
À noite, antes de adormecerem, lá veio a história contada por a avó, como acontece desde pequeninos, e que mereceu toda a atenção deles.
Dou muitas graças ao bom Deus pela família linda que Ele me deu. È na verdade uma grande bênção.
Hoje, tenho aqui comigo o Nuno de quatro anos, que dormiu cá porque tem estado com febre e não pode ir para a “escolinha”. Já me interrompeu mais de vinte vezes (mais uma neste momento) por isso tenham em conta a escrita deste texto de hoje. Sejam benevolentes. Certo?

Sem internet.


Todo o dia de domingo sem serviço de Internet.Acho que vou ter que mudar novamente.

sábado, 12 de abril de 2008

Lá longe...muito longe! (Ev. João 14, 1 a 4)


Muito longe…
Para além do sol poente,
Muito longe…
Onde o mar encontra o céu,
Há um lar resplandecente
Que o Senhor me prometeu.

È tão longe
É tão dura a caminhada!...
É tão longe!
E eu sem força para andar.
Vou chegar muito cansada,
Mas quero continuar.

Está tão longe
O meu lugar de repouso!
Está tão longe
E eu triste e abatida,
O esforço é tão penoso!
Mas vou ganhar a corrida.

Pois lá longe,
Quando eu chegar, enfim,
Pois lá longe,
Onde há hinos de louvor,
ALGUEM espera por mim
E me acolhe com amor.

(Edite Costa Carvalho Pereira)


no livro - Lágrimas e Sorrisos

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Márcia Venturini...marcou a minha vida


Há pessoas que o bom Deus coloca no nosso caminho e que acabam por nos marcar profundamente. São como que estrelas reluzentes, que lançam luz e alegria na nossa vida, e com as quais aprendemos coisas muito belas, que nos enriquecem e nos ajudam a perceber melhor, o que na verdade é importante na nossa caminhada aqui.
Quando essas pessoas partem para a eternidade, o desprendimento é muito doloroso e fica em nós um vazio do tamanho do mundo.
Nunca saem da nossa vida. Viverão dentro de nós sempre… creio que por toda a eternidade. E, conforme vamos avançando no nosso caminho, e concomitantemente na nossa idade, temos tendência a lembrá-las mais, e ter ainda muito mais saudades… do que já tínhamos.
Eu estou a viver essa fase da minha vida. Aos 67 anos, tenho tantas e tão belas coisas para recordar! E tantos e tão extraordinários amigos e irmãos que de algum modo fizeram parte e marcaram a minha jornada aqui.
O bom Deus foi pródigo comigo neste aspecto e em muitos outros.
Nestes últimos tempos, vem constantemente á minha memória, uma querida, doce amiga, e irmã... chamada Márcia Venturini, com quem convivi de muito perto e com quem trabalhei para o Senhor.
Aprendi tantas coisas com ela! Coisas que ainda hoje recordo tantas vezes... e que procuro pôr em prática na minha vida.
Há muito cânticos que dela me fazem lembrar. Saliento um: "Eu quero ser Senhor amado, como um vaso nas mãos do Oleiro, quebra a minha vida e faze- a de novo, eu quero ser, eu quero ser, um vaso novo." Nunca o canto, sem me lembrar dela. Ensinou-o num Acampamento da Uinão Feminina Missionária, que eu dirigi em Àgua de Madeiros, e para o qual eu a convidei para apresentar o tema do Acampamento - "Minha vida nas mãos de Deus" -.
Recordo que estávamos reunidas, sentadas debaixo daqueles enormes pinheiros do pinhal de Leiria... quando ela o ensinou. Nessa altura o meu Zè tinha 4 meses, e, como eu era dirigente do Acampamento e estava sempre com responsabilidades, então ela, oferecia-se para me cuidar do bébé. Dava-lhe a papa, o biberão, mudava-lhe as fraldas e adormecia-o. Quando ele estava acordado, e eu estava a apresentar, debaixo dos pinheiros, as minhas palestras, ela lá estava com ele ao colo, muito feliz. e conforme eu falava, o menino, julgando que eu estava a falar para ele... sorria para mim e palrava. Ela divertia-se com isso.
A última vez que a encontrei foi numa esquina de uma rua na Amadora.Ela ia com uma grande mala para o combóio e eu para o trabalho no Centro de Saúde. Claro que ela me perguntou imediatamente pelo Zézinho! Que tinha muitas saudades dele. Disse-lhe que ele estava na Universidade e ela sorriu muito feliz. Perguntei-lhe pelos filhos e ela disse-me que estavam longe, muito longe... e que sentim a casa vazia. Disse-me que eu é que tinha feito bem, ao ter um filho aos 41 anos... ela achava que deveria ter feito o mesmo. porque assim ainda teria um filho em casa e não estariam sózinhos.
Nunca mais a vi. Soube mais tarde que tinha ido para o Brasil por motivos de saúde.
Há uns meses atrás, ao abrir a Revista do Lar Cristão, vejo a sua fotografia numa página e, imediatamente, o meu coração deu um pulo de alegria, julgando que seria uma motícia anunciando a sua vinda a Portugal... e eu poderia voltar a vê-la e abraçá-la! Afinal, era a notícia da sua passagem para a eternidade. Imaginem como eu fiquei! Chorei tanto, tanto... o meu coração ficou destroçado.
Hoje, aqui, quero lembrá-la e falar um pouco sobre ela para que os que me lêm , possam conhecer um pouco desta mulher extraordinária que marcou aminha vida.
Márcia Venturini, nasceu em S. Paulo em 20/11/45.
Aos 9 anos foi baptizada e bem cedo começou a sua preparação frequentando diversas organizações, a fim de dedicar a sua vida á obra do Senhor. Logo que casou, com o querido Pastor Francisco de Sousa, rumaram para o sertão no Ceará, onde em circunstâncias bem difíceis anunciaram a Palavra.
Em 1974, segue como marido e os dois filhos pequenos para os Açores onde desenvolve um trabalho excelente. São organizadas as Igrejas de Horta e Praia da Vitória.
Ficam ali 9 anos, ao fim dos quais rumam a Portugal, e trabalham em Barcelos, Viana do Castelo e mais tarde em Santarém.
Enquanto isso, foi líder de várias organizações como por exemplo: A união Feminina Missionária e a Organização de crianças, Infantes do Rei. Também dirigiu muitos Acampamentos e encontros especiais.
Em 1996 vai para Cabo Verde onde ao fim de sete meses de estadia, organiza com seu marido a Igreja da cidade da Praia.
Ao fim de um ano, tem que regressar a S. Paulo por motivos de saúde, pois sofre de cancro do pulmão para alem das complicações de uma diabetes que a acompanhou desde criança.
No dia 27/02/07, é chamada á Glória a fim de receber a coroa da vida.
Tinha 61 anos e uma vida repleta de serviço cristão.
Os seus dois filhos: Joede e Lília, são ambos missionários. Ele é médico e Pastor na Guiné - Bissau. e ela missionária no Paraguai.
È desta linda, e grande mulher, minha amiga do coração, que eu me tenho lembrado com uma imensa saudade. Mas não só saudade… também com uma imensa e enorme gratidão a Deus, por Ele a colocar no meu caminho e por tudo quanto ela realizou, com tanto amor, para que o mundo pudesse ser um pouco melhor.
A ela, Márcia Venturini, aqui presto a minha sentida homenagem e eterna gratidão.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Para o meu Rubi



Querido Rubi,

Como foram bons aqueles momentos no passado domingo, contigo e com a tua mãe na tua casa!
Não imaginas a alegria e a felicidade que senti, em poder finalmente conhecer-te, ouvir-te e abraçar-te!
Desde o dia do teu acidente, todos nós da Casa de Oração, vivemos o teu drama e sofremos a tua dor.
Orámos muito por ti e entregámos a tua vida nas mãos daquele que tudo pode – O Deus Criador.
Como tu deves ter sofrido! E não tiveste culpa do acidente!
Como tu disseste, vinhas atrás dum carro que vinha a “empastilhar,” abriste o sinal e começáste a ultrapassar. O carro que ia á tua frente, sem abrir sinal… vira á esquerda derepente e apanha-te em plena ultrapassagem..
Quantos dramas, quanto sofrimento humano, quanta dor, quantas lágrimas, quanta tristeza… provocados por aqueles condutores irresponsáveis que andam por aí todos os dias nas nossas estradas!
Mas olha Rubi, como a tua mãe disse, se o acidente se desse quando andavas na mota… creio que teria sido bem pior.
Quando penso que tiveste de amputar a tua perna esquerda…aos vinte anos!
Meu querido… fico mesmo triste…
Mas graças a Deus, com todo o apoio da tua mãe e com a misericórdia e bondade de Deus… agora que finalmente já tens a tua prótese…tu aí estás! Aguentáste-te! Conseguiste ultrapassar esse período “negro”e, vejo-te com um espírito forte, com uma vontade de venceres, determinado a ir em frente Que bom, Rubi! Que bom!
Mas como eu te disse, é muito difícil e perigoso na tua idade, “partires” para a vida sozinho.
Há tantos percalços, tantos perigos, tantas “ratoeiras”, tanta coisa ruim…que eu acho que não deves “partir” sozinho. Pensa no que eu te disse Rubi, Convida Jesus a entrar na tua vida! A ser o teu companheiro de jornada! Entrega tudo nas suas amorosas mãos e vais ver como tudo será diferente! Muito diferente!
Gosto muito de ti Rubi! Podes contar comigo! Tens em mim uma grande amiga.
Estou aqui. Dispõe.
Ainda por cima és parecidíssimo fisicamente, com o meu Zè…
Um grande, grande abraço, como aquele que te dei no domingo… e que eu não vou esquecer, meu querido Rubi.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Mais uma Esmeralda e um Rubi

Rubi



Há muitos, muitos anos atrás, era eu ainda uma criança, um certo dia caminhava num bosque, entretida a olhar as borboletas e a espreitar entre os ramos das árvores e arbustos, na esperança de encontrar um ninho de algum passarito, quando, de repente, ao aproximar-me de uma clareira, reparo que vem caminhando na minha direcção um REI, com as suas vestes majestosas e um brilho no olhar semelhante á luz do sol. As suas mãos eram grandes e fortes.
Eu fiquei parada olhando-o com temor, mas Ele avançou gentilmente para mim e dissse-me:” Viviana, não tenha medo, eu gosto de ti e amo-te muito”. Logo a seguir pegou-me ao colo e abraçou-me.
Quando me colocou no chão olhou-me nos olhos e disse-me com uma voz doce como o mel: "Eu vou dar-te um presente, do qual tu vais gostar muito". E dizendo isto tirou de debaixo do seu manto, um cofre em forma de coração, em tons rosa – avermelhado, e feito de umas fibras especiais que o tornam inquebrável e dão-lhe uma capacidade de dilatar, de modo que quanto mais cheio está mais espaço tem.
A seguir, abriu a porta do cofre e mostrou-me como ele estava cheio de umas moedas, lindíssimas, resplandecentes, como eu nunca tinha visto e disse-me que o nome de cada moeda era AMOR e que eu teria de as investir o melhor que eu pudesse e soubesse, e em troca desse investimento eu receberia um TESOURO que ficaria para sempre guardado naquele cofre.
Eu, preocupada, disse-lhe: Senhor meu REI, eu não sei investir, não sei como se faz isso. Ele, voltando a levantar o seu manto tirou de lá um "LIVRO "e colocou-mo nas mãos e disse: "Viviana, neste livro, que se chama”A MINHA PALAVRA” tu vais encontrar tudo o que precisas saber para investires as tuas moedas – “AMOR.” "
Então eu, ali parada diante DELE, com os olhos marejados de lágrimas, ajoelhei-me e disse-lhe: Meu Senhor e Rei, eu prometo que eu vou investir o melhor possível as minhas moedas – “AMOR –“ de modo a não te desapontar.
Antes dele se afastar de mim e seguir o seu caminho, colocou a sua mão sobre a minha cabeça e disse-me:”Viviana, o teu caminho não vai ser fácil mas olha, se precisares de mim é só chamares, eu estou sempre junto de ti.”
Segurando nas minhas mãos o precioso cofre cheio de moedas – “AMOR” – e o maravilhoso livro – “A MINHA PALAVRA” –, continuei o meu caminho e de imediato comecei a ler o” LIVRO” e rapidamente aprendi como investir as minhas moedas, e ao fim de pouco tempo, o meu cofre, devagarinho, começou a guardar um tesouro constituído por: Esmeraldas, Safiras, Rubis, Pérolas, Diamantes, Ágatas, e todo o tipo de preciosidades.
Cada peça do meu tesouro tem um nome e como são muitas, também os nomes são muitos, como por exemplo: Emanuel, Adolfo, Margarida, Esperança, Pedro, António, João, Teresa, Jorge, Mimi, Sofia, Vilma, Paulo, Lou, Alice, Eduarda, e tantos tantos outros.
No último domingo, com imensa alegria e uma enorme sentimento de bem – estar, eu acrescentei ao meu tesouro mais duas preciosidades: Uma esmeralda, chamada Ana e um Rubi, chamado Miguel.

terça-feira, 8 de abril de 2008

A galinha de água (Gallinula Chloropus)




Ontem o Lou dizia no seu poste que há muitos anos atrás, um “borracheiro” (creio que é o homem que arranja pneus furados) lhe disse: “O senhor precisa do mar e da areia da praia como do ar”.
Pois bem, a mim nunca ninguém me disse que eu preciso da água, dos rios, dos lagos, dos ribeiros, e de todos os cursos de água que por aí existem… mas eu sei que preciso e sinto que preciso.
Não sei explicar porquê! Mas ás vezes penso que pode ter sido por eu ter crescido nas margens do Rio Lis, em Leiria, e apanhado muita erva para os coelhos (tínhamos aí uns trinta) numa vala linda toda florida, onde para alem de uma imensa variedade de cores, havia uns enleios que tinham umas flores tipo trombeta, brancas como a neve, que trepavam pelas canas acima e me encantavam. Era no meio desse cenário que os rouxinóis e outras aves, faziam os seus ninhos entrelaçados entre as canas floridas.
Aqui perto da minha casa passa uma Ribeira – A Ribeira das Jardas – que também é linda e entre as muitas coisas que eu já lá observei estão as Galinhas de água. Ando cá com uma vontade de as ir “espreitar”!...
O seu nome clássico é Gallinula Chloropus.Vive nas margens dos cursos de água, onde haja vegetação abundante para se poder esconder e nidificar.
Não se deixa ver com facilidade, correndo assustada á aproximação das pessoas,
Tem cerca de 35 centímetros de comprimento. O macho e a fêmea são iguais e embora aparentando ser preta, é castanho - escura. Apresenta uma zona frontal avermelhada e penas brancas debaixo da cauda. O bico é vermelho com uma extremidade amarela.
A reprodução acontece na Primavera e o ninho é construído por o macho e a fêmea entrelaçando juncos e ervas, junto ao solo, em forma de taça. A fêmea põe entre cinco a quinze ovos, cuja incubação demora entre 19 a 22 dias.
È comum vê-la caminhando ao longo das margens das zonas húmidas, bamboleando a cabeça como é habitual observar nas galinhas domésticas, enquanto caça insectos aquáticos, larvas, aranhas e moluscos. A alimentação é completada com sementes e brotos de plantas.
Se um dia viajarem para a Zona de Rio – Maior, e as quiserem observar, vão até ao Arrimal que fica ali perto e deliciem-se a vê-las com os filhotes num lago natural que ali existe.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Eu, pecador me confesso


Eu, pecador me confesso:
De nem sempre saber sorrir,
De nem sempre saber ouvir,
De nem sempre saber compreender e ajudar.

Eu, pecador me confesso:
Porque não tenho cantado,
Como devia, a beleza da vida,
A imensidade do amor de Deus,
O valor da fraternidade,
A importância da justiça e da paz.

Eu, pecador me confesso:
Porque não tenho sido esperança,
Não tenho semeado esperança
Não tenho gritado esperança.

(D. Manuel Martins)
Bispo emérito de Setúbal

domingo, 6 de abril de 2008

Porque hoje é domingo...


Celebrai com júbilo ao Senhor, todas as terras.
Servi ao Senhor com alegria; e entrai diante dele com canto.
Sabei que o senhor é Deus; foi Ele que nos fez, e não nós a nós mesmos; somos povo seu e ovelhas do seu pasto.
Entrai pelas portas dele com gratidão, e em seus átrios com louvor; louvai-o, e bendizei o seu nome.
Porque o Senhor é bom, e eterna a sua misericórdia; e a sua verdade dura de geração em geração.

Salmo 100

sábado, 5 de abril de 2008

A minha mão na mão do Pai


PAIZINHO!


Por favor dá-me a mão!

È que, caminhando sozinha pela estrada da vida, tenho medo de cair e magoar o meu e o teu coração

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Dinamarca - o povo mais feliz da Europa


Há uns dias atrás, num almoço em família, o meu filho Miguel que é Gestor de Sistemas na R.T.P., disse-nos que lhe passou por as mãos uma notícia segundo a qual, o povo Dinamarquês é o povo considerado mais feliz da Europa. E sabem porquê? Porque é um povo que não tem ambições desmedidas como por exemplo têm os povos do Sul da Europa ou dos Estados Unidos da América, com seu sonho americano de ir sempre, sempre mais longe e ter, ter, sempre mais e mais.
E reparem, os cidadãos não se queixam de pagar em impostos ao Estado cinquenta por cento do que ganham, porque o estado lhes põe á disposição tudo quanto eles precisam em matéria de saúde, educação, segurança social, habitação, etc. etc.Com os outros cinquenta por cento com que ficam podem usufruir de um excelente nível de vida e realizar os seus sonhos.
Achei muito curioso e fiquei a pensar nisto. Na verdade, como eu costumo dizer aos meus amigos e familiares, nós não precisamos de muito para viver, precisamos é de administrar bem o que temos e ser sábios na escolha das prioridades na nossa vida.
De que adianta andar todos stressados e ansiosos sempre a querer ter isto e aquilo, sem nunca estar satisfeito com aquilo que já temos e, que afinal, na maioria das vezes, não é tão pouco quanto isso.
Decerto, valeria a pena olhar para este povo que vive lá na outra ponta da Europa e aprender alguma coisa com ele. Que é que acham?

quinta-feira, 3 de abril de 2008

A "minha pereira"



Florida


A "dormir"

Aqui no meu bairro existem muitas árvores… mas eu “adoptei” três delas e chamo-lhes – “minhas”-. E isto, porque creio que não deverá haver ninguém que lhes queira tanto quanto eu.Hoje vou apresentar-vos a “minha PEREIRA" nas suas várias fases durante o ano.
Não a posso apresentar carregada de frutos maduros, tão simplesmente porque "os moços pequenos" tiram-nas todas ainda verdes e deitam-nas fora. Que pena! Bem que eu gostava de as provar.



quarta-feira, 2 de abril de 2008

Porque... há mais alegria em dar do que receber



O Paulo Costa do "Abrigo dos Sábios", fez o favor de me informar sobre o "PROJECTO S. TOMÈ", da responsabilidade da Neusa do Vale, da Igreja Baptista de Loures.

A finalidade deste Projecto é ajudar as crianças e jovens de S. Tomé no que respeita a livros e material de ensino, pois há uma enorme carência neste aspecto.

Nós, neste canto da Europa Ocidental, temos tanto! Tanto... que as nossas crianças e jovens nem sequer sabem valorizar o que têem. Acho que temos mesmo demais.

Então, vamos colaborar, dando um pouco do muito que temos... e, lembrando as palavras do nosso amado Mestre e Senhor Jesus Cristo: "Porque mais bem - aventurada coisa é dar do que receber".(Actos 20:35)


Nesta fase do Projecto você pode contribuir:
* Livros escolares usados* Literatura em português* Material escolar (cadernos, canetas, lápis, etc)* Gastos de envio
Deixe as suas contribuições nestes locais (entre em contacto para recolha em outros locais ou para enviar directamente a sua contribuição):
"Pauta de Cores Coffee House" Av. General Norton de Matos, 35 – L 1B - Tel. 214105188 (Em frente à PSP Miraflores)"Igreja Baptista de Loures"Rua Dário Cannas, nº. 18 - Tel. 219833276


Poderá encontrar mais informação sobre o Projecto aqui.

terça-feira, 1 de abril de 2008

O teu nome


O teu nome…
Mas para quê invocar o teu nome?


O teu nome…
È o nome da primeira flor
Em que cai o meu olhar
Pela manhã.

O teu nome
È o murmúrio das ondas
Quando se espraiam sobre a areia.

O teu nome
È o reflexo da água
Quando uma folha de plátano cai
Por sobre um lago.

O teu nome…


Só este cisne
Branco como o teu nome
Só ele o pode traçar
Quando voga ao sabor da brisa.

(António Lousada)